Odd pov's

Sabem quando és apanhado a mentir, e depois inventas mais mentiras para encobrir a primeira, e depois de fazeres sempre isso, perdes-te dentro da mentira até te enganares. Sabem o que é isso. Pois foi isso que aconteceu com a recepcionista. Aquela mulherzinha meteu-me cá uns nervos. Tanto que agora entrei pela porta das urgências. Porque não pensei logo que ela estaria aqui. Tinha 3 cortes muito profundos, não a iriam fazer esperar. Ás vezes consigo mesmo ser muito burro.

Claro com tantas urgências ninguém iria querer saber o que eu estava ali a fazer. Ufa um ponto para mim. Agora se eu tivesse mesmo sorte eles bem que poderiam me dizer o quarto de..

-Já viste a menina que chegou de Kadic?- perguntou um dos médicos ou enfermeiros tanto faz. Eu pus-me ao pé da parede da esquina para poder ouvir melhor.

-Já, admiro-me de como será que a jovem fez aqueles cortes.-comentou o outro. Uma enfermeira chegou ao pé deles.

-A rapariga do quarto 234 ainda está a dormir.- informou ela.

-Estávamos mesmo a falar sobre ela.- Bingo, já sabia em que quarto se encontrava. Dois a zero. 229,230,231,232,233,2 finalmente 234.

Entro não entro. Entro. Não não vou entrar. Mas eu tenho que entrar. Mas e se ela acordar. Odd, respira desde quando é que és um medroso. Tu és um heroi! UM HEROI. Agora vai lá para dentro.

Fim do Odd pov's.

Pov normal.

Pensando isto, Odd entrou de rompante, arrependendo-se logo do barulho que causara. Apenas a rapariga loira se encontrava no compartimento. Ela aparentava ter por volta da sua idade. Talvez 15 como a Yumi.

Estava cheia de ligaduras, mas não deixava de parecer um anjo dormindo. Apenas se ouvia o coração dela, através do monitor Cardiaco ou polar. O Odd estava nervoso, tanto que achava que aqueles bips não eram os únicos a serem ouvidos.

Ele desistiu da ideia de ficar ali. Quando se virou para sair a rapariga acordou.

-Quem és tu?- a voz dela era tão inocente, e parecia uma sinfonia a tocar a mais belas canções. Enquanto Odd a encarava, ela já havia se sentado na cama.

-...

-Quem és tu?- ela repetiu a pergunta e Odd correu até ela lhe dando um beijo na boca. Esta arregalou os olhos e não se moveu de tão surpreendida. Ele deixou as flores na cama dela e saiu a correr amaldiçoando-se por a ter beijado de repente, porém não se arrependia.

-Ah já acordaste?- perguntou um dos médicos que acabara de entrar. Ela olhava para onde o Odd estava à pouco, ainda de olhos arregalados.

-De quem são estas flores?- perguntou a enfermeira. Ela

finalmente olhou para as flores. E murmurou:

-Cravos brancos, as flores do casamento.

-O quê?

Ela só agora compreendia tudo o que aconteceu, e corou muito virando um autêntico tomate. Um rapaz chega ali ao seu quarto de hospital e beija-a deixando flores de casamento ao pé de si. Muito estranho. Ela pegou numa das flores e cheirou-a deliciando-se com o seu cheiro. Deu um pequeno beijo murmurando um obrigada.

Na fábrica:

-Regressar ao passado agora!

Na cantina:

-A RAPARIGA!- exclamaram os cinco amigos, lembrando-se da rapariga.Correram até ao local onde ela supostamente estaria, mas não encontraram nada.

-Que estranho, será que o ataque de XANA, fosse nela, ou ela própria?- inquiriu o Jeremy

-É possivel.- concordou Aelita. Odd não queria acreditar.

-Não acredito muito nisso, ela teria vindo atrás de nós se tivesse sido possuida por XANA, e ainda mais se tivesse sido criada por ele.-contra atacou Yumi, Odd e Ulrich apoiaram a ideia.

-Então só resta mesmo a ideia de XANA ter a atacado, sem a possuir, mas porquê?- concluiu Jeremy, não que isso o deixasse mais descansado. Para ele XANA era um mistério, nunca sabia o que ele iria fazer.

-VENHAM VER, VENHAM VER. A NOVA ALUNA É LINDA!- Mathias anunciou, para espanto do grupo. Eles encaminharam-se e não podiam acreditar no que viam. Era ela! em carne e osso. E linda.

-Estás cheio de sorte,ela vai estudar aqui.- disse Ulrich.

-E o melhor é que não se lembra de mim, ou daquilo que fiz.- comentou Odd descontraido.

-E o que é que tu fizeste?- perguntou Aelita. Odd corou.

-Nada. Absulutamente nada.

Eles desconfiaram mas não disseram mais nada para contrariar o amigo. Este olhava fixamente a nova aluna, que estava acompanhada de Yolanda, Jim e claro o senhor director.