Little Princess Ii escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 15
Mexer com eles é mexer comigo


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente boa! Desculpa a demora, é que fiquei com febre e, ixi, foi fogo - literalmente...

Mas, enfim, aqui está o capítulo, espero que gostem - eu sei que secretamente adoram morte e lutas... =D!


Beijos, Emm



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Capítulo 15 – Mexer com eles é mexer comigo.

Pov's Bella:

         A casa dos Cullen estava como sempre: iluminada. O que é irônico se você levar em conta que as pessoas imaginam os vampiros sempre no escuro. No entanto, Esme tinha bom gosto, e a decorara muito bem, desde os mínimos detalhes até as paredes luxuosas de vidro.

         Aproximando-me, senti o cheiro de todos. Sorri para mim ao sentir o cheiro de Edward – eu estava definitivamente apaixonada, sorrindo sozinha desse jeito.

         Eles provavelmente ouviram passos e sentiram meu cheiro – Alice não pode ver meu futuro, nem dos Lobos, ou dos meus amigos -, pois quando ia bater, Chel abriu a porta com um sorriso enorme.

- Bella – ela disse alegremente, abraçando-me por um segundo ou dois.

- Oi, Chel – eu disse, tentando não fazer com que a preocupação transparecesse em minha voz.

         Levando-me para a sala de estar onde todos se encontravam, ela me perguntou: - O que te traz aqui? Edward, imagino? – eu corei, mas acenei que não.

         O dito cujo estava sentado na poltrona observando o jogo de seus irmãos. Aliás, Corin – que era mais um tio para ele, se você levar em conta que Esme considera Chelsea uma irmã -, Emm e Jazz estavam sentados no chão, disputando Mario Kart como três crianças alegres.

         Alice torcia por Jasper, mas revezava entre isso e sua revista, vi um rápido vislumbre de Vanity Hair na capa, mas depois ela a baixou. Rosalie lixava as unhas, e Esme arrumava os vasos de flores enquanto conversava com Carlisle, que parecia entretido em seu livro de medicina.

         Todos pararam o que faziam quando entrei e sorriram para mim.

         Corin não perdeu a oportunidade: - Me passa a grana Jasper, falei que ela não ia agüentar ficar longe do Edinho por mais que algumas horas.

         Corei, mas corei ainda mais quando Emmett gritou – talvez para toda floresta ouvir: - Tá sexy com esse vestido mostrando quase tudo hein, Bellinha?!

         Edward rosnou para o irmão, mas, tão rápido que se não tivesse reflexos não veria, correu e colocou os braços em volta de minha cintura.

- Emmett é um idiota – foi seu sussurro, e eu sorri quando ele beijou o topo de minha cabeça.

- Aposto que foi Lucy que escolheu – Alice defendia meu vestido – é tão bonito, Emmett! Você não sabe apreciar uma obra de arte quando vê uma!

         Depois de alguns segundos de discussão em alta velocidade, eu berrei:

- Ô, cambada! – todos me olharam assustador por eu ter gritado, mas logo prestaram atenção – Eu não vim aqui para ver Edward, apesar de ser um bom bônus – Emm e Corin riram -, mas, sim, porque preciso da ajuda de vocês.

- Em que, Bellinha? – Emmett já pulava animado, como uma criança de cinco anos que estava prestes a ganhar uma bala.

- Vampiros – falei num suspiro.

         Se Emmett já estava feliz, agora era ele e Corin animados com a possibilidade de uma luta. "Psiu!", Rosalie fez, olhando para eles.

- Na verdade, estou vestida assim porque estava na reserva e os Lobos inventaram de dar uma festa hoje – sim, Alice, você acertou, Lucy fez eu me vestir assim, apesar de ter conseguido colocar um tênis e não salto – quando Sam entrou, dizendo que, durante a patrulha, tinha sentido o cheiro de Vampiros.

         Edward apertou seus braços em volta de mim com mais força, no entanto não reclamei, estava muito bom ali e, de certo modo, tirava um pouco a preocupação de tudo.

- Ele disse que não deu para ver com exatidão quantos, mas são muitos. Os Lobos deixaram vocês entrarem no território deles para nos ajudar, o que provavelmente será uma surpresa para nossos inimigos... Imagino que eles soubessem sobre o tratado de vocês, e, definitivamente, ver vocês lá, é algo surpreendente, não é?

- Luta, luta, luta – Corin e Emm murmuravam sob minhas falas.

- Corri para cá e durante o caminho também senti o cheiro de dois Caçadores da Lua, então... – tomei ar depois de ter falado tanto sem respirar – então, nos ajudam?

- Nem precisa pedir! – Rose disse prontamente, largando a lixa de unha e levantando-se do sofá. Segurou a mão de Emmett para esse parar de pular, ele obviamente tinha aceitado.

- Claro que te ajudaremos, Bella, mesmo que violência não seja minha primeira opção – Esme disse dando seu típico sorriso maternal.

         Logo todos foram concordando. Sorri e senti meus olhos marejarem.

- Awnnn, não fica triste, Bellinha, ninguém vai morrer! – Emmett disse. Logo ouvi o estalo de um tapa em sua nuca: Rose.

         Eu ri, fungando: - Não to triste, só to feliz por vocês serem meus amigos... – Alice sorriu largamente, soprando um beijo. Funguei novamente – Estou tão emocional esses dias, me desculpem... – sequei rapidamente duas lágrimas que escorreram.

- Não tem que se desculpar por estar feliz, Bella – Edward beijou minha testa.

         Respirei fundo, retomando a compostura: - Vamos, os levarei até onde nos combinamos de nos encontrar.

- Que coisa, eu queria que o futuro não fosse embaçado e eu pudesse ver como isso terminaria – ouvi Alice reclamar enquanto caminhávamos até a porta.

         Já estava para abrir a mesma, quando me lembrei e vir-me-ei para Emm: - Ah, Emmett...

- Sim, Bellinha?

- Me chame de Bellinha de novo e eu arranco essas coisas que você chama de braço.

- Tá bom, baixinha – ele murmurou quietamente uma resposta e eu sorri torto. Bom, baixinha era melhor que Bellinha, que parece nome de cachorro.

         Encontramos com os meus amigos alguns minutos de corrida depois. Eles estavam em uma grande clareira – Sam dizia ter sentido o cheiro mais forte ali, o que era verdade.

         Os Lobos e Ben já estavam em sua forma animal e, com o feitiço "Legendas" de Ang, conversavam assim. Tensos, mas "falando" coisas leves.

         Ang e Lucy ainda usavam suas roupas de festa – a diferença é que a primeira usava um salto baixo, e a outra, um de quinze centímetros.

- Por que não fez uma mágica para trocar de roupa? – perguntei, aproximando-me de Ang.

         Os Cullen estavam cumprimentando os Lobos e Ben. Edward ainda estava do meu lado, segurando com tanta força minha mão que parecia não querer soltar nunca.

- Iria gastar energia e não sei de quanta precisarei para lutar – ela deu de ombros e concordei, decidindo-me por ficar com meu vestido também, mesmo não sendo minha primeira opção de "roupa para luta", se é que você me entende.

- Ai, ai, faz algum tempo que não arrancamos a cabeça de um Vampiro – Paul "cantarolava" alegremente a alguns metros dali.

- Nunca arrancamos a cabeça de um Vampiro – Jacob falou. Eu quase podia vê-lo revirando os olhos, assim como quase podia ver/"ler" a ironia em suas legendas.

         Ben jogou a cabeça para trás e suas orelhas mexeram: - Estão vindo.

         Foi o suficiente para ficarmos quietos. Formamos uma espécie de roda ao contrário, todos de costas um para os outros, sem saber de onde viria o ataque.

         Eles saíram lentamente da floresta. Rapidamente contei vinte e um vampiros. Analisei seus olhos e vi um vermelho mais vivido do que seria o normal – recém-nascidos.

         Não faz sentido. Não houve sinal algum de que um grupo de recém nascidos estava se formando. Sem mortes, sem corpos drenados, nada. Era como se tivessem surgido de repente, ou chegado aqui de repente.

         A alguns metros de distancia do grupo de recém nascidos – que nos olhavam com raiva e desprezo – havia duas pessoas. Dois homens, na verdade. Ambos traziam características parecidas: altos, cheios de músculos, cabelos escuros e sorrisos sarcásticos. O que me interessou foram os olhos: um dos dois tinha olhos castanhos, e outro tinha olhos acidentados. Mas, olhando por alguns segundos, via-se um círculo de cinza brilhante nas íris.

         Caçadores da Lua – eram suas marcas.

         E, por último, o que me fez fechar as mãos, três vampiros que caminharam tranquilamente entre os recém criados. O primeiro tinha um tom de pele engraçado, negro constatando com a palidez vampírica. O segundo, no meio, era loiro e sorriu malevolamente para mim – enojei-me quando senti um leve resquício de cheiro humano em sua jaqueta de couro, provavelmente a tinha roubado após matar sua vitima. E a última era uma vampira de cabelos ruivos flamejantes e chamativos na noite tecnicamente escura já que meus olhos eram ajustados para essas coisas.

         James, Victória e Laurent.

         Todos, exceto Jared e Brady  - que continuavam virados ao contrário, vendo se havia possíveis surpresas -, nos viramos para os vampiros e Caçadores ali presentes.

- Bella, Bella, Bella – James cantarolou meu nome ironicamente, enquanto caminhava como um felino espreitando.

- James – eu cuspi seu nome.

- Como é um prazer revê-la – sua falsidade era notável – Faz quanto tempo, dez anos? Acho que você tinha três anos na época não é?

- Cinco – eu respondi tremendo, irritada.

- Ah, sim, sim... Tão fraquinha na época... E bravinha também – ele riu, e seus "amigos" o acompanharam – Não deve ter mudado muito. Sorte sua que seus pais apareceram ali, não é?

- Sorte sua que não eles não lhe mataram – retruquei, erguendo as sobrancelhas.

- Ah, sim. Renée e Charlie são pessoas muito bondosas – a frase toda já era falada com ironia. James não considerava meus pais "Rei e Rainha", eu percebia, então não via motivos para chamá-los assim. Como não era grato por estar vivo.

- Mas eu não sou – dei um passo ameaçadoramente para frente – e vou arrancar sua cabeça, seu merda!

- Olhe o palavreado, princesinha – Laurent zombou com um sorriso irritante nos lábios.

         Ben bufou do meu lado.

- Bella...? – Lucy me chamou – Do que ele está falando?

         Suspirei, repreendendo-me por cair na ladainha da história de James. Esqueci que não tinha contado nem mesmo aos meus amigos sobre isso.

- Bom... Quando eu era criança, bem pequena, vinha à Terra, às vezes. Em geral, era com Ang que eu ficava, vocês devem se lembrar – indiquei meus três amigos. O resto prestava atenção – Quando eu tinha cinco anos, insisti em vir na Terra com meus pais. Eu contei a vocês sobre isso, lembram-se? O que não contei é que eu parei de vir a terra, porque, no meu último dia de passeio por aqui, esses... Idiotas – quase cuspi a palavra, olhando para os três vampiros maduros ali – me atacaram. Eu estava sozinha, somente tinha atravessado a rua para comprar sorvete, quando me abordaram.

"Meus pais viram e chegaram a tempo de meu salvar. Mas, desde então, não venho mais a Terra. Essa é a primeira vez em anos que volto aqui. Por isso nunca mais visitei vocês, por isso minha mãe sempre dizia para vocês nos visitarem, e não o contrário. Por esse motivo meus treinamentos se tornaram mais árduos do que antes, para se algo do tipo acontecesse, eu pudesse matar qualquer ser que ousasse me ferir. Por isso sou tão vigiada".

         Suspirei, baixando a cabeça. Quando a ergui novamente, senti que ódio faiscava em meus olhos: - Vocês destruíram tudo! Por esse motivo, vou aniquilar vocês! – berrei para os seres na minha frente.

         Soltei a mão de Edward e dei inicio a luta. James era rápido, admito, mas, usando meus poderes, ficamos equiparados. De soslaio, vi Edward lutando irritado com Victória – ai, meu Deus! Tinha tomado minhas dores para si... Isso é tão ele.

         Ouvi o choque dos corpos dos recém nascidos contra os Cullen, ouvi membros sendo rasgados e senti rapidamente o cheiro de fumaça e fogo. Ang lutava contra um dos Caçadores ferozmente, mas fiquei tranqüila ao ver que levava a vantagem. Ben ajudava Lucy contra o outro Caçador, que era aparentemente muito bom.

         Os vampiros recém nascidos rapidamente sumiam, e Laurent também sumira na mesma velocidade – quatro Lobos tinham cuidado do serviço.

- Belas pernas, aliás – James riu sarcasticamente, desviando de um soco meu.

- Não é da sua conta, imbecil – dessa vez eu tinha acertado-o com um chute no rosto. O choque pareceu um relâmpago.

         Ele passou a mão no rosto e riu: - Esse eu quase senti.

         Rosnei furiosamente, liberando fogo a minha volta. Ele criava uma espiral, dançando ao redor de meu corpo. Senti que aquela ardência estúpida de quando eu acordara na floresta hoje de tarde tinha passado – estava mais poderosa do que nunca.

         James recuou, mas ainda tentava sorrir vitorioso.

- Muito bom, vejo que treinou, hm?

         Porém eu podia ver o desespero em seus olhos. Todos os vampiros recém nascidos haviam morrido, seus membros crepitavam numa fogueira próxima. O mesmo destino veio ao segundo dos Caçadores alguns milésimos de segundos depois – o primeiro já tinha morrido pelas mãos de Angela.

         A única luta era a minha contra James, e a de Edward contra Victória.

         Ninguém interferia, somente olhavam atentos. Por mais que quisessem ajudar, Lunares e Solares levavam a sério suas lutas e alguém ajudá-lo nessa hora era como uma desonra ridícula.

         Respirei pesadamente, estava realmente cansada.

- Posso morrer hoje – James disse "vilãomente" – mas irei levá-la comigo.

         Nesse momento, Victória gritou, sua cabeça – e logo o resto de seus membros, também – tinha sido arrancado. Minha luta com James foi desviada para a dele. A ruiva e sua cabeça – era estranhamente prazeroso pensar assim – queimavam na fogueira com cheiro forte de fumaça.

- Maldito! – James virou as costas para mim e correu rápido para Edward.

         Não pensei muito, o "Não!" que era para escapar de meus lábios não veio. O fogo que dançava próximo ao meu corpo parou e, no lugar disso, senti algo como um elástico se esticando em minha mente. A sensação era incomoda, mas, de algum jeito, eu continuei fazendo isso.

         James bateu contra uma parede invisível, a poucos metros de Edward. Um escudo invisível o protegia. O Vampiro rosnou e chutou com força a parede. O bizarro aconteceu: foi como se tivesse tocado em água. Sabe quando tocamos a água e círculos se formam em volta de nosso dedo? Era de um jeito estranho, mas era isso.

         Ele chutou, chutou e chutou. Mas a parede estava ali. Vi Ben correndo em minha direção, assim como um confuso Edward, mas eles também bateram em algo. Um escudo invisível impedia-os de entrar onde eu estava, assim como impedia James de sair.

         Os olhos do Vampiro viraram brilhantes em minha direção. Traziam consigo aquela raiva de perder sua companheira – mas, ora, se ele matasse o meu, eu que estaria assim, certo?

- Os olhos dela... – alguém ofegou, olhando para meu rosto. Pensei distraidamente que parecia Emmett – estão... Dourados!

         Por alguns instantes, antes de chutar o rosto de James, ouvi a voz do Emm em minha cabeça. "Uma luta? Você parecia possuída ou algo do tipo. Seus olhos ficaram azuis quase transparentes e o fogo em volta de você era... Assustador". Olhos azuis transparentes? Eram os meus!

         Olhos dourados... mas... Vampiros vegetarianos... Ahn...

         Essa me distração custou caro: James deu-me um chute tão forte que meu corpo voou. Primeiro, tonta, pensei que tinha batido em uma árvore e a sombra em minha frente estendia a mão para me ajudar a levantar. Segundos depois, percebi que tinha batido contra meu próprio escudo e James lançava seu punho contra meu rosto.

         Segurei com ambas as minhas mãos o punho que parou a centímetros de meu rosto.

- Vadia! Filha da puta! – James gritava impropérios raivosos enquanto lutava, aplicando força exagerada em cada golpe. Estava completamente descontrolado.

         Tentei fazer fogo surgir, mas foi inútil. Novamente a ardência em minha garganta voltara. Tentei usar magia, mas foi novamente inútil. Entretanto... Não me sentia fraca, nem um pouco. Na verdade, quando corri e apliquei um chute nas costelas de James, percebi que fora mais rápida que o habitual e mais forte, também.

         Eu não entendia essa ardência – torcia para que não fosse sede de novo -, mas sabia o suficiente que ela não me deixava usar os poderes do Sol, era como se esse incomodo na garganta aquietasse todo meu Sangue Real e toda minha Magia.

         Pisquei aturdida por alguns segundos depois de levar um chute na parte de trás do joelho. Cambaleei e caí de cara na grama. James chutou minhas costas com um sorriso alegre e demoníaco no rosto.

- Isso é por ter matado minha companheira – cada palavra era acompanhada de um chute na parte lombar das minhas costas.

         Gemi de dor quando o décimo chute veio. Encolhi-me numa bola, impedindo um segundo chute de vir ao meu rosto.

- Cadê a princesinha que ia me destruir agora, hein? Está aí, na lama! Sua filha da mãe, você é só mais uma vadia que merece morrer! E quando eu acabar com você, seus amiguinhos fracassados serão os próximos!

         Eu ouvi o rosnado de oito Vampiros irritadíssimos. Ouvi Lobos uivando raivosamente para a Lua. Assim como ouvi Lucy gritando em sua voz estridente de quando estava irritada umas poucas e más para James. Mas eu ouvi, principalmente, o soco que Edward dava nessa parede invisível, enquanto rosnava. Ele queria entrar, mas não conseguia.

         Tentei recolher este "elástico" que formara a barreira, no entanto, foi completamente inútil.

         Na verdade, minha vista ficou toda vermelha – figurativamente falando, é claro. Eu não consegui ver mais ninguém, somente James e eu estávamos ali. O lugar não importava, podia ser Marte que tanto fazia. A hora também era ridícula no momento – dia? Noite? Qualquer uma servia.

         Eu só queria matar James, arrancando pedacinho por pedacinho de seu corpo.

         Uma coisa é me ameaçar, me magoar, me xingar, me magoar, me matar. Outra coisa é fazer isso com meus amigos. Ele estava pedindo encarecidamente pela morte.

         Não vi direito o que aconteceu. Sei que não usei meus poderes, somente minha força e meus punhos – além de, claro, minha raiva. Segundos depois, a cabeça de James estava em um lugar, os braços em outro, e as pernas tacadas desleixadamente no chão. O que restara do seu corpo eu pisei em cima.

         Sem dó nem piedade, eu pisei com todas as minhas forças, repetitivamente. "E quando eu acabar com você, seus amiguinhos fracassados serão os próximos!", ele dissera. Crispei os lábios e, gemendo furiosamente, pisei uma última vez nele. Seu corpo de mármore partiu-se em pedaços. Exatamente do jeito que eu queria.

         A parede invisível falhou como um holograma prateado e sumiu. No instante seguinte os braços de Edward estavam ao meu redor.

         Tudo foi ficando preto. Ainda pude ouvir ao longe "Queimem James!", ou "Ela está desmaiando!". Mas, depois, tudo embaçou.

         E eu desmaiei.


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