Little Princess Ii escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 11
Renée, Carlisle e Bella


Notas iniciais do capítulo

Bem, a nova capa foi feita por Purple Design, então, MUITO OBRIGADINHA, ficou linda, flor!

Beijos, espero que gostem do capítulo - e leitores fantasmas, apareçam, não façam como Ever que só vem ao crepúsculo >.O!



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Capítulo 11 – Renée, Carlisle e Bella

 

"Quando uma pessoa boa morre deveria haver algum impacto no mundo. Alguém deveria perceber. Alguém deveria ficar chateado."

(House M. D., episódio 1, 2ª temporada)

 

Pov's Bella:

 

         Corei furiosamente, enquanto abaixava os olhos para o lençol que eu estava sentada em cima. Felizmente – e, claro – Lucy quebrou o clima, dando um sorriso brincalhão, fazendo uma reverencia tão exagerada que seu nariz tocou o chão na nossa frente:

— Vossa Majestade majestosa – Jacob olhou a namorada e, rindo, imitou-a. Eu tinha na minha frente dois bobões que me fizeram corar mais ainda.

         Angela viu minha situação e gentilmente pediu para eles pararem – eu agradeci com o olhar. Eu estava entre braveza por terem me tratado assim e constrangimento por justamente terem me tratado dessa forma.

— Por que nunca nos matou? – Chelsea quebrou a silêncio de repente e todos a olhamos. Ela pareceu um pouco envergonhada, como se as palavras tivessem escapado de sua boca, mas continuou: - Quero dizer, nós não sabíamos quem você era. Mas você sabia o que éramos desde sempre, certo? Se vampiros são Seres da Lua, inimigos de seu Reino, deveria ter nos matado.

         Olhei profundamente para aqueles vampiros, vendo seus rostos. Incredulidade, confusão e talvez até um pouco de concordância. Era estranho, mas agora eu sabia por que Edward era triste – e de repente parecia que todos eram.

— Eu não vim para a Terra com o intuito de matar – eu falei seriamente – além do mais, não sou a juíza de quem morre e quem vive. Cada um tem seus próprios problemas, felicidades, tristezas e traumas. Cada um tem seus pecados para pagar, assim como também tem sua bondade para redimi-los.

"Eu não acredito que todos sejam completamente de tal forma. O bom não é somente gentil, assim como o mal não é somente cruel. Todos nós temos bem e mal dentro de nós, claro que cada um escolhe seu próprio caminho. Mas não posso julgar uma pessoa por ela agir como age. Não vi seu passado, não sei seu futuro."

"Vim para a Terra com o objetivo de conseguir aliados, Lunares ou Solares. Qualquer um que quiser que essa guerra termine é meu aliado" – dei de ombros, enquanto terminava de falar.

— Uau, Bells, que discurso profundo – Jacob brincou comigo e eu sorri de lado.

— Valeu, Jake.

Valeu? – Rosalie perguntou curiosa e eu a olhei. Definitivamente ela não parecia mais me odiar por um motivo que eu não entendia – Achei que princesas tivessem regras e coisas do tipo.

— Bom, e eu tenho – admiti – mas não estou no meu Reino, estou entre amigos, não me importo de falar livremente – vi que Alice sorriu quando percebeu que eu os tinha incluído entre "amigos".

— Oh, Bellinha, nós seremos mesmo boas amigas! – ela quase gritou enquanto, completamente à vontade, me abraçava.

         Vi que Edward endureceu com o apelido, assim como Emmett ficou estranhamente quieto – diferente do vampiro que eu conhecera há minutos.

— Ahn... Claro – foi a minha resposta inteligente.

         Alice riu: - Desculpe, eu só tenho certeza disso – vendo meu rosto cheio de dúvidas se apressou em explicar – Ah, é que meu dom de vampira é ver o futuro. Claro que ele é incerto, mas esse está tão claro quanto a água no Caribe. Aliás, você sabe que vampiros têm dons, não é? Imagino que saiba também que nenhum tem dom igual, por isso você não vai encontrar mais ninguém com meu dom. Uma cartomante não poderia fazer melhor do que eu se quiser ver o futuro só é necessário me chamar e...

         Ela foi interrompida por Edward, que parecia estar sendo estrangulado ou algo do tipo: - Chega, Alice. Imagino que Annabella saiba dessas coisas.

         Alice baixou a cabeça, tomando ciência do que tinha falado há poucos segundos – mas eu não entendi nada.

— Hm, na verdade, Annabella não é meu nome de verdade – eu o corrigi gentilmente, chamando sua atenção – meu nome é Bella Kathleen do Sol.

— Somente Bella? – Corin perguntou curioso – Nada de Annabella, Florisbella ou sei lá?

         Vi que ele quase falou Isabella, porém fingi não ter notado e acenei positivamente com a cabeça.

         Logo meus amigos e os Cullen começaram a conversar como se fossem velhos amigos. Angela contava coisas para o curioso Carlisle, Alice e para Esme. Corin, Emmett e Jacob se divertiam, enquanto Rosalie, Chelsea e Lucy estavam juntas, indignadas com os namorados. Ben conversava sobre a guerra com Jasper, que aparentemente fora um soldado algum dia de sua vida.

         Eu observei todos eles, pareciam amigos de velhas datas mesmo. Tão a vontade uns com os outros que me senti orgulhosa. Os Lunares podiam se dar muito bem com os Solares, e vice-versa. Por que tinha que ter essa guerra maldita?

         Mas, perto da mesa do escritório, vi Edward parado ali, duro, ereto, quase frio. Ele parecia estar lentamente morrendo por dentro, eu vi em seus olhos dourados tanta dor que quase desviei meus próprios olhos.

         Andei até ele, com a cara de maior compreensão que conseguia fazer. As pessoas atrás de mim lentamente foram parando de conversar, observando o que eu estava fazendo.

         Parei na frente de Edward levantando o rosto para olhá-lo, porque na sua frente eu era na verdade bem baixinha, seu queixo poderia tranquilamente descansar no topo de minha cabeça.

         Controle-se, Bella, eu repeti para mim mesma, não é porque você está apaixonada pelo cara que vai se jogar nos braços dele. Ainda mais de nem sabe se ele retribui.

— Sei que dói... – eu comecei e soltei um suspiro fraquinho e frustrado – Sei que dói perder aqueles que amamos. Sabe, eu nunca conheci minha irmã Ever, apesar de sentir como se o tivesse feito. Eu sinto muita falta dela, mas a única coisa que sei é que é minha irmã. Na verdade, eu nem sabia que ela era minha parenta até alguns meses...

— Bella, eu... – Edward ia falar, mas eu simplesmente tirei o bolo de minha garganta. E ele parecia com dor emocional demais para dizer algo realmente com sentido.

— O que quero dizer, é que não há um dia em minha vida, em minha existência, que eu não pense em Ever. Não há um dia em que eu não pense em como teria sido bom conviver com minha irmã e talvez ouvir seus conselhos de irmã mais velha. Como seria bom abraçá-la. Mas eu não posso fazer isso, a única coisa que posso fazer é sentir saudades.

         Olhei para o teto, no entanto rapidamente voltei os olhos para o vampiro a minha frente.

— Sei que dói pensar nela, também dói para mim. Sei que a saudade corrói tanto que você quer que alguém o mate rapidamente para ficar com ela. Ou sei que você tenta não tocar no assunto, assim espera que não doa tanto. Mas a verdade é que quando uma pessoa boa morre deveria haver algum impacto no mundo. Alguém deveria perceber. Alguém deveria ficar chateado.

         Olhando de soslaio, vi os Cullen abaixarem a cabeça e imaginei que tinha chegado ao ponto: eles provavelmente fingiam que nada tinha acontecido.

— Eu era como você até algum tempo – admiti envergonhada, mas seguindo com firmeza – eu tentava fingir que minha irmã não tinha morrido. Meus padrinhos – indiquei Ben e Angela – sabiam que eu estava mal quando foram ao Sol me visitar. Foram meses difíceis aqueles... Mas, hoje, eu... Eu não ignoro a Ever como se sua morte não me afetasse. Eu sinto saudades dela e acho que é o suficiente para que sua morte não tenha sido em vão. Afinal, ela se sacrificou por todos, quando explodiu em chamas, eu digo.

         Sorri gentilmente para o vampiro a minha frente, que parecia hipnotizado pelas palavras que eu estava falando.

— E, se você ama sua irmã tanto quanto eu amava a minha... Sei que você vai ficar chateado com sua morte. Mas vai sentir sua falta, como eu sinto da minha.

         Lucy bateu palmas. Claro que foi a única, mas sorri para minha amiga e sua animação. Ela até mesmo tinha lágrimas nos olhos quando falou: - Ah, Belleen, foi tããão lindo! Eu estou tão emocionada! E é sua culpa eu estar estragando minha maquiagem! – e continuou dramaticamente aos prantos, com Jake ao seu lado, acariciando suas costas.

         Esme me abraçou, soluçando, mas sem chorar – ela possivelmente choraria se pudesse. Retribuí ao abraço, ela era mesmo uma vampira extremamente gentil.

— Obrigada, querida – ela "chorou".

         Alice, Chelsea e Rose também me abraçaram. Emmett também, sob o comentário de Corin de que "abraços eram femininos demais", mas o grandão não pareceu se importar.

         Quando fiquei na frente de Edward novamente, seu olhar não era triste, era leve. Claro que ainda tinha um pouco de dor, porém o meu também tinha, então lhe lancei um sorriso, que ele, pela primeira vez, devolveu.

         De repente, escuto uma voz vinda do andar debaixo: - Bella? Bella, cadê você? Bella?!

         Lentamente, um sorriso enorme foi se espalhando por meu rosto quando reconheci a voz. Dei as costas para todos enquanto saía dali, abrindo a porta apressadamente, antes de virar no corredor, ouvi Alice gritando um "Bella!".

Bella? – a voz chamou novamente.

         Fui seguindo-a, tentando me achar nessa casa grande. Tive que descer duas escadas até finalmente chegar ao primeiro andar, em uma sala. Sorri, com lágrimas nos olhos, quando vi minha mãe ali.

         Corri até ela e a abracei fortemente. Ouvi os outros chegando logo depois de mim em seguida, mas continuei abraçada a minha mãe.

— Mas... Ahn? – ouvi Rosalie exclamar confusa diante da imagem da minha mãe.

         Não, minha mãe não estava ali realmente. Lembra o que falei sobre "preparar uma comunicação para com o Sol"? Enfim, Ang aparentemente tinha preparado. Minha mãe era com um grande holograma, bem real, até mesmo palpável, mas eu sabia que não estava ali realmente.

— Ah, Bella, fiquei tão preocupada! – ela dizia, afastando-se de mim para me ver melhor – Quando Angela me "ligou" dizendo o que tinha acontecido, fiquei super preocupada, nunca mais faça isso comigo! Felizmente, minha amiga disse que o médico que estava tratando de você falou que logo você iria acordar, então, era para eu ligar mais tarde – eu ri de sua frase embolada.

— Estou bem, mamãe – eu disse alegremente. –Sim, Carlisle cuidou muito bem de mim, estou me sentindo bem como nunca.

— Carlisle? – ela estranhou, olhando em volta e se aproximando do médico loiro, olhou-o profundamente – Carlisle Cullen?

— Me conhece? – Carlisle exclamou surpreso.

— Oh, bem, de certa forma sim... – minha mãe falava, eu ainda ouvi Emmett cochichar para Corin um "está aí por que a Bella fala tanto 'tecnicamente" – digamos que, sendo rainha, eu conheço os mais importantes vampiros.

— Eu não sou um vampiro importante – Carlisle disse modestamente e admirei-o por isso. Se um Vampiro ouvisse isso, provavelmente ficaria todo arrogante.

         Mas ele não tinha ficado.

— Dificilmente – foi o que minha mãe disse – Carlisle Cullen, nascido na Inglaterra na década de 1940. Filho de um pastor anglicano que se dedicava a caça de Vampiros até ficar idoso e você assumir o seu "cargo". Um vampiro o mordeu, imagino? – mamãe recitava e eu soltei uma risadinha diante do rosto incrédulo de Carlisle – fez parte dos Volturi por alguns anos, até finalmente deixá-los e ir para Perfectore, na Itália... Onde eu morava, naquela época.

         Carlisle arregalou os olhos, e eu também. Definitivamente, eu não sabia disso!

— Por que não me contou que já tinha morado na Terra, mamãe? – perguntei curiosíssima e ela sorriu para mim – Disse que nunca tinha saído do Sol.

— E não saí. Somente uma parte da minha alma foi para Terra e morou lá. Alguns dos meus aliados de hoje eu os conheci naquela época – tive uma sensação estranha agora, como se minha mãe me escondesse algo de suma importância... No entanto, minha mãe nunca escondia algo de mim...

         Quer dizer, exceto que eu tive uma irmã.

— Como... – o Doutor Delícia (Que foi? É mesmo... >.<) falou aturdido -  Como você sabe tanto sobre mim?

— Como eu falei, alguns Vampiros são simplesmente mais famosos que outros – minha mãe disse simplesmente, mas senti que tinha algo mais nisso, porém ignorei.

         Lucy logo se adiantou, batendo palminhas e falando contente: - Tiiiiiiiia Renée! Como é bom ver você de novo! Mas ainda tá em forma, hein? – ela cutucou o holograma que era minha mãe, que riu de minha amiga.

— É bom vê-la novamente, Lucy. Dois anos sem se ver é realmente muito tempo – minha mãe concordou e se virou para seus amigos – Ben, Angela, como é bom revê-los também.

         Os dois abraçaram sua velha amiga.

         Olhando a confusão da família de vampiros, senti necessidade de apresentá-los, afinal, não é todo dia que essas bizarrices acontecem na existência de alguém que até pouco tempo atrás eram somente vampiros.

— Mamãe, esses são os Cullen, apesar de achar que você já sabe – olhei-a desconfiada e ela sorriu inocentemente – Carlisle e Esme, Chelsea e Corin, Emmett e Rosalie, Alice e Jasper, e Edward. – e Bella, quase completei sem querer, mas fechei minha boca a tempo.

         Minha mãe própria parecia ter completado "e Bella" em sua mente – com certeza havia algo que eu desconhecia e ela não queria me contar.

— Ei, mãe – eu falei de repente, interrompendo sua explicação para os Cullen sobre como o sistema de comunicação Sol-Terra funcionava – cadê o papai?

— Ah, querida. Ele pediu para dizer que sente muito, mas Panther o chamou para uma reunião de guerra de última hora.

— Alguma coisa muito ruim aconteceu? – indaguei preocupada que algum inocente tivesse morrido.

— Um grupo de Anjos relatou uma luta que houve entre Metamorfos e Nefilins na Rússia uma semana atrás. Claro que não foi o suficiente para chamar atenção dos humanos, pois foi no mais extremo frio da Rússia.

— Mas o suficiente para chamar atenção dos Volturi e dos Anjos, imagino – falei para ela, que assentiu.

         Assim como os Volturi é a realeza Lunar na Terra, os Anjos são os comunicadores diretos para o Sol. Diferente dos Volturi, os Anjos se consideram simples "comunicadores". Eles sempre falam para meus pais e eu que nós somos a família real e eles não podem fingir que são. Mas eu sei que são muito importantes, eles, eu digo.

— Er... Sim.

— Está ficando cada vez pior – analisei e Lucy concordou séria do meu lado. O único assunto que conseguia fazê-la ficar assim: a guerra.

         Mordi o lábio inferior. Esperava que os Metamorfos estivessem bem, ou, pelo menos, vivos, pois é impossível sair de uma guerra – uma batalha - sem algum machucado.

— Bella, por favor, minha filha, volte para casa – conhecendo aquele tom de minha mãe, sabia que ela estaria pronta para implorar se minha resposta fosse a que ela não queria.

         Mas eu não podia simplesmente aceitar ir.

— Desculpe, mamãe, mas eu ainda não achei aliados o suficiente – eu discordei dela penosamente.

         Em seus olhos eu vi lágrimas de saudade e de dor: - Bella, por favor! Não suporto que você fique na Terra, tão vulnerável...

— Mamãe, sei me defender – eu disse. Angela olhou para mim com uma sobrancelha erguida como quem diz "É?". Tááá, tudo bem que lutei contra a Nefilim do mal, mas venci, não é?

         Não é?

— Sei disso, meu amor – ela concordou com um sorriso fraquinho – mas ainda assim é a Princesa. Se alguém da Lua descobriu seu disfarce, então não há mais maneiras de permanecer aí por muito tempo. Sabe que os Lunares são rápidos em montar exércitos.

— Sei, disso, mas... – vendo seus olhos pidões, suspirei frustrada – Tudo bem, eu volto.

— O quê? – Lucy exclamou surpresa com minha rápida desistência, sem minha típica teimosia – Mas, Bella...

— O quê? – Corin perguntou tentando acompanhar as coisas para alguém que não entendia nada de meu Reino, meu mundinho – Bella vai voltar para o Sol?

— Eu tenho – frisei a palavra. Mordi com mais força o lábio inferior, mas me lembrei de parar, se sangrasse os vampiros ali estariam em apuros enormes.

— Mas, Bella... – Alice disse chorosa. Ela realmente seria uma grande amiga, mal tinha acabado de me conhecer e não queria que eu fosse – você não pode ir... E a nossa amizade futura?

— Ah, Allie... – eu disse penosa, ela tinha uma carinha verdadeiramente triste. Mal reparei no apelido que dera para ela, mas pareceu cair como uma luva.

— Bella – minha mãe chamou e eu a olhei, eu não queria ir, mas também não queria magoá-la ao ficar – você disse que foi aí em busca de aliados, certo?

— Certo – eu disse lentamente, sem entender onde isso iria chegar.

— Então, se você os achou, pretende deixá-los aí? – ela terminou risonha.

         A informação foi aos poucos entrando na minha cabeça.

— Os Cullens? Os Lobos?

         Jacob aparentemente já tinha entendido, pois me olhou sorridente e disse animado: - Com certeza o bando irá, Bells, não tenha dúvida!

— Sério? – eu disse emocionada, abraçando meu amigo com força – Ah, obrigada, Jake!

         Pulei animada com Lucy, como se fossemos adolescentes histéricas – na verdade, era o que parecia. Mas não liguei, estava muito feliz.

— Nós também aproveitaremos para ir ao Sol, temos que visitar, lembra? – Angela riu e me abraçou, dando um rápido beijo em minha testa.

— Obrigada, Ang – meus amigos estavam tornando minha escolha muito mais fácil.

         Allie de repente parou na minha frente, tão rápido que quase não vi. Seus olhos arregalados traziam enorme felicidade: - Está nos convidando para ir ao Sol com vocês?

— Bem... Sei que não posso obrigá-los a lutar nessa guerra, mas... – ela rapidamente me interrompeu.

— Ah, que legal, que legal! – ela gritava no meu ouvido, abraçando-me.

         Surpreendentemente, Emmett e Corin imitaram Alice na mesma animação – assustador.

 - Podemos ir? – os três imploraram em uníssono para Carlisle, com a mesma carinha pidona. Vi o resto dos Cullen rir – inclusive Edward, o que com certeza me deixou mais alegre.

— Bom, certamente será bom ajudar em alguma coisa, se pudermos ajudar, claro – ele me olhou.

         Bati palminhas como Lucy: - Ah, perfeito! Está bem, mamãe, iremos todos. Peça para Zelda e Hollie irem arrumando quartos para todos os meus amigos e para Joe preparar um bom treinamento para quando eu voltar – minha mãe assentiu.

— O próximo portal para o Sol será feito em um mês. Vá para o condado de York, na Inglaterra – ela avisou seriamente, então repentinamente sorriu – Angela me contou o quanto você odiou ir de avião com todos, então, pedirei a um amigo para ir buscá-los e levá-los diretamente para o lugar do portal. Ele virá um dia antes, então, fiquem prontos.

         Abracei-a, pois a próxima vez que no falaríamos novamente seria somente no Sol. Deixei algumas lágrimas alegres, mas com saudades, pingarem em sua blusa, até ela finalmente sumir como vapor.

         Vir-me-ei para meus novos amigos. Eu tinha muito tempo para conhecer a todos e para lhes contar sobre coisas do Sol.

— Quem são Zelda, Hollie e Joe? – Alice perguntou, não contendo sua curiosidade. Edward revirou os olhos para a irmã, fazendo-me esconder um sorriso.

— Zelda e Hollie são as minhas... Hm... Serventes particulares, como elas falam. Para mim são minhas amigas – dei de ombros – e Joe é o meu treinador, ele faz isso desde que aprendi a andar.

         Vendo os olhinhos de Alice brilhando com animação nova, sorri, mas não pude reprimir um bocejo.

— Talvez seja melhor irmos para casa, não é? – Angela perguntou e eu acenei sonolenta.

— Ei, que dia é hoje?

— Terça-feira – Edward respondeu – Por quê?

— O que os humanos estão pensando de nós? Quero dizer, vocês faltaram as aulas também?

— Lancei uma grossa camada de magia para eles pensarem que era isso que estávamos fazendo – Ang me respondeu, tranqüilizando-me com o olhar – mas isso não é importante agora, Bella, você precisa descansar.

         Ia discordar, mas fiquei quieta, pois novamente bocejei sem poder me impedir. Lucy sorriu.

— Então nos vemos amanhã, Cullens – falei para os meus novos amigos. Alice suspirou, vendo que teria que esperar para suas respostas, mas os outros sorriram e acenaram enquanto íamos embora.

         No dia seguinte, quando acordei, meu quarto tinha um cheiro adocicado. Se fosse uma humana, nunca perceberia, era fraco, mas estava ali.

         Era o cheiro de Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

Então? Merece recomendações? =DDDDDDDD