Jogo de Amor escrita por DaMa_DM


Capítulo 16
Capítulo 14




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- Não pode ser o que eu estou pensando – dizia a mãe de Sakura com lágrimas nos olhos.  

- É preciso mamãe, você sabe que eu precisaria ir. Só estava adiando isso, mas agora não tenho motivos para fazê-lo.

- Do que vocês estão falando? – perguntaram Ino e Hinata juntas  

- Eu vou embora. – disse Sakura certa do que estava fazendo.  

- Você não pode, vai deixar os estudos, vai abrir mão do Sasuke, por uma história dessas? Sakura isso logo passa. – concluiu Ino.  

- Não é bem assim Ino, a empresa do papai está com sérios problemas, e vocês sabem que ele não está em condições de tomar as rédias, a mamãe tem seu emprego aqui e não pode largá-lo, eu sou a única que posso.

  - Mas Sakura... – protestou Hinata

  - O Sasuke pode viver sem mim, se ele me amasse como dizia teria me ouvido. Mas ele foi como os outros. Tenho certeza do que estou fazendo e não vou voltar com a minha decisão, só peço que ninguém saiba onde estou.

  A mãe de Sakura, Ino e Hinata concordaram e logo elas todas se juntaram para um abraço.    

(...)          

  Haruno estava no quarto arrumando sua mala. Ela queria ter podido adiar esta viagem por mais tempo, mas agora não via mais porque continuar ali. A faculdade ela poderia continuar lá, não teria problemas em conseguir vaga com suas notas.

  Mas a cada lembrança era uma lágrima que Sakura deixava cair.  

Flash Back - on

  Sakura havia voltado para atender ao telefone enquanto sua mãe tirava o carro

- Oi? – perguntou ela estranhando, já que o número que a ligara era de outra cidade.

- Sakura é você? – perguntou a voz desconfiada do outro lado.

- Papai? Aconteceu alguma coisa? – Ela havia tido uma surpresa quando seu pai a ligou, mas ficou receosa já que ele passara por uma cirurgia complicada há algumas semanas.

- Na verdade aconteceu, mas não foi comigo e sim com a empresa.

- Não estou entendendo, em que eu posso ajudar?

- Vou tentar resumir o problema querida. – disse ele com a voz calma – Havíamos contratado um novo contador para a empresa, ele pareceu muito confiável aos olhos de todos e como eu estava com um pequeno problema – Sakura riu, seu pai nunca falava de sua operação. – tive que deixar tudo nas mãos de segundos. Claro que eu confiava neles. – ele respirou – Mas há dois dias quando acessamos nossa conta bancaria para uma nova transação percebemos que tínhamos menos que a metade do dinheiro que estava antes. Foi um desfalque tanto para mim quanto para todos quando tivemos que adiar a fusão de outra agencia para a nossa.

- Mas, você tem certeza que não está se precipitando? – questionou Sakura

- Deixe-me terminar.  Quando eu tive alta e voltei para a empresa, ninguém inclusive a quem eu deixei encarregado da empresa sabia onde estava o novo contador. Então resolvemos pesquisar e descobrimos que o seu nome não constava em nenhuma agencia dita por ele. Foi ai que descobrimos que ele roubou aproximadamente 55% do nosso dinheiro usado para investimentos. Mas não podemos fazer queixa porque não temos provas concretas.

- Não estou estendendo onde eu entro nisso papai. – a garota ainda estava confusa.

- Precisamos recuperar esse dinheiro e logo, antes que sejamos obrigados a fechar as portas – ele suspirou tristemente - e como sabemos não estou em condições de resolver todos os problemas que isso irá gerar, e sua mãe também não pode deixar o emprego ai, já que ela está como diretora da nossa filial. Então pensamos que você poderia vir apenas pelo tempo de resolver o problema e tomar conta de tudo. Claro que sua mãe é contra, mas não me impediu de falar com você.

- Não sei, sabe que estou quase acabando meus estudos e não posso parar assim do nada. Não tem outra pessoa que o senhor confie para deixar a empresa em seu controle?

- Sakura, estamos falando de todos nossos bens. Eu não posso simplesmente escolher alguém a dedo e decidir que ele será o diretor de tudo por aqui. Não podemos correr o risco de outro desfalque, e como você é minha filha sei que posso confiar. Não estou pedindo que se mude pra cá definitivamente, apenas que fique um tempo. Quanto à faculdade com suas notas conseguira continua-la aqui. Não é apenas o futuro da empresa que está em jogo é o seu futuro também.

- Eu preciso pensar, não posso tomar uma decisão dessas de uma hora para outra.

- Você tem uma semana para se decidir querida, não estou te pressionando, mas peço que pense o mais rápido que puder e quando tiver a resposta me ligue, sim?

- Claro papai, - sussurrou ela – vou pensar com muito cuidado e com muita pressa – brincou.

- Minha Sakura não muda mesmo. – o seu pai riu do outro lado da linha. – espero por sua ligação. Amo você.

- Eu também. – mas ele já havia desligado e antes mesmo dela respirar para absorver tudo Sakura teve que voltar para a faculdade.

Flash Back – off

  Ela precisava ajudar seu pai e isto já estava decidido, só precisava avisá-lo.

  Ligação - on

  - Vejo que pensou muito rápido Sakura – disse seu pai do outro lado da linha

- Às vezes o senhor me assusta. – ironizou ela.

- Espero que não esteja me ligando para dar noticias ruins. - disse ele receoso

- E não estou já me decidi, vou ajudar o senhor com a empresa.

- Excelente – seu pai gritou do outro lado. – quando pretende vir?

- Que tal amanha à tarde?

- Claro... Mas Sakura, algum problema? Você me deu parecer no telefone antes que não viria e agora me liga e já quer vir?

- Papai, quer que eu vá ou não? – disse ela se estressando.

- Sabe que sim. Desculpe só estava tentando ajudar a minha pequena. - disse ele

- Me desculpe, não estou nos meus melhores dias. O que acha de conversarmos quando eu chegar?

- Está bem querida, mando o motorista te buscar no aeroporto amanha.

- Obrigada – e assim ela desligou.

Ligação – off  

“Preciso disfarçar mais meu animo, só preciso descobrir como” pensou ela e assim fechou a ultima mala que ainda estava aberta. “A partir de hoje não quero me lembrar de nada que envolva o College Avalon”.

  Olhou mais uma vez ao seu redor, o guarda roupas já estava vazio e suas fotos já estavam guardadas não tinha mais nada a fazer a não ser dormir mais e mais para poder esquecer-se do que havia acontecido e enfim chegar o outro dia e ela poder ir embora.

  Sakura tomou um banho, colocou seu pijama e apesar do calor se enfiou de baixo de dois edredons e se afundou neles, cobriu até a cabeça, e assim dormiu. Acordou com sua mãe a chamando para jantar.

  - To sem fome mãe, obrigada.

  A mãe entrou no quarto que antes era tão cheio de vida e agora estava apagado e todo fechado, olhou para Sakura ali quietinha de baixo dos edredons e teve vontade se abraçá-la e fazer com que tudo aquilo acabasse. Mas ela não podia fazer isso então apenas abraçou sua filha.  

- Calma meu amor, vai ficar tudo bem – tentou acalmar Haruno que chorava.  

- Eu sei que vai que eu vou embora e daqui algum tempo eu não vou lembrar mais disso tudo, mas agora mãe ta difícil demais agüentar calada. Então me deixa chorar e ficar quieta. – implorou ela.  

- Eu sei filha, - disse ela ainda abraçada a Sakura – mas eu estou aqui pra qualquer coisa e suas amigas também.

  A garota balançou a cabeça confirmando e abriu um leve sorriso.  

- Onde está Ino e Hinata? Voltaram para a faculdade?  

- Não, estão  jantando, elas vão dormir aqui para te levar amanha no aeroporto. Tem certeza disso mesmo?  

- Mais do que qualquer coisa – confirmou Sakura.

  - Então até amanha - disse sua mãe lhe dando um beijo na testa.

  E mais uma vez Haruno se deitou e dormiu, assim esquecendo de todo mal que lhe rondava.          

(...)  

O dia da partida de Sakura havia chegado, Ino e Hinata entraram no quarto da garota tentando fazer o mínimo de barulho possível pensando que ela ainda estivesse dormindo, mas se assustaram ao ver a garota já acordada sentada na janela olhando pro nada.  

- Sakura? Tudo bem? – perguntou Hinata

  Ela balançou a cabeça  

- Eu to legal – disse ela sorrindo.  

- Sei que já perguntamos muitas vezes, mas é só pra confirmar... Você vai mesmo?  

- Vou, já está tudo arrumado. Preciso fazer isso pelo meu pai... E por mim – sussurrou ela.

  - Se é assim, estamos com você nisso. – As duas abraçaram Sakura.

– Agora vá se arrumar queremos você linda para chegar arrasando na outra cidade.  

- Vocês mandam – disse Haruno se levantando e indo para o banheiro.

– Só mais uma coisa, não esqueçam que não devem falar pra ninguém onde estou. – disse e entrou no banheiro.

  As amigas se sentaram na cama de Sakura e ficaram esperando. Até que ela saiu, estava muito bonita, e só não estaria mais por causa da sua cara abatida.   (roupa: http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo/set?id=30064976)  

- Está linda Sakura. – comentou Ino

  - Obrigada – disse e um silêncio reinou até se ouvir o barulho do táxi estacionando – Acho melhor irmos.

  Todos ajudaram Sakura a carregar as malas, já que eram muitas, não demorou muito para chegarem ao aeroporto, o transito estava calmo, até demais.  

Assim que a garota comprou a passagem sua mãe já começou a chorar.  

- Calma mãe, eu vou ficar bem. Cuidar da empresa vai ser bom para me distrair e vou continuar a faculdade lá. Além de tudo o papai vai cuidar de mim. Eu volto assim que puder. – disse ela abraçando a mãe.  

- Eu sei, mas é a primeira vez que você fica longe de mim por tempo indeterminado. – disse ela retribuindo o abraço. – Já sei, estou exagerando – a mãe de Sakura riu – Sei que vai ficar bem.

  - Nós vamos sentir tanta falta amiga – disse Ino abraçando Sakura, sendo seguida por Hinata.  

- E vocês nem imaginam como vou sentir a de vocês. – disse Haruno abraçando uma de cada vez.  

  - É pra nos ligar todos os dias, queremos ficar a par de tudo. – Ino riu.

- E vocês também, quero informações das senhoritas. - Disse Sakura rindo.  

  “Vôo 574 os portões já se encontram abertos.Vôo 574 os portões já se encontram abertos”.  

  Sakura conferiu no passaporte, era o seu vôo, se despediu de todas novamente e entrou pelo portão de embarque. A partir dali começava uma nova vida.  

Entrou no avião, conferiu seu acento que por sorte era na janela e se sentou alguns minutos depois ouviu a aeromoça falar e logo o avião já estava no ar. Antes de a cidade sumir ela deu a última olhada pela janela e teve a sensação que demoraria a voltar para aquele lugar.  

Por mais que houvesse dormido ainda estava com sono, então pegou seu celular e ligou os fones de ouvido, se encostou ao banco e dormiu. Acordou com alguém a cutucando.  

- Moça o avião já vai pousar. – avisou o rapaz que sentava ao seu lado.  

Ela abriu e fechou os olhos e se mexeu na poltrona até criar coragem e se acomodar direito. Agradeceu ao rapaz que era muito bonito por sinal, mas ela não estava com animo para reparar nele. E assim que o avião desceu, ela se levantou e saiu ficando maravilhada ao olhar para aquilo tudo. Com certeza a cidade era muito bonita.

  Andou um pouco e avistou uma pessoa segurando a placa com seu nome assim indo até ele.

  - Sou Sakura Haruno – se apresentou – quem é você?   - Sou o motorista do seu pai, me chamo Hayato.  

- Prazer – disse Sakura estendendo a mãe e ele a apertou.

  - Vamos que seu pai a espera ansioso.   Um belo carro prata a esperava e ela pensou ter errado, mas ao ver Hayato entrando no banco do motorista teve certeza que aquele era o carro. “Os investimentos do papai cresceram” pensou ela.  

Os dois trocaram poucas palavras no trajeto até a casa de seu pai, e ao estacionar o carro na garagem ela teve certeza que as Empresas Haruno haviam crescido e muito e pode ter certeza assim que viu a bela e grande casa onde seu pai morava.

  - Ele deu muito duro para conseguir isso tudo senhorita Haruno, seria uma injustiça ele perder o que batalhou para conseguir.  

- Me chame de Sakura, e eu não vou o deixar perder nada que seja dele. – disse ela convicta de suas palavras.  

- Tenho certeza que sim.   Ao entrar em casa o mordomo a recebeu e ela pensou que ele iria levá-la até seu pai, mas estava errada.  

- O Sr. Haruno pediu para que lhe mostrasse a casa e seu quarto antes de irmos até ele. Não se importa não é?  

  Sakura balançou a cabeça negando.

  O mordomo a mostrou a casa inteira e por fim o seu quarto o qual ela ficou maravilhada. Um grande quarto com uma sacada que tinha vista pra cidade, uma cama de casal, uma televisão de plasma, um banheiro só para ela, além de um enorme closet e muitas outras coisas.

  - Papai deve ter tido um trabalho enorme para deixar o quarto assim antes que eu chegasse. – concluiu Sakura.

  - Na verdade ela já havia deixado pronto desde quando falou com a senhorita. Acho que ele tinha esperança que viesse.  

- Parece que ele acertou mais uma vez. - a garota disse e colocou suas malas em cima da cama – se não se importa, queria ver meu pai agora.

  - Claro, me acompanhe.

  Os dois caminharam silenciosamente pelo grande corredor, até parar em uma grande porta de madeira.  

- Este é o quarto do seu pai, ele ficara muito feliz em vê-la – disse abrindo a porta.  

Sakura não se conteve ao ver seu pai deitado na cama, ele ainda estava fraco por causa da operação e deixou algumas lágrimas caírem.

  - Oi Papai. – disse ela sussurrando.   - Minha pequena, como cresceu. Está linda. – disse ele rindo. – Venha me dê um abraço.  

Ela correu até onde seu pai estava e o abraçou com todas as forças.  

- Estava com tantas saudades – a garota disse.

  - Eu também querida. Fico feliz por ter vindo me ajudar.  

- Fico feliz por poder ajudar. – disse ela sorrindo.

  - Outro dia iremos à empresa para você conhecer tudo e ficar a par da situação, também irá à faculdade fazer sua inscrição, creio que não poderei ir à empresa todos os dias, mas como disse confio em você. Enfim, deixemos isso para amanha, hoje quero saber de todas as novidades e porque resolveu vir pra cá tão depressa.  

Sakura sempre confiara em seu pai e apesar de não vê-lo a um bom tempo se sentiu segura para contar. Sabia que ele a entenderia, e assim foi. A rosada contou tudo, mas tudo mesmo e ele tentou consolá-la de todas as maneiras. Ela sorriu, seu pai continuava o mesmo, sempre paciente e carinhoso. Talvez ficar naquela nova cidade não seria tão ruim. 


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