Não é Comédia escrita por The_Stark, Emmy Black Potter


Capítulo 8
FUCK YEAH!


Notas iniciais do capítulo

Eu gostei muito desse capítulo, as coisas ficaram um pouco "selvagens", se é que vocês entendem o trocadilho (e não entendem, porque para entender vocês teriam que ter lido a história). Bom, chega de falar! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/149946/chapter/8

PS: Essa história foi baseada nas idéias de Mariana11 e Shantae (sim, é um mix! Maneiro, né? Shusahuahsuahsu)

            Dumbledore escrevia seriamente em alguns pedaços de papel sobre sua mesa. E por “seriamente” eu quero dizer que ele rabiscava carinhas felizes em cima de documentos sérios.

            - Dumbledore? – uma batida na porta.

            O diretor levantou a cabeça dos papeis. Se batiam a sua porta, só podia ser sério. Algum professor poderia estar precisando de ajuda, ou pior, os alunos poderiam estar precisando de ajuda... Algo podia estar errado no colégio...

            - Vá embora, diabo! – gritou Dumbledore – Estou ocupado aqui!

            E com isso voltou a desenhar as carinhas felizes. Outra batida na porta e Snape entra na sala bruscamente.

            - Ocupado é o escambau! Você vai me ouvir e vai ser agora!

            - Snape? Mas eu ainda nem chamei você e McGonagall para falar minha mais nova idéia, o que está fazendo aqui? Ah, não tem problema, já que está aqui, eu improviso alguma coisa... Vejamos o que pode ser... Ah, há! Já sei! Chame McGonagall, vamos formar uma banda de rock!

            Snape parecia pasmo com a criatividade do diretor.

            - Eu? Numa banda de rock? Deixe-me lhe explicar uma coisa, eu não danço, eu não demonstro emoções e eu certamente não participo de bandas de rock!

            - Tarde demais! Vá chamar McGonagall, já está tudo combinado! Banda de rock!

            Snape suspirou, aquilo ia ser mais difícil do que ele pensara.

            - Dumbledore... Não vou participar da banda de rock, tirando aquele negócio de o “rock ser uma coisa satânica e querer o mal”, não tenho nada em comum com ele. Mas não vim aqui para isso...

            Dumbledore parecia decepcionado. Sem bandas... Pelo menos por hora...

            - Então o que quer?

            - Eu preciso de um favor...

            - Não! – gritou Dumbledore – Você não vai amordaçar os alunos numa corda e espancá-los com um taco de baseball de novo. Sete vezes é um pouco demais, não acha? Não vou deixá-lo punir ninguém dessa forma!

            - Não é nada disso... O que eu quero é...

            - Não! Pior ainda! Aquela sua punição com o Grande Chupa-Cabras é pior ainda! Você tem uma mente doentia sabia disso?

            - O quê?! Não, esquece o Grande Chupa-Cabras – defendeu-se Snape – E me deixe terminar, o que eu quero é... A transferência de uma aluna para Hogwarts...

            - Uma aluna, você diz? Qual o nome dela.

            - Sarah. – respondeu o professor – e ela é minha filha.

            O sol parou de brilhar por um segundo. Os quadros todos soltaram um “Ohhh” e recolheram-se à suas devidas molduras, o mundo era cruel demais para eles. Até mesmo Dumbledore se sentiu tentando a se jogar de uma das torres do castelo. Uma coisa era viver com Snape, outra coisa era saber que ele estava espalhando seus genes por aí...

            - Sua... Filha? – Dumbledore parecia muito atordoado para falar – Quem é a mãe?

            - Sua mãe! – respondeu Snape grosseiramente – Não te interessa!

            - Ela não pode ficar! – sentenciou Dumbledore.

            - Por favor? Por todas as loucuras que eu já fiz por você?

            Dumbledore refletiu, talvez Snape fosse mal educado e tudo, mas sem dúvida era leal e sempre cumpria o que o diretor pedia...

            - Não – terminou inexoravelmente.

            Snape suspirou.

            - Ela sabe tocar rock...

            Os olhos de Dumbledore brilharam com a notícia. A banda ia acontecer...

            - Ela é a filha de quem?! – Até mesmo Hermione parecia aturdida com a notícia.

            - Do capet, digo, do Snape – respondeu Rony - Ah, qual a diferença?

            - Ela é a filha Snape?! – Gina entrou na conversa – Rápido alguém me dá uma faca para cortar os pulsos antes que a vida piore!

            - Calma... – interveio Harry – Não pode ser tão ruim assim...

            - Ah, Harryzinho – disse Gina – pode ser tão ruim assim sim. Pense no seu professor de Poções. Sim, aquele que é capaz de te derrubar dentro do caldeirão se você errar a poção. Agora pense que ele tem uma filha, da nossa idade, vindo para cá... Uma laranja nunca cai longe da laranjeira, Harry. Escreva o que estou te falando, essa garota vai ser o cão chupando manga!

            - Ela provavelmente vai ser da Sonserina, não é? – sugeriu Hermione.

            - Provavelmente – concordaram todos. Aquilo era um alívio.

            Naquele momento, quase como se o universo estivesse empenhando em trollar os alunos, uma garota entrou no Salão Comunal da Grifinória. Ela tinha uma estatura mediana, vestia uma roupa punk com as mangas da camiseta rasgadas e grandes medalhas prateadas, além de muitas correntes em volta do pescoço. A estampa da camisa dizia “O Armagedom foi ontem, hoje nós temos um problema”. Mas não fora isso que dera a dica aos garotos, mas sim o cabelo da garota. Era negro. Era lambido. E acima de tudo, era ensebado... O que só poderia significar uma coisa...

            - Meu Deus! – gritou Rony – Ela é linda!

            - Ughh – disseram todos da sala.

            A garota caminhou até Rony. Olhou-o de cima abaixo.

            - Definitivamente, não faz meu tipo. Me chamo Sarah, com “h”, saca?

            - Você é a... Filha do Snape?

            - Algum problema com isso?

            Todos se calaram. Não tiveram tempo de responder.  O Sonorus de Dumbledore ecoou pelo colégio, o que significava que algo muito ruim estava prestes a acontecer.

            - Atenção todos os alunos, vocês devem comparecer ao Salão Principal para a demonstração de Rock que eu, Minerva e Sarah daremos. Sim, somos uma banda! FUCK YEAH!

            - Fuck yeah? – perguntou Harry – Mas isso nem é coisa de rockeiro!

            - Aparentemente, Dumbledore discorda – falou Hermione.

            - Você está nessa banda? Sarah com “h” – perguntou Rony. Ele não havia entendido a idéia do nome da garota...

            - Algum problema com isso?

            Todos se calaram. Já era a segunda vez que eram ameaçados por aquela estranha garota e só a conheciam a alguns minutos. O sonorus de Dubledore voltou.

            - Por que essa demora? Venham logo. Aparatem! Andar é para os fracos!

            - Mas o quê?! – perguntou Hermione chocada – Aparatar? Mas, e as regras?!

            - Uhuuuu! – gritaram Rony e Harry simultaneamente – Aparatar! FUCK YEAH!

            - Mas, esperem! – tentou Hermione – As regras dizem...

            Os garotos aparataram.

            - Gina, você...

            Ela aparatou. Hermione olhou para Sarah, a punk também aparatou. A menina olhou ao redor e todos do Salão Comunal já haviam aparatado. Ela suspirou e começou a andar em direção ao Salão Principal. As regras não podiam ser quebradas.

            Quando chegou lá, viu que as mesas tinham sido postas de lado. Dumbledore, Minerva e Sarah já se preparavam para a primeira música. Os alunos de toda a escola estavam de pé esperando o show começar.

            - Com licença – Hermione abriu caminho entre os alunos, procurando seus amigos.

            Quando finalmente os encontrou, falou:

            - Vocês sabem que não podem aparatar? No que estavam pensando?!

            -Ah, isso não é nada...

            - Nada?!

            - Atenção, galera – começou Minerva, aparentemente ela havia voltado a tentar falar “como os jovens” agora que estava numa banda – Nós vamos arrasar geral aqui!

            Ela estava na bateria, Dumbledore no vocal e Sarah na guitarra.

            - Se preparem para o show porque o bicho vai pegar! – gritou Sarah.

            - E É HORA DO ROCK N’ ROLL! –gritou Dumbledore.

            E todos começaram a tocar freneticamente “I Love Rock N’ Roll” da Joan Jett.

            Os alunos foram a loucura. Pulavam feito macacos. Sarah arrasava nos Power acordes, fazia solos incríveis com uma técnica que teria deixado Slash com inveja. Minerva mostrava todo o seu vigor batendo as baquetas na bateria e criando muito barulho. Dumbledore praticamente berrava a letra, fazia falsetes histéricos e uivava para a lua enquanto cantava.

“I love Rock N’ Roll!

So put another dime on junkbox baby!

I love Rock N’ Roll!

So come and take your time and dance with me!”

            A multidão ia a loucura com tudo aquilo. Um grupo de alunas do quinto ano ficavam gritando “Casa comigo, lindo!” para Dumbledore. Garotos do sexto ano cantavam Sarah e Minerva. Todos pulavam com os braços erguidos cantando juntos. Era uma selva.

            Quando a música acabou, Dumbledore virou-se para todos, consumido pelo espírito do Rock.

            - Esqueçam tudo! Esqueçam os estudos! Esqueçam a vida! Só o que importa é o agora! É o rock! Vivam como se não houvesse amanhã e se depender de Voldemort realmente não vai ter! VAMO FESTEJAR, GALERA! VAMO POR ESSE CASTELO ABAIXO! FUCK YEAAAAAAAAH!

           - FUCK YEAAAHHHH! – responderam todos os alunos, aparentemente aquele era o novo “código do rock”.

            Começaram a tocar “Welcome to the Jungle”  do Guns N’ Roses.

“Welcome to the Jungle!

It gets worse here everyday!

Ya learn to live like an animal!

In the Jungle where we play!”

            Se antes o colégio já estava uma bagunça, agora aquilo virou uma verdadeira selva. Os alunos subiram em cima das mesas, gritando e soltando feitiços para o nada. Jogavam os pratos no chão e quebravam-nos enquanto gritavam “Fuck Yeah!”. Ouviam-se duelos mágicos e físicos. Havia sangue, havia órgãos.

            - MAS E AS REGRAS?! – gritou Hermione desesperada no meio daquela algazarra. Suas regras, preciosas regras, despedaçadas, descumpridas, humilhadas...

            Dumbledore parou de tocar quando ouviu Hermione gritar.

            - Regras você diz? – vaias surgiram de todo o Salão – Galera, ela quer regras! Bullying nela! Pode bullyniza que essa merece!

            E eles continuaram tocando Welcome to the Jungle, mas agora os alunos se revoltavam contra Hermione. A garota tentava fugir do Salão Principal, mas eles eram muitos. Ela não tinha escolha, tinha que buscar ajuda... E só tinha uma pessoa que a ouviria... Com um terrível sentimento de desconforto, ela aparatou.

            Nas masmorras, ela caminhou diretamente para a sala dele. Sabia que ele era o único que daria ouvidos a ela agora, não tinha escolha... Entrou sem bater na porta.

            - O que significa isso, Srta. Granger? – perguntou Snape.

            Ele alimentava os alunos do segundo ano que ele mantinha em cativeiro, dentro de uma jaula de ferro, desde um triste episódio envolvendo um dragão chamado Tedó.

            - Snape, é terrível! – Falou Hermione sem fôlego – Dumbledore... Sarah... Todos estão quebrando as regras!

            Snape suspirou enquanto davam algumas alcaparras para os estudantes encarcerados.

            - E?

            - Você não entende?! As regras estão sendo quebradas! Está uma bagunça lá! Alguém pode se ferir!

            Os olhos de Snape brilharam.

            - Por que não disse antes?! Rápido, Hermione, temos que pegar pipoca para assistir a tudo isso.

            - Você não entende? – Hermione suspirou... teria que recorrer a seu último recurso – Eles estão... cantando a sua filha...

            O sorriso desapareceu do rosto de Snape.

            - Minha pequena e indefesa Sarah...?

            - Bem, eu não diria indefesa, né? Ela parece que vai cuspir fogo pelas ventas...    

            - Minha Sarah?! Agora o bicho vai pegar de verdade! – ele sacou sua varinha.

            Quando Snape e Hermione chegaram no Salão Principal, eles tocavam “It’s my Life” do Bon Jovi. A coisa parecia estar mais fora do controle do que quando Hermione saíra. Agora tinham alunos desmaiados por todo o chão. Outros ainda pulavam histericamente e gritavam “Fuck Yeah!”

            - O QUE SIGNIFICA ISSO?! – Snape chamou a atenção.

            Dumbledore engoliu em seco.

            - Snape? Eu posso explicar!

            - Não tente se explicar! Vocês todos estão ferrados na vida.

            McGonagall levantou-se de trás da bateria, olhou no fundo dos olhos de Snape. Levantou seu vestido e mostrou as nádegas para Snape.

            - É isso que eu penso de você, seu rabugento! Pro inferno!

            Snape estava literalmente espumando de raiva e soltando fumaça pelas narinas.

            - Sarah, venha para cá, já!

            - Há! Você não manda em mim. O rock manda. E adivinha o que ele diz? Ele diz para eu fazer isso! – e jogou a guitarra no chão. Fazendo com que ela explodisse em milhares de pedaços e num show de chamas

            Snape assistia a tudo estupefato. Ele não acreditava no que via.

            - Srta. Granger, por favor, tape os olhos e os ouvidos. Coisas que você nunca imaginou estão prestes a acontecer...

            - Isso deve lhes ensinar boas maneiras – disse Snape enquanto batia uma mão na outra num claro gesto de limpeza – Nunca mais, me entenderam? Nunca mais!

            Ainda estavam no Salão Principal. Snape, pela oitava vez, amarrara todos os alunos do colégio em cordas, colados a parede. A diferença era que agora Dumbledore, McGonagall e Sarah também estavam amarrados. Ele caminhava pelo salão com seu bastão de baseball e de tempos em tempos parava para acertar um aluno com ele. Sempre que acertava um aluno fazia questão de gritar “Fuck Yeah!”.

            Hermione assistia a tudo isso do centro da sala. Ela se sentia mal por seus amigos e todos os outros, mas eles quebraram as regras e isso era algo que ela não podia perdoar. Apoiava Snape.

            O professor de poções sorriu – se é que se pode chamar aquilo de sorriso, na realidade parecia que ele estava com diarréia.

            - Agora, é hora de vocês conhecerem o Grande Chupa-Cabras...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Você gosta da história? Não acha que é muito egoímo guardá-la só para você? Compartilhe-a com o mundo! Eu sei que você, pequeno gafanhoto, deve estar se perguntando "Mas, The_Stark, como posso compartilhá-la com os outros?" A resposta é simples, recomende! Recomende para tudo e para todos. Recomende como se não houvesse amanhã! Recomende! Recomende! :D