Não é Comédia escrita por The_Stark, Emmy Black Potter


Capítulo 3
Uma Simples Detenção




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            Dumbledore andava nervosamente de um canto de sua sala para o outro. Ele estava com um péssimo pressentimento. Não sabia exatamente o que aconteceria, mas sabia que seria terrível. Não terrível do tipo, Voldmort invadir Hogwarts e acabar com todos, não, com isso ele podia lidar. Mas algo ruim como seu almoço do China in Box vir errado. Aí sim, a coisa ficaria muito feia para o entregador. Mas como já disse: ele não sabia ao certo o que estava prestes até acontecer. Pelo menos, até a professora Minerva McGonagall entrar na sala berrando:

            -Alvo Dumbledore!

            Lá vem aquela velha!, pensou ele, mas o que falou na verdade foi:

            -Lá vem aquela velha!

            Se McGonagall ouviu Dubledore falar isso não demonstrou.

            -Era com você que eu queria falar, Alvo, você deve dar um jeito nesses alunos, eles estão muito indisciplinados!

            -Mas existe uma cura muito simples para essa indisciplina: tudo o que vou precisar é de três dragões, uma pedra bezoar, 750ml de poção polissuco e muitos, mas muitos, elfos domésticos.

            - Sabe, Alvo – Respondeu McGonagall com uma cara levemente confusa –, eu estava pensando em algo um pouco mais... qual é a palavra mesmo? Acessível.

            -Bom, então podemos deixar todos trancafiados na sala após a aula, até que aprendam boas maneiras.

            -Err... Acho que na sala de aula não vão caber todos...       

            - Como assim não vão caber todos – disse Dumbledore com uma cara surpresa – Quantos alunos você pretende deixar em detenção?!

            -...Alguns poucos que merecem. Mas de qualquer forma, prenda no Saguão Principal, lá vão caber todos. Obrigada por ser tão compreensível, Dudu!

            Dumbledore corou. Secretamente ele adorava quando chamavam ele de Dudu. Ao vê-lo corado, McGonagall começou a dar tapinhas fracos nele enquanto gritava:

            -Velho tarado!

            Bom, após essa conversa, não foi de surpreender que, no dia seguinte, estivessem todos os alunos do colégio (sim, alguns) presos no salão principal.

            -Tudo bem – Disse Harry, muito nervoso – eu só quero saber quem é o responsável por isso!

            -Ouvi dizer que foi a McGonagall que deu essa idéia. – Respondeu Hermione enquanto sentava na mesa, perto de Harry, Rony, Gina e Neville – O objetivo disso aparentemente é nos “disciplinar”. Seja lá o que isso signifique.

            -Que absurdo -Respondeu Rony-, todos sabem que a melhor maneira de se disciplinar os alunos é usando três dragões, uma pedra bezoar, 750ml de poção polissuco e muitos, mas muitos, elfos domésticos.

            Harry fez uma cara de dúvida, perguntando-se mentalmente se deveria ou não perguntar o que aquilo tudo significava, terminou decidindo-se por não perguntar.

            -Mas afinal de contas – disse ele -, o que nós fizemos para precisarmos ser disciplinados?

            -Bem –começou Hermione-, acho que McGonagall não tinha motivos muito específicos para colocar as pessoas aqui. Simplesmente usou qualquer desculpa. Por exemplo, Cho Chang está aqui por ter pedido uma pena emprestada, Dino porque perguntou as horas, Malfoy porque ateou fogo na sala.

            Gina fez uma cara de chocada:

            -Mas esse realmente é um bom motivo pra se colocar alguém na detenção.           

            -Incendiar uma sala? Se você diz...

            -Não –retrucou Gina-, não estou falando do fogo. Mas, perguntar as horas? Quanta petulância!

            - Mas enfim –Hermione voltou a atenção para ela, ignorando o que Gina disse – Parece que ela prendeu até o Dumbledore aqui. Olhem lá!

            No canto da sala, estava Dumbledore com uma cara super-deprimida. Como se não entendesse por que estava preso na sala. Ao vê-lo, as crianças foram até ele, investigar um pouco mais afundo o que isso tudo significava.

            -Dumbledore! – falou Harry – Explique por que você está preso aqui. E o mais importante de tudo, explique por que eu estou preso aqui.

            -Eu não sei bem ao certo –Respondeu Dumbledore, parecendo confuso- Minerva apenas perguntou se podia trancar vocês aqui. Eu concordei. Depois ela perguntou se podia trancar os professores também. Eu concordei. Depois perguntou se podia me trancar também... Eu concordei.

            -Mas... Por quê? – Perguntou Rony.

            -...Ela me chamou de Dudu... – Respondeu ele corado.

            -Um ultraje! –Disse Snape, surgindo aparentemente do nada- Como pôde consentir com isso tudo?! Ficou lélé da cuca?

            -Eu gostaria de saber o que McGonagall está aprontando – disse Hermione- Afinal, por que ela precisava trancar todos aqui? Dumbledore, você provavelmente tem as chaves de todo o colégio. Abra as portas e vamos investigar!

            -Não posso – disse ele envergonhado – Também deixei as chaves com ela...

            -Hermione – chamou Gina-, por que você não abre a porta com magia?

            - Já tentei, mas elas estão trancadas com magia, é impossível. Se ao menos fosse possível aparatar dentro de Hogwarts...

            -Ah! – Disse Dumbledore – Se esse é o problema, eu desliguei o sistema anti-aparatação de Hogwarts há alguns anos. Esse é um castelo muito grande e, às vezes, é muito difícil correr até o banheiro. De forma que é mais fácil aparatar!

            -Mas... –começou Hermione, chocada –E nossa proteção contra Você-Sabe-Quem?

            -Pro inferno com a proteção de vocês! Tenho cara de ministro da magia para ficar protegendo crianças?! Quando eu preciso cagar eu tenho que cagar!

            -Chocante... – disseram todos.

            -Bom, mas essa sua estupidez ajudou a todos –disse Hermione- podemos aparatar para fora da sala. McGonagall não deve contar com isso.

            E então todos aparataram. Esqueceram-se de Snape

            Quando finalmente se materializaram em uma dos corredores, Dumbledore e Gina estavam carregando alguns pacotes de compras do Walt Disney World. Pareciam bastante satisfeito consigo mesmo.

            -Mas... como? – perguntou Rony.

            -Há! – Respondeu Gina- Podíamos nos teleportar para qualquer lugar no mundo e vocês acharam que iríamos nos teleportar pra escola?! Francamente...

            -Tenho que concordar com ela – Emendou Dumbledore – Mas, não fiquem bravos, trouxemos lembrancinhas para todos – E começou a cavoucar na sua sacola de compras – Sabem compramos tudo no Parque do Harry Potter. Cada coisa legal que tem por lá. Pra você Rony: um suco de abóbora e um  sapo de chocolate. Para Hermione: Um incrível cachecol da Grifinória. E para você, Harry: Uma varinha.

            -Mas, Dumbledore –falou Harry- Nós temos tudo isso aqui, e por um preço mais barato. Esqueceu? Esse é o mundo do Harry Potter, digo o meu mundo.

            -Ah – disse Rony fazendo biquinho – o presente do Harry é mais legal que o meu! Eu também queria uma varinha!

            -Mas, Rony –retrucou Gina- Você também tem um varinha, lembra? Olhe no seu bolso.

            -Ah, é!

            -CHEGA –Bradou Hermione- Temos que encontrar McGonagall e descobrir o que ela está fazendo se lembram?

            -Bom, isso pode esperar um pouco, no momento preciso cagar. Já te falei, não? Quando eu preciso, eu tenho que.

            Ao falar isso, aparatou, deixando Rony, Gina, Harry e Hermione sozinhos no corredor vazio de Hogwarts.

            -Bem – disse Rony- Hogwarts é um castelo gigante e ela pode estar em qualquer lugar. Por onde começamos?

            - Essa é uma ótima pergunta Rony –Respondeu Hermione- Mas, não tenho idéia da resposta.

            -Gente, acabei de ter uma idéia –disse Gina- McGonagall não sabe que pode aparatar.

            -E daí? – perguntaram todos

            -E daí, que ela teve que andar. Olhem a sua volta. Estamos cheios de quadros. Alguém tem que ter visto para onde ela foi.

            -Genial, Gina – afirmou Harry. E virou-se para o quadro mais próximo: uma pedra. Ela, como toda boa pedra, não anda, nem fala, nem vê – Vai dizendo o que se viu?

            -...

            -Quadro Abusado! Anda! Desembucha!

            -Harry, fofo... – Começou Herminone.

            Mas já era muito tarde. Harry já estava no chão se atracando com o quadro enquanto gritava coisas do tipo “Não vai falar? Eu vou ter que tirar a informação a força?! Pois que seja!”. A cena foi muito bizarra. Mas o bizarro de tudo foi quando a pedra respondeu:

            -...torre de astronomia...

            - LOL – todos pareceram chocados, exceto Harry, é claro, que parecia bastante satisfeito consigo.

            -Bem... –disse Hermione, recuperando a fala- isso responde a pergunta sobre onde está McGonagall, mas cria muitas outras perguntas...

            -...A vida funciona de maneiras estranhas –disse Gina, também muito desconcertada.

            Rony foi o primeiro a se recompor do choque:

            -Gente, precisamos ir para a torre! – e aparatou.

            Todos o seguiram.

            Todos apareceram em frente a porta da torre de astronomia.

            -Ué, por que não aparecemos direto lá dentro?

            -Magia Negra – respondeu Hermione- o que quer que Minerva esteja fazendo lá dentro. Não vai ser bom.           

            -Acredita que ela invocou a Marca Negra?

            -É possível –respondeu Hermione pensativa- ou pior, está... zerando o boletim de todos. Prefiro nem pensar nisso!

            Cautelosos do que encontrariam atrás da porta, abriram-na. Num primeiro momento, nada aconteceu. Mas, em um segundo momento, nada continuou acontecendo. Sendo assim, todos adentraram à torre.

            -McGonagall! –Disse Harry- Desista agora enquanto há tempo! Logo todo o ministério estará aqui. Você está presa!

            -NUNCA! – E soltou uma risada maléfica

           A velhaca estava no centro da sala remexendo um enorme caldeirão. A poção que ela fazia, seja lá o que fosse, borbulhava, fervia e fedia.

            -O que significa tudo isso? – perguntou Gina cautelosa- O que você está preparando? Responda!

            Hermione farejou o ar. Ela inicialmente pareceu em dúvida, depois, desconcertada, como se não pudesse acreditar que um professor de Hogwarts estivesse fazendo aquilo.

            -Não pode ser –disse ela- você não teria a coragem! Isso é... veneno. Você pretende envenenar todos os alunos?

            -Não apenas os alunos, sua tola! Os professores e Dumbledore também. A poção será servida durante o jantar de vocês! Todos morreram no Salão Principal! E adivinhem o que mais? Essa daqui é apenas uma pequena parte que eu estava acabando de fazer. O resto já foi enviado para as cozinhas. Aqueles elfos domésticos nem desconfiaram de nada! Em cinco minutos o jantar será servido e então, estará tudo acabado.

            -Mas, por quê?

            -Por quê? É muita petulância sua me perguntar isso! Eu sou a vilã da história! Não preciso de um motivo para matar à todos! Apenas vou matar! Mas, é claro, os quatro de alguma forma fugiram da minha “prisão” e agora vou ter que cuidar de vocês pessoalmente.

            -Hermione – gritou Harry – Não temos tempo para isso. Gina, corra para as cozinhas e tente encontrar Dolby, impeça-o de servir o jantar! Hermione, caso o pior aconteça: descubra a cura para o veneno. Rony, eu e você vamos deter McGonagall.

            -Boa sorte tentando – disse Minerva.

            Enquanto Harry e Rony Lutavam, Hermione quebrava a cabeça tentando encontrar a cura para o veneno, mas como? Ela nem era capaz de dizer exatamente o que havia no caldeirão, como poderia criar um antídoto?

            -É impossível! Não  sei o que fazer!

            -Por acaso, a “prisão” te emburreceu –pergutou Snape, entrando na sala e olhando para Hermione.

            -Snape, mas como? Como você escapou do Salão?

            -De fato você ficou mais burra. Já se esqueceu que eu estava próximo a vocês quando Dumbledore falou do sistema anti-aparatação? Eu também aparatei. Mas essa não é a questão. A pergunta é: Como se cura veneno, Srta Granger?

            Quando a pergunta foi feita por um professor a resposta surgiu imediatamente:

            -Uma pedra de Bezoar! Mas onde vou conseguir uma agora?

            -Eu sempre trago uma no bolso –disse Snape- Só pro caso de algum professor surtar e querer envenenar toda a escola, incluindo a mim. – Entregou a pedra a Hermione – Agora, se me dá licença, estarei no Salão Principal tentando fazer os alunos engolirem o jantar. Goela à baixo. O que? Não me importo com o envenenar a escola, desde que eu não esteja incluso.

            Hermione pensou em contestar a questão ética da coisa, mas não havia tempo, aparatou com a pedra para as cozinhas. Tinha que desenvenenar a comida.

            Harry e Rony já haviam tentado de tudo. Mas o lado ruim de se combater uma velha é que ela tinha muitos anos de prática. Era impossível detê-la

            -Expelliarmus!

            -Protego!

            -É inútil, Rony, o que faremos?

            Mas por sorte, naquele exato momento, um monte de elfos domésticos aparataram na torre, eles estavam realmente muito, muito irritados.

            -Como ousa envenenar o jantar? Ralamos muito para fazer! E você estraga tudo!

            -Vocês são apenas os criados do castelo – respondeu ela- CALEM-SE!

            -Obviamente você não sabe o que acontece quando elfos domésticos ficam bravos. Deixe-me lhe explicar: coisas muito ruins acontecem.

            E pularam sobre ela.

            -NÃÃÃÃO!

            Ela aparatou. Mas sua voz continuou ecoando pelas paredes da sala.        

            -Nunca conseguiram me achar. Eu plantei uma bomba em Hogwarts! Nunca vão acha-la! Estão condenados!

            E desapareceu. Nesse momento, Hermione e Gina voltaram das cozinhas acompanhadas de Dolby.

            -Eu ouvi tudo, como acharemos? O castelo é gigante!

            Nesse momento, Dumbledore finalmente voltou de sua ida ao banheiro.

            -Ei, gente, não vão acreditar no que eu achei lá. Um pequeno frasco de poção polissuco! Vocês não andaram aprontando de novo né? Ah, é. Eu também achei essa caixa estranha que faz tic-tac.

            -É A BOMBA! – gritaram todos.

            -Bomba, onde?

            -NA SUA MÃO! SE LIVRA DISSO!

            -A, ta – e aparatou.

            -Ufa – disse Gina- estamos salvos. Mas onde será que ele levou a bomba.

            Dumbledore se materializou na sala novamente.

            -Problema resolvido.

            -Pra onde você levou a boma?

            -Eu aparatei não foi? – falou Dumbledore – Oras, para o único lugar que vale a pena aparatar: Walt Disney World!

            Todos estavam aliviados demais para se importar com algumas milhares de pessoas no melhor parque de diversões do mundo.

            -Mas enfim, o que faremos agora? Temos que por ordem na casa.

            Dumbledore olhou para a pedra bezoar nas mãos de Hermione, para a poção Polissuco em sua mão, para todos os elfos domésticos na sala e falou:

            -Vão indo para o salão. Vou encontrar três dragões. É hora de por ordem na casa

            E esboçou um sorriso bobo.


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Notas finais do capítulo

Cometários? Recomendações? Qualquer coisa?