Não é Comédia escrita por The_Stark, Emmy Black Potter


Capítulo 19
Show de Horrores


Notas iniciais do capítulo

Mas um capítulo feito pra vocês! A idéia é de shantae, muito obrigado!



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- Será que alguém pode me explicar, de novo, por que exatamente estamos fazendo isso? – perguntou Rony.

                - Por que vocês me amam? – tentou Dumbledore

                - Err, não te amamos tanto assim... – respondeu Harry.

                - Acho que ninguém no mundo ama tanto uma pessoa a ponto de fazer o que estamos prestes a fazer – notou Gina.

                - Por que eu sempre fui a pessoa idosa favorita de vocês? – tentou o diretor novamente.

                - A minha pessoa idosa favorita sempre foi a McGonagall – disse Hermione.

                - Como é que é a história? – questionou a professora de transfiguração, erguendo uma sobrancelha inquisitivamente, numa pose de “repita, se tiver coragem” .

                Dumbledore parou para pensar. Era necessário que essa tarefa fosse feita, mas ainda assim, como subornar a todos para que a fizessem?

                - Se vocês não estivessem aqui comigo, eu ia colocar todos vocês na detenção – disse triunfante por fim.

                Gina suspirou.

                - Dumbledore, pela última vez, faz alguns anos que nós todos nos formamos. Sei lá, tipo uns 19 anos. Você não pode colocar a gente na detenção.

                - Mas que inferno! Se vocês não viessem, eu ia usar Imperio em todos vocês e a gente ia terminar aqui de qualquer maneira. Vindo aqui por vontade própria apenas poupa-nos tempo.

                - Você teria coragem de fazer isso? – perguntou Minerva.

                - Eu usei Imperio e forcei o Snape a usar aquele aventalzinho frufru e nos fazer o jantar na casa da Gina, não usei?

                Todos estremeceram diante daquela lembrança.

                - Eu achei que nós tínhamos concordado – disse o Snape – em nunca mais tocar nesse assunto. Se um de vocês voltar a falar nisso, eu terei que tomar... medidas.

                Todos acharam melhor não perguntar que medidas seriam essas. Todos já conheciam Snape a tempo o suficiente para saber que provavelmente envolveria dragões, uma multidão gritando e, possivelmente, Ministério da Magia. Assim sendo, todos ficaram quietos.

                - Ok... – disse Harry por fim.

                - MAS QUE DROGA DE FILA QUE NÃO ANDA! – gritou Dumbledore – Vamos nos atrasar!

                - O que é que você esperava? – perguntou Hermione – Estamos tentando entrar num show dos maiores ídolos pop da cultura trouxa. Era óbvio que isso aqui ia estar cheio de gente. Devíamos ter chegado mais cedo.

                - Mais cedo é o escambau! – Dumbledore estava irritado agora – Eu vou usar minha autoridade como uma das figuras mais imponentes do mundo mágico para conseguir tirar a gente daqui.

                - Eles são trouxas – notou Hermione – Eles não estão nem aí se você é o próprio Ministro da Magia.

                - Minha cara Hermione, você subestima meu poder de persuasão... EI CAMBADA DE TROUXAS, OLHA AQUI! – gritou o diretor, olhando bem fundo no olho de muitas pessoas – BOMBARDA!

                E pessoas voaram para todo lado. Sangue voou para todo lado. Aqueles que sobreviveram começaram a correr desesperadamente, criando o caos.

                - Hm, eu gosto do seu poder de persuasão, Dumbledore – disse Snape.

                - Não tenho certeza se dá para chamar isso de “persuasão” – Hermione não estava convencida.

                - A fila pra comprar ingressos sumiu, não sumiu? – disse o diretor andando calmamente, em meio aquela gritaria, para o caixa – Olá, eu gostaria de sete ingressos.

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                Quando entraram no estádio onde o show aconteceria, perceberam que o local estava com lotação máxima. Todos falavam,gritavam e agitavam os braços loucamente. Isso por que os artistas ainda nem tinham aparecido.

                - Puxa, conseguimos ficar bem nas primeiras fileiras do show! – notou Rony – Mesmo chegando quase na hora de se iniciarem as apresentações.

                - Isso porque o Dumbledore persuadiu as pessoas a nos darem essas fileiras – disse Hermione, dando uma ênfase no “persuadiu” para mostrar que ela ainda tinha dúvidas quanto ao significado dessa palavra.

                - Afinal de contas, Dumbledore – perguntou Gina – O que fez com que você decidisse vir a um show de artistas não-bruxos da juventude trouxa?

                - Ah, é uma ótima pergunta. Tudo começou no meu escritório...

- FLASHBACK MODE ON –

                Dumbledore estava ocupado no seu banheiro particular, cuidando de sua própria vida e coisas dos gênero quando alguns alunos do quarto ano entram na sua sala.

                 - Dumbledore, cadê tu? – o diretor ouve, através da porta do banheiro, um deles perguntar.

                - Mas será possível que não se pode nem se aliviar em paz hoje em dia?! – gritou o diretor de volta para os alunos – O que vocês querem?!

                - Queremos fazer uma sugestão: por que a gente não implementa aulas de música aqui em Hogwarts?

                - Por que diabos eu faria uma coisa dessas?

                - Ah, você sabe, poderia ser divertido.

                Dumbledore suspirou. Pensou em recusar a oferta, mas aí, eles continuariam ali perturbando-o e não deixando que terminasse seus “afazeres naturais”. Assim, resolveu simplesmente concordar com os alunos de uma vez.

                - Tá, vou falar com Snape. Ele acaba de ser promovido pra professor de música.

                Os alunos tremeram nas bases. A única coisa que eles ouviriam nas aulas do Snape seriam gritos humanos e o som da serra elétrica funcionando, enquanto o diretor gritava “ISSO É MÚSICA PARA MIM!”.

                - Eu não tenho certeza de que ele seria um bom professor de música... – um deles começou com uma voz tímida. Qualquer professor, menos Snape.

                - Por quê?

                Todos ficaram em silêncio. Dumbledore nunca aceitaria “Snape vai fazer uma chacina na aula” como uma desculpa. Diria que os alunos estavam sendo frescos.

                - ... Ele não tem um bom gosto musical – um deles disse, sem pensar.

                - Não? Que tipo de músicas ele ouve?

                - Ah, umas bandas do século passado, muito retro.

                Dumbledore se sentiu mal. Ele também escutava bandas do século passado. Isso significava que ele também teria um péssimo gosto musical? Provavelmente. Assim, ele decidiu que daria uma chance as bandas atuais, somente para ver como eram.

- FLASHBACK MODE OFF –

                 - Então você arrastou-nos todos para cá só por causa disso? – Minerva estava incrédulo.

                - Sim – respondeu Dumbledore com um sorriso bobo no rosto.

                - Você estava pensando em me mandar dar aulas de música?! – Snape estava incrédulo.

                - Aham – respondeu Dumbledore com um sorriso bobo no rosto.

                - Você continua usando o banheiro de forma indiscriminada? – perguntou Harry – Depois de todo esse tempo?

                - Sempre – respondeu Dumbledore com um sorriso bobo no rosto, fazendo referência a uma frase que ouvira há alguns anos.

                Havia várias coisas erradas com essas respostas e algumas coisas erradas com as perguntas, mas ninguém comentou o assunto.

                - O show está atrasado, não é? Cadê os ídolos teen?

                - Tem razão! – gritou Dumbledore – Eu não fiquei naquela fila gigante por horas, só para chegar aqui e ficar esperando por mais tempo! Eles vão se apresentar e vai ser agora!

                E, ao dizer isso, ele começou a subir no palco, caminhou a passos fortes para o fundo e desapareceu atrás das cortinas.

                - A gente não devia ir com ele?

                - Vocês podem ir – disse Snape emburrado – Eu não sei onde isso vai dar, mas sei que não vai ser bom. Eu vou ficar aqui e tentar evitar o estrago que Dumbledore está prestes a causar.

                - Você que sabe – disse Harry subindo no palco e indo atrás do diretor. Todos, com exceção de Snape, foram atrás dele.

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                - QUAL É A DESSA DEMORA TODA?! – Dumbledore abriu a porta do camarim com um chute próximo a maçaneta – EU QUERO MÚSICA!!!

                - Cara – disse um cantor chamado Justin, que tinha um cabelo que mais parecia um capacete -, você pode entrar aqui?

                - Eu estou bem certa de que não – disse Beyoncé, olhando com dúvida para o diretor – O que o senhor quer?

                - MÚSICA!!! – disse o diretor chacoalhando os braços acima da cabeça.             

                - Sim, isso é um show de música... – tentou explicar Hannah Montana.

                - MÚSICA!!! – ele repetiu, ainda balançando os braços.

                Nesse momento, Minerva, Rony, Harry, Gina e Hermione apareceram na porta do camarim.

                - Amigo de vocês? – Justin perguntou para eles, indicando Dumbledore com um dedo.

                - Sim... – disse Hermione fazendo um facepalm – Infelizmente, sim...

                - O que ele quer? – perguntou Hannah.

                - MÚSICA!!! – gritou Dumbledore de novo.

                - Traduzindo para uma linguagem acessível a todos – disse Minerva – ele está irritado por causa do atraso de vocês. Ele quer que o show, a música, comece logo.

                O tempo fechou no camarim.

                - Você acha que é fácil dar um show? – perguntou Beyoncé – Que é só aparecer ali no palco e cantar? Precisa de muita preparação!

                - Deixa para lá, Beyoncé – disse Hannah – Gente como eles jamais seriam capazes de entender uma coisa dessas.

                - Gostaria de ver vocês organizando um show... – disse Justin, olhando feio para Dumbledore.

                O diretor parou de mexer os braços e tirou a varinha do bolso do robe.

                - ...Dumbledore – disse Rony – O que você vai fazer?

                - Eles querem nos ver dando um show? – o diretor mexia os braços acima da cabeça – Pois assim será!

                - NÃÃÃO! – gritaram todos os bruxos ao mesmo tempo, mas era tarde demais.

                Uma luz tomou conta da sala.

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                Quando a luz sumiu, a sala estava exatamente como esteve antes da magia. Minerva e Dumbledore estavam desmaiados no chão. Hannah e Beyoncé encaravam os bruxos. Justin não estava em nenhum lugar visível.

                - O que foi que houve? – perguntou Hermione.

                Então, Beyoncé começou a apalpar o próprio corpo. Um grande sorriso apareceu de orelha a orelha no rosto dela.

                - EU SOU JOVEM! – gritou ela, com uma alegria quase indescritível.

                - Sim... – disse Gina, sem entender o significado de tudo isso – É claro que você é jovem.

                Então, ficou claro para Hermione. Só existia uma pessoa no mundo que ficaria tão contente pelo poder da juventude.

                - ... McGonagall? – perguntou a garota.

                A cantora Beyoncé acenou com a cabeça alegremente.

                - Sou a McGonagall – disse a cantora.

                - EU ESTOU FABULOSO! – disse Dumbledore, no corpo de Hannah Montana.

                - Oh, céus... – disse Harry – O que você fez?

                - Eles queriam que déssemos um show. Pois bem, daremos um show! Para isso, trocamos de lugar com os cantores.

                - Não acredito nisso... – respondeu Rony. Então ele olhou ao redor – E cadê o Justin?

                Todos ficaram em silêncio por um segundo. Olhos rondaram a sala a procura do garoto, mas nada dele mostrar-se visível.

                - Eu não tenho certeza – admitiu Dumbledore.

                Foi então que ouviram.

                - QUEM É O RESPONSÁVEL POR ISSO?!?! – Era a voz de Snape, vinda da plateia. Ele devia estar bem irritado, se sua voz conseguiu se sobressair de todos os gritos de meninas histéricas gritando “Justin!”.

                - E isso responde nossa pergunta – disse Beyoncé-Minerva – Mas tanto faz, olha essa pele que eu tenho! Caramba, como eu sou linda!

                - Dumbledore – disse Harry -, não quero nem saber como você fez essa magia. Desfaça! A gente já chamou muita atenção na fila, usando Bombarda nos trouxas. Agora isso?

                - Relaxa, Harry. A gente só vai cantar algumas músicas. Qual o pior que pode acontecer?

                Ele teve que parar para pensar. Várias coisas poderiam acontecer. Uma era pior que a outra. E ele ainda nem tinha começado a pensar no que Snape faria com a alma de todos eles quando descobrisse que eles eram os responsáveis pela mudança de corpos. Será que o professor possui Dementadores em Hogwarts? Harry estremeceu com a ideia.

                Justin apareceu na porta.

                - Vocês devem estar de brincadeira – disse Snape – Eu fiquei na plateia, junto com aquela multidão. Eu estava bastante contente com a minha decisão de ficar lá, eu pensei “não, dessa vez eu consegui não me envolver. O que quer que aconteça é problema deles agora”. E então, uma luz vem e... Eu sou um adolescente.

                - Ah, mas o seu cabelo ficou bem melhor assim – disse Gina.

                - Eu tenho minhas dúvidas – disse McGonagall, ainda apalpando seu corpo de Beyoncé.

                - Acho que não importa o corpo – disse Hermione rindo – Ele simplesmente não tem sorte com cabelos.

                - Ainda assim – interrompeu Gina –, o cabelo de agora é melhor que aquela coisa oleosa de antes. Quero dizer, se a gente passasse a mão no cabelo dele antes, nós conseguiríamos óleo o suficiente para fritar batata! Era nojento.

                Snape suspirou. Por algum motivo, ele não ficava tão ameaçado no corpo de um adolescente.

                - Tudo bem, eu vou contar até dez. Se, ao final da contagem, eu não estiver no meu corpo, nós vamos ter problemas.

                - NÃO! – gritou Minerva – Eu estou jovem e bonita. Não vou abandonar esse corpo nunca!

                - E eu estou fabulosa! –gritou Dumbledore – Quero dizer, você já olhou para essa minha peruca loira? É FAN-TÁS-TI-CA!

                Snape apontou a varinha para os dois.

                - Vocês quem sabem. Cruc...

                - CALMA AÍ! – gritou Harry, impedindo a briga – Vamos fazer assim, vocês apresentam uma música. Só uma. E então devolvem os corpos aos donos.

                - Mas... Mas... A juventude...

                - Você ainda é bem jovem no seu corpo original – disse Harry. Ele não olhou nos olhos da Beyoncé, todavia. Não se mente olhando nos olhos.

                - Eu sou? – perguntou Minerva.

                 - É claro! Você é jovem... demais para ser datada com urânio-238 – ele falou essa última parte rapidamente, na esperança de que McGonagall não ouvisse. Assim, pelo menos, a frase não seria uma mentira. Se a professora ouviu, não demonstrou nada.

                - Então tudo bem – ela concordou por fim.

                - Que música nós vamos cantar? – perguntou Hannah.

                - Vocês pelo menos sabem a letra de uma música deles? Qualquer uma?

                Todos balançaram a cabeça negativamente. Hermione fez um facepalm. Nesse momento, os fãs começaram a gritar coisas obscenas. Aparentemente, o show já estava ficando intoleravelmente atrasado.

                - Tá certo, não temos tempo de ensinar letra nenhuma a vocês. Subam lá em cima e façam o melhor que puderem.

                - Mas nós não sabemos nada!

                - Ah, pensem assim, pelo menos vocês não vão estar no corpo de vocês. Se for para passarem vergonha, ninguém vai saber que são vocês.

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                - LINDO! – as meninas gritaram quando viram Justin subir no palco. Harry e Rony tiveram que conter uma risada. Se ao menos elas soubessem que é que estava habitando aquele corpo, “lindo” seria a última palavra que lhes viria à mente.

                - Ô, LÁ EM CASA! – gritou outra.

                - ME POSSUA! – essa era a mais histérica de todas – ME POSSUA!

                Então Hannah Montana e Beyoncé apareceram no palco também.

                - Nós faremos uma apresentação juntos, para abrir o show! – gritou Justin.

                A multidão foi a loucura. Todos gritavam e pulavam. Faziam pedidos de casamentos aos cantores, pediam que tocassem em suas mãos, para que nunca mais as lavassem.

                Todos eles pegaram os microfones, respiraram fundo. A música começou.

Meu pintinho amarelinho

Cabe aqui na minha mão, na minha mão

Quando quer comer bichinhos

Com seus pezinhos, ele cisca o chão

Ele bate as asas, ele faz “piu-piu”

Mas tem muito medo é do gavião

                A plateia ficou em silêncio por vários segundos após o fim da música. Estáticos. Ninguém conseguiu acreditar que três dos artistas mais conhecidos da atualidade haviam se reunido, subido no palco na frente de milhares de pessoas, para cantar isso.

                Então, todos explodiram em vivas e aplausos. Gritavam bis, pediam mais!

                - É MÚSICA MODERNA! – gritavam uns

                - ESTÃO REPRESENTANDO O FOLCLORE! – gritavam outros.

                - JUSTIN, DEIXA EU SER SEU “BICHINHO” – gritavam outras.

                Todos gostavam. Harry, Rony, Gina e Hermione observavam a tudo estupefatos. Não acreditaram na música que ouviram e não acreditam na reação da plateia que veem.

                - São fãs cegos – percebeu Hermione – Estão prontos para gostar de qualquer bosta que seus ídolos façam.

                - Mas isso é ridículo!

                - Eles nos amam! – gritou Minerva – Querem bis!

                -A resposta é não! – gritou Snape para a multidão. Mas ninguém deu atenção e continuaram gritando.

                - Acho melhor cantarmos mais uma música para eles, não custa nada! – disse Dumbledore – Além disso, olha essa minha peruca!

                Então, eles pegaram os microfones de novo e se prepararam para a nova canção deles:

Lá vem o pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o pato
Para ver o que é que há

O pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De genipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela

                E foi aí que a coisa desandou.

                 A plateia, ao final da música começou a gritar:

                - ME PÕE NA SUA PANELA! ME DEVORA!

                - ME COZINHA!

                - ME JOGA NA SUA TIGELA  E ME CHAMA DE COMIDA!

                Gritavam essas coisas pois estavam relacionadas com a música. Snape não percebeu isso.

                - ESTÃO TIRANDO SARRO DE MIM?! É POR CAUSA DA VEZ QUE EU COZINHEI, NÃO É?!  VOCÊS VÃO TODOS PAGAR!

                Ele assoviou e a plateia ficou em silêncio, sem entender o que estava acontecendo.

                Em questão de segundos, o dragão de Snape, Tedó, apareceu voando por cima da multidão. Todos começaram a gritar e correr para todas as direções.

                - EU VOU MOSTRAR QUE EU SEI COZINHAR ENTÃO. VOU FAZER UM ASSADO! TEDÓ, FOGO EM TUDO!

                E o dragão começou a soltar chamas pela boca.

                - Snape, não! – gritou Gina – Eles não estavam tirando sarro de você!  Era só da música!

                - Isso é mau...  – disse Hermione – Nós estamos criando muita confusão mágica aqui! O Ministério da Magia vai aparecer!

                E, como se tivesse um timing perfeito, o Ministro da Magia Cornélius Fudge aparatou em cima do palco.

                - Nós podemos explicar toda essa confusão e o uso impróprio de magia! – gritou Minerva erguendo as mãos para o alto.

                - O quê? – Fudge parecia confuso. Então ele olhou ao redor e viu o dragão soltando fogo, as pessoas gritando e Justin rindo loucamente. Ele balançou as mãos na frente do rosto – Não, você entendeu errado. Eu não estou nem aí para essa confusão, mas eu soube que aqui está tendo um show do Justin, da Beyoncé e da Hannah? É verdade? Caramba, deve estar sendo muito irado!

                Harry suspirou, já cansado daquela bagunça.

                - Fudge, fora daqui, o show acabou. Eu tenho o controle da situação. Dumbledore, Minerva, já para seus corpos! – ele olhou para o dragão e gritou – TEDÓ, SENTA, SEU LAGARTO BURRO!

                O dragão parou de soltar fogo e voar e caiu no chão como uma pedra. As orelhas abaixadas e os olhos tristes por Harry ter brigado com ele.

                - Snape, você não pode – Harry teria continuado dando ordens, quando olhou para os olhos do professor de poções. Se existe algo puramente mal, se as trevas do universo podem ser espremidas até formatos levemente esféricos, se o ódio pode deixar de lado sua abstração para tornar-se algo concreto, esse algo eram os olhos de Snape.

                - Vocês todos... – a voz dele era fria, quase um sussurro ­– Passaram de todos os limites hoje...

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                Snape forçou todos eles a colocarem aventais floridos e amarrou a todos em cadeiras. Eles eram obrigados a cantar melodias de músicas infantis com seus gritos. Quando saiam do tom, ele batia neles com uma panela – para mostrar qual ruim instrumentos de cozinha poderiam ser.

                - Snape, vamos conversar... – disse Gina e uma panela voou na cabeça dela e um “Ai” se adicionou a melodia.

                - Desculpe! – pediu Dumbledore – Jamais devia ter feito você cozinhar! Ahhh!

                - Eu nem tinha nada a ver com isso! – gritou Fudge, mas uma panela voou nele também.

                - Ai! – gritavam todos – Ah! Ui!

                Snape sorriu.

                - Eu não tenho um gosto musical ruim. Isso é que é música de verdade.


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Notas finais do capítulo

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