Não é Comédia escrita por The_Stark, Emmy Black Potter


Capítulo 17
Acasalem com Aquela Galinha


Notas iniciais do capítulo

Voltamos depois de uma pequena pausa para o café.



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               McGonagall entrou na sala de aula radiante. Estava com um sorriso de orelha a orelha. Virou-se para turma – quase incapaz de conter sua felicidade – e disse:

               - Bom dia turma, sabem por que hoje eu estou tão feliz?

               - O Dumbledore finalmente achou um adestrador para ensinar você a se comportar quando vira um gato? – perguntou Simas.

               - Não – disse Minerva ríspida, então pensou um pouco – Mas, sim, ele de fato achou... Mas o que queria dizer é... Estou feliz porque hoje aprenderemos um de meus feitiços preferidos. Conseguem adivinha qual é?

               - O feitiço do rejuvenescimento? – perguntou Simas, de novo, fazendo com que o sorriso de McGonagall murchasse.

               - Ela claramente não sabe esse feitiço – retrucou outro aluno – Quero dizer, olhe para ela – e o sorriso dela murchou ainda mais.

               - Tudo bem, turma, vejo que vocês estão empenhados em estragar a felicidade alheia. Assim, eu vou estragar a felicidade de vocês. Vou fazer perguntas, cada resposta errada será um ponto retirado da média de todos. O nome do feitiço é Galinas Transformatir. Rony, o que ele faz?

               Toda a sala virou-se para olhar o ruivo. Se ele errasse, McGonagall tiraria um ponto da média de todos, deixando todos irritados com ele. Ele tinha que se concentrar, não podia errar. Analise o nome da magia, disse para si mesmo, o que ele parece fazer? Vamos lá, pense, pense!

               - Hã... É o feitiço que faz soltar pum – disse ele, sério.

               McGonagall sorriu de volta.

               - Eu acertei – perguntou Rony incrédulo.

               - Não passou nem perto – disse a professora sorrindo ainda mais – Um ponto a menos na média de todos. Simas, de fato, irritar os outros é divertido. Agora entendo por que o Snape faz isso...

               Então, o professor sombriamente empurrou a porta da sala de aula e pôs sua cabeça para dentro.

               - Eu não irrito os outros porque é divertido, Minerva. Não ligo para minha diversão, apenas quero ver os outros sofrerem... – recolheu a cabeça e fechou a porta, deixando todos em silêncio.

               - Ok... – McGonagall se recompôs – Voltando a minha aula...

               - ATENÇÃO ALUNOS... – a voz de Dumbledore reverberou por todo o castelo.

               Minerva suspirou.

               - Não é hoje que eu termino essa aula...

               -... TEMOS UM CACHORRO A SOLTA PELO CASTELO, E COMO SABEM CACHORROS SÃO CONTRA AS REGRAS. VOU PREMIAR AQUELE QUE CONSEGUIR CAPTURÁ-LO...

               - Cachorros são contra a regra? – perguntou Harry, cético.

               - Sim – respondeu Hermione

               - Por que?

               - Acho que Dumbledore não quer que nos machuquemos...

               - É, o Snape pode criar um dragão chamado Tedó nas masmorras, mas ai do aluno que trouxer um cachorro para cá. Realmente, parece que ele quer nos proteger.

               A discussão teria continuado, mas nesse momento todos os alunos levantaram-se de suas cadeiras gritando:

               - Cachorro! Vou pegá-lo!

               - CÃO! CÃO! CÃO!

               - AUUUUUUUU! – um deles uivou para a lua.

               E todos saíram correndo da sala para procurar o cachorro.

               - Não! – Minerva tentou impedir – Essa é minha aula favorita!

               - CHIHUAHUA! – gritou Rony.

               - Como sabe que é um chihuahua? – perguntou Harry.

               - Como sabe que não é um chihuahua? – retrucou  o ruivo.

               - Tanto faz, vamos pegar o cachorro, dar pro Dumbledore e ganhar o prêmio.

               E saíram da sala, deixando apenas uma irritadíssima McGonagall sentada em sua mesa.

               - Essa é minha aula preferida... O Colégio vai escutar essa aula, quer queiram, quer não queiram...

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               Hogwarts virou uma bagunça. Havia alunos correndo para todos os lados, gritando, batendo nas paredes, se batendo, cacarejando, fazendo de tudo para encontrar o cachorro.

               - Como diabos vamos encontrar um cachorro num castelo tão grande? – perguntou Harry, pensativo.

               - Chihuahua... – disse Rony, aparentemente esta era a única coisa que era capaz de dizer. O cérebro dele havia sido dominado por mamíferos minúsculos com orelhas desproporcionais ao corpo.

               - Já sei – gritou Gina – Vamos fazer a Grande Dança do Acasalamento Animal, todos os animais nas redondezas vão ser atraídos. Tudo o que vamos precisar fazer é sapatear em círculos enquanto balançamos nossos braços da forma mais sexy possível e gritamos o nome do Grande Deus Cobra. A Dança atrai todos os animais num raio de 1 km...

               - É... – disse Hermione – Ou podemos só procurar igual pessoas normais...

               - Por favor – cortou Gina -, não vamos exagerar... Essas ideias estão ficando fora de controle.

               - Acho que a Gina está certa, Hermione – disse Harry – Você está forçando a barra com essa ideia de "procurar", eu tenho cara de plebeu? Eu sou o Escolhido!

               - Escutem aqui, eu não vou fazer dança nenhuma, não vou gritar para Deus nenhum e certamente não vou balançar meus bracinhos sexys, fui clara? Eu vou procurar o cachorro, encontro vocês mais tarde...

               E virou o corredor, deixando Harry, Rony e Gina sozinhos. Os três deram de ombros e começaram a sapatear em círculos.

               - Isso não está dando certo – notou Rony, um pouco envergonhado.       

               - É porque você não está pondo sensualidade o suficiente nesses braços, se esforce mais!

               E então, um cachorro negro como o coração de Snape apareceu na frente deles. O cachorro latiu e atrapalhou a dança dos três. Ele era grande, mas não era possível identificar de que raça era.

               - Viram? Falei que iria dar certo...

               - Não é um chihuahua? – Rony parecia decepcionado com a vida.

               - Ótimo, encontramos o cão, agora temos que levá-lo para Dumbledore, como faremos isso?

               - Vem cá – disse Gina fazendo uma voz brincalhona e mandando beijinhos – Vem cá.

               - Gina, ele tem cara de Fred e Jorge? – perguntou Rony – Ele não vai cair nesse truque.

               - Ah...

               - Já sei – disse Harry, conjurando e atirando um novelo de lã.

               - Harry, ele é um cachorro, não um gato. Ele não gosta de novelos de lã.

               - Como sabe? Por acaso você já perguntou para um cachorro o que eles acham sobre novelos de lã? O que quer que eu jogue?

               - Pense bem, Harry – Gina incentivou – Do que é que cachorros gostam?

               - Eles gostam que você jogue algo para eles pegarem.

               - Sim, mas do quê?

               - Hm...

               - É redondo...

               - Tá difícil, o que seria?

               - É usado para jogar tênis...

               - Meu Deus, que coisa difícil...

               - Começa com "bola" e termina com "de tênis"...

               - Já sei! – Então, Harry conjurou um hidrante e atirou. O cachorro foi correndo atrás.

               - Não era o que estava querendo dizer – Gina fez um facepalm – mas acho que dá na mesma.

               Assim, Harry foi conjurando e atirando hidrantes até a sala de Dumbledore, o cachorro foi simplesmente correndo atrás dos hidrantes voadores.

               --------------

               - Dumbledore – Harry entrou na sala – Achamos o cachorro.

               - Cachorro, que cachorro? – perguntou ele, levantando a cabeça de seus papeis.

               - Você estava... trabalhando? – Rony estava incrédulo.

               - Não – respondeu Dumbledore alegremente – Estava desenhando, olha só.

                Então, o diretor ergueu o papel que ele estava usando. Havia um desenho grotesco com três bonecos palito sorrindo.

               - Sou eu, o Snape e a McGonagall.           

               O Snape abriu a porta irritadíssimo, tirou o desenho da mão de Dumbledore e tacou na lareira acesa.

               - Eu não sorrio, nem mesmo em desenhos, fui claro? E resolvam logo esse problema com o cachorro, que eu não aguento mais aquelas pragas de alunos gritando pelos meus corredores.

               - Quis dizer os corredores do colégio, não é? – perguntou Gina.

               - Não, quis dizer os meu corredores... – retrucou o professor de poções, então notou que Harry estava com o cão – Ah, vejo que vocês já solucionaram o problema. Ótimo. Agora o que fazemos com ele?

               - Sei lá, doamos para um orfanato? – sugeriu o diretor.

               - Podemos ficar com ele? – pediu Harry.

               - Não, cachorros não são permitidos nesse colégio. São as regras.

               - Mas por que o Snape pode ter um dragão e eu não posso ter um cachorro?

               - Por que dragões têm asas. Eu só permito animais com asas nesse colégio, tipo corujas.

               - Mas e os sapos e gatos? – perguntou Gina.

               Dumbledore pensou por um tempo.

               - Está certa, sapos e gatos também estão proibidos de hoje em diante. Ah, gatos me dão arrepios de qualquer maneira. Eles têm aquela carinha bonitinha, mas por dentro são maldade pura! De qualquer maneira, está decidido, o cão vai ser doado.

               Então, nesse momento, o cão negro se ergueu e cresceu de tamanho, tomando a forma de um homem barbado.

               - Ninguém vai me doar para lugar nenhum!

               - Sirius?! – perguntou Harry incrédulo.

               - Ah, olá, Harry! É bom te ver de novo...

               - Para trás! – gritou Dumbledore sacando a varinha – Este é Sirius Black, um criminoso muito procurado pelo Ministério da Magia. Como diretor, é minha função protegê-los.

               - Nossa, é a primeira vez que ele de fato age como o diretor – notou Rony.

               - Pena que, nesse caso, é inútil – retrucou Harry – Dumbledore, é o Sírius, lembra? A gente já resolveu esse problema uns anos atrás. Ele não é o responsável por crime nenhum, foi tudo um mal entendido.

               - Ah, nesse caso, tudo bem -  Dumbledore guardou sua varinha.

               Foi nesse momento que ouviram, do lado de fora, um monte de cacarejos. Era como se houvesse um exército de galinhas do lado de fora da porta de Dumbledore.

               - O que está acontecendo aqui? – disse o diretor abrindo a porta.

               - Os alunos... – disse Sirius incrédulo – Todos viraram galinhas...

               - O quê? Mas quem seria capaz de uma coisa dessas? – perguntou Gina.

               Então, uma ideia começou, lentamente, a tomar forma no cérebro de Rony. Galinhas... Galinhas... Galinhas... Galinas Transformatir... Droga, o que poderia ser? Então, felizmente, ele viu uma galinha soltar um pum e tudo fez sentido.

               - É a Minerva! Somente ela é capaz de realizar um feitiço tão maligno.

               - Isso é um desafio? – Snape ergueu uma sobrancelha.

               - NÃÃO! – gritaram todos em uníssono.

               - Ótimo...

               - Precisamos fazer com que McGonagall acabe com essa loucura. Mas, onde ela está?

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               Hermione não estava tendo um bom dia.

               Ela acordara, tomara seu café da manhã e tudo estava indo bem. Mas, logo na primeira aula do dia, aparece um cachorro vindo do além e atrapalha tudo. Minerva não conseguiu terminar a explicação, o colégio estava uma bagunça, ela brigara com Gina e seu cabelo estava uma bagunça.

               - Céus! De onde vieram essas malditas galinhas?! – gritou ela, chutando as aves enquanto tentava abrir passagem – E para onde foram todos?!

               Justo quando pensava que as coisas não poderiam ficar mais estranhas, ela se depara com uma trilha de hidrantes.

               - O que há de errado com esse colégio? E onde está a porcaria do cachorro?

               Ela decidiu seguir seus instintos e ignorou completamente os hidrantes, seguindo para a Torre de Astronomia. Lá encontrou uma velha caquética rindo malevolamente.

               - Ah, oi, Minerva.

               - Hermione?! – A professora parecia confusa – Como?! Por que não é uma galinha?!

               - Por que não sou...

               Então, a aluna rapidamente associou tudo. De repente, todos os alunos somem e o colégio fica infestado de galinhas. Coincidência, provavelmente não...

               - Você transformou todos em galinhas – ela concluiu

               - Por que você não virou uma galinha também?

               - Ah, por favor, aquela magiazinha que você estava ensinando na aula? Apenas mentes fracas podem ser afetadas por aquilo. Eu sou esperta demais para isso.

               - Então, acho que terei que derrotar você da velha maneira...

               - Você certamente sabe tudo sobre a velha maneira...

               - Ora sua pivete, expelliarmus!

               - Protego! Depulso!

               Minerva chocou-se contra a parede. Caindo no chão. Quando levantou-se, havia ódio em seu olhar.

               - Você pediu por isso, garotinha... Agora, terá que lidar com a minha forma de animal. Você irá presenciar a Besta!

               Então, McGonagall transformou-se em animal. Hermione gritou.

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               - Malditas galinhas! – gritou Dumbledore chutando todas para poder passar.

               - Você não pode chutá-las, são alunos! – disse Gina.

               - Se fossem alunos inteligentes, sairiam da frente. Como são alunos burros, merecem ser chutados. É impossível andar por esses corredores. Aliás, por que diabos estou andando? Andar é para os fracos! – e aparatou.

               - Para onde será que ele foi? – perguntou Sirius.

               - Algum lugar longe, beeem longe daqui. É melhor resolvermos esse problema sozinhos. Vamos.

               - Onde McGonagall pode estar?

               - Pensemos, se fossemos ela, onde estaríamos?

               - No banheiro – sugeriu Rony

               - Ela não é Dumbledore.

               - Nas masmorras – sugeriu o Ruivo de novo.

               - Ela não sou eu – disse Snape ríspido.

               Todos reviraram os olhos, aquilo claramente não ia levar a lugar algum.

               - Eu posso sentir o cheiro dela – disse Sirius – Meu olfato canino permite...

               - Então está esperando o quê? Guie-nos! – disseram todos.          

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               - Na torre de Astronomia – disse Harry entrando na torre – Por que tem sempre que ser nessa torre? Por que nunca pode ser na cozinha ou no vestiário feminino,sabe? Algum lugar interessante...

               - O quê? – gritou Minerva – Vocês também não viraram galinhas?!

               - Nossa mente é forte demais para isso... – disse Gina sorrindo.

               - Isso aí! – concordou Rony fazendo uma cara de like a boss.

               - Tá, você Gina, o Harry e o Sirius tudo bem. Mas ele? – apontou para o Rony – Tem certeza sobre esse negócio de mente forte?

               Então, o ruivo viu Hermione atirada no chão, coberta de cicatrizes, sangrando.

               - Nãão! – ele correu até ela e agachou-se – O que você fez?

               - Ela me desafiou... Não aceitarei ser desafiada! Já não basta o insulto de hoje cedo! Logo na minha aula favorita um cão pulguento aparece e estraga tudo!

               - Epa! Eu não tenho pulga nenhuma!

               - Você... Você é o culpado por tudo – Minerva compreendeu – Por que veio para Hogwarts?

                - Assuntos confidenciais, isso é entre mim e Dumbledore.

               - Não importa! Você já estragou o meu dia! EU VOU ESTRAGAR SUA VIDA! Avada Kedavra!

               Sirius desviou do golpe por pouco.

               - O quê?! Você ficou maluca?! Tudo isso por que não conseguiu ensinar a porcaria de uma magia?

               - Era minha magia favorita! Expelliarmus!

               - Protego! – Harry se interpôs na luta – Sectumsempra!

               A magia atingiu McGonagall em cheio. Nesse momento, Dumbledore se materializou na sala.

                - Onde você estava? – perguntou Gina.

                - No Central Park, alimentando os pombos.

               - Por quê?

               - Por que eles têm asas. Eu gosto de asas.

               Todos fizeram um grande facepalm. McGonagall levantou-se irritada.

               - Certo, vocês terão o mesmo fim que a amiga de vocês – apontou para Hermione – Se vocês querem tanto, vocês verão minha forma animal!

               E então, ela transmutou-se... Tomou a forma de um incrível, um temível...

               - UM GATO! – gritou o diretor – ELES TÊM A FORMA BONITINHA, MAS SÃO MALDADE PURA!

               - Miau – disse McGonagall saltando sobre Rony, Harry e Gina e subjugando-os sem a menor dificuldade. Arranhou-os e os fez sangrar.

               - Acha que não pode ser detida, Minerva? Acha que essa sua forma de gato é indestrutível?  - disse Dumbledore sorrindo – Pois saiba que está enganada... Você deve se lembrar que eu contratei um adestrador de animais para dar um jeito na sua forma felina... Eu lhe apresento ele...

               Sirius deu um passo a frente.

               - Sirius Black, Procurado pelo Ministério e Adestrador de Animais no tempo livre...

               Os olhos felinos de Minerva eram medo. Ela havia esquecido completamente de que Dumbledore havia contratado alguém para domá-la. Então era esse o "assunto confidencial" de que Sirius falara mais cedo.

               Ela não podia perder. Ela iria usar sua arma secreta, ela nunca havia deixado-a na mão até hoje. A arma era infalível. Minerva começou a contorce-se e tossir desenfreadamente. Era hora de... Liberar o Kraken.

               - Eca, bola de pelos! – disse Dumbledore – Que nojinho...

               - Chega dessa palhaçada, Minerva! – bradou Sirius – Eu vou dar um jeito nisso agora mesmo.

                - Sirius - falou o diretor – Você precisa saber, muitas pessoas já tentaram domar a forma felina de Minerva, todos falharam miseravelmente. O que você pretende fazer?

               - Observe e aprenda, professor. Observe e aprenda – ele estendeu a varinha e mirou no gato – Imperio!

               E o raio de luz atingiu a professora em cheio.

               - Senta! – falou Sírius e o gato fez – Rola, dá a pata,muja – e McGonagall fez tudo que lhe era pedido.

               - Só Imperius?! – Dumbledore estava frustrado –Isso qualquer adestrador consegue fazer!

               - Então por que ninguém fez?

               - Por que não funciona! – gritou Minerva, ainda em sua forma felina, surpreendendo a todos.

               - Você fala quando é gata?

               - Claro que sim! Eu estava apenas brincando estar sob o efeito do Imperius para ver a cara de vocês. Vocês nunca conseguiram fazer os alunos voltarem ao normal. Isso só é possível se, por algum motivo, eu perder a concentração...

               Sirius olhou para Dumbledore aflito.

               - Sinto muito, mas o Imperius nunca falhou... Não sei o que fazer.

               Minerva riu. Era isso, ela tinha ganhado. Não havia nada que eles pudessem fazer.

               - É isso – disse Hermione, juntando todas as suas forças para erguer-se do chão – Perder a concentração!

               - O quê? – a professora estava confusa.

               - Não temos que ganhar de você em sua forma animal, apenas fazê-la perder a concentração...

               - É e como pretende fazer isso?

               Harry, Gina e Rony ergueram-se com muito esforço também.

               - Chamando todos os animais que estão em Hogwarts num raio de 1km... Todas as galinhas que você transformou – Gina abriu um pequeno sorrisinho – É hora de fazer a Grande Dança do Acasalamento Animal!

               O sorriso sumiu do rosto de Minerva.

               - Nãão! – tentou ela, mas já era tarde. Harry, Rony, Gina, Hermione, Dumbledore e Sirius já haviam começado a girar, balançar os braços da maneira mais sexy possível e a venerar o Deus Cobra.

               Em questão de segundos todas as galinhas de Hogwarts entraram na torre de Astronomia, cacarejando, batendo asas, fazendo um grande alvoroço.

               A bagunça foi tão grande que Minerva não conseguiu se segurar e perdeu o controle da magia, um a um os alunos voltaram ao normal. McGonagall também abandonou sua forma felina e tornou-se humana novamente.

               - Tem uma coisa que não entendo, Dumbledore – disse Harry – Se você havia contratado Sirius e sabia que ele estava vindo para colégio, por que fez todo aquele alvoroço sobre o cachorro perdido?

               - Oras, por que eu queria ver o colégio em pânico, é claro! Eu estava super entediado fazendo aqueles desenhos de boneco palito e pensei que poderia ser divertido. E no final, foi divertido mesmo – ele sorriu.

               Todos estavam chocados.

               - Snape – disse Gina olhando para o professor encostado na parede – Você não fez nada a batalha inteira...

               - O que posso dizer... Dumbledore está certo. Gatos são a mais pura maldade. Eu gosto de gatos.

               - E eu terminei sem ver o chihuahua – choramingou Rony.

               - Ah, pelo amor de Deus – Minerva apontou sua varinha para Simas e transformou-o num cachorro Chihuahua, fazendo Rony ficar alegre.

               - Oba! – ele pegou seu novo cachorro no colo.

               - Sinto muito, Rony – disse Dumbledore – Não pode ficar com ele, sabe as regras da escola.

               - Não é permitido ficar com alunos transmutados em animais? – perguntou Hermione, que não estivera no escritório de Dumbledor mais cedo.

               - Não é permitido ter animais sem asas.

               - Mas, mas... – Rony tentou.

               - Não, não, sem choro, nem vela, nem fita amarela gravada com o nome dela! – Dumbledore foi inexorável.

               - O quê? – perguntaram todos juntos.

               - É algo que gosto de dizer. Não é não.

               Rony suspirou e abandonou seu cachorro chihuahua.

               - Olhem! Uma galinha! – disse ele, pegando ela pelo pescoço.

               - Você esqueceu de transformar alguém em humano de volta, Minerva – disse Sirius.

               - Quem será que é?

               - Essa cara indiana não me engana – disse Gina – É a Parvatti, com certeza.

               - Posso ficar com ela? – perguntou Rony para Dumbledore.

               O diretor suspirou.

               - Pelo menos ela tem asas...


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Notas finais do capítulo

É um fato comprovado cientificamente que cada comentário seu salva a vida de uma galinha. Abra seu coração, acolha uma galinha. COMENTA OU A GALINHA AQUI VAI SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS, FUI CLARO?! E OLHA QUE ELA TEM ASAS!