Não é Comédia escrita por The_Stark, Emmy Black Potter


Capítulo 15
Avacalhando no País das Maravilhas


Notas iniciais do capítulo

Isso mesmo, depois de um período sem escrever nada, estamos de volta com mais um incrível capítulo de Harry Potter que a J. K. Rowling esqueceu de mencionar em suas histórias...



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    PS: A idéia da história foi sugerida por Mariana11. Obrigado!

Dumbledore folheava os papeis em sua mesa rapidamente. Tantas opções. Tão pouco tempo. O que fazer? O que seria o mais inteligente a ser feito? Ele figurava entre os bruxos mais sábios de todos os tempos, não podia escolher mal. Erros eram algo inadmissíveis... Mas então, o que fazer?
    Ele suspirou e decidiu que precisava de ajuda.
    - MINERVA! SEVERO! – gritou, aumentando o volume de sua voz com magia – MEXAM ESSAS BUNDAS GORDAS E VENHAM PARA MINHA SALA IMEDIATAMENTE!
    Os dois professores desaparataram na sala do diretor.
    - O que foi? – perguntou Snape indignado – Estou muito ocupado no momento...
    - Fazendo o quê? – Minerva ergueu uma de suas sobrancelhas.
    - Alimentando meus alunos.
    - Mas – Dumbledore corrigiu o professor – Nós lhes damos três refeições diárias e, mais, eles podem pegar comida nas cozinhas sempre que quiserem, por que você está os alimentando ainda mais?
    - Dumbledore – Snape pareceu decepcionado com seu próprio diretor -, você já viu alguém falar de boca cheia?
    - Não, por que pergunta?
    - Sabe por que você nunca viu isso?
    - Não.
    - Porque falar de boca cheia é falta de educação! Assim sendo, eu dou comida para meus alunos no começo de todas as aulas. Assim, quando eu fizer uma pergunta, eles vão estar mastigando e não vão poder responder as idiotices que sei que responderiam!
    - Ah, Severo – tentou Minerva -, vamos lá! Você deve estar exagerando um pouquinho, não? Ninguém pode ser tão burro assim?
    Snape olhou incrédulo para a professora.
    - Eles são! O pior de tudo é que são! Uma vez perguntei o que o feitiço "Expelliarmus" fazia para uma turma do terceiro ano. A desgraça do aluno me respondeu que era a magia para tirar leite de vaca... QUAL A UTILIDADE DE SE INVENTAR UM FEITIÇO PARA SE TIRAR LEITE DE VACA?! Só se for da vaca da mãe dele...
    - Tirar de leite da vaca de uma maneira mais simples – tentou Dumbledore, achando que era um concurso de charadas – Sabe? Sem usar as mãos...
    Snape estava bufando.
    - Avada... – começou ele.
    - Expelliarmus! – gritou Minerva, fazendo a varinha de Snape voar pela sala – Acalme-se, por favor...
    - Ah,  então é isso que expelliarmus faz... – notou Dumbledore.
    Snape respirou fundo e contou até dez mentalmente.
    - Desculpem-me... As vezes perco o controle, tenho alguns problemas com raiva, entendem?  De qualquer forma, sim, Minerva, eles são bem burrinhos. Semana passada, lembro-me que perguntei o que "Cruciatus" fazia. Um aluno levantou a mão e disse "causa dor na vítima".
    - Mas isso está certo – notou Minerva.
    - De fato, mas logo em seguida, a criatura decidiu complementar sua resposta e disse "exceto em pessoas da realeza, como reis e rainhas. Nesse caso, o cruciatus faz-los dançarem loucamente".
    Um longo período de silencio se seguiu a isso. Realmente, os alunos pareciam estar se esforçando para demonstrar toda sua falta de sapiência.
    - Como pode ver, alimentar os alunos é, de fato, necessário. Mas, mudando de assunto, por que nos chamou dessa vez, Dumbledore?
    - Finalmente chegou o momento – respondeu o diretor - é hora de mais uma "Super Viagem Anual dos Alunos de Hogwarts".
    - O quê? Mas nós já não fizemos essa viagem anual esse ano? – perguntou Minerva.
    - Sim – admitiu Dumbledore -, mas estou entediado.
    - E, só por que você está entediado, você quer arrastar centenas de alunos dos quais não gosto para um lugar em que não querem ir fazer coisas na qual não estão interessados? – perguntou o professor de poções incrédulo.
    - Basicamente – Dumbledore balançou a cabeça alegremente.
    - Divirtam-se – Snape virou as costas para sair – Chamem-me quando vocês recuperarem a sanidade... – mas então ele lembrou-se de uma outra situação pela qual gostaria de ser chamado para ver – ou quando um aluno se machucar... O que acontecer primeiro...
    - Snape, você vai – disse Dumbledore com uma voz firme, sem deixar espaço para discussões – Iremos nós três, como nos velhos tempos.   
    - Que velhos tempos?! Eu não sou velha! – exaltou-se Minerva.
    - Certo, certo – Snape virou-se para seus colegas novamente – Se você não é velha, eu devo ser a fada madrinha. De qualquer forma, para onde vamos, Alvo?
    - É por isso que chamei vocês aqui, existem muitos lugares no mundo. Não consigo decidir qual deles é o mais divertido para se ir numa excursão.
    - Que tal o inferno? – sugeriu Severo.
    - Não, muito quente.
    - Nova Iorque? – perguntou Minerva.
    - Não, muito caro.
    - China?
    - Gente demais.
    - Alasca?
    - Gente de menos.
    - Havaí?
    - Céus, lá tem havaianos... – Dumbledore estremeceu – Não, melhor não.
    - Inferno? – tentou Snape novamente.
    - Já disse que não.
    - Não entendo – disse Minerva – Se não vai aceitar nenhuma de nossas sugestões, por que nos chamou?
    - Para ouvir educadamente e recusar tudo o que disserem e, no final, ter uma epifania e descobrir qual é o melhor lugar para irmos. Ignorando total e convenientemente a opinião de vocês.
    - E essa tal dessa epifania já chegou? – perguntou Snape ficando irritado novamente.
    - Não. Esperem um segundo, sinto que há algo se aproximando.
    - São seus malditos gases novamente...
    Dumbledore ergueu-se da cadeira em um salto.
    - Tive uma idéia, já sei para onde iremos!
    - Rápido – gritou Snape para McGonagall – Alimente-o antes que ele abra a boca para contar a idéia dele...
    Mas foi tarde demais, Dumbledore lhes disse para onde seria a viagem...
—------------- >>>>>>>— <    Harry rolava de tanto rir em sua cadeira, no jantar.
    - Cruciatus? Faz a família real dançar loucamente? – ele batia a mão na mesa de tanto rir – Francamente, Rony, onde estava com a cabeça?
    Hermione abafou uma risadinha.
    - Ah – tentou se defender o ruivo – Como eu saberia que é só para torturar as pessoas? Eu achei que a magia tinha uma outra função também...
    - Mas você se esquece que...
     Dumbledore interrompeu Hermione batendo de leve na sua taça, fazendo com que um som agudo se espalhasse por todo o Salão Principal, chamando a atenção de todos os alunos.
    - Como todos sabem – começou o diretor – chegou a hora da nossa excursão anual. Sim, já fizemos a nossa excursão esse ano, eu sei, mas eu quero mais uma. E adivinhem, eu sou o diretor. Vamos fazer quantas excursões eu quiser... Assim sendo, fico feliz de anunciar que os alunos do quarto ano estão indo para...
    - Oh, céus... – sussurrou Rony – já imaginando o que viria.
    - O País das Maravilhas!
    - Oh, céus... – Harry, Hermione e todos os alunos do quarto ano juntaram-se a Rony.
    - Infelizmente – continuou o diretor – Como o local só pode ser acessado com chave de portal, iremos em pequenos grupos. Assim, anunciamos os três primeiros grupos a irem conosco, essa noite: Gina Weasley, Neville Longbottom e Luna Lovegood, com a professora McGonagall, por favor.
    - Mas a Gina não é do quarto ano. Nem a Luna. – notou Hermione.
    - Hermione.... – começou Rony – Doce Hermione... Quando você vai entender... Metade das coisas que Dumbledore fala não são para serem levadas a serio. Quando ele disse que levaria os alunos do quarto ano, ele quis dizer "todos os alunos estão sujeitos a essa viagem".
    - E o que aconteceria se ele dissesse que "todos os alunos de Hogwarts vão para o País das Maravilhas"?
    - Significaria que ele arrastaria até mesmo o Ministro da Magia para lá...
    Harry viu o primeiro grupo caminhando em direção a Minerva. Eles encostaram na taça da professora, junto com ela, e todos foram transportados para o País das Maravilhas.
    - O segundo grupo será formado por Goyle, Cedrico e Dino. Eles virão comigo, por favor aproximem-se.
    O grupo aproximou-se do diretor e juntos tocaram a taça de Dumbledore. Assim, eles três e o diretor foram para o país das Maravilhas. Snape olhou ao seu redor e fez um facepalm.
    - O paspalhão de nosso querido diretor foi embora e esqueceu de anunciar o terceiro grupo – disse ele – assim sendo eu anuncio: Harry Potter, Rony Weasley, Hermione Granger, comigo, por favor...
    - Com Snape? – Rony engoliu em seco – Por que Dumbledore não nos manda para lá com alguém mais agradável como Adolf Hitler, sei lá...
    - Pelos céus – esbravejou Snape – Por que ainda estão sentados aí? Vamos logo! Estão esperando que o País das Maravilhas venha até vocês?
     Os três alunos levantaram-se, tocaram na taça de Snape e, juntos, foram para o País das Maravilhas...

    -------------- >>>>>>>— <
    Eles se encontravam em um bom pedaço de nada.
    Era um imenso campo florido. Debaixo do céu de lugar nenhum, logo após o rio de João-ninguém e um pouco antes das terras de nenhum lugar.
    - Flores... – Snape disse sombrio – Vamos começar a andar esse lugar é alegre demais para mim...
    - Esse é o País das Maravilhas? – perguntou Hermione.
    - Sim – respondeu o professor carrancudo – E aqui está o plano. Nós temos que caminhar até o final desse país e então podemos voltar para Hogwarts, certo? Logo, quanto mais rápidos caminharmos, mais rápidos sairemos daqui e mais rápido me vejo livre de vocês. Em outras palavras... ANDEM RÁPIDO!
    Ele não precisou falar duas vezes, todos se puseram em um passo apressado, tentando alcançar a floresta que se estendia diante deles. Em um certo momento, um coelho passou do lado deles, olhando em seu relógio e gritando:
    - Estou com pressa! Estou atrasado! Estou com muita pressa!
    - Nós também, seu coelho maldito – respondeu Snape sem nem olhar para o lado, apenas apressando o passo – Nós também...
    - Aquilo era um coelho falante? – perguntou Rony intrigado.   
     - E ele tinha um relógio? – indagou Hermione.   
    - E por que diabos estava atrasado? Ele é um coelho! – perguntou Harry.
    Eles por fim conseguiram sair da planície e chegaram  na floresta.
    - Mais rápido! – gritou Snape apressando o passo mais uma vez – Mais rápido!
    - Calma, calma – disse uma voz vinda do nada – Por que tanta pressa?
    A voz era suave e profunda. Parecia estar vindo de uma árvore próxima a eles, mas não havia nada lá. Os quatro pararam de caminhar e ficaram olhando para a arvore, sem entender.
    - Por que não dão um pequeno descanso para essas pernas? – um sorriso materializou-se no ar – Muito melhor, não?
    - Mas o quê diabos é isso? – perguntou Rony olhando para aquele sorriso que se materializara do nada.
    Snape revirou os olhos.
    - Verdimilious! – e um jato de luz disparou de sua varinha, revelando um pequeno gato roxo em cima da árvore. O sorriso do gato sumiu.
    - Mas... Hã? – o gato parecia confuso. Ele estava acostumado a fazer sua aparição de forma lenta e gloriosa, deixando todas as pessoas boquiabertas ao verem um gato aparecer do nada. E aquele homem acabara de revelá-lo sem mais nem menos – Como você fez isso?
    - É UM GATINHO!  - explodiu Rony – QUE COISA MAIS CUTI-CUTI!
    - Controle-se, homem – censurou Hermione – Não tenha um ataque de pelancas aqui!
    Nesse meio tempo, o felino roxo pareceu recuperar sua postura. Sorriu novamente.
    - Onde nossos viajantes vão com tanta pressa? – perguntou ele.
     - Primeiro, um coelho falante – notou Harry – agora, um gato que pode ficar invisível... O que há de errado com esse maldito país?
    - É baseado em uma história trouxa – disse Hermione – Meus pais a leram para mim, quando eu era pequena. Esse gato... – a garota tentou se lembrar – Você é o Gato Risonho, não é?
    - É um nome bonito – disse o gato -, mas pode me chamar só de Gato.
    - Então, seu Gato – interrompeu Snape – Qual é o caminho mais rápido para dar o fora daqui?
    - Por que vocês iriam querer dar o fora daqui? Acabaram de chegar... Além disso, ainda nem tiveram a oportunidade de provar nosso chá...
    - Não queremos chá nenhum. Queremos dar o fora daqui! –retrucou o professor.   
    - Hmmm, isso é muito triste... Vocês desejam uma coisa que não pode se realizar sem que, primeiramente, o desejo de vocês deseje uma coisa que vocês se recusam a desejar. E isso me é muito deprimente, se pudesse escolher, desejaria que vocês desejassem algo diferente...
    - É o quê? – Harry estava confuso.
    - Ele disse – esclareceu Snape – que não podemos ir embora desse País, sem antes fazermos uma coisa. Nosso desejo é sair daqui. Mas não podemos realizar nosso desejo sem que outro desejo seja realizado primeiramente.
    - Qual é o outro desejo que temos que realizar para podermos sair daqui? – perguntou Hermione.
    - Ah – o gato suspirou – Que tipo de aventura seria essa se eu lhes dissesse o que vocês tem que fazer... Não, não... O desejo que agora vocês desejam realizar para que o desejo de vocês possa se tornar realidade terá que ser descoberto por vocês mesmos. Não desejaria ajudá-los. Estragaria a aventura – o gato soltou uma risadinha.
    - Sempre que esse gato abre a boca – notou Rony – Eu fico com dor de cabeça. Alguém pode traduzir o que ele disse?
    - Ele disse – comunicou Hermione – que não vai falar o que temos que fazer para sairmos daqui...
    - Oras – continuou o Gato – por que enquanto vocês pensam no que querem fazer, vocês não experimentam um pouco de nosso delicioso chá? E também...
    - Ah, pelo amor de Merlin! – esbravejou Snape – Estupefaça! – e o Gato caiu desmaiado no chão – Não vou ficar aqui ouvindo os conselhos de um gato que está claramente drogado. Viram só, não usem drogas, vocês vão acabar assim...
    - Quer dizer: roxo, sorrindo de uma forma estranha, em cima de um galho de uma árvore, falando através de enigmas com cada viajante que passar pela floresta? – perguntou Harry.
    - Sim – concordou o professor – e justamente quando achei que já tinha visto de tudo, me aparece uma aberração dessas... Ah, vamos embora...
    - Mas e aquela coisa que temos que fazer para sairmos do país?
    - Pro inferno! Eu não realizo o desejo de ninguém!
    - Mas... Nós temos que fazer...
    - Por que teríamos que fazer algo assim?
    Hermione levantou uma pilha de papéis que vieram, aparentemente, do nada.
    - Tá no script – disse a garota com uma voz fina.
    Snape suspirou.
    - Certo, e o que o script diz que temos que fazer?
    - Não sei – admitiu Hermione – Não li tudo ainda...
    Severo começou a ter outro de seus ataques de raiva.
    - Nesse caso, enfia esses scripts no...
    - Olha lá! – Harry interrompeu o professor, apontando para uma casa, atrás das árvores – Como não vimos isso antes?
    Todos observaram a casa de longe.
    - Certo, vamos embora... – disse Snape, seguindo na direção oposta a da casa.
    - Espera aí! – cortou Hermione – Nós temos que ir ver a casa.
    - Por quê? – perguntou o professor tentando se controlar.
    - Tá no script... – ela falou com sua voz fininha novamente.   
    O professor contou até dez e respirou fundo várias vezes.
    - Então vamos lá...
    Entraram no jardim da casa e lá avistaram uma grande mesa. Ela estava colocada com vários pratos, xícaras e cadeiras. Todas as louças muito sujas e usadas. Na cabeceira da mesa sentava-se um homem grande, com uma aparência um tanto quanto louca, usando uma grande cartola e com uma xícara na mão. Ao seu lado estava um rato, dormindo. E, ao seu outro lado, encontrava-se uma lebre. Todos os três sentados a mesa.
    - Ah, olá! – disse o homem na cabeceira da mesa – Veja o que o vento nos trouxe. Sentem-se, sentem-se. Tomem chá! Seus amigos já passaram por aqui!
    - Que amigos? – perguntou Snape.
    - Ah, o velho com a barba comprida e a velha que se acha jovem... Com seus respectivos grupos, naturalmente. Dei-me muito bem com o velho, como era o nome dele mesmo? Dumby? Dumble? Enfim... Ele é bastante louco, gostei dele...
    - E quem seriam vocês? – perguntou Snape erguendo uma sobrancelha.
    - Ah, onde estão meus modos? Chamo-me Chapeleiro Maluco, mas podem me chamar só de Chapeleiro. Esse aqui ao meu lado é a Lebre de Março, mas podem chamar só de Lebre e este outro aqui – apontou para o esquilo que dormia – é o Arganaz. Um homem de poucas palavras... Sentem-se, sentem-se...
    - Por que sentaríamos numa mesa com vocês?
    - Ora, por que sabemos o que vocês tem que fazer para sair desse país e, mais ainda, sabemos que seus amigos, os dois grupos que passaram por aqui antes, correm grande perigo...
    - Certo – disse o professor sentando-se em uma cadeira, sendo seguido por seus alunos – vamos por ordem de prioridade: como saímos daqui?
    - Gostaríamos de falar! – disse o Lebre sorrindo alegremente enquanto bebia um gole de chá – Mas não podemos! Não podemos!
    - Por que não podem? – perguntou Rony.
    - Só podemos dizer uma coisa a vocês – explicou o chapeleiro – Ou dizemos como sair daqui, ou dizemos como salvar seus amigos. O que preferem?
    - Por que só podem dizer uma coisa? – perguntou Harry.
    - Porque sim, ué! – disse a lebre – Do contrário, ficaria muito fácil para vocês! O que vão querer saber?
    - Qual é a saída mais próxima? – perguntou Snape.
    - NÃÃÃO! – os três jovens gritaram – Onde estão nossos amigos? Que perigo eles estão correndo?
    - O que temos que fazer para sair daqui? – insistiu Snape com a voz mais séria.
    - Seus amigos estão para perder a cabeça... – disse a lebre.
    - Devem estar mesmo – notou Rony – Dumbledore está com eles...
    - Não, não, eu quis dizer, literalmente... Vão ter suas cabeças cortadas...
    - O quê? – os três alunos se alarmaram – Mas por quê?
    - Eles irritaram a Rainha de Copas... – explicou o chapeleiro – Não é uma boa pessoa para se irritar...
    - Quem é a Rainha de Copas?
    - Ela é a rainha desse lugar – explicou a Lebre – Ela meio que manda em tudo aqui... Só que é meio irritadiça. Não gosta de ninguém. E seus amigos a irritaram, logo vão ter suas cabeças cortadas.
    - Aham... – continuou Snape – E como saímos daqui?
    - Professor, temos que salvá-los! – disse Rony.
    - Weasley, vê aquele bolinho – apontou para um bolinho na mesa.
    - Sim.
    - Coma-o e pare de falar asneiras. Vamos para casa.  Não tenho nada com a cabeça de ninguém.
    - Já esta se esquecendo de que Dumbledore é diretor?
    - E daí?
    - Ele paga seu salário! Sem ele... Sem salário...
    Snape suspirou.
    - Certo, e como salvamo-los? – perguntou o professor ao chapeleiro.
    - Vocês tem que derrotar a Rainha de Copas, oras... Derrotem-na e salvarão nb  seus amigos...
    - E como saímos daqui depois disso?
    - Ah, bom, isso daí já é outra pergunta... – notou a Lebre – Dissemos que só responderíamos uma...
    - É melhor irmos então – notou Harry – Temos que encontrar Dumbledore e os outros logo...
    Os alunos começaram a andar.
    - Vocês três – disse Snape – Esperem aí, acabei de lembrar que somos bruxos. E como diz nosso diretor: andar é para os fracos. Vamos aparatar para o palácio da rainha...
   
—------------- >>>>>>>— <    A Rainha de Copas gritava ordens para todos os seus súditos em seu palácio. Daria um baile em três dias e tudo tinha que estar perfeito...
    - Limpem os salões! Cortem as cabeças! Preparem a comida! Cortem as cabeças! Podem minhas plantas! E mais importante de tudo: cortem as cabeças!
    No canto da sala, Dumbledore, Minerva e todos os alunos estavam acorrentados.
    - Ei, Rainha! – gritou Minerva – Sua velha bruaca! Liberte-nos!
    - Quem você está chamando de velha?! – explodiu a Rainha – Vou cortar-lhe a cabeça! Você que é a idosa por aqui!
    Os nervos de Minervam ficaram a flor da pele.
    - VELHA?! VELHA É A SUA MÃE! SUA VADIA!
    - COMO É QUE É? – a Rainha explodiu também – OUSA FALAR COMIGO NESSE TOM?
    - Calma, calma, meninas – tentou Dumbledore – Tem um pouquinho de mim para todo mundo, não precisam brigar por minha causa...
    - NÃO ESTAMOS BRIGANDO POR VOCÊ, SEU VELHO! – gritaram as duas simultaneamente.
    - QUEM VOCÊS ESTÃO CHAMANDO DE VELHO?! – agora foi a vez de Dumbledore explodir.
    Neville suspirou.
    - Desse jeito, não vamos sair daqui nunca.
    - Com licença, Vossa Majestade – tentou Gina -, se elogiarmos sua juventude, podemos sair daqui?
    - Não, vocês vão ter a cabeça cortada de qualquer maneira...
    Gina suspirou.
    - Sim, concordo com você, Neville.
    Nesse momento, Snape, Harry, Rony e Hermione desaparataram no centro do Salão.
    - Então é aqui que a tal da Rainha fica? – perguntou Harry.
    Os presos começaram a gritar por ajuda e o grupo os notou.
    - E quem são vocês? – perguntou a rainha?
    - Nós somos – Rony começou seu discurso – aqueles que aparecem quando a luz parece ter se esgotado. Aqueles que lutam até quando a batalha já parece perdida. Aqueles que defendem os fracos e oprimidos. Aqueles que...
    - Oi, eu sou a Hermione! – disse a garota animada, estendendo a mão para a Rainha.
    - Mas que bosta de nome ruim! – exclamou a rainha – terá sua cabeça cortada!
    - Obrigado – disse Snape – É o que digo a todos os meus alunos.
    - E quem é você? E por que não lava esse cabelo?
    Uma veia apareceu na testa de Snape.
    - Deixe o meu cabelo fora disso...
    - Guardas! Prendam todos!
    E antes que pudessem fazer qualquer coisa, vários guardas surgiram do nada e algemaram Snape, Harry e Hermione, mas Rony conseguiu escapar por pouco.
    - Esupore! – ele atacou cada um dos guardas e todos caíram desmaiados no chão.
    - QUANTA PETULÂNCIA! – exclamou a Rainha – CORTEM A CABEÇA!
    - Escuta, não podemos conversar? – perguntou Rony – Você solta meus amigos, a gente vai embora e a gente finge que nada disso aconteceu?
    - NÃO! – foi uma resposta simples.
    - Rony! – disse Dumbledore sério. Sim, algumas poucas vezes de sua vida, ele fica sério -  Você terá que derrotar a rainha de copas...
    - Mas como?!
    - Céus! Você é um bruxo, desgraça! Faz qualquer coisa!
    - Hã? Sei lá... – ele apontou a varinha para a Rainha – Crucio!   
    O feitiço acertou a Rainha em cheio. Todos esperavam que ela começasse a se contorcer de dor, mas, no lugar disso, ela simplesmente começou a dançar loucamente.
    - Olhem para mim! – disse ela sorrindo, enquanto dançava uma ridícula dança dos anos 1970 – Estou dançando! Isso é tudo o que sempre quis! Eu nunca aprendi a dançar! Puxa vida, eu desejei isso a minha vida toda... Muitíssimo obrigada!
    - Mas o quê? – perguntou Snape.
    - Viu, professor – disse Rony sarcasticamente – Eu disse que Cruciatus em reis e rainhas fazem com que eles dancem loucamente.
    - Mas... – Snape, pela primeira vez na vida não sabia o que dizer.
    - Parecem que alguns alunos seus não são tão burros quanto pensava, não é Severo – notou Minerva sorrindo.
    A rainha agora dançava Macarena por todo o palácio.
    - Obrigada! Obrigada! Eu sempre desejei isso...
    - Espera ai... – notou Hermione – O Gato Risonho não nos disse que para realizarmos nosso desejo de sair daqui, primeiro teríamos que realizar outro desejo?
    - Sim! – disse Harry alegremente.
    E quando todos perceberam isso, tudo ficou preto.

—------------- >>>>>>>— <    Acordaram no chão de Hogwarts, atordoados.
    - O que diabos aconteceu? – perguntou Harry levando a mão a cabeça  e olhando ao redor – Vocês não vão acreditar, mas eu tive o sonho mais louco possível...
     Estavam no Salão Principal, o local estava deserto. Dumbledore, Minerva e Snape levantaram-se, assim como todos os alunos.
    - Acho que não foi um sonho, Harry... – disse Dumbledore.
    - Isso foi um absurdo! – gritou Hermione – Rony, como você sabia que o desejo da Rainha era dançar?
    - Eu não sabia.... – admitiu ele, só quis esfregar na cara do Snape que eu estava certo...
    Snape olhou para McGonagall. Se o Rony estava certo, então talvez...
    - Expelliarmus! – gritou ele e a varinha de Minerva saiu voando.
    - O que foi isso?
    - Não – disse o professor – Nada de leite... Aparentemente, expelliarmus continua não tirando leite de vaca.


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Notas finais do capítulo

Bom, infelizmente, como ficamos muito tempo sem escrever nada, não lembramos de muitas das sugestões e com esse novo sistema de comentários (com o qual ainda não me acostumei) está muito dificil procurar... Então, se vocês quiserem ver algo por favor, mandem a sugestão de novo (ou mandem outras, pode ser também...) Se for boa, vai aparecer por aqui!