Já faz um ano desde aquele acidente, quando Karin foi atropelada por um carro desgovernado que, até hoje, não encontraram o motorista. Nesse mesmo dia, a garota havia perdido sua vida, a sua vida com boas memórias de seus parentes e com uma boa convivência da família, mesmo sem a mãe.

A família ainda sofre com isso, mas o pai encontrara uma solução para que a garota não fosse embora antes dele: transformou-a em um shinigami. Usou seus últimos poderes de shinigami para entregar à Karin, assim como Rukia fez com Ichigo. E, consequentemente, Isshin também perdera seus poderes de shinigami.

A garota adorou tornar-se uma shinigami. Já conhecia um pouco sobre eles e assim tornou tudo mais fácil. E, como retirou os poderes do pai e já tinha certa reiatsu acima do normal, sua força era grande, e precisava aprimorar um pouco sua habilidade no kidou.

Ichigo lhe ensinara tudo que sabia menos os kidous, já que também não sabia nada sobre eles. Rukia, então, foi ajudando junto. A notícia de que mais uma shinigami apareceu, ainda não fora relatada à Soul Society, pois queriam que ela soubesse ainda mais sobre esse “novo” mundo. Mas todos já sabiam que, cedo ou tarde, eles acabariam descobrindo.

Foi isso que aconteceu.

Meses depois de Karin tornar-se uma shinigami, uma borboleta do inferno apareceu para Kuchiki Rukia. Ordenava que trouxesse imediatamente a nova shinigami para a Soul Society para examiná-la. O pai não queria, sua filha estava prestes a correr perigos com os hollows e também Menos Grandes, além de ser julgada por ter virado um deles contra as regras dos Treze Esquadrões; com certeza, nenhum pai desejaria isso para a filha.

Mas Karin disse que ficaria bem; era o destino dela. Agradeceu por ter ganhado esses poderes de shinigami e confirma que estava pronta para o que der e vier.

Yuzu, sua irmã gêmea, mesmo não a vendo, sentia. Sentia algo a abraçar fortemente e tinha certeza de que era Karin a abraçando. Mesmo não a ouvindo, ou sentindo, sabia que Karin estava chorando. Yuzu começou a chorar também e abraçou o volume que sentia sobre si.

Karin, pela primeira vez, sorriu para o pai e repetiu milhares de vezes um “Obrigada!”. O pai chorava de emoção e tristeza e retribuiu o abraço.

Karin, por fim, limpou as lágrimas e retomou sua posição. Afinal, já não era mais aquela garotinha de onze anos. Seu corpo ganhou curvas, seus seios eram medianos e seu cabelo havia crescido como o de sua mãe sem as ondulações.

Como recebeu treinamentos de seu irmão mais velho e de Rukia, conseguia equilibrar-se perfeitamente no ar; Rukia abriu um senkaimon e aparecem três borboletas do inferno, Karin adorou o estilo da borboleta. Entraram e Yuzu começou a chorar novamente.

Depois de um tempo, Ichigo se esquecera de avisar sobre o zelador que apareceu rapidamente, fazendo os três shinigamis correrem pelo mundo Dangai.

Literalmente, se jogaram na saída e caíram bem perto do portão do sexto esquadrão. Ichigo foi ajudar Rukia e sua irmã, verificando se nenhuma das duas tinha algum ferimento. Ambas se levantaram e foram até o primeiro esquadrão através de seus shunpos.

Chegando no portão, Karin suava frio. Estava com muito medo. E se fosse negada a participar do Gotei 13?

– Não se preocupe, Karin. – seu irmão mais velho a encorajou – Claro que você vai ter medo do rosto de alguns, mas...

Rukia deu uma cotovelada na costela do amigo.

– Tolo!! Não vê que é falta de respeito falar isso?! Aliás, todos os capitães estão aí! E se eles te escutarem?! – Rukia dava um sermão enquanto Ichigo estava sofrendo de dor no chão, mas logo recompôs-se

– T-tudo bem... – a dor continuava – Continuando, apesar de eles... – foi encarado por um olhar assustador de Rukia – ... serem um pouco diferentes, sabe... Eles são gente boa!!

– ... Se Ichi-nii diz isso... Certo. Eu entro. – suspirou fundo e sorriu

Ichigo repousou a mão na cabeça de Karin e sorriu junto.

– Até quando vão permanecer aí?! – os três ouvem uma grossa, era do general Yamamoto Genryusai Shikeguni – Entrem logo!

Karin suspirou fundo novamente e abriu a porta.

Começa uma nova aventura...