Beyond The Moon escrita por Nicoly


Capítulo 3
Fazendo amigos.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal.
Lá vai mais um capítulo, mais primeiro quero agradecer as minhas leitoras pelos reviews.
Boa leitura, e espero que gostem desse capítulo.



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Estava dormindo profundamente quando acordo com um tremendo barulho. Quem era o desgraçado que estava me acordando? Fique sabendo que meu sono é muito precioso.

Olhei para o lado com a maior preguiça e vi Patrícia. Parecia bêbada.

Achei, então, que poderia ser a hora certa de fazer as pazes:

- Onde você estava? – Disse botando as mãos aos olhos. A folgada ainda tinha ligado a luz.

- Deis de quando interessa a você onde eu estou? – Ela disse desligando a luz do quarto e ligando o abajur.

- Deis que minha companheira de quarto sai e volta... – Olhei para o relógio. -... 4 horas da madrugada, chegando bêbada e fazendo mais barulho que o cortador de grama do meu pai!

- Todo dia tem festa no lago, e eu não estou nem um pouco bêbada!

- Imagina se estivesse, iria imitar a lacraia no telhado do colégio. – Falei gozando de sua cara. – Mais é proibida a saída de pessoas dos dormitórios de noite. Como você saiu?

- Viver sempre dentro de regras não é nada bom. Acredite nisso!

Depois de alguns milésimos de segundos, pensei em fazer as pazes naquele exato momento:

- Patrícia, eu sou nova aqui e não tenho nenhum amigo. Queria pedir desculpas pelo que eu fiz. Bom, nem foi uma briga, apenas um desentendimento, mais eu queria que você me ajudasse a fazer parte desse colégio... Eu estou sendo uma idiota te pedindo isso! – Olhei seriamente para ela. – SENHORITA DUERRE EU FIZ ESSE DISCURSO TODO E VOCÊ FICA AI FINJINDO ESTAR DORMINDO QUE NEM UMA MOCREIA?

Levantei-me do meu confortável colchão, quentinho e gostoso, que estava com um enorme buraco (Eu não sou gorda ta?) e fui até sua cama:

- Patrícia? – Eu teria que chamá-la. Como estava sem sono resolvi ficar incomodando-a.

- Cócócócócó, CÓCÓCÓCÓ. – Levei um tremendo susto e cai para trás.

Ela estava roncando ou era uma galinha botando ovo? Poderia ser uma tremenda patricinha, mais quando dormia parecia um porco tentando imitar uma galinha.

Eu tinha um animal inexistente em meu dormitório, que acabara de chamar de porcalinha.

Parei de lhe chamar e fui escutar música, já que a minha vontade de dormir tinha ido viajar. Então, tive que procurar pela cama inteira meu MP5.

Joguei o edredom para um lado, o travesseiro para o outro, e ele não estava lá. Resolvi procurar embaixo de minha cama, não tinha nenhum rastro. A única chance era de estar em baixo da cama da Srta. Porcalinha. Agachei-me e lá estava meu neném. Do seu lado tinha um diário, só poderia ser de Patrícia, pois era rosa, cheio de frufrus...

Peguei o ‘’ caderno de segredos ‘’ (não sou nem um pouco metida, só vou dar uma espiadela, também não pedi para deixar aos meus alcances) e comecei a ler de trás para frente:

Querido diário, por que a Sra. Bethany me colocou logo em um quarto com uma humana? Será que ela acha que eu estou preparada? Que eu já me controlo em frente de humanos? Achei muito estranho esse seu ato!

 E se eu deixar escapar alguma coisa, o que vou fazer?

Tenho que ir, a festa do lago já vai começar. Beijos, Duerre.

Patrícia tinha algum segredo com a diretora? Estava prestes á saber, quando de repente aparece um camundongo:

- AAAAAAH! – Botei a mão em a frente da boca para que Patrícia não acordasse, mais seria impossível não acordar com aquele meu gritinho.

Fui saindo de baixo da cama de fininho:

- O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO EM BAIXO DA MINHA CAMA? E POR QUE GRITOU DESSE JEITO? – Patrícia estava com uma cara totalmente hilária, sua maquiagem estava toda borrada, foi difícil agüentar os risos.

- Desculpe, eu estava pegando meu MP5 e vi um camundong...

- O QUE? CAMUNDONGO? – Levantou-se e começou a pular em cima da cama. – MATA, MATA, MATA ESSE RATO NOJENTO, FEDIDO, saboroso... NÃO! JOGA ELE PELA JANELA!

- Se acalma ele já foi. – Cai em risos. – Espera. Você disse saboroso? – Tirei o sorriso do rosto e fiquei séria.  

- Hãm?  Não, não, ta louca? – Pareceu confusa.

- É, eu ouvi saboroso! – Eu não estava pirando, de jeito nenhum, ou eu estava sonhando! Dei um beliscão em mim mesmo. – AI! – É eu estou acordada.

- Eu falei horroroso. Agora vamos dormir que eu estou com sono. Hoje de manhã tem a primeira aula e eu preciso te mostrar o colégio! – E virou-se para o lado.

- Ok! – Deite-me e fiquei pensando em tudo o que havia acontecido naquela madrugada.

Ela chamou aquele camundongo de saboroso. Eu não vim de um hospício, eu não sou louca, eu não sou louca e eu não sou louca.

 Eu não tinha entendido isso, mais deixei passar de lado.

 Outra coisa que eu não entendi, ela estava sendo querida comigo ou foi impressão minha? Disse que ia me mostrar o colégio.

 Isso quer disser que o meu primeiro passo já foi dado, assim será fácil de fazer amizades com outras pessoas.

Imaginei como seria hoje de manhã. Será que eu iria conhecer mais amigos?

Fechei os olhos e logo desmaiei de tanto cansaço.

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

 Toc Toc Toc.

  - Quem é o ser que bate uma hora dessas na minha porta? – Falei exausta.

  - Vocês estão vivas? Abre essa porta! – Falava um humano que eu certamente não conhecia.

  - Só deve ser a santa da impaciência. – Patrícia reclamou com a cara no travesseiro.

  - Vai demorar muito? – Creio que seja alguma amiga da patricinha.

  - SE ACALMA! – Era incrível o amor das duas. – Linda Rebecca abre a porta? Obrigado. – A senhora folgada e falsa pedia.

  - Claro, eu nasci para ser sua escrava né? – Disse levantando.

  Abri a porta. Uma garota de cabelos compridos já ia entrando, outra folgada. Com certeza amiga de Duerre.

  - Vocês já consultaram o relógio? Vamos ficar dois dias sem aula. Aquela velha rabugenta da diretora foi viajar. – De educação ela não tinha nada, pode apostar. E graças a meu escapulário hoje não ia ter aula, nem amanhã.

  Examinei o relógio e eram 3horas 30minutos da tarde. O QUE? Eu não dormi tanto assim.

  - Courtney, Rebecca. Rebecca, Courtney. – Patrícia ignorava sua amiga.

  - Prazer! – Sou educada viu.

  - Me chamo Courtney Waldorf! Agora vão se arrumar vocês duas que eu preciso deixar o gostosão do Balthazar impressionado com a minha pessoa. Vou te levar para conhecer o colégio e depois você vai falar bem de mim para ele. Escutou tudo?  Acho bom mesmo! – Ela pedia, na verdade mandava apontando para mim.

 Uma é a rainha da cocada preta e a outra é a rainha da cocada rosa?  É o que eu sempre quis: duas calças cagadas querendo mandar em mim para conquistar um guri.

Enterra-me viva de novo?

Waldorf saiu do quarto, e a loira explicou:

- Não se preocupe. Ela só quer te usar. É bom você fazer tudo que ela pedir. Minha amiga é apaixonada pelo Grindelwald, e tenta ser amiga da irmã dele, a Charity.  A morena nunca consegue. Então, deixa a guria ser feliz só uma vez?

- Acho que eu entendi tudo. Eu já conheci esse tal de Balthazar, o queridinho da diretora. Ele é super bonito e muito simpático! – De uma hora para outra já considerava Paty minha amiga.

- Se a Courty sonha, você está morta! – Ela brincava.

- Só vou obedecer a sua amiguinha por que não conheço nem a metade dessa escola, ok? – Fiz uma cara, tipo: Ta pensando que é quem mano?

- Você que sabe. – Minha companheira de quarto ia se arrumando.

Até que Duerre era uma pessoa legal! Agente conversava, ria e fazia palhaçadas. Eu só não gostava de seu lado patricinha.

Depois da nossa conversa fui tomar banho.

Dessa vez não teve show, pois tinha muita gente no colégio e se alguém escutasse iria roubar minha letra, daí não ia dar certo!

 Botei meu uniforme, penteei meu cabelo, bláblá...

Passaram-se 1 hora e eu estava pronta. Aquele uniforme era largo, horrível, não me sentia nenhum pouco bem.  

Sai do quarto e tranquei a porta. As chatinhas já estavam me esperando na escada.

- Anda logo que meu futuro marido está lá no pátio! – Falava a apressada e convencida.

- Quando voltarmos irei dar um jeito em seus uniformes e suas roupas. – Patrícia cochichava no meu ouvido. – E hoje eu vou te arrumar para a festa do lago. – Me ajudando? O que ela queria de mim?

- Ok. – Era tudo o que eu respondia.

Chegamos ao gramado e lá estava Balthazar todo charmoso.

- Olhe ele está lá. Diga que já viu tudo e que eu não lhe preciso mostrar mais nada. – A minha chefinha mandava. Eu apenas ficava calada.

Chegamos perto dele e ela fez de tudo para chamar atenção:

- Rebecca, AQUI é o PÁTIO, aonde você irá... - Sabe quando as pessoas falam baixo e daí aumentam a voz para ser reparada? Então a garota fazia isso. -... fazer novos amigos...

PUF – Uma maçã voadora foi tocada bem em sua cabeça.

- QUEM FOI O IDIOTA QUE TOCOU ESSA COISA EM MINHA CABEÇA? – O pimentão falava. Courtney estava vermelha. Eu não sabia se era da batida ou de vergonha.

 Ela saiu correndo puta da cara e entrou na escola.

O colégio inteiro estava rindo. Balthazar que também estava tirando gargalhadas de sua cara olhou para mim e disse:

- Ela estava te usando, sabia?

- Claro. Como você sabe?

- Todo ano ela faz isso, nunca desiste. – Ele deu uma risadinha. – Já conheceu mais alguém sem ser a Duerre e a Waldorf?

- Infelizmente não. – Entortei a boca.

- Ah, pode deixar que eu lhe mostro todas as pessoas legais aqui da Beyond The Moon. – Como uma pessoa pode ser tudo de bom ao mesmo tempo? Estou babando por essa gostosura.

- Valeu. – Olhei para ele com um sorriso.

Fomos até um grupinho de amigos que pareciam felizes.

- Vamos começar pelo cara da maçã voadora, Lucas Roos. Ele é gente boa. Vai gostar de conhecê-lo. – Deu um aperto de mão e um pequeno forte tapinha em suas costas. Deveria ser seu melhor amigo.

- Prazer. – Ross era outro gostosão, só que era um pouco menor que Balth.

Eu já tinha me apegado nas pessoas. Já os chamava até pelo apelido.

- Prazer, sou Rebecca Oliviens. – Ele estendeu sua mão e apertei.

Aqui só tem guri lindo, OMG!

- Oliviens? – Perguntou confuso.

- Sim, Rebecca Oliviens. Algum problema? - Que foi meu filho me achou lindona? Eu sei que eu sou linda e gostosa, e sei que você me olha e me quer.

PAREI!

- Desculpa, pensei que já te conhecia!

Dei um sorriso para ele, dando de ombros seu perdão e o fato estranho de ele que achara que já me conhecia.

- Então, foi você que jogou a maçã na Waldorf? – Perguntei tentando puxar assunto.

- Sim. – Ele riu.

- E ela não faz nada?

- Não, pois sou amigo da paixão dela! - Deu uma piscadela para Balthazar.

 - Ah. Quer disser que vocês dois são apaixonados um pelo outro? – Falei para o grandão que estava meio sem graça.

- Não, não! Ela só tem uma quedinha por mim, por que eu arraso muito, não é? – Rimos. – Somos apenas amigos. Agora vamos continuar com as apresentações? 

- Claro.

- Essa é Raquel Watson e esse é Vick Lawrence. – Grindelwald terminava de apresentar o grupinho. – Vou fazer uns negócios com Lucas e já volto. Fique ai conhecendo eles.

- Ok. Só quero te agradecer por ser uma pessoa legal comigo.

- Sou legal com quem merece! – Deu mais uma de suas piscadinhas. Esses guris têm problemas nos olhos? Só sabem piscar.

 Olhei para a menina que parecia bem tímida e me apresentei:

- Olá, sou Rebecca. Há quanto tempo você estuda aqui? – Estava muito envergonhada. Mesmo assim fui fazendo perguntas.

- Olá, como Balthazar disse sou Raquel Watson. – Ela repetia. – Já faz um tempinho que estudo aqui. No começo também era igual á você, perdida, não conhecia nada, não tinha nenhum amigo, sem ofensas! Mais ao pouco fui me acostumando com esse lugar macabro. – Fez uma careta como se estivesse arrepiada.  

- E você vem de onde? – Falava o guri com estilo nada convencional, usava aquelas gravatas escandalosas.

- Eu venho de uma cidade pequena, Arrowwoond.

Depois de um tempo conversando, fui indo para o meu dormitório, pois já estava tarde.

Raquel foi me acompanhando:

- Vai hoje á festa do lago? – Perguntei.

- Bom, acho que hoje não. Estou de ressaca! – Fazia uma cara de cansada. – Mais como você soube dessa tal festa?

- Ontem, na verdade hoje, minha parceira de quarto chegou de madrugada e me convidou para ir com ela.

- Hum... Meu quarto é logo ali. Qualquer coisa bate na porta! – Apontava para seu dormitório.

- Ok. Tenha uma boa noite. – Acenei e fui andando.

- Boa noite.

Eu estava feliz com meu segundo dia na escola. Conheci alguns amigos que eram legais e simpáticos.

Espero que os próximos dias continuem assim!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Bom, ruim, horrível, perfeito? Ahahaha.
Desculpe por algum erro.
Beijos e até o próximo.