Beyond The Moon escrita por Nicoly


Capítulo 11
O Nó se desmancha.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal ;D
Demorei, mas postei.
Acho que hoje não tenho muita coisa á falar, já que todo dia que eu posto escrevo um livro, Ahaha.
Só vou avisá-los que não postarei toda sexta, agora não irá ter dia determinado, infelizmente =/
E mais uma coisinha, quero dedicar esse capítulo á Lola_Volturi, Andressa_cm e Bella-Thorne. Muito obrigada por esses maravilhosos reviews!



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Todas minhas amigas ficaram comovidas com a minha volta para a Beyond The Moon, mas quem sabe, algum dia eu poderia voltar e vê-las novamente. Nesse momento eu já estava na estrada com meus pais voltando ao imenso inferno, na qual todos chamavam de escola.

- Nossa filhinha está voltando e nem passou um dia se quer com os pais... – choramingou minha mãe.

- As aulas começaram e eu decidi participar da festa de outono, afinal, só temos uma vida e precisamos aproveitá-la o máximo possível!  

- Você cresceu rapidamente meu amor, parece que foi ontem que eu estava no hospital esperando por você.

- Os tempos mudam Célia – meu pai intrometeu-se na conversa.

Era uma longa viajem, e eu já parecia estar acostumada com a cinzenta estrada e com o verde que o rodeava. Ia escutando meus pais falarem sobre o passado, de como eu havia crescido, de como tudo começou...

Estávamos no meio do caminho quando minha mãe resolveu entrar em um assunto muito serio e estranho:

- Filha, você tem algum segredo para nos contar?

- Como assim? – juntei as sobrancelhas, realmente eu não sabia em que ponto ela queria chegar.

- Sobre a nova escola... – enrolou-se. As palavras pareciam querer ficar trancadas em sua garganta.

- Você não quer falar sobre virgindade ou namoro, né? – indignei-me.

- Não, não – apressou-se em responder. – Eu quero saber se você descobriu alguma coisa, se tem algum segredo que não queira me contar.

- Sabes que sempre lhe contei tudo, mas por que essa pergunta?

Minha cabeça só possuía confusões, dúvidas...  Como se fosse um gigantesco nó, aqueles complicadíssimos, difíceis de serem desmanchados. Depois que eu entrei naquele novo colégio, a minha vida mudou, passou a ser diferente, minha rotina não era mais a mesma. A cada dia, perguntas e mais perguntas só me aparecem, mas não é disso que eu preciso, o que eu preciso está difícil de ser encontrado. Eu preciso de respostas, as respostas que irão desmanchar o teimoso nó que se encontra em meu cérebro.  

- Esquece meu amor, só quero que saiba que deve contar tudo para a mamãe, ok?

- Estais escondendo algo de mim? – e eu que pensei que só as pessoas da Beyond The Moon me faziam confusa e pareciam não querer me contar nada.

- Err... – olhou para meu pai. Alguma coisa estava errada.

- Filha, nós somos seus pais e você precisa nos contar tudo sobre o que acontece contigo, todos seus segredos...

- Esperem! Estão querendo que eu conte tudo sobre minha vida amorosa, sobre os meus segredinhos com as amigas?  Só podem estar brincando, pois eu tenho que ter minha própria vida. Vocês já tiveram minha idade e sabe muito bem como são os adolescentes. E só para não ficarem pensando besteiras, eu nunca namorei.

Eles suspiraram, estavam infelizes por não conseguir demonstrar bons pais, ou então, por não ter conseguido falar o que realmente queriam. Mas eu acho que tinha pegado pesado, afinal, eles eram meus pais e tinham que saber tudo sobre minha vida.           

- Esquece, acho que você não sabe de nada ainda – Adrian falou. Minha mãe deu um pequeno pedala em meu pai, que pareciam esconder algo de mim. Hoje em dia parecia estar na moda esconder algo de Rebecca Oliviens.

- O que eu não sei? Expliquem-me, por favor? Sou filha de vocês e acho que tenho todo direito de saber o que vocês me escondem – retruquei.

- Nada, nada filhinha. – Depois de alguns segundo de silêncio ele continuou: - Só queríamos que você ficasse um dia com seus pais, já que esse pequeno ‘’intervalo da escola’’ foi só para suas amigas – meu pai deu um sorrisinho satisfeito, de que conseguira algo.

- Eu sei que não era isso que vocês queriam me falar, mas já que insistem em não dizer, não tem problema – falei firme só para ver se eles me contariam alguma coisa, o que não aconteceu, pois depois a conversa se acabou.

Os minutos se passavam e o maior silêncio rolava dentro do carro, enquanto este era quebrado só pelo barulho dos motores de todos os carros que passavam rapidamente pelo nosso lado. Aquilo estava completamente tenso, minha paciência estava quase se esgotando. Mas como o sono persistia em penetrar em mim, deitei-me no banco traseiro e dormi.

(...)

Acordei com o delicado pé de Adrian no freio, o que significava a chegada na escola Beyond The Moon.

O bom era que eu acabara de acorda, ou seja, meu cabelo deveria estar em perfeitas condições. Mas como o retrovisor era um grande amigo, arrumei minha linda ‘’jubinha’’.

Desci do carro assim como meus pais e me despedi:

- Amo vocês muito. Tenham cuidado, viu?

- Nosso filhote cresceu – falou minha mãe surpresa.

Dei mais um abraço nos dois, depois eles entraram no carro e foram indo em direção a estrada de volta para casa, enquanto eu ia entrando no pátio do colégio pelo imenso portão de ferro.

Parei de frente ao castelo – aquela escola era muito parecida com um -, apertei o medalhão que Lucas me dera e pedi forças, que eu conseguisse superar tudo.

Fui caminhando com as minhas malas pelo gramado até a casa da Diretora Bethany, pois teria que avisá-la que eu acabara de chegar.

O gramado principal estava vazio, todos deveriam estar em seus dormitórios, provavelmente dormindo.

(...)

Bati na porta umas três vezes e ninguém atendia, teria ela viajado de novo? Bati novamente na porta, agora mais forte.

- Quem é – gritou a Sra. Bethany abrindo a porta. – R-Rebecca? – surpreendeu-se. 

- Sim, sou eu. Só vim avisar que já cheguei.

- É o que estou vendo... – olhou-me dos pés a cabeça. – Você não iria participar da festa de outono, então, o que fazes aqui? – aquela mulher estava me insultando.

- Mudei de ideias e resolvi chegar mais cedo, algum problema? – disse seriamente.

- Não, só pensei que você não voltaria mais.

- Mas estou aqui, e acho que não existem motivos para... Fugir (?).

- Você sabe das coisas que Erich é capaz de fazer? – falou em um tom alto.

- Estou ciente disso – respondi no mesmo tom. - Mas como você descobriu que eu sabia o segredo desse colégio?

- Poderes vampirescos... Eu ando observando todos aqui!

- Ah sim – falei calmamente, impressionada com a minha firmeza. – Se a senhora me der licença, irei para meu dormitório.

Ela assentiu e dei as costas indo até a torre das meninas.

(...)

Já estava chegando perto da torre e ainda não havia visto nenhum vampiro - com exceção da Diretora Bethany -. Será que todos estariam caçando? 

Enquanto subia as escadas calmamente, ainda insegura de estar ali – mesmo com o colar no pescoço -, avistei Raquel, que parecia estar com pressa. Eu queria me esconder, mas não era possível, pelo simples fato de ela ser uma vampira e por já ter me visto.

- Rebecca? – perguntou assustada, permanecendo no mesmo local, na qual era longe de onde eu estava, mas dava para vê-la perfeitamente.

- É o que parece – falei insatisfeita, me aproximando ainda mais de Watson, que ainda permanecia parada.

- Resolveu mudar de ideia?

- Acho que não fariam nenhum mal a mim, não é? – eu apenas desviava o olhar.

- Por que você voltou? Sei exatamente que não é apenas por isso.

- Quer saber por quê? – parei em sua frente, encarando-a. Comecei a falar em um tom mais alto: – Eu vim para salvar meus pais, salvar minha cidade natal, pois Erich estava acabando com Arrowwoond, matando todos os inocentes!

- Erich Butler? – indignou-se, não acreditando.

- Sim, ele mesmo. Por que dúvidas? Afinal, ele é um monstro.

- Se você veio para ficar insultando todos, está muito enganada, pois eu não vou aturar mais uma de suas patadas. Todos sabem que ele é um monstro, na verdade, todos nós somos. Ele não sabe se controlar, e é por isso que tentamos ajudá-lo. Eu, Lucas, Balthazar e Vick estamos tentando fazer o nosso melhor, mas não é fácil – falou em um mesmo tom de voz.

- E você acha que é fácil para mim? Ver todos de Arrowwoond traumatizados? Meus pais correm perigo!

Ficamos algum minutos em silêncio, até que este foi quebrado por Raquel, já calma:

- Eu entendo perfeitamente. Mas acho melhor você conversar com o Balth, ele sabe mais coisas e irá lhe esclarecer tudo.

- Irei botar minhas malas no dormitório. Você pode dizer para ele ir falar comigo lá no gramado?

- Claro.

Raquel desceu as escadas, enquanto eu seguia corredor á frente, até chegar ao meu querido dormitório.            

Abri a porta calmamente, e logo percebi que Patrícia não estava ali. Entrei e fui em direção a minha cama. Livrei-me de minhas malas e me joguei diretamente na cama, um pouco cansada. Fiquei ali uns minutinhos, recuperando um mínimo de energia.

Balthazar já deveria estar me esperando, então, levantei-me e fui ver pela janela se ele estava realmente a minha espera. Lá estava Grindelwald, charmoso e atraente como sempre foi.

Deixe minhas malas jogadas e fui até o pátio onde se localizava o bonitão.

(...)

Já no gramado, avistei Balth, que parecia estar feliz. Quando percebeu que eu estava ali, veio até minha direção com um sorriso vergonhoso em seu lábio:

- Posso lhe abraçar?

- E por que não poderia? – falei timidamente.

Ele me deu um abraço forte, mas carinhoso. Seus longos braços atravessaram meu corpo, dando-me conforto e segurança.

- Senti saudades – falou em meu ouvido, fazendo-me arrepiar.

- Charity contou-me tudo, mas queria saber se é verdade mesmo, pois não tenho confiança nela – soltei-me de seus braços, agora estávamos de olho á olho.  

- Minha irmã? O que ela fez? – pareceu-se perdido.

- Você não sabe? – bufei – Então sua irmãzinha gosta de joguinhos...

- O que aconteceu? Não estou sabendo de nada – apressou-se em querer explicações.

- Irei lhe contar tudo, mas preciso que você também me esclareça tudo.

- Ok, comece a explicar.

- Não, vamos para um lugar mais reservado. Daí você começa a responder minhas perguntas e depois eu respondo as suas.

- Que tal Riverton? – a curiosidade parecia matá-lo.

Concordei, pois tínhamos permissão, já que Balth poderia sair quando quisesse.

(...)

Pegou um carro velho e sujo que estava na empoeirada garagem, um pouco longe da escola. Entramos e Balthazar pisou no acelerador, indo pela estreita estrada que nos levaria a Riverton.

- Qual o motivo de você querer vir conversar comigo?

- Você disse que me explicaria tudo, então, quero que tire minhas dúvidas.

- Claro, por onde irá começar? – olhava atenciosamente a estrada.

- Vocês, vampiros, são incrivelmente rápidos e se curam rapidamente... Estou certa?

- Sim, temos uma extraordinária velocidade e reflexos rápidos. Uma corrida de minha espécie é equivalente á um vôo. Somos indestrutíveis, pois podemos regenerar partes do corpo, ossos que se quebram ou pequenos cortes.

- Dizem que não podem se expor ao sol.

- Ele queima, transformando em pó, por isso alguns usam anéis, colares ou pulseiras, que servem como proteção, mas no colégio não é muito necessário, já que as árvores não deixam que os raios de sol passe por suas folhas.

- E... Você se alimenta de sangue humano?

- Eu bebo sangue animal, assim como todos da Beyond The Moon, mas suspeitam que Erich esteja bebendo sangue humano, o que faz com que ele seja mais forte – suspirou.

Tínhamos acabado de chegar a Riverton. Balthazar estacionou o carro e logo abriu a porta para eu que pudesse descer.

- Vamos fazer o que?

- Continuar... – falei, chamando-o para dar uma caminhada, pois nem todas as perguntas estavam respondidas. – Eu já sabia que Butler se alimentava de sangue humano. Ele esteve em Arrowwoond com sua irmã. Nas notícias só existem mortes, mortes e mais mortes.

- Minha irmã? – parou no meio da calçada, não acreditando em minhas palavras.

Contei tudo para ele do que tinha acontecido na noite passada. Sim, eu estava sendo uma fofoqueira falando aquilo tudo, mas era para a proteção de todos, principalmente de meus pais e minhas amigas. Balthazar estava indignado, e ao mesmo tempo infeliz por Charity tem mentido para seu único irmão. Mas decidiu resolver isso depois, já que eu não ainda estava satisfeita só com essas respostas.

Continuamos a andar em silêncio, pois eu não sabia por onde começar.

- Por que muitas vezes vocês me chamaram de Bianca?

- Eu morri com dezoito anos, mas na verdade eu tenho trezentos e sessenta – olhou para o chão procurando palavras, enquanto eu permanecia em silêncio, só esperando para que ele contasse a longa história. – Antigamente, Lucas fazia parte da Cruz Negra, que significa um grupo de elite de caçadores de vampiros. Ross namorava Bianca, que também era vampira, mas nem a cruz negra os separava...

- E o que tem a ver comigo?

- Bom, a Bianca é como se você uma parente sua, não de sangue, pois os pais delas são seus pais.

- Como assim? Mas a Bianca não era uma vampira?

- Você foi adotada Rebecca.

- Está enganado, só pode. Se eu fosse realmente adotada, meus pais me contariam – falei em um tom alto, mas preocupada, será que ele falara a verdade?

- Se acalme e deixe-me explicar tudo – assenti a seu pedido.  – Bianca é filha de vampiros, só que como seus pais não podiam ter filhos, fez um acordo com os espectros, que era uma espécie de fantasmas, mas essa parte não vem ao caso. Então, Bianca Oliviens é filha de Adrian e Célia, que foram professores á um tempo atrás aqui nessa escola, que antigamente se chamava Noite Eterna. Lucas ainda não era um vampiro, mas ele namorava Bianca. Até que um dia, todos descobriram esse segredo, e ocorreu uma pequena ‘’guerra’’ entre as pessoas da Cruz Negra e os vampiros, foi onde Bianca morreu e onde Ross se transformou em um vampiro. Passaram-se muitos anos e a senhora e o senhor Oliviens resolveram lhe adotar e botar nesse internato para vampiros, onde você descobriria a realidade e, além disso, poderia escolher seu futuro. Desculpe por ter confundido você com ela, mas vocês possuem um jeito parecido.

- Da onde que eles acharam que eu teria um futuro aqui?

- Você poderá escolher qualquer opção, que futuro quer ter para sua vida.

- Como eu fui tão otária de acreditar neles, se todo o tempo tudo aquilo não se passava de uma farsa – lagrimejei, após falar em um tom alto.

- Rebecca, o amor deles não muda. Eles te amam da mesma maneira que amariam um filho de sangue.

- Isso não importa, só quero saber por que eles esconderam isso de mim à vida inteira? Queriam que eu descobrisse da pior maneira possível?

- Chega – gritou já nervoso, o que fez que o silêncio vagasse novamente.

Os únicos sentimentos que vagavam em mim eram ódio e tristeza. Não sei mais o que faço com a minha cabeça confusa, a única coisa a fazer é ver o tempo passar. Meus olhos cheios de lágrimas, fazendo o ar que respiro ficar mais pesado. A angústia dentro de mim, enfim, sobre-salta em meus olhos que esbanjam raiva. Minha testa franzida, que acredito que represente minha profunda confusão.

De repente tudo fica escuro, o mundo desaba sobre mim, minhas piores memórias passam diante de meus olhos, fazendo então, que jorrem lágrimas com os mais diversos sentimentos mergulhados nela. Restando, então, em minha memória, apenas meus ótimos momentos, fazendo-me um leve sorriso misturado com dor.

O que resta a fazer? Fechar os olhos e deixar que o tempo cure a mais profunda dor que já sentira? Acho que isso faria de mim mais fraca, e me ajudará a sentir que sou mais ignorante do que penso.

Ou levantarei a cabeça e seguirei em frente? Assim penso que me tornaria forte. Afinal, quem já não se decepcionou na vida por pensar que poderia confiar realmente em alguém... E assim farei, e aprenderei cada vez mais com meus erros. Pois os nossos atos, o que fazemos ou deixamos de fazer é que define aos poucos nossa personalidade.

- Becky, perdoe-me. É tão difícil para mim, quanto para você.

- Não vou dizer que lhe entendo, por que estaria mentindo, já que as coisas que passam na sua cabeça não são as mesmas que as minhas. Só quero que me leve para o colégio, acho que tudo já foi esclarecido, até demais – fui indo em direção ao carro. – Espero que se entenda com sua irmã – lamentei.

Balthazar abriu a porta para mim. Quando estava prestes a entrar, ele interrompeu minha passagem, fazendo com que eu o encara-se.

- Licença? – falei com as sobrancelhas juntas.

- Aquilo que Charity lhe contou é verdade – afirmou um pouco envergonhado.

- O que? - fiz-me de desentendida.

- Estou apaixonado por você, Rebecca - um ar totalmente tenso tomou conta. - Bem - percebi por sua pele rosada, que a timidez insistia em permanecer –, apesar de ser um monstro, eu tenho sentimentos, e acho que gosto de você.

As palavras sumiram de minha boca. Como ele poderia ser uma pessoa tão simpática, honesta e gentil? Balthazar era um belo exemplo.

- Não precisa falar nada... – leu minha mente, enquanto tirava uma mecha de cabelo de minha face, o empurrando para traz da orelha.

Eu não sabia se meu rosto estava vermelho pelas lágrimas que haviam caído sobre este, ou se estava vermelho pela presença dele á milímetros de distância, fazendo com que meu corpo se arrepiasse.

Balthazar foi se aproximando de meus lábios. Sua mão já rodeando meu corpo.  Uma parte de mim insistia que eu o beijasse, mas aquela não era a hora certa, pois a outra parte falara que ele era o meu melhor amigo, e tudo acabaria com um beijo.

- Desculpe – virei à cabeça para o lado, impedindo sua aproximação.

- Eu que peço desculpas! Sou um idiota – falou olhando para baixo, em forma de negação, com a mão na cabeça.

Percebi a tristeza que o percorria, enquanto se passava turbilhões de coisas sobre minha mente.

- Balth – fui levantando delicadamente seu rosto, fazendo com que ele me encarasse -, você não é um idiota, ao contrário do que pensas, eu te considero bastante. Mas acho que essa não é a hora certa.

- Não se preocupe...

- Pare de se lamentar – o interrompi. – Eu gosto muito de você. Quando for à hora certa, iremos saber e irá acontecer. Mas acabei de descobrir que meus pais mentiram para mim. Toda a minha vida foi constituída por mentiras e farsas – respirei. – Vamos embora, por favor?

- Eu vivo mais á mais de trezentos anos, a minha vida inteira passei dificuldades com a minha família. E hoje? Hoje virei um monstro, que se alimenta de sangue.  Então, não se atreva a dizer que a sua vida é mais complicada que a minha.

Sou uma otária – pensei comigo mesmo.

- Pare de ficar se xingando, você não chegará a lugar nenhum.

Minha mente fútil não tomava decisões. Toda raiva que se passava em mim, fez com que, por um impulso, eu beijasse Balthazar. Ele puxou-me para mais perto, fazendo com que nossos corpos ficassem ainda mais colados, transmitindo toda sua energia. Minhas unhas cravaram em suas costas.

Se eu o considerava como um amigo, aquilo não deveria ter acontecido. 

Grindelwald quebrou nosso beijo após ter lido minha mente.

- Eu quero que seja verdadeiro.

- Infelizmente eu não consigo – falei em um tom baixo.

- Você nunca tentou! Mas não irei insistir, afinal, acho que é impossível mudar essa paixão que você tem pelo Lucas.

- Quem disse que eu sou apaixonada por ele? – indignei-me. Eu não estava nem um pouco apaixonada por ele, apenas o considerava como um amigo, assim como Balth.

- Eu consigo entender perfeitamente seus sentimentos. Você diz que não está apaixonada por Ross, pois não chegou a hora certa de você descobrir isso.

- Está enganado. Se eu sentisse realmente algo por Lucas eu iria saber! Acabei de conhecer ele, como gostar tão rápido de uma pessoa?

- Você descobrirá isso algum dia – já estávamos dentro do carro, só na espera de Balthazar dar a partida. Eu bufei, pois eu considerava todos como amigos, não sentia algo algum por Ross, apenas amizade.

No caminho, o maior silêncio rolava. Eu não queria perder a amizade de Grindelwald por causa de um simples beijo, que para mim não teve sentimento algum.

- Não perdemos a amizade!

- Você pode parar de ler minha mente? – reclamei indignada.

- É impossível – deu um sorrisinho tímido.

- Eu preciso de privacidade, por favor?

- Desculpe. Vou tentar parar de pensar em você – revirei os olhos.

Ele olhava atenciosamente a estrada, enquanto eu o encarava, já estando mais calma ao saber que meus pais haviam mentido. 

Será que aquela conversinha estranha de Adrian e Célia seria para contar-me tudo o que acabara de descobrir? Provavelmente. 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Queria agradecer novamente pelos reviews maravilhosos, fico muito feliz ao ver que pessoas como vocês gostam da fic!
Leitoras, eu criei uma nova fanfic com as minhas amigas, se tiverem interessadas aqui está o link: http://fanfiction.com.br/historia/159869/You_Belong_With_Me
Categorias: Percy Jackson e os Olimpianos
Gêneros: Amizade, Aventura, Comédia, Romance
Avisos: Heterossexualidade, Linguagem Imprópria
Beijos :*