Harry Potter e a Princesa Serpente escrita por Alesanttos, Safira Michaelis Black


Capítulo 6
Conversa sobre as Origens


Notas iniciais do capítulo

As partes em Italico são tirados do Livro " A Ordem Da Fenix"
Espero que gostem
Desculpem a demora



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Depois de mais um dia de faxina, a Sra. Weasley deixou que todos tivessem a tarde de folga. Depois de muita comilança e brincadeiras, todos se aprontavam para dormir. Mas, quando Harry ia subir as escadas logo atrás de Rony e Hermione, reparou em um vulto entrando no cômodo onde se encontrava a tapeçaria da família Black.

— Pessoal. – Harry chamou a atenção de seus amigos enquanto eles subiam as escadas em silêncio. – Vão na frente, eu vou... verificar uma coisa.

— Tudo bem. – Hermione sussurrou e puxou Rony pela gola da roupa, para que ele não seguisse seu amigo por causa da curiosidade.

Harry foi correndo, mas tomando cuidado para que o assoalho não rangesse com os seus passos, para ver quem havia entrado no quarto.

Assim que passou pela porta que estava semiaberta, ficou surpreso em ver quem estava lá, Safira, que passava a mão na tapeçaria que Monstro, há pouco tempo atrás estava tentando proteger.

— Pode entrar Harry. – ela falou sem ao menos olhar em sua direção.

Harry terminou de abrir a porta e se colocou ao lado de Safira, que agora havia abaixado sua mão.

— Oi.

— Oi. – ela retribuiu a saudação e desviou sua atenção da parede que estava á sua frente para olhar na direção da pessoa que acabava de entrar.

— O que você está fazendo aqui?

— Você é muito curioso, sabia disso? – seus olhos estavam neutros, mas com algo á esconder.

Harry desviou seu olhar para a tapeçaria dando de ombros, e percebeu qual era o nome que ela estava olhando. Mas só o que sobrou foi um buraco de queimadura, onde antes se localizava SIRIUS BLACK. Harry se esforçou para não olhar para Safira. Tinha medo de magoá-la com mais perguntas. Ela já havia lhe contado demais.

— Às vezes, - ela começou a falar, mesmo sem nenhum incentivo. – eu fico imaginando como seria estar aqui. – ela acenou com a cabeça para a tapeçaria. – Se eu me sentiria melhor.

— Se sentir melhor com o que? – Harry não compreendeu o que poderia ter de tão especial aparecer nessa árvore genealógica. Ainda lembrava-se do que Sirius lhe disse.

Eu costumava estar ali, Sirius disse quando mostrou á seu afilhado sua imagem queimada, Minha doce mãe me expulsou após eu ter saído de casa. Monstro é quem gosta de murmurar essas histórias por aí.

— Você saiu de casa?

— Quando eu tinha uns dezesseis anos. Eu não aguentava mais.

E quando ele explicou para Harry o motivo da sua partida, ele disse que odiava a sua família, que sempre presava o fato de ser um puro-sangue, que achava que ser um Black fazia com que você fosse quase da realeza. E ainda por cima seu irmão, Régulo Black, que havia se tornado um Comensal da Morte e acabou sendo morto ao tentar desistir.

Harry realmente não conseguia intender porque Safira queria ser reconhecia por esta família.

— Eu sei Harry. – ela falou de modo que parecia ser capaz de ler mentes, foi como se ele, de fato, tivesse dito alguma coisa. E pelo sue tom era como se ele tivesse dito uma centena de vezes. – Sei o que está pensando. É só que, – Safira se interrompeu por um instante e voltou a falar. – você não intende como é não ter provas de sua existência. Você não sabe como é não conhecer suas raízes.

— O que você quer dizer? – ele certamente não estava compreendendo onde ela queria chegar.

— Olhe para esta tapeçaria Harry, olhe. – ela o puxou pelo braço de modo que eles ficassem quase grudados um no outro e apontou para a imagem queimada de Sirius. – O que você vê quando olha para ela?

Ele não sabia o que responder. Conseguia ver a tristeza nos olhos dela, e ficou com medo de dizer algo que a magoe ou, de algum modo, ofenda-a.

— Eu não... não sei dizer. – quando falou, sua voz deu um pequeno falsete.

— Eu não vejo nada. A não ser o que eu gostaria que os outros vissem.

Só quando soltou seu braço, Harry teve uma pequena luz de compreensão. Quando viu Safira passar a mão na tapeçaria, ela havia feito uma linha horizontal imaginaria, que levava a um espaço vazio. E depois ela fez outra linha imaginaria, só que dessa vez era vertical, que levava á outro espaço vazio.

Harry olhava dos vários nomes na parede para a menina que estava do seu lado. O que ela estava imaginando era como seria se sua mãe estivesse lá, do lado de Sirius, e consequentemente ela também.

— A única coisa que eu consigo enxergar quando olho para ela, é que eu não existo para as pessoas. – Harry não queria aceitar esse modo de pensar dela, ele sabia que não era verdade, mas assim que seus olhos se encontraram com os dela ela adivinhou novamente. – Quero dizer... Sirius e Lupin são uma das pequenas exceções. É que eu não posso dizer para todos quem é o meu pai, mesmo eu querendo, eu não posso dizer.

— Porque não?

— Pensa Harry. – parecia uma discussão entre um adulto falando algo obvio e fácil de entender para uma criança de dez anos, ou alguém que tivesse a mente se uma. – Se todos da escola descobrirem, o que vão pensar de mim?

— Bem eu acho...

— Vão pensar que eu sou filha de um assassino. Ainda que saibamos a verdade, é o que todos acham que é a verdade. E se o Ministério da Magia descobrisse?

Harry nem tentou responder dessa vez.

— Iriam me levar para interrogatório quase que imediatamente, para saber onde meu pai está. E eu acabaria dizendo.

— Por que razão você faria isso?

— Se eles me fizessem beber Veritaserum não teria como eu evitar dizer a verdade. É por isso que esse segredo me mata. É como se a minha existência não fosse bem-vinda. Eu acho que só causo problemas para todos que eu amo.

— Isso não é verdade. – a raiva que Harry sentia de tudo que ela disse finalmente explodiu fazendo com que Safira se sobressaltasse. – Você não causa problemas para ninguém. Sirius deve te amar muito para te tratar de modo tão carinhoso no pouco tempo que vocês se conhecem.

— E amo mesmo. – uma voz surgiu do nada vinda da direção da porta. Os dois se assustaram e deram um salto para trás. – Do que estavam falando? – ao caminhar na direção dos dois, Sirius pareceu tentar não perceber onde estava, e o nojo que sentia daquele lugar. – E o que vocês estão fazendo aqui?

— Nada demais, pai. Só estava pensando em uma possibilidade.

— Que possibilidade?

— Você acha que a minha avó ia gostar de ter uma neta como eu?

— Muitas pessoas adorariam, sem dúvida nenhuma. – ele falou com um pequeno sorriso no rosto e com muita gentileza. – Menos a sua avó, ela nunca gosta de nada que demonstre o mínimo de decência, lembra?

— É verdade. – ela fingiu perfeitamente bem que esse fato não a incomodava. Fez com que parecesse um assunto banal, sem importância.

— Não vamos discutir isso agora. – pai e filha se abraçaram fortemente.

Harry ficou um pouco constrangido com a cena, mas era algo lindo de se presenciar. Afinal, seu padrinho odiava ter que ficar preso naquela casa, parecia que aquela menina era a única coisa que o impedia de enlouquecer.

— Agora, acho que seria melhor se vocês dois fossem descansar. – ele deu um empurrãozinho nas costas da Safira para que ela fosse em direção á porta, que deu uma pequena risada com o gesto.

Depois de passarem pela porta Sirius encostou-a foi e direto para a cozinha onde os membros da Ordem estavam. Quando estava quase chegando á porta do seu quarto Harry sentiu um puxão na gola da sua camiseta que quase o fez cair da escada. Mas por sorte, a mesma pessoa que o puxou foi a mesma que impediu ele de cair.

— Harry, – seus olhos verdes estavam olhando dentro de um par de olhos incrivelmente azuis. – eu tenho um favor para te pedir.

— Que... Que favor?

— Não conte para o Sirius o que eu lhe disse naquela sala, está bem? – ela parecia desesperada.

— Por quê?

— Sei que ele não ficaria bravo. É só que acho que ficaria meio decepcionado se descobrisse que quero ser aceita pela família que ele tanto odeia. – quando ele abriu a boca para comentar ela o interrompeu. – Promete?

— Tudo bem.

— Obrigada, Harry. – e subiu a escada com um sorriso de satisfação no rosto. – Noite. – a voz veio do andar de cima.

— Noite. – ele respondeu e entrou em seu quarto, por mais incrível que pareça, Rony estava babando no travesseiro e nem percebeu a chegada do amigo.

Harry entrou o mais silencioso que pode, trocou de roupa, deitou na sua cama, se encolhendo sempre que ela rangia e caiu no sono.

 

 

Safira entrou no seu quarto sem acender a luz. Não era necessário já que ela sabia onde tudo ficava de cabeça. Andou até o armário e tirou sua camisola de cetim amarelo, mas não colocou o roupão por cima, não estava com frio.

— Nossa. – ela soltou um suspiro enquanto sentava na cama e tirava seus sapatos. – Eu nunca desabafei tanto com alguém antes. Ele realmente parece ser um bom amigo e uma pessoa de confiança. – ela se jogou na cama, que não era tão velha como as outras no resto da casa, e por isso não rangiam tanto. – É tão bom ter alguém que te intende, não é mesmo?

Ela se cobriu com o lençol, deu uma rápida vasculhada no quarto assim que deitou a cabeça no travesseiro e adormeceu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
comentem,Comentem
Digam o que precisa ser melhorado e o que esta bom
Eu adoro comentarios
bjus



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