Depois da partida dos gêmeos parecia que todos da escola começaram a competir pelo título de encrenqueiros, e nem mesmo a Brigada Inquisitorial conseguia impedir as brincadeiras, até Lina aproveitou a bagunça para colocar um Mini Pufe na sala de Umbridge.

Não demorou muito para chegar o jogo da Grifinória contra a Corvinal, e Harry ficou um pouco tenso ao lembrar que Cho fazia parte do time. Mas enquanto assistia à partida, Hagrid chamou a atenção dele e de Hermione que o seguiram até a Floresta Proibida, mas eles estavam cada vez mais dentro da floresta que qualquer barulho fazia com que Harry se assustasse e até ouve um momento em que Harry sentia que estava sendo perseguido.

Hagrid pediu para que Harry e Hermione o ajudassem com uma coisa e antes de saber do que se tratava Harry aceitou. Só depois descobriu que o favor que Hagrid queria envolvia cuidar de seu meio-irmão gigante Grawp. Mas mesmo assim Harry não voltou atrás no que disse.

Depois de passarem pelos centauros eles estavam novamente no campo de quadribol onde conseguiam ouvir um enorme coro de “Weasley é nosso rei”. Mas para a surpresa de ambos quem estava cantando era a Grifinória.

- HARRY! HERMIONE! – gritou Rony, que levantava uma enorme taça prata enquanto era erguido por uma multidão que não queria larga-lo de jeito nenhum. – NÓS CONSEGUIMOS! NÓS GANHAMOS!

Então Harry e Hermione decidiram deixar a noticia sobre o Grawp para outro dia. Mas Rony estava tão eufórico que não dava a oportunidade deles falarem. Mas quando a oportunidade surgiu, ele, assim como Hermione, acharam que isso era loucura.

- Ele trouxe um gigante de volta e o escondeu na floresta?

- Sim – disse Harry.

- Não! – disse Rony, como se dizendo isso tudo se tornasse uma inverdade. – Não, ele não pode...

- Já contaram para ele? – disse Safira se sentando perto de Harry.

- Contamos o que? – perguntou Hermione.

- Sobre Grawp. – Safira falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

Houve um minuto de silêncio.

- Quando vocês contaram para ela? – perguntou Rony.

- Nós não... – começou Harry.

- Eles não me falaram nada. – interrompeu Safira.

- Mas como você...? – disse Hermione.

- Eu disse que ser uma raposa ajudaria. – Safira esboçou um sorriso maroto.

Quando ela viu que todos estavam com cara de interrogação continuou.

- Eu simplesmente os segui depois que saíram do jogo. Não foi difícil. Eu vi tudo, inclusive a pequena discussão que Hagrid teve com os centauros, mas fiquem tranquilos que eu não vou contar para ninguém. – Safira se levantou e se virou para onde Lina a estava esperando, mas antes que desce dois passos ela percebeu que Harry ia falar alguma coisa e se virou novamente para o trio e disse. – Mais uma coisa. Harry, eu acho que ano que vem poderemos jogar umas partidas de quadribol juntos.

- Você pretende entrar para o time? – perguntou Harry, se perguntando pela primeira vez se Safira era boa em quadribol.

- Não. Mas eu fiz um acordo com o Almofadinhas. Se eu não tirar menos que Excede Expectativas ele vai me dar uma vassoura nova. Acho que vou pedir uma Nimbus 1000.

- Bem que você podia pedir uma Firebolt igual a do Harry.

- Acho que não. Além de serem caras são para jogadores profissionais, e eu não pretendo seguir carreira no Quadribol. Bem, é melhor eu ir, Lina esta esperando.

- Sobre o Grawp... – começou Harry.

- Olha, você são legais, mas eu não quero me envolver com isso. Desculpe se estou parecendo chata, mas eu realmente acho muito arriscado. – dito isso Safira encerrou a conversa e correu para o lado da amiga.

- Não ia custar nada ela ajudar. – disse Rony.

- Mas é como Harry me disse ontem, se Hagrid não for expulso não teremos que fazer nada.

Depois disso todos andaram muito agitados com os exames, e Hermione estava atenta a todo tipo de produto que prometesse um aumento na massa cerebral das pessoas.

Hermione como sempre andava agitada e começou a pedir a ajuda de Harry para testa-la antes quando foi anunciado que o primeiro exame, Teoria dos Feitiços, tinha sido marcado para segunda pela manhã.

Enquanto isso Rony estava lendo dois anos de importantes anotações sobre feitiços com seus dedos nas orelhas, seus lábios se movendo sem som; Simas Finnigan estava deitado de costas no chão, recitando a definição de um Feitiço Substantivo, Dino verificava se estava certo no Livro Padrão de Feitiços (4ª série); e Parvati e Lilá, que estavam praticando os Feitiços de Locomoção, estavam fazendo suas caixas de lápis apostarem corrida sobre a mesa.

Mas quando Harry olhou para Safira e Lina que estavam sentadas no chão estudando juntas percebeu que elas eram as menos preocupadas com o exame de feitiços, pelo simples fato de agora elas estarem rindo ao invés de lendo um livro.

- O que estão fazendo? – Harry perguntou.

- Dando um tempo. – disse Safira.

- Nos já estudamos muito. – disse Lina. – Se ficarmos nos preocupando demais é provável que aja mais chances de nos darmos mal. E além do mais, alguns desses feitiços eu aprendi quando era mais nova. Eu me garanto nessa matéria.

- Então somos duas. – disse Safira.

- Boa sorte então. – Harry voltou para o seu lugar e começou a se concentrar nos estudos.

Quando o dia do exame chegou, Harry percebeu que o Salão Principal estava igual á memória de Snape, as quatro grandes mesas haviam sido substituídas por várias mesas individuais.

Assim que o Exame de Feitiços acabou todos se prepararam para o exame prático e na hora do almoço as quatro grandes mesas voltaram. Lina e Safira treinavam todo tipo de feitiço nos pratos, copos e talheres.

- Lina, você alguma vez já pensou em entrar para o time de quadribol da Grifinória? – perguntou Safira, fazendo com que uma colher ficasse flutuando ao redor da cabeça da amiga.

- Já pensei nisso, mas acho que prefiro manter os pés no chão. Quadribol não é para mim. – Lina havia pegado uma pena em sua mochila e depois de treinar o feitiço de levitação fez com que ela desaparecesse. – E você?

- Acho que não.

E depois disso, elas se concentraram em praticar feitiços.

E a semana correu dessa forma, depois Feitiços veio a prova de Transfiguração e logo em seguida Herbologia. Mas o melhor exame que teve foi de Defesa Contra Artes das Trevas. Depois que Lina saiu do exame prático esboçava um olhar de triunfo e Harry não pode deixar de pensar que conseguiu um “Excelente” depois de realizar o Patrono.

- Se eu não tirar pelo menos um “Excelente” em Defesa Contra as Artes das Trevas, juro que me mato. – disse Safira, conferindo suas respostas junto de Hermione. – Essa matéria sem sombra de dúvidas foi a mais fácil. E amanhã vamos ter tempo livre.

- Fale por você. – disse Lina enquanto revisava seu livro de Runas Antigas.

- Por que você e a Hermione não estudam juntas?

- Não é má ideia. – disse Hermione fechando seu livro de DCAT e pegando o de Runas na mochila, ajeitando sua poltrona para que ficasse mais próxima de Lina.

Depois que voltaram da prova Hermione estava desesperada por ter percebido que errou uma palavra, mas Lina não era tão exigente e tinha certeza de que no mínimo tirou “Excede Expectativas” e ficou descansando o resto do dia. Mas não havia palavras para descrever o estresse que ela passou durante o sábado e o domingo, o próximo exame era Poções e Lina sempre deixou claro que era a sua pior matéria.

Depois do exame prático Lina parecia desesperada, já Safira não demonstrava sinais de preocupação. Mas para a alegria dela, sua amiga estava muito confiante no exame de Tratos de Criaturas Mágicas e depois ficou se gabando por não ter exame de Adivinhação da qual Harry teve completa certeza de que se deu mal.

Na noite do exame prático de Astronomia todo o silencio e tranquilidade da noite se foi no instante que Umbridge, junto com mais cinco pessoas, foram até a casa de Hagrid e tentaram prende-lo, quando McGonagall foi intervir foi atingida por quatro feitiços estuporantes que se misturaram e ficou caída no chão inconsciente. Logo depois disso Hagrid fugiu com Canino, se perdendo na escuridão da noite.

Durante a prova de História da Magia Safira escrevia respostas detalhadas na medida do possível, quando estava terminando a oitava questão se permitiu dar uma olhada em volta, Lina estava duas carteiras a sua direita e uma fileira a frente, pelo pouco que conseguiu ver ela parecia realmente estressada, quando a professora Marchbanks começou a olhar em sua direção ela abaixou a cabeça para o próprio exame, mas não antes de reparar que Hermione, ao mesmo tempo em que estava nervosa esta um pouco confiante.

Quando estava na metade da nona questão ela olhou para Harry, que estava duas carteiras a sua frente, e para o espanto dela, parecia que ele havia caído no sono. Mesmo que ela quisesse não poderia fazer nada para acorda-lo, então voltou a atenção para o exame.

Agora faltava somente concluir a questão nove e fazer a dez e onze.

Na metade da questão dez Safira teve um sobressalto ao ouvir um grito ensurdecedor. Quando olhou para cima viu que Harry estava no chão, seu rosto estala começando a suar e ele gritava como se estivesse sendo marcado por ferro em brasa. E todos pararam de escrever para ver o que estava acontecendo.

Dois professores se aproximaram de Harry e quando ele parou de gritar tentou se levantar, com certa dificuldade.

- Professor Tofty. – Safira levantou a mão para chamar a atenção do professor. – Já terminei minha prova. Eu acho melhor eu levar Harry até a enfermaria, ele parece realmente mal.

O professor Tofty olhou de Safira para Harry.

- Acho que não haverá problema. – ele olhou para a professora Marchbanks como se esperasse que ela discordasse.

- Tudo bem. – disse antes de suspirar. – Mas não é melhor terminar a sua prova? – ela disse olhando para Harry.

- Eu já terminei. – ele não parecia muito convincente.

- Então pode ir Potter.

- Vamos Harry. – Safira já havia colocado todo o material na mochila e entregando sua prova para o professor.

Harry foi na frente e Safira estava logo atrás dele. Assim que saíram do Salão Principal Safira segurou Harry pelo braço antes que o mesmo começasse a correr e arrastou ele para um lugar mais reservado no andar de cima, chocando-o com na parede de modo que ele olhasse nos olhos dela.

- O que... foi... isso? – ela parecia realmente zangada. – Voldemort entrou em sua mente novamente não foi?

- Bem... foi. – Harry estava assustado, nunca viu Safira tão furiosa.

- Harry isso é perigoso. Quantas vezes Hermione disse para você fechar a sua mente? Daqui a pouco você vai ver coisas como...

- O Sirius foi sequestrado.

- Exatamente. Voldemort vai... – Safira se interrompeu. – O que?

- Eles pegaram o Sirius.

- Impossível. Ele está seguro no Largo... – Safira parou como se tivesse levado um choque então endireitou o corpo. – Como eu estava dizendo, você tem que ir a enfermaria depois do que aconteceu.

Harry não entendeu por que Safira mudou repentinamente de assunto.

- O que os dois estão fazendo?

- Olá professora Umbridge. – Safira se virou para a mulher com cara de sapo. – Harry passou mal durante a prova, só estava dizendo para ele ir até a enfermaria.

- Intendo. Mas ele parece melhor agora, nesse caso, gostaria de me acompanhar?

- Para onde?

- Meu escritório. Gostaria de fazer algumas perguntas.

- Está... Está bem. Já estou indo. Depois continuamos nossa conversa Harry, daqui a... quarenta minutos podemos conversar melhor para poder tirar as suas dúvidas e acabar com isso de uma vez. O melhor é conversarmos na Sala Comunal perto da lareira como sempre fazemos. Até mais. – depois que saiu Safira piscou com um olho para Harry.

- Vamos. – disse Umbridge andando com Safira logo atrás.

Harry ficou confuso e então começou a correr para a Ala Hospitalar para ver a professora McGonagall, mas foi informado que ela estava no St. Mungus.

Ele saiu às cegas da ala hospitalar pelo corredor, em pânico, não podia pensar no que fazer...

"Rony e Hermione", disse uma voz em sua cabeça.

[...]

- Sirius está sendo torturado AGORA! – gritou Harry. – Nós não temos tempo a perder.

- Mas se for uma armadilha de Voldemort, Harry, nós precisamos ter certeza, nós precisamos.

- Como? – reclamou Harry. – Como nós teremos... Safira.

- O que? – disse Hermione.

- Safira falou alguma coisa de quarenta minutos, tirar dúvidas e lareira. Ela vai dar um jeito de tirar Umbridge da sala dela daqui... daqui a uns vinte minutos.

- Ótimo. – disse Hermione. – Só temos que nos preparar quando a hora chegar.

Vinte minutos depois todos estavam se dirigindo ao escritório de Umbridge, onde Harry soube pelo Monstro que Sirius não estava mais no Largo Grimmauld 12.