Harry Potter e a Princesa Serpente escrita por Alesanttos, Safira Michaelis Black


Capítulo 20
Cão na Lareira


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Mais um capítulo e mais história para vocês acompanharem. Espero que esteja do agrado de vocês.
Beijos e aproveitem. ;D



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Assim que Harry chegou no Salão Principal para o café-da-manhã, seus amigos perceberam que ele estava muito animado, mas ele disse que era por causa do Quadribol, e Rony aproveitou para pedir que o seu amigo o ajudasse a praticar antes do treino com toda o time. Hermione só parou de lembrar-lhes das lições que tinham quando o Profeta chegou.

Nessa hora Safira atravessou a grande porta do salão e se juntou a todos.

– Oi pessoal. – ela esboçava um leve sorriso.

– Espere um pouco. – disse Hermione de repente, e Safira ficou completamente imóvel, bem na frente de onde ela ia sentar.

– O que foi?

– Ah não... Sirius!

– O que aconteceu? – disse Harry e Safira ao mesmo tempo. Ela se colocou no meio de Harry e Hermione para olhar o Profeta, mas Harry agarrou o jornal tão violentamente que ele se rasgou ao meio, com ele e Hermione segurando, cada um, uma metade.

– "O Ministério da Magia recebeu uma pista vinda de fonte confiável que Sirius Black, o famoso assassino em massa... blá, blá, blá... Está aparentemente escondido em Londres!" – Hermione leu de sua metade num sussurro angustiado.

– Lúcio Malfoy, eu aposto. – disse Harry em voz baixa e furiosa. – Ele deve ter reconhecido Sirius na plataforma...

– O quê? – disse Rony, parecendo alarmado. – Você não disse...

– Shh! – disseram os outros dois.

– Eu não acredito! – Safira sentiu uma raiva tão profunda daquele sangue-puro metido e convensido.

–... "O Ministério alerta à comunidade dos bruxos que Black é muito perigoso... Matou treze pessoas... Fugiu de Azkaban..." A baboseira de sempre – Hermione concluiu, baixando sua metade do jornal e olhando horrivelmente para Harry e Rony. – Bom, ele apenas não vai mais poder deixar a casa novamente, só isso. – sussurrou. – Dumbledore o preveniu disso.

– Nós sabemos Hermione. – bradou Safira.

Harry olhou mal humorado para o pedaço do Profeta que ele tinha rasgado. Muitas das páginas eram dedicadas a um anúncio da Madame Malkin - Roupas Para Todas as Ocasiões, a qual aparentemente estava tendo uma promoção.

– Hey! – disse, achatando o jornal para baixo para que Hermione e Rony pudessem ver. – Vejam isto!

– Eu tenho todas as roupas que quero. – disse Rony.

– Não. Olhe... Este pedacinho aqui... – Rony e Hermione se curvaram mais para perto para ler; o item tinha apenas alguns centímetros de largura e se postava na parte inferior de uma coluna. Estava intitulado:


VIOLAÇÃO NO MINISTÉRIO


Sturgis Podmore, 38, do número dois do Jardim Laburno, Clapham, apareceu em frente à Wizengamot acusado de violar a lei numa tentativa de assalto ao Ministério da Magia em 31 de agosto. Podmore foi preso pelo bruxo-olheiro do Ministério da Magia, Eric Munch, que o encontrou tentando forçar caminho através de uma porta ultrassecreta à uma hora da madrugada. Podmore, que se recusa a falar em sua própria defesa, foi culpado em ambas as acusações e sentenciado a seis meses em Azkaban.


– Sturgis Podmore? – disse Rony devagar. – Ele é aquele sujeito que parece que sua cabeça está coberta da palha, não é? Ele é um dos da Ord...

– Rony, shhh! – disse Hermione, lançando um olhar apavorado em torno deles.

– Seis meses em Azkaban! – sussurrou Harry, chocado. – Apenas por estar tentando atravessar uma porta!

– Não seja burro, não é apenas por estar tentando atravessar uma porta. O que diabos ele estava fazendo no Ministério da Magia à uma hora da madrugada? – sussurrou Hermione.

Então começou uma discussão entre os quatro: o que tinha acontecido foi para a Ordem, armação ou outra coisa?

– Certo. Bem, eu acho que devemos cuidar daquela lição da Sprout de autofertilização de arbustos primeiro e se tivermos sorte seremos capazes de começar o Feitiço Inanimatus Conjurus da McGonagall antes do almoço...

Harry sentiu uma pontada de culpa no pensamento da pilha de lição de casa esperando por ele lá em cima, mas o céu estava de um azul claro e alegre e não voava em sua Firebolt há uma semana...

– Harry. – disse Safira, seu humor havia melhorado um pouco.

– Sim?

– Você poderia me emprestar Edwiges? – ela falou em um sussurro, como se não quisesse que ninguém a ouvisse. – Eu estou querendo mandar uma carta para o Snufles.

– Bem... – Harry não queria dizer que havia mandado uma carta para Sirius, sabendo o que Hermione diria quando descobrisse, mas sentia que podia dizer qualquer coisa para Safira. – Eu a fiz entregar uma carta para ele agora a pouco. – então Harry se lembrou do curto momento em que ele ficou de bom humor por, finalmente, ter tido uma conversa inteira com Cho Chang.

– Ah! Tudo bem.

– Mas quando ela chegar eu te aviso.

– Obrigada. Oi Lina. – Safira começou a acenar para a sua amiga que acabava de virar o corredor, e fez sinal para que ela os acompanhasse.


Enquanto Harry e Rony estavam no treino de Quadribol, Hermione esperava por eles no Salão Comunal.

– Safira. – disse Lina, que estava no quarto da amiga. – É melhor irmos fazer a lição de casa.

Você está querendo fazer dever de casa, quando poderia estar fazendo qualquer outra coisa? – ele esboçou um leve sorriso sarcástico.

– Eu não quero fazer. Mas o Snape vai acabar com a minha vida se eu der motivos para isso.

– Tudo bem. Só um minuto. – Safira foi para o baú que ficava aos pés da sua cama para pegar alguns pergaminhos e depois pegou a bolsa que ela usava para carregar seus livros de baixo da cama.

– Minhas coisas já estão lá embaixo, vamos. – disse Lina.

Assim que desceram começaram pela lição de Poções, mas Lina realmente tinha certa dificuldade. Depois de uma hora Safira foi ler o livro de DCAT enquanto Lina adiantava o máximo de lição de casa possível, contra a sua vontade.


Meia hora depois Harry e Rony se aproximavam do retrato da Mulher Gorda, estavam voltando do treino de Quadribol, e o humor de Rony não era o dos melhores.

– Mimbulus mimbletonia. – disse Harry.

– Como foi o treino? – perguntou Hermione de modo frio, assim que Harry e Rony subiram através do buraco do retrato para dentro da sala comunal da Grifinória. Lina estava fazendo as lições e Safira dormia em uma das poltronas com as pernas e a cabeça sobre o braço do móvel, e com o livro Teoria de Defesa Mágica aberto sobre a barriga.

Rony estava tão mal humorado que descontou em Hermione, que ele alegou não ter fé em sua habilidades, e acabou gritando.

Nesse instante Safira, acordada pelo susto, caiu da poltrona e soltou um sonoro “Ai!”.

– O que está acontecendo? – ela começou a esfregar a testa.

– O Rony estava contando sobre o treino de Quadribol. – disse Lina.

– Não, é claro que não! – continuou Hermione, como se as duas não tivessem dito nada. – Olhe, você disse que foi abominável então eu apenas...

– Eu vou começar a fazer alguma lição de casa. – disse Rony, irritado, andou até a escadaria que dava ao dormitório masculino e desapareceu de vista. Safira olhou para Harry e depois para Hermione.

– Preciso perguntar?

Hermione se virou para Harry.

– Ele foi abominável?

– Não. – disse Harry lealmente.

Hermione levantou as sobrancelhas.

– Bom, eu suponho que ele poderia ter jogado melhor – Harry murmurou –, mas foi apenas o primeiro treino, como você disse...

– Acho que vou dormir. – disse Safira. – Não aguento ler esse lixo nem mais um segundo. – então ela tacou o livro brutalmente dentro da mochila, sem se importar se ele estragou ou não.

– Você e toda a escola. – disse Lina

Nem Harry nem Rony pareciam ter feito muito progresso com a lição de casa aquela noite. Harry sabia que o amigo estava muito preocupado com o quão mal tinha atuado no treino de quadribol e ele mesmo estava tendo dificuldade em tirar o coro "os grifinórios são perdedores" de sua cabeça.

Gastaram o domingo inteiro na sala comunal, enterrados em seus livros enquanto a sala ao redor deles encheu e então esvaziou. Foi mais um dia claro e bom e muitos dos seus colegas da Grifinória o passaram fora nos gramados, aproveitando muito bem um pouco da última luz do sol possível aquele ano. Mais à noite, Harry sentiu como se alguém tivesse batido em seu cérebro contra o interior do seu crânio.

O humor de Rony foi de mal a pior quando ele recebeu uma carta de seu irmão, Percy, parabenizando-o por ter se tornado monitor, pedindo que ele corasse qualquer laço que tinha com Harry e que sua lealdade não esteja com em Dumbledore e Harry, mas sim com a escola e o Ministério.


Era quase onze horas da noite e Safira ainda estava acordada no dormitório das meninas. Lina já estava dormindo no seu quarto; Lilá e Parvati estavam dormindo em suas camas com as cortinas fachadas; e Hermione ainda não havia subido.

Safira estava com a cabeça cheia, muita coisa aconteceu com ela nos últimos meses, e ela estava triste por não poder conversar com Sirius. Desde que ela descobriu que ele era seu pai eles não haviam passado muito tempo juntos. A maior parte do tempo, após a verdade ser revelada, ela havia passado em Hogwarts.

Mesmo que só tenha convivido com Sirius por pouco menos de dois anos, ela ficava triste quando ele não estava por perto, e agora a comunicação entre os dois ficou mais difícil, já que ela não podia escrever para ele com a mesma frequência de antes.

– Ele deve estar se sentindo tão solitário. – Safira disse para si mesma, mas ela achava que, de certa forma, estava mais sozinha que ele.

Ela ouviu Lilá mexer-se inquieta na cama, e tudo voltou a ficar silencioso.

Ela deitou a cabeça no travesseiro e quando estava prestes a dormir ouviu um leve grito vindo da sala comunal.

– Sirius! – parecia a voz de Hermione.

Demorou um segundo para o cérebro dela trabalhar direito depois de ouvir o nome de seu pai. Ela se levantou da cama, pegou seu roupão e desceu rápida e silenciosamente as escadas. Quando finalmente chegou na sala comunal viu Harry, Rony e Hermione agachados na frente da lareira. Ela ficou observando furtivamente do pé da escada.

– Eu estava começando a pensar que vocês tinham ido para a cama antes de todo o resto desaparecer. – era a voz de Sirius. – Tenho estado checando toda hora.

– Você vem estalando no fogo toda hora? – Harry disse, meio rindo.

– Apenas por poucos segundos para checar se o caminho estava limpo.

– Mas e se alguém te visse? – disse Hermione ansiosa.

– Bom, acho que uma garota... Do primeiro ano, pela sua aparência... Talvez teve um relampejo de mim cedo, mas não se preocupe – Sirius disse com pressa, assim que Hermione levou uma mão à boca –, eu já tinha ido no momento em que ela olhou de volta para mim e aposto que somente achou que eu era uma lenha de formato estranho ou algo parecido.

– Mas, Sirius, isto está sendo um risco terrível... – Hermione começou.

– Pai?! – Safira finalmente se manifestou. Os três se viraram para olha-la. Quando uma pequena brecha se abriu entre eles ela pode ver o rosto de Sirius na lareira e correu para mais perto.

– Pai! Estou feliz em te ver. – sua voz era baixa e comovente.

– Eu também querida. – disse Sirius.

– O que está fazendo aqui?

– Esta foi a única maneira que eu consegui para responder a carta de Harry sem lançar mão de códigos... E códigos são quebráveis.

À menção da carta de Harry, Hermione e Rony se viraram para encará-lo. Mas o assunto foi esquecido quando Sirius confirmou que não poderia ser tirado nada de importante da carta. O foco agora era a cicatriz de Harry.

– Dumbledore disse que isso acontecia toda vez que Voldemort estava sentindo uma emoção poderosa. – disse Harry, ignorando, como sempre, os receios de Rony de Hermione. – Então talvez ele estivesse, não sei, muito bravo ou algo assim na noite em que tive aquela detenção.

– Bom, agora que ele está de volta isso está destinado a acontecer mais frequentemente. – disse Sirius.

– Então, você não acha que tem algo a ver com o fato da Umbridge me tocando quando eu estava em detenção com ela?

– Eu duvido. – disse Sirius. – Conheço sua reputação e tenho certeza de que ela não é uma Comensal da Morte...

– Ela é grosseira o bastante para ser uma. – disse Harry ameaçadoramente e Rony e Hermione balançaram as cabeças vigorosamente em acordo.

– Sim, mas o mundo não está dividido entre pessoas boas e Comensais da Morte. – disse Sirius com um sorriso amargo.

– Pode até ser. – disse Safira. – Mas boa coisa não pode sair daquela mulher.

– Eu sei que ela é um pedaço de trabalho fedorento, apesar disso... Vocês deveriam ouvir o Remo falar sobre ela.

– O Lupin a conhece? – perguntou Harry rapidamente, relembrando-se dos comentários da Umbridge sobre mestiços perigosos durante sua primeira aula.

– O que ele fez para merecer isso? – perguntou Safira usando um tom sarcástico.

– Não, mas ela traçou algumas legislações antilobisomens dois anos atrás que tornou praticamente impossível para ele conseguir um emprego.

– Aquele sapo gosmento. – ladrou Safira. – Eu queria ver como ela se sentiria se estivesse na pele do Lupin. Ela ia aprender uma boa lição.

Harry se lembrou do quão desgastado Lupin parecia nesses dias e sua antipatia pela Umbridge aprofundava ainda mais.

– O que ela tem contra lobisomens? – disse Hermione irritada.

– Medo deles, eu suponho. – disse Sirius, sorrindo para a indignação dela. – Aparentemente, ela odeia meio-humanos; ela fez campanha para ter os sereianos recolhidos e tachados ano passado, também. Imaginem, perdendo tempo e energia perseguindo os sereianos quando há pequenos vagabundos, como o Monstro, soltos por aí.

Rony riu, Hermione pareceu preocupada, Safira olho para ela pelo canto do olho, também não estava sorrindo.

– Sirius! – disse Hermione de forma repreendedora. – Honestamente, se você fizesse um pouco mais de esforço com o Monstro tenho certeza de que ele reagiria. Afinal, você é o único membro da família dele que ainda resta...

– E eu sou o que? – perguntou Safira.

– Você sabe o que eu quis dizer. – disse Hermione. – E o professor Dumbledore disse...

Sirius desviou o assunto para as aulas de Umbridge, e explicou que o motivo dela não ensina-los nada é que Fudge acha que Dumbledore está criando um exército de bruxos para tira-lo do poder.

– Isso é ridículo! – exclamou Safira. – Um completo absurdo, embora eu realmente ache que Fudge tem que sair do cargo de Ministro.

– Fudge acha que Dumbledore não saberá o limite para dominar o poder. Está ficando cada dia mais paranoico sobre o Dumbledore. É uma questão de tempo antes de ele colocar Dumbledore preso em alguma acusação inventada.

– Isso é uma afronta. – repetiu Safira. – Dumbledore jamais faria uma coisa dessas. Esse Fudge devia ficar menos preocupado conosco e mais preocupado em achar um psiquiatra.

Isto relembrou a Harry a carta de Percy.

– 'Cê sabe se vai ter qualquer coisa a respeito do Dumbledore no Profeta Diário amanhã? O irmão do Rony, Percy, supõe que haverá...

– Não sei, não sou vidente, todos da Ordem estavam muito ocupados a semana toda. Tem sido apenas entre Monstro e eu aqui...

Houve um tom definitivamente amargo na voz de Sirius.

– Então vocês não têm tido nenhuma notícia sobre o Hagrid, tampouco?

Sirius falou que Hagrid não demoraria muito para voltar e tentou acalmar o trio dizendo que ele deve estar muito bem, embora não os tenha convencido completamentemas conseguindo deixa-los mais animados.

– Quando é o próximo final de semana de vocês em Hogsmeade, hein? Estava pensando, nós escapamos com o disfarce do cão na estação, não escapamos? Acho que poderia...

– NÃO! – disseram Harry e Safira juntos, em voz bem alta.

– Sirius, você não viu o Profeta Diário? – disse Hermione ansiosa.

– Ah, aquilo – disse Sirius, num sorriso forçado –, eles estão sempre adivinhando onde estou, na verdade não têm uma pista...

– Sim, mas achamos que desta vez eles têm. – disse Harry. – Alguma coisa que Malfoy disse no trem nos fez pensar que ele sabia que era você, e o pai dele estava na plataforma, Sirius... Você sabe, Lúcio Malfoy... Então o que quer que você faça, não apareça aqui. Se o Malfoy lhe reconhecer novamente...

– Tá bom, tá bom... já entendi. – disse Sirius; parecia muito descontente. – Só uma ideia, acredito que talvez possamos nos reunir...

– Já disse, eu simplesmente não quero você enfiado de volta em Azkaban! – disse Harry.

Houve uma pausa na qual Sirius olhou fora do fogo para Harry, com uma ruga entre os olhos afundados.

– Você é menos parecido com seu pai do que imaginei – ele disse finalmente, com uma frieza definitiva em sua voz. - O risco teria sido o que faria ser divertido para Tiago.

– Pai! – Safira parecia espantada com o que Sirius disse. – Nós só estamos preocupados com o senhor. Imagine por um segundo se nós permitíssemos que o senhor viesse... E acabasse sendo reconhecido e preso. Íamos nos sentir culpados por ter deixado isso acontecer.

– Olhe... – disse Harry.

– Bom, é melhor eu ir andando, posso ouvir Monstro vindo descendo as escadas – disse Sirius, mas Harry tinha certeza de que era mentira. – Escreverei para lhes contar quando poderei voltar à lareira, então, posso? Se vocês puderem correr esse risco?

Houve um pequeno estalo e no lugar em que a cabeça de Sirius tinha estado estava tremeluzindo em chamas mais uma vez.

– Ele não tem jeito mesmo. – disse Safira, de uma forma repreensiva e carinhosa.

– Vamos dormir. – disse Hermione antes de começar a bocejar.

Quando Safira se levantou e começou a seguir Hermione para o dormitório das meninas, Harry se lembrou de que tinha que falar com ela e segurou-lhe o braço.

– Vão na frente. – disse Harry. – Preciso conversar com ela um segundo.

– Tudo bem. – disseram Rony e Hermione ao mesmo tempo.

– O que foi Harry? – perguntou Safira quando todos sumiram escada a cima.

– Há quanto tempo você sabe?

– Sobre...?

– Você sabe do que estou falando.

Safira olhou para o braço direito de Harry e depois para ele.

– Exatamente.

Ela hesitou.

– Desde a madrugada que eu te ajudei com o dever de casa. – disse Safira com indiferença. – Quando você estava escrevendo a manga da sua roupa ficou um pouco arregaçada e eu vi esse “arranhão”. Demorei um pouco para entender o que era, até que, por um segundo, pensei ter enxergado palavras nele.

– E você não falou nada por que...?

– Porque se você quisesse falar comigo sobre isso, já teria me contado há muito tempo.

Houve um longo segundo de silencio, o único som era do crepitar da lareira.

– Pode falar. – disse Harry impaciente.

– Falar o que? – ela parecia realmente confusa.

– Que é para eu falar com Dumbledore ou outro professor... – Harry começava a ficar irritado com a conversa que imaginava que estava por vir. – Que eu já devia ter feito isso há muito tempo, que não faz sentido eu ficar quieto enquanto...

– Eu não ia dizer nada disso. – Safira o interrompeu.

– Não?

– Uma das coisas que eu aprendi na vida, – ela falou seriamente. – é que existem coisas que não queremos contar a ninguém. Nem para nossos próprios amigos. E por motivos que só nós podemos entender.

Harry ficou perplexo com isso e ficou encarando Safira algum tempo.

– Bem... – disse Safira. – Acho que vou subir agora porque você esta me assustando. Boa noite.

Depois que ela sumiu escada acima Harry foi para o seu quarto, onde todos, inclusive Rony, estavam dormindo.



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Notas finais do capítulo

Eu estou esperando seus REVIEWS, mandem vários, porque é isso que nos faz ter inspiração e vontade de continuar escrevendo.
Se vocês tem fics, sabem como é.
Mandem muitos mesmo, por favor.
Até a próxima.