Harry Potter e a Princesa Serpente escrita por Alesanttos, Safira Michaelis Black


Capítulo 16
Suspeitas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Logo após conversar com a professora McGonagall, Harry foi até o Salão Principal, onde se encontrou com seus amigos.

O jantar no Salão Principal aquela noite não foi uma experiência prazerosa para Harry. As notícias sobre sua briga gritante com Umbridge tinham voado excepcionalmente rápido, mesmo para os padrões de Hogwarts. Ele ouviu boatos em toda sua volta enquanto estava sentado entre Rony e Hermione.

O mais engraçado era que nenhum dos boatos parecia ser considerado por ele, ouvindo por acaso o que estavam dizendo sobre si. Ao contrário, foi como se acreditassem que ele ficaria brabo e começaria a gritar novamente, e assim eles poderiam ouvir sua história em primeira mão.

– O que eu não entendo – disse Harry entre dentes, largando sua faca e garfo na mesa, que estava segurando com tanta força para mantê-los firmes que suas mãos tremiam. – é por que todos acreditam na história de dois meses atrás quando Dumbledore contou a eles...

– O fato é que, Harry, eu não estou certa se eles acreditam. – disse Hermione de modo assustador. – Ah, vamos embora daqui.

Ela tacou com força sua faca e garfo na mesa; Rony olhou ansioso para seu meio pedaço de torta de maçã, mas fez o mesmo que ela; e Safira, que parecia ainda estar fervilhando de raiva e com um olhar assassino, se levantou e os seguiu. As pessoas ficaram para olhando eles em todo o caminho para fora do Salão.

– O que você quer dizer, você não está certa de que eles acreditam em Dumbledore? – Harry perguntou a Hermione quando alcançaram o primeiro andar.

– Olha, você não entende o que foi exatamente depois que já aconteceu. – disse Hermione calmamente. – Você voltou no meio do gramado agarrando com força o corpo morto do Cedrico... Nenhum de nós viu o que aconteceu no labirinto... Temos apenas as palavras de Dumbledore sobre isso, que Você-Sabe-Quem tinha voltado, matado o Cedrico e lutado com você.

– O que é a verdade! – disse Harry bem alto.

– Não estamos dizendo que não é verdade, Harry. – disse Safira, que encarou um grupo de alunos curiosos do quarto ano.

– Eu sei que é, Harry, então você pode, por favor, parar de bater na mesma tecla? – pediu Hermione cansada. – É só que antes que a verdade pudesse ser entendida todo mundo foi pra casa para as férias, onde gastaram dois meses lendo sobre como você é um cabeça-de-noz e Dumbledore está ficando caduco!

A chuva golpeou as vidraças enquanto caminharam ao longo dos corredores vazios de volta à Torre da Grifinória. Harry sentiu como se seu primeiro dia tivesse durado uma semana, mas ainda tinha uma montanha de lição de casa para fazer antes de dormir. Uma dor estúpida estava se desenvolvendo sobre seu olho direito. Deu uma espiada lá fora através de uma janela molhada de chuva e viu as terras escuras enquanto passavam pelo corredor da Mulher Gorda. Ainda não havia nenhuma luz na cabana do Hagrid.

– Mimbulus mimbletonia. – disse Hermione antes que a Mulher Gorda pudesse perguntar.

O retrato se abriu balançando para revelar todo o buraco por trás dele e os três se arrastaram para dentro.

O salão comunal estava quase vazio; quase todos ainda estavam lá embaixo no jantar. Bichento se desenrolou de uma cadeira e correu devagar para encontrá-los, ronronando alto, e quando Harry, Rony e Hermione pegaram suas três cadeiras favoritas diante da lareira ele saltou levemente em cima da capa da garota e encaracolou-se ali como um travesseiro avermelhado e peludo. Safira se sentou na cadeira que estava mais perto da lareira e se sentou sobre uma das pernas. Harry ficou observando as chamas, sentindo-se vazio e exausto.

– Como Dumbledore deixou isso acontecer? – Hermione gritou de repente, fazendo Harry e Rony pularem; Bichento saltou pra longe dela, sentindo-se afrontado. Ela golpeou os braços da sua cadeira tão furiosamente que um monte de poeira saiu pelos buracos. – Como ele deixa aquela mulher terrível nos ensinar? E no nosso ano de N.O.M.s também!

Bichento estava se escondeu atrás da cadeira que Safira estava sentada. Ela o pegou e colocou em cima de seu colo, de forma que pudesse acariciá-lo facilmente.

– Bom, nós nunca tivemos grandes professores de Defesa Contra as Artes das Trevas, tivemos? – disse Harry.

– E todos acham que o cargo é amaldiçoado. – Safira concluiu. Ainda brincava com Bichento, mas parecia não prestar atenção no que fazia. – Então as opções são bem limitadas. Mas eu queria que o Lupin voltasse. – sua voz parecia mistura de tristeza, desespero e birra de criança na última parte.

– Todos querem isso. – disse Rony

– Sim, mas para empregar alguém que atualmente se recusa a nos deixar fazer mágica! O que Dumbledore pretende?

– E ela está tentando pegar pessoas para espiar para ela. – disse Rony em tom da ameaça.

Nessa hora a porta do salão comunal se abriu.

– Porque vocês estão aqui? – Lina acabara de entrar. – Me contaram que havia um grupo de alunos mal humorados da Grifinória indo para o sétimo andar.

– Estamos discutindo sobre como nossa nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas é um amor. – Safira falou com um forte tom de sarcasmo.

– Ela é muito intrometida, isso sim. – vociferou Lina, que se sentou no chão, perto da cadeira de Safira.

– Vocês lembram quando ela disse que queria que nós fôssemos e contássemos a ela se tínhamos ouvido alguém dizer que Você-Sabe-Quem estava de volta? – perguntou Harry.

– É claro que ela está aqui para espionar todos nós, isso é obvio, por que mais o Fudge iria querer que ela viesse? – repreendeu Hermione.

– Não comecem a discutir de novo. – disse Harry cansadamente, quando Rony abriu a boca para revidar. – Nós não podemos apenas... Vamos apenas fazer as lições, tirando isso do caminho...

– Alguém sabe como começar a redação da aula de História da Magia? – perguntou Lina, sem a mínima vontade de fazer qualquer lição.

Recolheram suas mochilas de um canto e retornaram às suas cadeiras diante do fogo. As pessoas estavam voltando do jantar agora. Harry evitou olhar o buraco do retrato, mas podia ainda assim sentir a atração de olhos o encarando.

– Podemos fazer a lição do Snape primeiro? – disse Rony, mergulhando sua pena na tinta. – As propriedades... Da pedra-da-lua... E suas utilidades... Nas poções... – ele murmurou, escrevendo as palavras no topo de seu pergaminho enquanto as falava. Ele sublinhou o título e então olhou expectativo para Hermione. – Então, quais as propriedades da pedra-da-lua e suas utilidades nas poções?

Mas Hermione não estava ouvindo; estava dando uma olhada no canto mais distante da sala, onde Fred, Jorge e Lino Jordan estavam agora no meio de uma reunião de alunos inocentes do primeiro ano, todos mastigando algo que parecia vir de uma sacola larga que Fred estava segurando.

– Não, me desculpem, eles foram muito longe. – ela disse, levantando e olhando absolutamente furiosa. – Venha, Rony.

– Eu... O quê? – disse Rony, claramente pedindo um tempo. – Não... Vamos, Hermione... Não podemos censurá-los por darem nossas guloseimas.

– Você sabe perfeitamente bem que aquelas são Barras de Hemorragia Nasal ou... Ou Pastilhas de Vômito ou...

– Ilusões de Desmaio? – Harry e Safira sugeriram calmamente.

Um por um, como se tivessem batido a cabeça numa maleta invisível, os primeiranistas iam desmoronando inconscientes em seus assentos; alguns escorregaram direto ao chão, outros simplesmente se penduraram nos braços de suas cadeiras, suas línguas se estendendo para fora. Muitas das pessoas que estavam assistindo estavam também rindo; Hermione, porém, levantou os ombros e marchou diretamente onde Fred e Jorge estavam agora com quadros de edição, observando atentamente os primeiranistas inconscientes. Rony se levantou um pouco de sua cadeira, revoltado duvidosamente por um momento ou outro, então murmurou a Harry.

– Ela tem tudo sob controle. – antes de afundar tão devagar na cadeira quanto sua forma magra permitia.

Safira e Lina olharam para Rony como se dissessem: “Seu covarde”.

Hermione se aproximou dos gêmes pronta para censura-los.

– Isso vai ser muito interessante. – Lina apoiou o rosto nas costas da cadeira de Hermione, nem se importando em deixar a lição para mais tarde.

Os dois pareceram satisfeitos com os resultados e não se importar se tiver alguns efeitos colaterais. Quando o garoto levantou os gêmes disseram simplesmente "Excelente".

– Não é NADA excelente!

– Aposta quanto que a Hermione consegue dominar eles?  perguntou Lina.

– Não vou apostar porque tenho certeza  disse Safira.

– Se você não parar de fazer isso, eu vou... - Hermione se interrompeu.

– Nos colocar em detenção? – disse Fred, numa voz de eu-quero-ver-se-você-tem-coragem.

– Nos fazer escrever linhas? – disse Jorge, num sorriso falso.

Espectadores de toda a sala estavam rindo. Hermione se pôs de pé ainda mais; seus olhos estavam cortantes e seu cabelo espesso parecia que ia estalar com a eletricidade.

– Não – ela disse, sua voz tremendo de raiva –, mas eu vou escrever para sua mãe.

– Você não se atreveria. – disse Jorge, horrorizado, dando um passo atrás para longa dela.

 Sabia – disse Safira voltando sua atenção para a lição.

Fred e Jorge olharam estupefatos. Estava claro que por mais longe que eles tinham ido, a ameaça de Hermione era por debaixo dos panos. Com um último olhar de ameaça a eles, ela empurrou o quadro de Fred e a sacola de Ilusões de volta a eles e andou de volta a sua cadeira perto do fogo, Lina já havia saído de lá para evitar que Hermione descarregasse sua raiva nela.

Rony estava agora tão enfiado em seu assento que seu nariz estava praticamente no mesmo nível que seus joelhos.

– Obrigada por seu apoio, Rony. – Hermione disse secamente.

– Você cuidou de tudo sozinha. – ele resmungou.

Hermione fitou os olhos em seu pedaço branco de pergaminho por alguns segundos, então disse preocupada.

– Ah, isso não é bom, não consigo me concentrar agora. Vou dormir.

Ela puxou violentamente sua mochila aberta; Harry pensou que ela colocaria seus livros para fora, mas em vez disso puxou para fora dois objetos lanosos meio desfigurados, pondo-os cuidadosamente numa mesa perto da lareira, cobrindo-os com uns pedaços inúteis de pergaminho e uma pena quebrada e se levantou para admirar o efeito.

Então explicou que eram chapéus para os elfos domesticos, enquanto Rony questionava o fato de Hermione libertar elfos que ela nem sabia se queriam ser libertos, Safira e Lina se entreolhavam, parecendo não gostar muito da ideia.

– Mas é claro que eles querem ser livres! – disse Hermione de uma vez, enquanto sua face estava ficando vermelha. – Não se atreva a tocar naqueles chapéus, Rony!

Ela bateu os calcanhares e saiu. Rony esperou que ela desaparecesse pela porta que dava ao dormitório feminino e então limpou a porcaria para fora dos chapéus lanosos.

– Eles deviam pelo menos ver o que estão catando. – ele disse firme. – De qualquer forma... – ele enrolou o pergaminho em que tinha escrito o título da lição de Snape. – Não tem como eu terminar isso agora, não consigo sem a ajuda da Hermione, não tenho a menor ideai do que temos de fazer com uma pedra-da-lua, você tem?

Harry sacudiu a cabeça e olhou na direção de Safira, que parecia ter escrito, pelo menos, dez centímetros da redação, mesmo tendo uma letra ligeiramente menor que a dele. Ele não conseguiu entender como ela conseguiu começar essa redação; e Lina, que estava do lado de Safira, pareceu igualmente surpresa.

– Será que tem como você me ajudar?

– Com Poções? – perguntou Safira.

Lina respondeu com um aceno da cabeça.

– Claro. – um grande sorriso apareceu no seu rosto.

Enquanto tentava explicar para Lina as propriedades da pedra-da-lua, Rony tentava absorver alguma coisa do que elas diziam, mas pareceu não ter sucesso.

Logo depois que tentou se concentrar na sua lição, Harry notou que a dor na têmpora direita estava ficando pior. Pensou na lição enorme sobre as guerras de gigantes e a dor o apunhalou severamente. Sabendo perfeitamente bem que quando a manhã chegasse se arrependeria de não ter terminado sua lição de casa aquela noite, empilhou seus livros para dentro da sua mochila.

– Eu vou dormir também.

Passou por Simas no caminho para a porta que levava aos dormitórios, mas não olhou para ele. Harry tinha uma leve impressão de que Simas tinha aberto a boca para falar, mas apertou o passo e alcançou o degrau silencioso da escadaria em espiral sem ter de aguentar mais nenhuma provocação.



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Notas finais do capítulo

Obrigada a RobertaSwan Ca5rol Vypra e Sarah por comentarem o capitulo anterior
Espero que Todos comentem de novo.ESREVAM UM TEXTO NOS COMENTARIOS se puderam