Harry Potter e a Princesa Serpente escrita por Alesanttos, Safira Michaelis Black


Capítulo 13
A Honestidade é posta a prova




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A sala da Grifinória parecia tão bem-vinda como nunca, uma sala torre circular, acolhedora, cheia de esmagadas poltronas e desconjuntadas velhas mesas. Um fogo estalava alegremente numa grelha e algumas poucas pessoas estavam aquecendo suas mãos nele antes de irem para seus dormitórios; do outro lado da sala Fred e Jorge Weasley estavam pendurando algo no quadro de notícias. Harry deu boa noite a eles e foi direto para a porta dos dormitórios dos garotos; não estava com muito humor para conversas no momento. Neville o seguiu. 

Dino Thomas e Simas Finnigan tinham alcançado o dormitório antes e estavam no processo de cobrir as paredes ao lado de suas camas com pôsteres e fotografias. Estavam conversando quando Harry empurrou a porta pra abri-la, mas pararam abruptamente no momento em que o avistaram. Harry imaginou se eles estiveram falando de si ou estava ficando paranoico. Mas descobriu que novamente estava levando a culpa por toda desgraça que acontecia. A mãe de Simas não queria que ele voltasse porque acreditava em tudo que o Profeta dizia, e isso incluía o fato de Harry Potter ser um mentiroso. Ele tentou aparentar calma, mas estava ardendo de raiva por dentro. 

— Olha... O que aconteceu naquela noite quando... Você sabe, quando... Com Cedrico Diggory e tudo o mais? 

Simas soava nervoso e ansioso ao mesmo tempo. Dino, que estava juntando suas coisas para pegar um chinelo, ficou estranhamente parado e Harry sabia que ele ouvia tudo. 

— Pra que você me pergunta? – Harry replicou. – Apenas leia ao Profeta Diário como sua mãe, por que não? Ele lhe dirá tudo o que você precisa saber. 

— Você não precisa falar da minha mãe – Simas devolveu. 

— Eu falarei de qualquer um que me chame de mentiroso. 

— Não fale assim comigo! 

— Eu falo com você do jeito que eu quiser. – disse Harry, com seu temperamento subindo muito rápido. 

  

 

No dormitório das meninas Hermione e Safira estavam preparando para se deitar, mas Lilá não parava de tagarelar: 

— Sabe fiquei com medo de voltar aqui este ano! 

— Medo de Você-Sabe-Quem? – perguntou Gina 

— Você realmente acredita no louco do Potter? 

— Ora, porque não acreditaria? 

— Eu também acredito. – responderam Safira e Hermione ao mesmo tempo. 

— Não deviam acreditar nisso, só ele viu Diggory morrer. 

Neste momento Lina entrou pela porta. 

— Hey, ouvi o meu nome? 

— Sim Lina. Lilá estava falando que Harry é um louco e que está mentindo! – disse Safira já perdendo a paciência. 

— Ah – Lina cruzou os braços, encostou na batente da porta e olhou para um ponto aleatório no canto do quarto, pensativa – então você devia estar falado do meu irmão – havia dor em seus olhos, mas ela se recuperou, olhando diretamente para Lilá – Nesse caso, segundo você, como ele morreu? 

— Eu... Hã... – a pergunta inesperada a desorientou – Espera, porque está me perguntando isso? 

— Ora, você que começou o assunto, apenas queria escutar a sua opinião – ainda de braços cruzados Lina colocou-se em uma posição mais ereta. 

— Como eu vou saber? Não estava lá. – Lilá começou a ficar nervosa com a pergunta. 

— Pois é! Mas Harry estava, e você devia acreditar nele! – disse Safira já nervosa. 

— Bem, ele está louco e é isso que eu penso. E vocês também, por acreditar tão cegamente nele. Além do mais, não havia mais ninguém lá, e justamente por isso não é difícil inventar qualquer história para fazer um acidente qualquer parecer algo grande. Ele só quer aparecer. 

— Acidente qualquer? – os olhos de Lina ficaram arregalados, e suas mãos se fecharam em punhos. 

— Como você é sem noção – Safira colocou-se de pé – Você realmente acha que alguém tiraria proveito da morte de outra pessoa para aparecer? E ainda por cima menospreza o que aconteceu. 

— Eu não... 

— Acho que já ouvimos o suficiente aqui. – Hermione interviu – Que tal você ficar quieta e ir dormir, Lilá? – ela ficou olhando enquanto a colega dirigia-se para sua cama. – Você também Safira. Gina, por favor, volte para o seu dormitório. E Lina... o que está fazendo aqui? 

— Nada, só vim falar com vocês, mas amanhã eu falo! 

E saiu porta a fora. 

 

 

Simas se vestiu a toda velocidade na manhã seguinte e deixou o dormitório antes mesmo de Harry pôr suas meias. Isso deixou Harry incomodado, até mesmo com raiva. Dino tentou justificar a atitude do amigo, explicar como ele se sentia, mas aparentemente ele era incapaz de dizer exatamente como Simas estava, e depois de uma pequena e embaraçosa pausa também saiu do dormitório. 

Neville e Rony deram a Harry aquele olhar de é-problema-dele-não-seu, mas ele não se consolou muito. Quanto mais disso teria que aguentar? 

Enquanto isso, no dormitório das meninas, Safira estava pegando algumas coisas em seu baú enquanto Lilá terminava de se trocar, mas mesmo depois de ter terminado ela continuou lá, olhando para Safira, que conseguia sentir seu olhar curioso. 

— Precisa de alguma coisa? 

— Só estava pensando. 

Safira estava terminando de arrumar sua bolsa, não dando nenhum sinal de curiosidade no que ela estava pensando. 

— Desde quando você é tão amiguinha do Potter? 

A pergunta a fez congelar por um segundo, no entanto continuou o que estava fazendo. 

— Você nunca falou com ninguém, e agora fica defendendo ele? 

— Bem – ela pensou rápido – eu preciso ser amiga dele para achar que ele está falando a verdade? 

Lilá ficou em silêncio por uns segundos. 

— Acho que não. Mas tirando a Hermione Granger e o Rony Weasley ninguém mais... 

A porta foi aberta e as duas olharam em sua direção. Lina colocou a cabeça para dentro, vendo se ainda havia alguém no quarto. Ficou feliz que pelo menos Safira estivesse lá, o mesmo não se podia dizer de Lilá, que olhava para as duas como se estivessem planejando algum complô contra ela. 

— Oi – disse Lina – Desculpa ir entrando assim. – ela agia como se não estivesse vendo Lilá, que saiu do quarto sem olhar para nenhuma delas, e foi em direção a bruxa de cabelos negros – Por mais estranho que pareça, somos do mesmo ano mas nem nos conhecemos direito – ela ergueu a mão direita – Lina Diggory. 

Com um sorriso no rosto Safira ficou de pé e apertou sua mão. 

— Safira Stevens. 

— Bem, tenho que pegar os meus horários. – Lina parecia meio nervosa, sem saber como começar uma conversa. 

— Eu também. Podemos ir juntas. 

Lina assentiu com a cabeça e as duas caminharam juntas para fora da Sala Comunal e começaram a descer a escadaria. 

— Desculpe pela Lilá. – disse Safira, sendo olhada de canto por Lina. 

— Sem problema. Durante as férias eu fiquei acostumada. Parece que virou o assunto da vez – seus olhos eram um misto de tristeza e raiva – Mas o pior era todos falando que foi uma "fatalidade do Torneio", "terrível acidente". – ela bufou de raiva – Todos preferem agir como se... se fosse algo natural. Parece que é melhor colocar uma venda nos olhos do que encarar a realidade. – seus olhos estava começando a lacrimejar – E ainda tenho que aturar pessoas olhando para mim como se eu fosse uma pobre coitada, ou ouvir aquelas frases prontas: "lamento o que aconteceu", "vai passar", "com o tempo vai se sentir melhor", "o tempo cura tudo", "sei como se sente" – Lina soltou uma risada seca – Essa última é a minha favorita. Metade deles nem sequer viu Cedrico pessoalmente uma única vez, nem eram amigos da família. 

Um silêncio desconfortável circulou as duas. Só quando percebeu seu estado que Lina enxugou as lágrimas. 

— Foi mal. 

— Não. Tudo bem. Todo mundo precisa de um dia pra falar, e não escutar. 

— Você já precisou de dias assim? – isso foi mais um comentário aleatório que uma pergunta de fato 

— Algumas vezes. 

Lina parou no lugar que estava, Safira só percebeu depois de alguns passos e assim que o fez olhou para trás. 

— Algumas? — ela parecia surpresa. 

— Hã... sim. Nunca tive irmãos, mas... tive outras pessoas. E já ouvi as mesmas coisas que você. É um saco – ela tentou dar uma risada, que não deu muito certo.

— Entããão – Lina coçou a parte de trás da cabeça, tentando disfarçar o desconforto. – Algum conselho? – mais um comentário pra tentar puxar assunto, surpreendeu-se ao ver as expressões de Safira tornarem-se pensativas. 

— Isso nunca vai passar – ela olhava para o chão – Quero dizer, não totalmente. Nós ainda lembramos deles, certo? E se lembramos, sentimos a falta. Só que isso é bom, de certa forma, significa que essas pessoas foram importantes para nós, e nunca devemos esquecer do que é importante. A única coisa que o tempo faz, nesse caso, é nos ajudar a suportar essa sensação. 

As duas ficaram em silêncio, um pequeno grupo de alunos passaram por elas, sem sequer prestar atenção na presença das duas. 

— Desculpa. Isso não soou muito positivo, não é mesmo? 

— Na verdade foi a coisa mais sincera que escutei até agora – um sorriso, que parecia quase de alívio aos olhos de Safira, preencheu os lábios de Lina. – Já sei quem vou procurar para pedir conselhos de agora em diante – ela correu para o lado de Safira e passou o braço ao redor de seu pescoço, soltando quando chegaram a outra escadaria –Que pena que não começamos a conversar antes, seriamos ótimas amigas agora. Acho que nunca é tarde para começar, o que acha? 

Safira entendeu isso como sendo o jeito de Lina de fazer um pedido de amizade. Foi algo inesperado, mas quando pensou no assuntou notou que Lina era uma garota interessante. 

— Não acho uma má ideia. 

— Bem, eu acho que é uma pena não tentarmos uma união entre as casas. – era a voz de Hermione, aparentemente irritada. 

As duas viram os três amigos chegando ao fim da escada de mármore. Uma fileira de alunos do quarto ano da Corvinal cruzavam o hall de entrada; viram Harry e se apressaram a formar um grupo mais unido, como se tivessem medo de ele atacá-los. 

— Tá, a gente tem mesmo que tentar ser amigo de gente como essa aí. – Harry falou sarcasticamente. 

— Eu acho que você devia manter a calma. – Safira e Lina apareceram de repente por trás deles. 

— Você é a última pessoa no mundo que pode pedir para alguém manter a calma, Safira. – disse Hermione, sem se abalar com a repentina aparição das duas. 

— Ela tem razão. – concordou Lina. – Lembra-se do seu “pequeno” ataque ontem à noite? 

— Obrigada pelo apoio Lina. 

— Disponha. – ela disse com um pequeno sorriso no rosto. 

— Bem – continuou Safira. –, acho melhor não continuarmos nos metendo nas conversas alheias. Vamos sua engraçadinha. – as duas apertaram o passo. 

Os três seguiram os alunos da Corvinal para o Salão Principal, todos olhando instintivamente para a mesa dos professores. A professora Grubbly-Plank estava conversando com a professora Sinistra, a professora de Astronomia, e Hagrid mais uma vez estava ausente. O teto encantado sobre eles combinava com o humor de Harry; estava com um miserável cinza-chuva. Eles sentaram-se à Mesa da Grifinória e ao lado deles estavam Gina e Lilá Brown que parecia incomodada com algo, e Safira e Lina já estavam sentadas e conversando entre si. 

— Dumbledore nem mencionou por quanto tempo essa Grubbly-Plank vai ficar? – ele disse enquanto abriam caminho para a mesa da Grifinória. 

— Talvez... – disse Hermione pensativamente. 

— O quê? – perguntaram Rony e Harry ao mesmo tempo. 

— Bem... Talvez ele não queira chamar atenção para o fato de Hagrid não estar aqui. 

— Vocês realmente gostam do Hagrid, não é? – disse Lina. 

Uma garota negra, alta, com uma longa trança marchou em direção de Harry. 

— Oi Angelina. 

— Oi. – disse ela alegremente. – Teve um bom verão? – e sem esperar por uma resposta. – Escuta, eu fui eleita capitã do time de quadribol. 

— Legal – disse Harry, sorrindo para ela, achava que as preleções de Angelina como capitã não seriam tão longas como de Olívio Wood, o que só seria uma melhora. 

— É, bem, nós precisamos de um novo goleiro agora que Olívio foi embora. Os testes são na sexta-feira às 5 horas e eu quero o time todo lá, certo? Aí vamos ver se o escolhido vai se entrosar. 

— Tá bom. – disse Harry. 

Angelina sorriu e foi embora. 

— Eu tinha esquecido que Olívio foi embora. – disse Hermione vagamente enquanto sentava ao lado de Rony e puxava um prato de torradas para perto de si. – Eu imagino que vai fazer muita diferença pro time, não? 

— É, imagino que sim – disse Harry, sentando do outro lado da mesa. – Ele era um bom goleiro. 

— Mesmo assim, não vai fazer mal ter um pouco de sangue novo não acha? – disse Rony. 

Com estrépito, centenas de corujas entraram voando pelas janelas superiores. Elas desceram pelo Salão Principal, levando cartas e pacotes para seus donos e respingando água pelos alunos, claramente estava chovendo forte lá fora. Edwiges não estava entre elas, mas Harry não estava nada surpreso; o único correspondente dele era Sirius, e duvidava que Sirius tivesse algo novo para lhe falar depois de somente 24 horas da partida deles. Hermione, no entanto, teve que mover rápido seu copo de suco para o lado, para fazer espaço para uma grande coruja de Igreja segurando um Profeta Diário encharcado no bico. Hermione o leu procurando qualquer coisa que pudesse estar sendo dita sobre Harry ou Dumbledore. Não havia nada. 

— Eu não acho que eles vão se esquecer desse assunto tão cedo. – disse Safira, olhando com nojo para o Profeta. 

A professora Minerva estava agora andando entre as mesas, distribuindo os horários. 

— Olha só hoje! – gemeu Rony. – História da magia, duas aulas de Poções, Adivinhação e Defesa Contra as Artes das Trevas. Dupla... Binns, Snape, Trelawney e a tal professora Umbridge, tudo em um dia! Eu queria que Fred e Jorge andassem rápido com aqueles Kits Mata-Aula. 

— Meus ouvidos me enganam? – disse Fred, chegando com Jorge e se espremendo no banco ao lado de Harry. – Os monitores de Hogwarts certamente não desejariam perder suas aulas? 

— Olha o que a gente tem hoje. – disse Rony emburrado, enfiando seu horário de aulas debaixo do nariz de Fred. – Essa é a pior segunda-feira que eu já vi. 

— Louvável ponto de vista, mano. – disse Fred, olhando o horário. – Você pode ter um pouco de dose de sangra nariz barato se quiser. 

— Por que é barato? – disse Rony desconfiado. 

— Porque vai ficar sangrando até você murchar, nós ainda não temos o antídoto. – disse Jorge, servindo-se de salmão defumado. 

— Animador – disse Rony bem humorado, puxando seu horário. – Mas acho que vou assistir às aulas. 

— E falando em seu Kit Mata-Aula, – disse Hermione, olhando Fred e Jorge – vocês não podem colocar cartazes atrás de cobaias no mural da Grifinória. 

— Quem disse? – disse Jorge parecendo perplexo. 

— Eu digo. – disse Hermione. – E Rony. 

— Me deixa fora disso. – disse Rony ansiosamente. 

Hermione olhou para ele. Fred e Jorge riram. 

— Você vai estar cantando outra música logo, logo, Hermione. – disse Fred, passando manteiga numa torrada. – Vocês estão começando o quinto ano, vão estar implorando por um Snackbox logo. 

— E por que começar o quinto ano significa querer um Kit Mata-Aula? – perguntou Hermione. 

— Quinto ano é ano de N.O.M. – disse Jorge. 

— E daí? 

Fred e Jorge falaram de alguns casos de lágrimas e acessos de raiva que a turma deles teve na época de N.O.M.s. Sem falar que disseram não se importar com as notas, já que sabiam que o futuro deles estava fora do "mundo acadêmico". 

— Nós não vamos desperdiçar nosso último ano aqui. – disse Fred, olhando carinhosamente para o Salão Principal. – Nós vamos usar esse tempo para fazer um pouco de pesquisa de mercado, descobrir exatamente o que o estudante médio de Hogwarts quer de uma loja de logros, avaliar com cuidado os resultados da nossa pesquisa, e então produzir produtos que se encaixem a demanda. 

— Devo admitir que vocês parecem ter jeito para os negócios. – disse Safira, se impressionando com os gêmeos. Mas desejou não ter dito nada quando Hermione lhe lançou um olhar de reprovação. 

— Mas onde vocês vão conseguir o ouro para começar a loja de logros? – Hermione perguntou cética. – Vocês vão precisar de todos os materiais e ingredientes, eu suponho... 

Harry não olhou para os gêmeos. Seu rosto ficou quente; ele deliberadamente derrubou um garfo e mergulhou para baixo para pegá-lo. Ele ouviu Fred por cima de sua cabeça. 

— Não nos faça perguntas e nós não te contaremos mentiras, Hermione. Vamos Jorge, se a gente chegar lá cedo vai dar para vender algumas Orelhas Extensíveis antes de Herbologia. 

Harry emergiu de baixo da mesa para ver Fred e Jorge indo embora, cada um carregando uma pilha de torradas. 

— O que eles quiseram dizer? – disse Hermione, olhando para Harry, Rony e Safira. – "Não nos faça perguntas". Isso quer dizer que eles já têm algum ouro pra começar a loja de logros? 

— Será? – perguntou Safira. 

— Mas aonde eles arranjariam esse ouro todo para abrir uma loja? – enfatizou Lina. 

— Sabe, eu andei pensando nisso. – disse Rony, com as sobrancelhas franzidas. – Eles me compraram um jogo novo de trajes esse verão e eu não consigo entender de onde tiraram os galeões... 

Harry decidiu que era hora de desviar a conversa dessas águas perigosas. 

— Você acha que esse ano vai ser mesmo duro? Por causa dos exames? 

— Ah, claro. – disse Rony. – Seguramente tem que ser, não é? N.O.M.s são superimportantes, afeta a profissão que você vai seguir e tudo mais. Nós vamos ter também conselheiros para escolha da profissão, no fim do ano, Gui me disse, assim você pode escolher os N.I.E.M.s que você vai fazer no próximo ano. 

Eles se levantaram para ir para a próxima aula, Safira fez um aceno com a cabeça para Lina vir junto. 

— Você sabe o que você quer fazer depois de Hogwarts? – Harry perguntou para os outros quatro, enquanto deixavam o Salão Principal e se dirigiam para a aula de História da Magia. 

— Ainda não. – disse Rony devagar. – Exceto... Bem... – ele parecia embaraçado. 

— O quê? – Harry o apressou. 

— Bem , seria legal ser um Auror. – disse Rony em uma voz sem cerimônia. 

— É, seria sim. – disse Harry apaixonadamente. 

— Esse é meu sonho. – Safira esboçou um sorriso sonhador. – Eu quero ser Auror desde que eu tinha, sei lá, seis ou sete anos. – um leve lampejo de tristeza passou pelos seus olhos. 

Quando Harry olhou para ela seu estômago afundou. Ele sabia por que esse desejo de ser Auror surgiu quando ela tinha essa idade. Mas seus pensamentos foram interrompidos. 

— Mas, eles são, sabe? Como a elite. – disse Rony. – Você tem que ser realmente bom. 

— Bem... – Lina falou pela primeira vez. – Eu pretendo seguir uma carreira que envolva as criaturas mágicas. Talvez estudar algumas espécies de perto, ou pelo menos ajudar a cuidar delas. 

— E você, Hermione? – perguntou Rony. 

— Eu não sei. Eu penso que farei algo realmente valoroso. 

— Um Auror é valoroso! – disse Harry. 

— É, claro que é, mas não é a única coisa que vale a pena. – disse pensativa. – Digo, se eu pudesse fazer os exames de N.I.E.M.s mais tarde... 

Harry e Rony evitaram se olhar. Safira prestava atenção em tudo que Hermione dizia. 


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