Harry Potter e a Princesa Serpente escrita por Alesanttos, Safira Michaelis Black


Capítulo 12
Em Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem este capitulo tem bastante partes da Ordem da Fenix mas o proximo tera menos



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 As carruagens sem cavalos estavam se aproximando, mas quando Harry estava prestes a subir em uma dela tomou um susto, agora elas não eram mais sem cavalos. Umas criaturas estranhas estavam amarradas a elas, lembravam cavalos, de certa forma, mas com uma aparência reptiliana também. Eram completamente sem carne, suas peles aderiam aos seus esqueletos onde os ossos estavam visíveis. cabeças como de dragões e olhos sem pupilas eram brancos e fixos. Asas quase como de morcegos saíam de cada lado. Parados e quietos na escuridão, as criaturas pareciam assustadoras e sinistras. Harry não entedia por que as carruagens estavam sendo puxados por esses horríveis cavalos quando eram perfeitamente capazes de se mover por si mesmos.

— Onde está Píchí? – disse Rony bem atrás dele.

— Luna está carregando ele. – disse Harry, virando rapidamente, ávido para conversar com Rony sobre Hagrid. – Você imagina...

— Onde o Hagrid está? Eu não sei. – disse Rony, parecendo preocupado. – É melhor que ele esteja bem...

A alguma distância, Draco Malfoy, seguido por uma pequena gangue de companheiros incluindo Crabbe, Goyle e Pansy Parkinson, estavam empurrando alguns secundaristas tímidos de forma que eles e seus amigos pudessem pegar uma carruagem para eles. Segundos depois, Hermione surgiu ofegante do meio da multidão.

— Malfoy estava sendo absolutamente idiota com um garoto do primeiro ano ali. Eu juro que vou entregá-lo! Ele está com a insígnia há apenas três minutos e a está usando para ameaçar as pessoas mais do que nunca... Onde está Bichento?

— Safira está com ele. – disse Harry. – Aí está ela...

Safira acabava de sair do meio da multidão, agarrando o Bichento, que se debatia agitado, com Gina do seu lado.

— Obrigada – disse Hermione, aliviando Safira do gato. – Vamos, vamos pegar uma carruagem junto antes que todas estejam cheias...

— Eu ainda não peguei o Píchi. – Rony disse, mas Hermione já estava caminhando para uma carruagem desocupada. Harry ficou esperando com Rony.

— O que são essas coisas, você imagina? – perguntou ele a Rony, apontando para os horríveis cavalos enquanto os outros estudantes passavam por ele.

— Que coisas?

— Aqueles caval...

Luna apareceu segurando a gaiola de Píchi em seus braços; a coruja minúscula estava guinchando excitada como sempre.

— Aqui está você. – disse ela. – Ele é uma corujinha doce, não?

— Er... É... Ele é legal. – disse Rony irritado. – Bem, vamos então. Vamos entrar... O que você estava dizendo, Harry?

— Eu estava dizendo, o que são estas coisas? – Harry disse, enquanto ele, Rony e Luna se dirigiam para a carruagem onde Hermione e Gina já estavam sentando.

— Que coisas parecidas com cavalos?

— Essas coisas parecidas com cavalos puxando as carruagens! – disse Harry impaciente. Estavam a um metro do mais próximo; estava olhando para eles com seus olhos brancos e vazios. Rony, porém, olhou para Harry parecendo perplexo.

Safira olhava para a mesma direção que Harry com um olhar que dizia que estava confusa, e quando olhou para Harry novamente parecia que finalmente conseguiu enxergar uma coisa obvia.

— Do que você está falando? – disse Rony.

Não importava o que fizesse ou dissesse, todos pareciam estar mancomunados em uma brincadeira de mal gosto para parecer que ele estava louco. Faltava pouco para jogar Rony em cima do estranho cavalo, só para ver se ainda assim ele diria que não estava vendo nada. No entanto não demorou para perceber que todos estavam começando a se preocupar com ele. Harry se sentiu absolutamente confuso. O cavalo estava lá na frente dele, resplandecendo na luz fosca que vinha da estação atrás deles, vapores saindo de suas narinas no ar fresco da noite. 

— Vamos entrar, então? – disse Rony incerto, olhando Harry como se estivesse preocupado com ele.

— Sim. Sim, vamos...

— Está tudo bem. – disse a voz sonhadora ao lado de Harry enquanto Rony desaparecia dentro da carruagem escuro. – Você não está louco ou algo assim. Eu posso vê-los também.

— Pode? – disse Harry desesperadamente, virando para Luna. Ele podia ver os cavalos com asas de morcego, refletidos nos grandes olhos cinzentos dela.

— Oh, sim. – disse Luna. – Eu os tenho visto desde meu primeiro dia aqui. Eles sempre puxaram as carruagens. Não se preocupe. Você é tão são quanto eu.

Sorrindo fracamente, ela entrou no interior mofado da carruagem após Rony. Harry não sabia se se sentia melhor ou não.

— Ela não está mentindo, Harry. – era Safira, que havia segurado Harry pelo ombro e estava sussurrando. – Eu também os vejo. Vocês não são os únicos.

Harry ficou parado onde estava, enquanto Safira entrava na carruagem na sua frente. Ela também pode vê-los? ele pensou. E então subiu rapidamente na carruagem.

Harry não queria dizer aos outros que ele, Luna e Safira estavam tendo a mesma alucinação, se era isso mesmo, então não disse mais nada sobre  os cavalos, aconchegou-se na carruagem e bateu a porta atrás de si. Sem mais o que fazer, não pôde parar de olhar as silhuetas dos cavalos se mexendo pela janela.

Todos passaram a focar a conversa no estranho sumiço de Hagrid, a maioria estava preocupado, mas Luna tinha uma opinião diferente sobre seus métodos como professor, o que quase rendeu uma discussão com Harry e Rony, que defendiam o amigo com unhas e dentes.

— Ele parece ser uma boa pessoa – disse Lina – Só tem um método diferente da maioria. Mas dá para ver que ele se importa com as criaturas mágicas, e isso é bem legal.

Harry ficou feliz em ver que outra pessoa apoiava Hagrid como professor, especialmente por se tratar de alguém que não era tão próximo dele quando ele.

Ao passarem pelos portões Harry se inclinou para frente para tentar ver se tinha alguma luz na cabana de Hagrid, na Floresta Proibida; o terreno estava em completa escuridão. O castelo de Hogwarts, no entanto, surgia ainda mais perto: uma massa elevada de torres, jatos negros contra o céu escuro, aqui e ali uma janela chamejante brilhava acima deles.

Ao sair da carruagem Harry teve esperança de que os estranhos cavalos terem desaparecido, olhou na direção deles. Ainda estavam lá. Se Luna era para ser acreditada, as bestas estavam sempre lá, mas eram invisíveis antes. Então, por que Harry passou de repente a poder enxergá-los e por que Rony não?

O Saguão de Entrada estava flamejante com tochas e ecoando com os passos enquanto os estudantes cruzavam os enfraquecidos pisos de pedra para as portas duplas à direita, levando para o Salão Principal e ao banquete de início do ano letivo.

As quatro longas mesas das casas estavam se enchendo embaixo de um teto negro sem estrelas, que era igual ao céu que podiam entrever pelas janelas. Velas voaram em meio ao ar por toda a mesa, iluminando os fantasmas prateados que estavam parados sobre o Salão e os rostos dos estudantes falando ansiosamente, trocando novidades de verão, gritando boas-vindas a amigos de outras casas. De novo, Harry percebeu pessoas colocando suas cabeças juntas e cochichando enquanto ele passava; rangeu os dentes e tentou fingir que não viu ou não ligou.

Luna se separou deles na mesa da Corvinal. No momento em que chegaram a da Grifinória, Gina foi saudada por uns amigos do quarto ano e foi sentar com eles; Harry, Rony, Hermione e Neville encontraram seus lugares juntos mais ou menos no meio da mesa, entre Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da casa de Grifinória, Pavarti Patil e Lilá Brown, as últimas duas que deram a Harry uma arejada e exagerada boas-vindas que o fez ter quase certeza que elas acabaram de falar dele, mas algo chamou a atenção de Harry: Safira estava parada á alguns passos atrás deles. Ela ficava olhando do lugar onde eles estavam para um lugar vago na ponta da mesa.

— Qual é o problema? – Harry perguntou assim que chegou perto dela, muitos alunos ainda estavam chegando, então não havia problema deles ficarem um tempo em pé.

— É que eu não sei onde sentar. Até ano passado eu sempre sentei ali. – ela apontou para o lugar no fim da mesa. Mas assim que ela abaixou a mão um menino sentou-se lá.

— Bem, o lugar está ocupado agora. – ele tentou ser gentil. – Pode se sentar com agente, ainda tem um lugar vago.

Então Safira seguiu Harry até onde ele e seus amigos estavam sentados, e ocupou o lugar que ficava entre Harry e Lina, que conversava com umas meninas do quinto ano.

Harry ficou pensando na reação de Parvati e Lilá, mas tinha coisas mais importantes para fazer, no entanto: estava olhando por cima da cabeça dos estudantes para a mesa de professores, que ficava no final do Salão. Nem sinal de Hagrid. Os três começaram a discutir sobre o que poderia ter acontecido, até que Harry levantou a hipótese de que Hagrid ainda poderia estar na missão que estava fazendo para Dumbledore.

— Quem é aquela? – disse Hermione, apontando para o meio da mesa de professores.

Os olhos de Harry seguiram os dela. Pararam primeiro sobre o professor Dumbledore, sentando em sua alta cadeira dourada ao centro da longa mesa de professores, vestindo um manto roxo-escuro espalhado com estrelas prateadas e com um chapéu combinando. A cabeça de Dumbledore estava inclinada voltada para a mulher sentada próxima a ele, que estava falando em seus ouvidos. Parecia, Harry pensou, como uma tia solteira de alguém: agachada, com um curto, ondulado, cabelo marrom de rato em que tinha colocado uma horrível faixa de Alice, que combinava com o peludo cardigã rosa que vestia sobre seu manto. Então ela virou seu rosto levemente para beber um gole de seu cálice e ele viu, com um choque de reconhecimento, um pálido rosto que parecia um cogumelo e um par de proeminentes olhos iguais a bolsas.

— É aquela mulher, Umbridge!

— Quem? – disse Hermione.

— Ela trabalha para Fudge! – respondeu Lina no meio da conversa.

— Ela trabalha para Fudge! – Hermione repetiu, zangada. – Que diabos ela esta fazendo aqui então?

— Também acho estranho. – concluiu Safira – Será que...?

— Que o que? – perguntou Hermione

Falando baixinho para que ninguém pudesse ouvir ela respondeu:

— Que não está aqui a procura de Sirius?

— Porque você fala tanto sobre ele? – perguntou Lina que havia escutado a conversa.

— Hãããã... Você sabe... ele pode estar do lado de Vold... – ela se interrompeu, sabendo o que aconteceria se continuasse. – Você-Sabe-Quem!

— É... Mas não pode ser isso, ela é só uma velhinha, e não trabalha na área!

— Você a conhece também? – perguntou Harry – Ela estava na minha audiência.

— Hum... Fui uma vez com meu pai ao ministério, faz tempo eu era pequena, mas ela já trabalhava lá. Ela trabalha em alguma seção relacionada a trouxas, não imagino o que está fazendo aqui.

Os cinco se calaram durante um longo silêncio, pois a seleção dos alunos iria começar! Ninguém prestou muita atenção no chapéu, pois estavam todos com os pensamentos em outros lugares, só quando o discurso do chapéu estava chegando ao fim que eles voltaram ao presente.

 

(...)

A história de aviso mostra,

Que nossa Hogwarts está em perigo

De externos, mortais inimigos

E nós devemos nos unir dentro dela

Ou nós iremos nos despedaçar

Eu os falei, eu os avisei...

Agora que a seleção comece.

 

O Chapéu ficou parado outra vez; aplausos surgiram, mas dessa vez vieram, pela primeira vez na memória de Harry, com murmúrios e sussurros. Por todo o Salão Principal alunos estavam trocando comentários com os seus vizinhos, e Harry, aplaudindo como todo mundo, percebendo exatamente o que todos estavam dizendo.

O Chapéu Seletor geralmente se confinava a descrever as diferentes qualidades procuradas por cada uma das quatro casas de Hogwarts e em seu próprio papel de sorteá-las. Harry não pôde lembrar de ter tentado dar um conselho à escola antes.

— Estive pensando se ele já deu avisos antes? – disse Hermione, soando um pouco ansiosa.

— Sim, já – disse Nick Quase Sem Cabeça, entendido, atravessando Neville, que estremeceu, na direção dela. – O Chapéu acha uma questão de honra dar à escola um aviso sempre que ele achar...

— Espero que a seleção não demore muito – disse Rony que estava faminto.

Vagarosamente, a longa fila de alunos do primeiro ano diminuiu. Nas pausas entre os nomes e as decisões do Chapéu Seletor, Harry podia ouvir o estômago de Rony roncando alto.

— Para os nossos novatos – disse Dumbledore numa voz titilar, seus braços bem abertos e um alegre sorriso em seus lábios –, bem-vindos! Para os nossos alunos antigos. Bem-vindos de volta! Há uma hora para fazer discursos, mas não é agora. Sirvam-se!

Houve uma gargalhada apreciativa e uma onda de aplausos quando Dumbledore sentou destramente e jogou suas longas barbas sobre os ombros para que ficassem longe de seu prato, então as cinco longas mesas estavam gemendo sobre carnes e tortas e pratos de vegetais, pães e molhos e garrafas de suco de abóbora. 

Harry voltou a falar com Nick sobre o aviso do Chapéu, e parece que sempre em períodos de grande perigo, ele fazia avisos tão extensos, e sempre aconselhava que todos se unissem. Harry não demonstrava nenhuma confiança 

— Deus me livre... Imagine me juntar com a Sonserina. – disse Lina. 

— Toda a minha família foi de lá, menos o meu pai e a minha mãe. – disse Safira, parecendo triste com o fato. 

— Ai! Desculpe, eu não quis ofender... – respondeu Lina corando um pouco. 

— Tudo bem. 

— Aliás, quem é o seu pai? Não me lembro do seu sobrenome. 

Safira ficou incomodada com a pergunta, conhecia Lina há algumas horas, não poderia contar sua história, muito menos que era filha de um bruxo preso por matar 13 pessoas e estava foragido, ela gaguejou um pouco, mas por sorte foi interrompida por Dumbledore que começara outro discurso com os usuais avisos de início de ano. Então apresentou as novas integrantes do corpo docente. Este ano a professora Grubbly-Plank substituirá Hagrid na aula de Trato de Criaturas Mágicas, além de ter introduzido Umbridge para os alunos, assumindo o cargo de professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. 

Houve uma onda de educados e sem entusiasmo aplausos, durante a qual Harry, Rony e Hermione trocaram olhares com um pouco de pânico; Dumbledore não tinha dito por quanto tempo Grubbly-Plank estaria lecionando. Dumbledore continuou. 

— Tentativas para os times de Quadribol das casas serão... 

Ele parou, olhando curiosamente para a professora Umbridge. Ela não era muito mais alta em pé do que sentada, houve um momento em que ninguém entendeu o porquê de Dumbledore ter parado de falar, mas então a professora Umbridge limpou sua garganta - Hum, hum - e ficou claro que ela ficou de pé e estava querendo fazer um discurso.

Dumbledore apenas olhou e ficou confuso, então se sentou espertamente e olhou em alerta para a professora Umbridge, como se não tivesse desejado nada melhor que ouvi-la. Outros membros da equipe não eram tão adeptos a esconder suas surpresas. Os olhos castanhos da professora Sprout desapareceram em seus cabelos e a boca da professora McGonagall ficou tão fina quanto Harry nunca tinha visto. Nenhum professor novo tinha interrompido Dumbledore antes. Muitos estudantes estavam cochichando; essa mulher com certeza não sabia como as coisas eram feitas em Hogwarts.

— Obrigada, diretor – a professora Umbridge disse, sorrindo – por essas educadas palavras de boas-vindas.

Sua voz era muito melancólica, ofegante e parecida com a de uma garotinha e, de novo, Harry sentiu um poderoso ímpeto de desgosto que não podia explicar para si mesmo; tudo o que sabia é que tinha odiado tudo sobre ela, desde sua estúpida voz até ao peludo cardigã rosa. Ela deu mais uma pequena tosse de limpar a garganta ("hum, hum") e continuou.

— Bem, é adorável estar de volta a Hogwarts, e devo dizer! – sorriu, revelando dentes bastante pontudos. – E ver rostos tão felizes olhando para mim!

Harry olhou em volta. Nenhum dos rostos que podia ver pareciam felizes. Pelo contrário, todos pareciam confusos em serem tratados como se tivessem cinco anos de idade.

— Eu estou realmente esperando conhecer todos vocês e estou certa que seremos ótimos amigos!

— Espera sentada minha filha! - disse Lina

 

Aqueles que estavam sentados mais próximo de Lina cobriram a boca para conter as risadas. A nova professora continuava com seu discurso, e a cada comentário que soavam para Lina como uma grande baboseira ou falsidade ela soltava algum comentário para quem quisesse ouvir, só que dessa vez parecia que Umbridge conseguiu ouvir, pois olhou fixamente para onde Lina estava sentada, que desviou o olhar como se não fosse com ela. Depois de mais alguns segundos olhando para a mesa da Grifinória ela continuou falando como se nada tivesse acontecido, limpando sua garganta com outro "hum, hum" e continuando a falar como se tivesse aprendido aquelas palavras de cor. Então começou um discurso sobre a opinião do Ministério sobre a educação, muitos não pareciam interessados no que ela dizia, algumas meninas começaram a mexer nas pontas de seus cabelos, outros alunos mantinham a cabeça voltada para frente, só que olhavam para tudo, menos para a nova professora, já outros nem se davam a esse esforço.

— Há de novo, progresso por fazer progresso deve ser desencorajado, pois nossas tentadas e testadas tradições geralmente não requerem mudanças. Um balanço então, entre velho e novo, entre permanecer e mudar, entre tradição e inovação...

Harry viu sua atenção decaindo, como seu cérebro saísse e voltasse de uma canção. O silêncio que sempre se enchia no Salão quando Dumbledore estava falando estava sumindo enquanto alunos colocavam as cabeças juntos, cochichando e murmurando. 

A professora Umbridge parecia nem ter percebido a inquietação de sua platéia. Harry teve a impressão que uma revolta de grande escala podia ter surgido sobre seu nariz que teria continuado com seu discurso. Os professores, no entanto, ainda estavam prestando bastante atenção e Hermione parecia estar bebendo cada palavra que Umbridge dizia, ainda que, julgando pela sua expressão, não era de jeito nenhum de seu gosto.

—... Porque algumas mudanças virão para melhor, enquanto outras virão, ao completar o tempo, a ser reconhecidas como erros de julgamento. Enquanto isso, alguns velhos hábitos serão mantidos, e com o mesmo direito, haverá outros, fora de moda e fora de gasto que devem ser abandonados. Vamos ir para frente, então, entrem numa era de aberturas, efetividade e acontabilidade, com o intento de preservar o que deve ser preservado e aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado, podendo sempre que acharmos práticas que deveriam ser proibidas.

Ela sentou. Dumbledore aplaudiu. O corpo docente seguiu sua liderança, no entanto Harry percebeu que muitos juntaram suas mãos apenas uma ou duas vezes antes de parar. Uns poucos estudantes se juntaram, mas a maioria tinha ficado desavisados no final do discurso, não tendo ouvido mais que algumas poucas palavras dele, e antes de pudessem aplaudir propriamente Dumbledore tinha se levantado de novo.

— Muito obrigado professora Umbridge, isso foi bastante esclarecedor. – ele disse, referenciando-se. – Agora, como eu estava dizendo, seleções de Quadribol serão...

— Sim, foi realmente esclarecedor – disse Hermione numa voz baixa.

— Soou como um monte de bobeira para mim.

— Havia coisas importantes escondidas nessas bobeiras. – disse Hermione espantada. – Como: "progresso por fazer progresso deve ser desencorajado"? Ou então "podendo sempre que acharmos práticas que deveriam ser proibidas"?

— Bem, o que isso significa? – disse Rony impacientemente.

— Boa coisa não é. – interrompeu Safira

— Eu vou dizer o que isso significa – disse Hermione por entre os dentes, que rangiam. – Isso significa que o Ministério está interferindo em Hogwarts.

— Se Hogwarts começar a parecer com o Ministério, me mudo daqui. – comentou Lina.

Houve uma grande barulheira ao redor deles; Dumbledore tinha obviamente dispensado a escola, porque todos estavam de pé prontos para deixar o Salão. Hermione pulou, parecendo perturbada.

— Rony, nós deveríamos estar mostrando aos calouros aonde eles devem ir!

— Ah é.

As meninas já tinham se distanciado, indo para a Torre da Grifinória. Harry percebeu que Lina deu um breve aceno com cara de quem não estava gostando muito a Malfoy do outro lado do Salão e Pansy Parkinson estava com uma cara muito nervosa.

— Novatos! – Hermione os chamou, comandando-os pela mesa. – Por aqui, por favor!

Lina parecia bem confortável ao lado de Safira e Gina, chegou a comentar como era estranho nunca terem trocado uma palavra todos esses anos. Embora Lina tivesse a impressão de que já havia visto Safira bem de perto, só não lembrava quando ou onde.

— Não sabia que você era amigo de Harry Potter. – disse Lina – Quero dizer... não lembro de tê-los visto juntos antes, só isso.

— Bem... não éramos, só que nos esbarramos por acaso nas férias e começamos a conversar. – Safira tentava agir com a maior naturalidade possível – Eu e a Hermione dividimos o dormitório então... é, fomos conversando – tentou sorrir com tranquilidade, mas sabia que estava ficando nervosa – Alguém sabe qual é a senha esse ano? – agradeceu por ter tido a oportunidade de mudar de assunto. O quadro da Mulher Gorda estava bem diante delas, mas todas estavam confusas.

— Era alguma coisa que tinha a ver com plantas – disse Gina – Mimbus Mimblonia?

A Mulher Gorda ficou parada em seu lugar, de braços cruzados.

Safira ouviu alguém andando na direção delas. Harry estava cabisbaixo, e pelo visto muito pensativo.

— Harry – Safira chamou – Você sabe a senha?

Demorou um pouco para processar a pergunta, até perceber que não tinha uma resposta afirmativa. Por sorte Neville, segurando seu pequeno cacto, apareceu e pode ajudá-los.

— Esse ano não vou esquecer mais a senha – por pouco ele não esfregou a planta no rosto de Harry, que não queria ficar coberto de gosma novamente. – Mimbuius mimbletonia!

— Correto. – disse a Mulher Gorda e seu retrato se abriu para frente deles como uma porta, revelando um buraco circular na parede atrás, o qual Harry e Neville agora escalavam.


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Notas finais do capítulo

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