Harry passara toda a Tarde tirando Fadas Mordentes dos Comodos da casa que estava caindo aos pedaços mas apesar de todo o trabalho, ele estava feliz por não estar dividindo o mesmo teto que os Dursley. Ele agora estava no Largo Grinmmauld Nº12 a casa de seu padrinho Sirius Black, junto com todos os seus amigos. Na Hora do Jantar a mesa estava cheia de suco de abóbora, Wísque de fogo, que a Sr.ª Weasley impediu Harry e seus amigos de beberem, costelas de porco, lasanha e purê de batata. A sobremesa foi ainda melhor. Depois de tirar a louça suja da mesa, a Sr.ª Weasley, com um aceno de sua varinha, vez vários pratos de sobremesa aparecerem no ar e pousarem na mesma.

— Depois de tanto trabalho, – disse Rony – nada melhor do que comer um monte de doces.

Harry olhava para a mesa e ficava com água na boca. Tinha pudim, bolo e torta de abóbora com chantilly e raspas de chocolate por cima, nem sabia por onde começar. Mas, ao ver a cara que todos os filhos da família Weasley faziam, percebeu que tinha que ser rápido, antes que não restasse nada.

Quando todos terminaram de comer a sobremesa, as conversas continuaram.

— Harry... – ao olhar para o lado, Harry viu Fred e Jorge olhando para ele com um sorriso zombeteiro no rosto, e apontaram para o chão. Havia uma aranha de metal correndo na direção da perna do Rony.

— O que é isso? – disse Rony ficando inquieto na cadeira, ao olhar para o chão se assustou tanto que caiu da cadeira e soltando um grito bem agudo. E enquanto ainda estava no chão, a aranha pulou no seu rosto e ele começou a gritar novamente e batendo no seu rosto para remover o brinquedo, nem mesmo Harry e Hermione conseguiram reprimir o riso. Assim que a aranha caiu no chão explodiu e começou a chover confete.

Todos estavam rindo juntos da “pequena” brincadeira dos gêmeos, Sirius e Lupin estavam se esforçando para esconder a risada que parecia que ia surgir a qualquer momento, mas quando todos olharam para a Sr.ª Wesley pararam no mesmo instante.

— O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTAM FAZENDO!? – a Sra. Wesley explodiu de raiva e começou a ficar vermelha, ninguém ousava deixar escapar um ruído. – VOCÊS PODIAM TER MACHUCADO O IRMÃO DE VOCÊS. SERÁ QUE NÃO PENSAS NAS CONSEQUÊNCIAS DO QUE FAZEM?

Eles teriam ficado sentados lá por horas se não fosse por uma brisa congelante que vinha da direção da porta de entrada.

— Papai...? – era uma voz feminina que Harry nunca tinha ouvido antes, mas que, de alguma forma, era muito familiar.

Logo depois, ouve um barulho alto da porta de entrada sendo fechada. Assim como Harry, todos que estavam à mesa olharam para a entrada da cozinha.

Uma pessoa de capa entrou no cômodo, tinha uma estatura mediana e o capuz cobria todo o seu rosto.

— Papai, a porta estava destrancada. Eu sei que só pessoas que pertencem a Ordem podem entrar aqui, – enquanto falava, aquela pessoa misteriosa removeu o capuz. Uma longa cascata de cabelos pretos escoou pelas suas costas até que parou na altura do quadril. – mas mesmo assim, temos que ter... – ela se interrompeu no meio da frase ao ver quem estava à sua frente. – Harry? O que está fazendo aqui?

— Ah...? – Harry não sabia o que dizer, afinal, não se lembrava de ter conhecido aquela garota.

Um longo silencio se alastrou pela sala de jantar, como se a presença daquela garota fosse o que ninguém quisesse que acontecesse, como se ela não fosse bem vinda.

— Safira? – Hermione quebrou o silêncio. – O que VOCÊ está fazendo aqui!?

— Bem... Eu... – ela não conseguia responder a pergunta.

Sirius e Lupin levantaram da mesa, trocaram um rápido olhar entre eles, mas não saíram de seus lugares. Harry olhou para eles por um curto instante, na esperança de que algum deles fosse lhe explicar o que estava acontecendo. Mas ninguém conseguia tirar os olhos da recém-chegada, depois de um curto tempo esperando uma resposta que parecia que nunca viria, voltou seu olhar para a garota de cabelos pretos. Até que ele percebeu uma coisa.

— De onde você a conhece? – Harry e Rony fizeram a pergunta para Hermione ao mesmo tempo.

— Vocês são tão idiotas. – Hermione falou com um tom de irritação, e também parecia um tanto constrangida. – Está é a Safira Stevens, ela é da Grifinória, e está na mesma turma que agente. E... Nós dividimos o mesmo dormitório.

Os meninos olharam-se e perceberam que estavam começando o ficar corados. Ao olhar em volta, Harry percebeu que não era o único que não se lembrava da garota chamada Safira, pois Gina, Fred e Jorge ficaram igualmente encabulados.

— Não se preocupem. – Safira disse um pouco envergonhada ao ver o rosto de Hermione e a expressão que Harry e Rony fizeram. – Não culpo vocês por não se lembrarem de mim. – pela expressão de Fred, Jorge e Gina, eles também não se lembraram dela. – Eu realmente era muito... Reclusa lá em Hogwarts.

Safira começou a mexer nas mãos, inquieta. E seus olhos estavam mostrando muita preocupação.

— Desculpe ser rude, mas... – Harry interrompeu o pequeno silêncio que estava se formando. – Mas, como você soube sobre este lugar? E como sabe sobre a Ordem da Fênix!?

— Isso eu posso responder. – Sirius se manifestou pela primeira vez desde que Safira entrou na casa. Ele saiu de seu lugar, foi para o lado da garota e, ao parar atrás dela, colocou sua mão em seu ombro de modo acolhedor. Logo após fazer isso Safira levantou a cabeça e, olhando nos olhas de Sirius deu um leve sorriso.

— Sirius, o que esta acontecendo? – foi Harry que fez a pergunta, mas ao olhar para todos que estavam sentados na mesa, percebeu que, a exceção de Lupin, todos pareciam estar igualmente confusos.

— Bem, acho que esta na hora de contar para todos. – Sirius e Safira se entreolharam – Não concorda?

— Você está certo. – apesar de consentir, Safira parecia inquieta com o que poderia vir a acontecer.

Sirius colocou a mão que pendia ao lado de seu corpo no outro ombro da menina que estava a sua frente e disse:

— Esta é Safira Black. – ouve um silêncio mortal. Harry, Rony e Hermione eram os que demonstravam maior espantado, e Harry tinha a estranha impressão que sabia o que estava por vim. – Ela é minha filha.