Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Bom, não sei se tem alguem ainda lendo essa fic aqui, mas.... LET'S GO!



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Eu já tava cansada de ficar pensando no que eu devia ou não fazer, eu estava cansada de ficar pensando naquele idiota. Então, eu sai mais uma vez para minha ‘’caçada’’. Já estava escuro, o que era ótimo. Sabe, muitas pessoas tem razões para matar alguém, eu somente mato por diversão ou para me distrair. No caso da Ashley, foi por vingança. Eu não vou ser nunca uma Maria chorona que vai ficar por ai fraca que nem uma tonta. Eu tenho que matar para me fortalecer, entende?

Em meio disso avistei uma mulher que parecia ser uma de minhas professoras. Sempre pensei em matar uma delas, mas, acho que nunca levei isso tão a sério, como agora. Minha cidade não é tão grande, ela é pequena, pra falar a verdade, e por isso há facilidade de você esbarrar em pessoas conhecidas a todo tempo. Sorte minha. Ou não.

Andei rápido até ela, ela parecia apreensiva, mas, não olhava para trás. Quando cheguei perto dela, a empurrei e ela caiu no chão. Dei um sorriso sarcástico e ela me olhava assustada e arfando.

– Susan? Susan Taylor? – ela disse apertando os olhos.

– Isso mesmo, senhora Bergman. – continuei sorrindo sarcástica.

Como todos os outros ela continuava a perguntar “O que vai fazer?” “Pra que essa faca?” Revirei os olhos e enfiei a faca em sua coxa, a apertei, que poderia sentir a dor que ela sentia. Ela gritava e resolvi ignorar. Esse era só o começo, para fazê-la ficar imóvel. Ou quase isso.

– Susan, você é uma garota boa e adorável, querida... Porque esta fazendo isso? – ela disse respirando com dificuldade.

– Quem disse que eu sou uma garota adorável e boa? – sorri e me sentei ao seu lado com pernas de índio. – Ah, e além do mais, isso vai acabar rápido, querida. Você vai ver.

Cortei sua mão, a tirei fora, seja como quiser, e ouvi ela gritar, chorar de dor, mexer os braços. Soltei mais um leve sorriso antes de praticamente pegar a faca e abrir seu braço. Sim, abrir. Dava pra ver sua carne e seus ossos. Ah, Susan, você está sendo boazinha, querida. Não é mesmo? Eu dava gargalhadas enquanto ouvia ela gritar. Fui até a sua barriga, que estava coberta com a blusa e a levantei. É, eu abri a barriga dela, ela estava quase morta, não ia sentir tanta dor. Enfim, ouvi algum barulho vindo do fundo da rua deserta, e então, abri sua garganta por fim. Sai dali, apreciando de longe o meu bonito trabalho e todo o sangue que cobria a rua e os gemidos baixos da mulher. Pude sorrir finalmente de novo. Oh, doce sangue.


Cheguei em casa rapidamente. Fechei a porta com toda a força e joguei minha faca na pia para limpá-la depois. Me joguei no sofá. Eu me sentia leve e ao mesmo tempo pesada e bem cansada. Eu nunca me sentia cansada e isso era bem estranho. Pelo menos pra mim.

Fechei os olhos por um segundo. Droga, aquele menino idiota veio em minha mente! Odeio isso e odeio ele. Mesmo tendo quase quebrado minha mão por sua causa, ainda o odeio tanto que seria capaz de...

– De matá-lo, Susan? Será? – abri os olhos rápido e olhei ao lado. Era uma garota. Era uma pessoa conhecida, pelo menos pra mim.

– Quem é você? – perguntei.

– Eu sou alguém da sua cabeça. Você me inventou, só você me vê. – ela riu. – Sou sua consciência.

– Consciência? – perguntei ainda mais curiosa com aquilo que parecia ser arte da minha cabeça.

– Eu não sou nada mais, nada menos que alguém que você inventou para não se sentir sozinha.

– Como um amigo imaginário?

– Quase isso. – ela desapareceu ali e logo apareceu novamente em minha frente. – Eu posso te dar conselhos.

– Oh céus, eu estou ficando louca. – murmurei.

– Eu não diria que você esta ficando louca, Susan... Só esta vendo ou imaginando coisas.

– Imaginando?

– É, exato. – ela se sentou ao meu lado novamente. – Porque você mata todas essas pessoas?

– Pra me sentir melhor.

– Acha que realmente que matar irá cobrir o vazio que você tem aqui? – ela disse apontando para o meu peito.

– É o que eu acho. – ergui os ombros e ri.

– Está enganada. Você só faz isso porque no fundo você tem medo, muito medo.

– Eu não tenho medo! – gritei. – Terei medo de que?

– Das pessoas... Você tem medo que aconteça de novo.

Brevemente uma lembrança invadiu a minha mente. E não era das boas. Comecei a me lembrar daquilo que me fez ficar assim. Tudo tem um porque, e o meu jeito de ser, também tinha um. Eu fiquei assim por uma razão. Não somente uma, teve varias, teve muitas. E eu, não queria passar por tudo de novo e não queria mais ter medo. Não mais.

– Eu sou louca. – murmurei novamente. – Estou falando com... Com...

– Pode me chamar de Fancy. – ela sorriu.

– Porque Fancy?

– Acho que você vai descobrir mais tarde.

Eu tentei sorrir. Eu já pensei em ser diferente do que sou, ser normal talvez. Mas, ser normal parece algo tão chato pra mim. Gosto de viver minha vida assim pelo menos é o que eu sempre acho. Nunca parei pra pensar em minha vida, no que talvez ela tivesse que ser mudada, como eu teria que ser mudada. Nunca parei pra pensar em assuntos assim. Eu sempre achei que minha vida fosse boa, exatamente como está.

– Nunca pensou em parar de matar e ter uma vida normal? – Fancy, a pessoa da minha imaginação, suspirou. Como se aquilo fosse bom.

– O que? Ta dizendo pra mim mudar?

– Exatamente! – ela exclamou feliz. – Já pensou em se apaixonar, casar, ter filhos...

– Cala boca! – uma parte de mim poderia achar tudo aquilo fantástico, mas, a outra parte preferia... Matar. – NUNCA! Essa é a minha vida! Ela é perfeita pra mim do meu jeito!

– Mas... Pense bem... Eu...

– Fancy ou seja lá o que você é... EU QUERO MINHA VIDA COMO ESTÁ! – surtei mesmo e ataquei um dos copos que estava na mesinha de centro nela.

Ela sumiu e o copo foi parar na parede, quebrando em pedacinhos. Pensei no fato como eu estava enlouquecendo a cada vez mais. Eu estava delirando, tendo alucinações e tantas outras coisas. Dei um grito assim que ouvi meu celular tocar. O procurei rápido, eu estava surtando ali.

– Alo? – eu disse arfando.

– Susan? – oh, não! Era Justin, pra terminar de estragar meu dia.

Olhei ao relógio e vi que era meia noite quarenta.

– Porque ta ligando essa hora? – perguntei ainda arfando. Minha voz parecia cansada. Desse jeito ele ia achar que eu estava fazendo outras coisas.

– Eu queria conversar.

– Conversar sobre o que? – gritei.

– Sobre hoje?

– Ah, claro... Como se eu quisesse saber da sua festa de casamento com a Mandy Vadia Morgan.

– Festa de casamento? O que? – ele riu.

– Ué, vocês estavam lá se agarrando e...

– Sabe porque eu fiz isso?

– Porque ficou com ela? Ah, não sei... Pra ter mais popularidade?

– Não, pra te fazer ciúmes. – Gelei no momento em que ele disse isso. E me senti idiota por isso. – E acho que funcionou.

– Além de idiota é convencido? Olha, a gente se fala depois, beijos. – desliguei sem esperar que ele respondesse.

Susan, pare com isso e com esse seu frio na barriga que só estraga sua vida. Me matar seria legal. Não, não... Não seria. Ainda tenho contas a qual quero ser paga.


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Notas finais do capítulo

CONTINUOOOOO ? ACHO QUE VOU EXCLUIR )): COMENTEM E ME DIGAM O QE ACHAM ! NHAC