Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOI
DESCULPEM A DEMORA MEUS AMORES, EU FIQUEI REALMENTE SEM IDÉIAS DO QUE ESCREVER,
maaas, aqui está! Um capitulo novinho e bonitinho pra vocês!
Espero que gostem ;)



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Eu ainda tinha tantas coisas pra descobrir nessa vida.

Como por exemplo, quem realmente era Fancy e porque ela aparecia pra mim. Queria descobrir se zumbis, vampiros, lobisomens e até fantasmas, realmente existiam. Mesmo que as pessoas teimavam em dizer que isso era fictício, eu acreditava em monstros. Aliás, eu era um.

Eu queria descobrir se meus sobrinhos eram tão barulhentos como pareciam e se minha irmã vivia realmente feliz. Queria também mais que tudo descobrir se Justin era capaz de me amar mesmo se soubesse do meu lado obscuro, e se ele realmente cumpriria suas promessas.

Então, querendo descobrir tantas coisas ainda, porque eu segurava uma faca na mão, pensando em me matar?

Simples... Eu estava sendo ameaçada e todos que eu amava – mesmo que sejam poucos – estavam correndo risco de morte.

E eu já tinha machucado tanta gente que a única coisa que eu realmente mereço nessa vida, é a morte. Talvez eu queimasse no fogo do inferno eternamente, mas, quem se importa?

Caramba, como eu havia mudado tanto?

Há alguns meses atrás eu estava correndo pela “floresta” atrás de pessoas e matando qualquer um que cruzasse meu caminho. Mas, hoje? O que esta havendo?

Eu jamais me importaria com nada. Eu sou a garota fria, que matou os próprios pais e jura não sentir nada. Ou melhor, que nunca havia sentido nada. Então, porque por esses dias eu me sinto tão culpada por tudo que esta acontecendo? Pelo que eu me lembre, não era pra nenhuma ameaça me assustar. Não era nem pra haver ameaças.

Era eu que ameaçava os outros. Eu. Ninguém jamais seria capaz de me deixar com medo. Nunca.

Eu matava, roubava, ria da desgraça dos outros, matava aula, nunca chorava... Eu me divertia vendo sangue. Mas, agora parece que nada disso estava igual. Digo, há quanto tempo eu não... Matava alguém? A coisa que eu mais fazia ultimamente era chorar. Apenas.

Segurei a faca com mais força em minhas mãos e apontei pro meu peito. Respirei fundo, pensando e como poderia ser a morte. Bom, acho que morrer não deve ser pior do que agüentar tudo isso aqui. Sempre pensei em morte como um favor para as minhas vitimas. Então, eu vou ser uma vitima de mim mesma, e vou pensar que morrer pode ser algo bom pra mim.

Que assim seja.

Fechei os olhos.

Adeus mundo.

– Você não vai fazer isso mesmo, certo? – ouvi uma voz levemente preocupada e isso fez com que eu abaixasse a faca.

Me virei e vi Fancy. Estava parada na soleira da porta da cozinha, me olhando de braços cruzados.

– Isso? Me matar? – apontei pra faca e a coisa a minha frente assentiu. – Claro que vou. Por qual razão eu continuaria a viver? – bufei, erguendo os ombros.

– Você disse que visitaria sua irmã em breve. Não acha melhor ver o que ela tem a dizer primeiro? – Fancy deu alguns passos até mim. – Aliás, nunca achei que você fosse do tipo de pessoa que desistisse. Nunca achei que poderia ser derrubada por conta de alguns bilhetinhos. – ela riu ironicamente.

– Não estou sendo derrubada. Apenas vou fazer o melhor para todos. – dei um sorrisinho falso.

– O melhor? – ela gargalhou. – Achei que você fosse forte Susan. Mas, acho que me enganei. Achei realmente que você fosse melhor que isso. – ela suspirou, descruzando os braços.

– Eu apenas... – tentei falar algo para me explicar e ela ergueu a mão, me impedindo.

– Eu acreditava em você Susan. Fico realmente feliz que tenha mudado o seu jeito... Não mate mais e parece começar a levar uma vida mais normal... Mas, sinto falta da velha Susan. Daquela que não deixaria um desconhecido acabar com ela dessa forma. – a menina do rosto pálido e olhos cinza, sorriu tristemente pra mim.

Eu suspirei.

Virei-me para fitar a faca mais uma vez em minhas mãos.

Quando virei para responder a Fancy, ela havia sumido. Como sempre. Ela sempre sumia.

– Porra! – resmunguei enquanto jogava a faca dentro da pia.

Passei as mãos pelo cabelo e dei um soco na geladeira.

Resolvi pensar no assunto mais tarde e ir pra escola.

Peguei minha mochila e senti uma tontura repentina que logo passou quando ouvi a campainha tocar.

Abri a porta rapidamente e me deparei com uma pequena cestinha ali. Peguei-a e logo percebi que tinha alguns biscoitos e um papelzinho no meio, um bilhete. Franzi a testa, enquanto desdobrava o papel. Suspirei, lendo o que estava escrito. Pra falar a verdade estou bem cansada dessas piadinhas.

"Esta errada querida. Esta totalmente errada se acha que o que você merece é a morte. Você merece coisa pior. Você merece sofrer aqui em terra, merece pagar pelos pegados aqui mesmo. Tem que ser torturada até a morte, do mesmo modo que faz com suas vitimas. Não ama torturar os outros? Vamos ver se você também gosta de ser torturada. Ah, espero que goste dos biscoitos!"

– Que porra é essa? Ah... Que se foda! – bufei, jogando a cestinha e tudo no chão e saindo de vez para ir à escola.

Eu sou forte.

E não é um desconhecido que vai me deixar abalada. Não é ninguém que vai passar por cima de mim.


[...]

Coloquei alguns livros no meu armário e peguei os da próxima aula.

Já estávamos na terceira aula e tudo que eu mais queria era ficar na minha cama, dormindo, isolada do mundo.

Suspirei. O que está acontecendo comigo?

Senti uma mão em meu ombro e rapidamente dei um pulo de susto. Eu estava ficando paranóica, tudo me assustava ultimamente. Eu sempre achava que era alguém suspeito a ser o meu ameaçador.

Mas, quando me virei, era apenas Justin. Sorri em alivio. Ele me encarava sério, e eu ergui os ombros.

– Porque está me evitando, Susie? – ele perguntou, erguendo as sobrancelhas.

– Não estou te evitando. – dei de ombros enquanto ria pelo nariz.

Ele me olhou na duvida.

Ok, eu estava o evitando sim. Mas, era por motivos concretos. Eu não tinha coragem de terminar com ele. Eu até tinha, mas, não queria. Ele era a única pessoa que eu tinha no mundo e eu... Acho que não sobreviveria sem ele. Justin é tão bom, tão maravilhoso... E eu sei que estou o colocando em perigo, mas, eu mato por ele, eu morro por ele.

Mas, acho que eu deveria me afastar os poucos.

Eu me apeguei demais a ele, e bom... Isso não é nada bom. Para ambos. Se apegar a alguém nunca é bom. Nunca traz benefícios.

– Você me ignorou a manhã inteira. Vi você conversando com Mandy! Mandy! Desde quando são amigas? – ele parecia um pouco irritado. – Porque me ignorou? Eu falei contigo e fingiu nem me conhecer. – ele bufou, irritado.

– Justin, eu... –

– O que ta acontecendo, Susan? Hein? Você ta agindo estranho. – ele franziu a testa, esperando minha resposta.

Bom, meu querido Justin, eu estou sendo ameaçada constantemente e tenho que te deixar, mas, não consigo. Ah, o porquê das ameaças? Eu só matei algumas pessoas. Pff! Eu não podia dizer nada disso. E claro que não ia dizer.

Eu tinha que distraí-lo de alguma forma. Isso.

Apenas... Distrair.

Justin tinha que acreditar que estava tudo bem. E a idéia de mentir pra ele, fez minha cabeça dar reviravoltas e eu fiquei zonza. Mas, apenas respirei fundo e dei um dos meus melhores sorrisos. Tudo bem que nosso namoro poderia ser complicado com tantos segredos, mas... Eu apenas quero protegê-lo. E às vezes temos que omitir algumas coisas se quiser proteger quem amamos.

– Não está acontecendo nada. É só impressão sua. Eu juro. – sorri mais ainda enquanto passava as costas da mão rapidamente pelo seu rosto.

Justin me olhou estranhamente.

– Faz uma semana e meia que não fala comigo. – ele segurou minha mão.

– Estou falando com você agora. – ri pelo nariz enquanto puxava minha mão de volta.

– Mas, eu estou com saudades. – ele fez bico e me deu um selinho demorado.

Ele ia intensificar o beijo, mas, eu me afastei.

Me senti sendo observada por um minuto. Parece que eu estava sempre sendo observada.

Justin ficou um pouco confuso e talvez decepcionado.

– Venha. – eu ri, o puxando pela mão.

O puxei até a porta do banheiro feminino. Certifiquei de que não havia ninguém ali. Os corredores estavam quase vazios, e o banheiro estava... Isolado.

Dei uma risada, não acreditando realmente no que estava fazendo, e em seguida puxei Justin pra dentro.

– O que nós... –

– Shhhh... – eu sorri maliciosamente, enquanto o empurrava pra dentro de uma das cabines do banheiro e fechava a porta.

– Achei que você fosse um pouco mais... Ingênua. – Justin riu, enquanto me prensava na parede da cabine.

– Ninguém é. – ri, enquanto puxava seu rosto para mais perto.

Vi Justin dar um sorrisinho travesso.

Ingênua? Eu? Jamais. Acabei rindo dos meus pensamentos pervertidos.

Selei nossos lábios e senti a língua de Justin passar preguiçosamente pelos meus lábios, dando inicio a um beijo urgente e intenso.

As mãos de Justin passeavam pelo meu corpo. Ele apertou minha bunda, o que me fez arfar em meio ao beijo. Eu tirei sua camisa, rapidamente, e joguei-a no chão. Partimos o beijo para pegar ar. Fitei aqueles olhos castanhos e tão intensos de Justin e o sorriso gigantesco no rosto. Abaixei meus olhos para o seu abdômen definido, e não consigo conter um sorriso safado.

– Também senti saudades, McCann. – suspirei.

Fazia mesmo quase duas semanas que eu o evitava. Era difícil ficar longe.

Senti seus lábios roçarem na pele sensível do meu pescoço, o que fez meus pelos se eriçarem de imediato. Ele deu chupões, seguido de mordidas, que talvez fossem deixar marcas. Com praticidade sua mão entrou na minha blusa, alcançando meu seio. Um gemido saiu dos meus lábios ao senti-lo acariciar meu mamilo. Em seguida, ele tirou minha blusa e a jogou no chão.Eu estava sem sutiãs, então, mordi os lábios um pouco envergonhada, enquanto Justin se aproximava e mordia meu ombro e abaixava para beijar meus seios. Ele mordeu levemente o bico do meu seio esquerdo e passou a língua por ele.

Arranhei suas costas, dando um gemido baixo.

Puxei seu rosto e selei nossos lábios mais uma vez, iniciando outro beijo urgente. Justin massageava meus seios, em meio ao beijo. Suas mãos subiam e desciam pela lateral do meu corpo e acabaram parando na minha cintura. Senti ele desabotoar meus shorts e eles acabaram deslizando pelas minhas pernas.

Já tínhamos feito aquilo, mas... Aquilo estava sendo um pouco... Constrangedor? Digo, estávamos no banheiro feminino, mas parece que Justin não se importava. Ele pressionou seu corpo no meu e eu pude sentir seu membro ereto, e aquilo estava me deixando excitada.

Ele mordiscou e chupou meu lábio inferior. Puxei alguns fios de seu cabelo e mordi os lábios quando senti sua mão deslizar pra dentro da minha calcinha. Gemi sentindo ele estimular meu clitóris.

Justin me beijou novamente, impedindo que eu gemesse enquanto ele me penetrava com dois dedos.

Desabotoei suas calças, deixando o apenas de boxer. Seu membro estava incrivelmente ereto.

Justin me dava selinhos longos, enquanto ainda brincava comigo.

Ouvi a porta do banheiro bater, e aquilo me assustou.

– Tem alguém... – murmurei, fazendo Justin parar.

Apertei seu membro por cima da boxer e tive que tampar sua boca com uma das mãos para ele não gemer.

Eu ri baixinho e fiz um gesto para que ficássemos em silencio quando ouvi alguns passos dentro do banheiro.

Droga.

– Aí! Meu cabelo está um horror! – ouvi uma voz desconhecida e afinada. Uma patricinha pelo visto.

– Você esta preocupada com o cabelo? Eu to preocupada com outra coisa. – outra voz diferente disse e ouvi-a bufar.

– Ah, os bilhetes? Como está indo? Derek está te ajudando mesmo? – a com voz de patricinha deu um risinho.

Meu corpo gelou quando ouvi falar de bilhetes.

– Cale a boca! Alguém pode entrar ai e ouvir! – a menina sussurrava, ou quase isso. – E sim. Está me ajudando. E ele está recebendo bem por isso. – ela disse e ouvi risadas.

Que nojo.

Fitei Justin rapidamente que mordia os lábios e parecia me fitar. Bati no seu braço.

– Ei! –Justin falou alto e eu o olhei, repreendendo-o.

– Ouviu algo? – a menina patricinha disse.

– Não... Não ouvi nada. – a outra garota pareceu despreocupada. Ufa! – Bom, é tudo por uma boa causa. Aquela vadia vai ter o que merece. Acha que pode passar por tudo sem ninguém perceber. Ela se engana. – a garota riu maleficamente.

Eu engoli em seco.

Era ela.

Ela era a minha ameaçadora. Tinha que ser.

Eu queria sair daquela cabine e matá-la agora mesmo. Ela estava praticamente ao meu lado, mas, eu não podia fazer nada. Primeiramente porque eu estava quase nua e ainda excitada, e depois porque Justin estava ali comigo!

O problema era que, eu não reconhecia a voz delas. Eu não tinha as ouvido em lugar algum. Devia ser de outras salas, ou sei lá! As garotas tinham vozes desconhecidas para mim.

– Pra que vingança? – ouvi.

– Você sabe. Ela tirou muito de mim. O que ela fez, não é algo que se perdoa. – ouvi-a suspirar.

Em seguida, tudo ficou em silencio.

Ouvi alguns passos e a porta bater mais uma vez.

Suspirei pesadamente.

Eu quase chorei ali. Quase.

A pessoa que estava me ameaçando era uma vadia que se acha superior? O que eu havia feito pra ela? Céus! Eu devia começar a fazer uma lista de pessoas que eu matei, quem sabe assim eu encontre-a. Ah, meu Deus! Não creio que estive a passos dela e não pude fazer nada.

Eu não a conhecia.

Ou conhecia e não me lembrava. Com certeza. Vai ver eu matei algum parente ou namorado dela e está querendo se vingar.

Ou fiz algo pior.

O que de pior eu fiz nessa vida? Não me lembro de perseguir alguém em especial.

Bom, teve umas três ou cinco pessoas que eu persegui. Mas, eu acho que matei todas. Depois de matar os entes queridos, claro. Ou me esqueci de alguém?

– Elas já foram. Acho que podemos terminar. – Justin me despertou e se aproximou para me beijar novamente.

– Não... – suspirei. – O clima acabou. – revirei os olhos, enquanto pegava minha blusa no chão.

– Acabou? Como assim? – Justin parecia despontado. – Não pode me deixar assim... Vamos, Susie. – ele me puxou pela cintura.

– Use as mãos. – sorri sínica.

Justin me olhou como se não acreditasse no que eu estava dizendo.

Apenas ri.

Eu não ia terminar aquilo. Até porque, acho que o banheiro da escola não é lá muito agradável para transar.

– Eu... Posso te ajudar. Hm? – eu ri mais uma vez.

Justin sorriu maliciosamente.

Tinha que fazer apenas algo rápido.

Abaixei sua boxer a admirei por dois segundos o tamanho do seu membro.

Me ajoelhei a sua frente e logo abocanhei seu amiguinho.

Pelo menos aquilo me fazia esquecer os problemas.

Bom, se a pessoa que me ameaçava era uma provável patricinha vadia, será que eu devia ficar com medo?


[...]

Entrei na tal sala de radio da escola e encontrei Mandy sentada em frente ao painel, com um fone de ouvido em mãos.

Suspirei e me sentei ao seu lado.

– Hey, Susie. – ela sorriu fraco.

– E aí, Man. – joguei minha mochila no chão.

– Matou aula hoje é? Não te vi na quarta nem na quinta aula. – ela me fitou, largando o fone de ouvido por cima do painel.

–Ah, eu e Justin estávamos... Conversando. – acabei rindo.

– Conversando, hm? – ela riu.

Acabei rindo com ela.

Eu ainda não entendi como eu e Mandy acabamos nos dando bem dessa forma.

Digo, há dias atrás ela estava me ameaçando e me batendo... Mas, hoje... Estava até me ajudando.

– Achou algo sobre a pessoa dos bilhetes? – ela arqueou uma sobrancelha.

– Algumas coisas. Ouvi algumas coisas enquanto estava no banheiro. – dei de ombros. – Mas, te conto depois. Não acho tão seguro aqui. – suspirei.

– Tudo bem. Quer ir na minha casa mais tarde? – ela sorriu amigavelmente.

Eu franzi a testa e a fitei por um tempo.

Era mesmo real tudo isso? Digo, porque Mandy ficaria minha amiga de uma hora pra outra? Minha vida sempre foi fora dos padrões, mas agora... Estava parecendo pior ainda. Eu nunca consegui confiar nas pessoas. Sempre achei que estivessem escondendo algo por trás ou algo assim. Sempre achei as pessoas perigosas, que um dia fingi ser seu amigo, mas, enquanto sorri pra você, esta segurando uma faca atrás das costas apenas esperando o momento certo pra te apunhalar pelas costas.

Não posso dizer nada. Eu já apunhalei muitas pessoas. Mas, a maioria delas era desconhecidas. Ou pessoas que eu julgava serem más.

– Então?

Voltei a fitar Mandy.

– Porque está do meu lado agora? Digo... Pra que me ajudar e tudo mais? – perguntei, arqueando uma das sobrancelhas.

Ela demorou alguns minutos para responder.

– Acho que somos bem parecidas, Susan.

– Como? Você mata pessoas também? – eu disse e acabei rindo.

– Não, mas, eu já pensei em matar algumas. Minha vida nunca foi mil maravilhas. Meus pais estão sempre me cobrando, as pessoas estão sempre fazendo piadinhas sobre mim. Todos estão sempre me julgando, e chega a ser muita pressão em cima de mim. Minha vida é tão monótona... E a sua vida Susan... É cheia de aventura. – ela deu de ombros, enquanto sorria fracamente.

– Aventura? Minha vida é um pecado. Eu machuco pessoas boas. – franzi a testa.

Um pouco desentendida com aquela conversa.

– Pode até ser um pecado, mas, você é independente e forte. Não tem ninguém pra mandar em você. Sempre faz o que quer, quando quer. Bebe, briga, xinga e não leva desaforo pra casa. Você tem o Justin... E você não sabe, mas, eu queria o Justin por que... Na época não acreditava como ele preferia uma garota ninguém e pobre como você do que eu, alguém popular e rica. – ela riu bobamente, se lembrando daquilo.

– Justin não se importa com status.

– Eu sei. Ele se importa com você. – ela sorriu de um jeito amigável. – E agora, eu também me importo. Não quero uma vida monótona. Quero apenas... Viver aventuras. Explorar o desconhecido. – ela pareceu empolgada por alguns minutos.

Eu apenas sorri.

Era difícil acreditar em tudo isso. Eu não acredito fácil.

Mas, bom, eu também gosto de aventuras. E pra mim, matar é uma aventura. Mesmo sabendo que é errado.

Senti uma tontura repentina e uma náusea.

Acho que Mandy percebeu, pois colocou a mão em meu ombro.

– Susie? Está bem? – ela murmurou.

– É só... É só... Uma tontura. – respirei fundo.

– Desde quando está sentindo isso?

– Há algumas semanas. –dei de ombros, sem importância.

Mandy pareceu pensar naquilo por alguns minutos e insistiu com algumas perguntas e eu assegurei que não fosse nada. Logo ela voltou sua atenção para o painel cheio de botões da radio e avisou que iria anunciar alguns avisos para os alunos. Eu apenas assenti.

Senti meu celular vibrar e o peguei. Era uma mensagem de minha irmã.

“Te espero no fim de semana, irmãzinha. Precisamos mesmo conversar.” – li rapidamente.

“Ok, quero que conheça uma pessoa. Te vejo em breve, querida Molly.” – respondi.

Dei um sorriso.

Eu iria descobrir tudo logo. Sem mais momentos de fraqueza, Susan. Sem pensar mais outra vez em me matar. Eu sou uma vencedora.

Você nasceu para vencer, mas para ser um vencedor você precisa planejar para vencer, se preparar para vencer, e esperar vencer.


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Notas finais do capítulo

Então? Hm? Hm? O que será que vai acontecer com a Susan?
Curtiram o capitulo?? Ao menos um pouquinho? ESPERO QUE SIM.
Me digam o que acharam ta? Sugestoes sao bem vindas. Responderei os reviews.. >< kk
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Amo escrever essa fic, então, comentem pooooor favor!
E que tal uma recomendação? Faz tempo que não recebo uma :c Sempre me inspiram. kk
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Hm..OBRIGADA,PRINCESAS. Beijinhos. s2