Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM PELA DEMORA!!
Espero que esse capitulo recompense um pouco pelo tempo que fiquei sem postar. Ta grandinho até.
É que, gente, eu fiquei totalmente sem ideias. Não sabia o que escrever, mesmo. Ai essa semana que apareceu uma ideiazinha e eu consegui escrever. SAUSHUAS
Espero que gostem tanto quanto eu gostei de escrever kkkkkk
Mesmo assim, não sei se ficou bom :c
NHAC
BOA LEITURA!



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Cheguei à minha casa, batendo a porta com muita força. Fez um grande eco.

Eu estava nervosa, tensa, sem saber o que pensar. Saí da escola sem me importar com o resto da aula ou as faltas que eu teria. Eu não estava com cabeça para aturar professores e alunos chatos e insuportáveis. Eu precisava ficar em casa e pensar. Me distrair com outra coisa, eu não sei.

Eu só conseguia pensar em uma coisa. Só conseguia pensar nas coisas ditas naquele cd, eu me lembrava bem das partes que dava pra entender.

Começou com um chiado ensurdecedor e depois, uma voz áspera e provavelmente editada, ficando irreconhecível. Não se dava para saber quem estava por trás daquele cd, um homem ou uma mulher... Quem seria? Tinha um sotaque estrangeiro e um certo poder nas palavras.

Mas, o que eu ouvi me assustou um pouquinho. Não que eu seja fácil de assustar, mas, bom, alguém sabia sobre mim e estava disposto a acabar com a minha vida.

Peguei o CD, que agora estava brilhando em minhas mãos... O coloquei em um rádio velho, querendo o ouvir de novo. Tentando entender aquela mensagem:

“Olá, Susan. Você esta em uma situação complicada, querida. Vejamos, o que faz você ser assim? É por causa do amor que nunca recebeu? Ou quem sabe inveja das outras pessoas, da sua irmã... O que me diz? Você intimidou, assustou, machucou e matou pessoas, mas, hoje é você quem vai sair com medo, assustada. Seu namoradinho bobo é tão burro, que não é capaz de enxergar o que há por trás de você, certo? Acha que realmente pode ser feliz com ele e esquecer das várias pessoas que matou? Está enganada. Você quer salvar seu namorado? Então, tem que começar a olhar pro teu próprio nariz e perceber o que você anda fazendo, querida. Pessoas boas morrem a todo tempo por sua causa. Já se colocou no lugar das pessoas? Você deixou famílias sofrendo. Desta vez, é você quem sofre. Sabe o seu namorado, Justin, não é? Você o ama, não ama? Você quer o bem pra ele. Mas, ele esta na minha lista. Sim, tem uma lista. Sabe as pessoas que você ama? Justin, sua irmã... Você os colocou em perigo. Não se pode desfazer as mortes, então porque não se entregar querida? Você pode impedir que aconteça algo a eles. Mas, cada ação tem uma conseqüência. Você vai perder todo o pouco que tem. Você machucou muita gente, mas, ainda vai aprender que de uma maneira ou outra, sempre vai voltar pra você. Sofrimento? Você ainda não viu nada. Você escolhe Susan, o que deseja proteger? O seu segredo, ou as pessoas que você ama? A escolha é sua. O jogo começou, é melhor descobrir logo como sair dessa.”

~

Soquei o rádio uma, duas, três vezes.

O que eu devia fazer? O que essa pessoa queria? Estava pretendendo fazer o que com Justin, ou minha irmã?

Me levantei, andando de um lado pelo outro no meu pequeno apartamento. Eu queria entender, de verdade. Como eu poderia parar com aquilo? A voz áspera e os ruídos ainda rodeavam na minha mente, me deixando completamente atordoada. Eu senti vontade de chorar, gritar, berrar... Eu queria morrer. Não sabia o que fazer. Queria o que? Que eu me entregasse a policia? Eu não podia aparecer em uma delegacia falando que o assassino que eles procuravam era eu, uma garota adolescente de 17 anos.

Parecia que eu estava em um daqueles filmes de terror louco. Eu simplesmente não acreditava nisso. Não sabia como me sentir. Eu seria quem? A mocinha ou a vilã?

Fui até a geladeira e peguei uma garrafa de whisky. Eu não via outra opção, a não ser beber e me matar com pensamentos absurdos.

Eu havia tentado mudar, de verdade. Pelo Justin. Por nós. Mas, eu não consigo. Simplesmente não era da minha natureza, não tem como ser diferente disso. Quem sabe, se eu mantivesse distancia de Justin... Quem sabe assim essa pessoa parasse com as ameaças. E se eu negasse? Dissesse que não o amava e estava apenas brincando com ele? Uma mentira louca.

Eu tinha que descobrir quem era essa pessoa e matá-la. Exato.

Mas, quem seria?

Poderia ser qualquer pessoa.

Que tal Mandy? Será que ela seria capaz de tramar uma coisa dessas? Ela era uma vadia louca e burra. Mas, não sei do que ela seria capaz.

Eu ia interrogá-la. Ia torturá-la, até que ela contasse tudo.

Aliás, poderia ser ela. Estava sendo amigável demais nesses dias, com conversas e risadas. Concordando comigo em alguma coisa e esbarrando comigo em festas e sendo feliz e alegre. Estava em paz demais. Tinha que ser ela.

Não pensei duas vezes, virei a garrafa de whisky, peguei uma bolsa com coisas, chaves do carro e saí do apartamento.

Eu tinha que ter uma conversinha longa com ela.


[...]

Arrastei Mandy pelos cabelos, pra dentro de uma casa velha e abandonada que ficava em uma avenida um pouco afastada da cidade. Eu já tinha ido ali uma vez ou duas, há um ano, a fim de... Torturar alguém. Então, me lembrei desse lugar. Ninguém incomodaria, parecia um bom lugar para ter esse tipo de conversa com aquela vadia falsa.

Mandy estava desacordada, após eu ter batido na cabeça dela com uma garrafa de vidro.

A amarrei em uma cadeira velha, no meio da sala pouco iluminada pelos raios de sol que entravam pelas janelas quebradas.

Minha bolsa estava jogada no chão, aberta, cheia de brinquedinhos de tortura. Ela sabia de algo. Eu sentia. Ou era apenas algo do meu ser querendo descontar toda minha raiva e medo, nela. Querendo sair disso de alguma maneira.

Peguei a garrafa de whisky quase vazia e joguei um pouco na cara de Mandy, com a intenção de acordá-la.

Demorou um pouco, alguns dez minutos, até que ela gemesse, talvez com dor, por seus pulsos estarem amarrados com força e eu ter batido em sua cabeça. Ela piscou diversas vezes, tentando enxergar talvez, e depois, quando sua visão se afirmou, ela me olhou confusa.

– Susan? Onde... Onde estou? – ela tentou se mexer e olhou aos lados, com medo.

Seu rosto estava pálido e ela me olhou quase implorando para soltá-la.

– Oi, amiguinha. – sorri com falsidade. – Eu deveria ter adivinhado porque você estava sendo tão legal ultimamente comigo. – suspirei, fingindo de indignada, enquanto me abaixava para pegar uma faca amolada da minha bolsa.

– Do... Do... Do que esta dizendo? – ela gaguejava.

Dei alguns passos, sorrindo sarcástica até ela.

Ela tentou recuar, esticando seu pescoço pra trás. Que garota tola.

Eu ri friamente, enquanto encostava a faca em seu pescoço, deslizava e roçava a mesma na região, fazendo sangue escorrer do seu pescoço ao ombro. Ela respirava pesadamente, nervosa, aflita demais.

– Estava apenas tramando coisas pelas minhas costas. – disse enquanto afastava a faca e olhava o sangue na mesma.

– Susan, por favor... Eu só estava... Estava tentando ser... Ser legal com você. – ela choramingou, derramando algumas lagrimas.

Me curvei, apoiando em um dos braços da cadeira. Apontei a faca em seu rosto e olhei nos seus olhos, que estavam assustados e arregalados de medo.

– Esta mentindo. – disse fria. – Mandou alguém escrever aquelas cartas, gravar a mensagem no CD? Esta pensando o que? Pretende fazer algo com minha irmã ou Justin? – disparei, e percebi que minha voz havia saído um pouco nervosa.

Aquilo me pareceu estranho.

Eu não ficava nervosa. Não nesses momentos.

– Eu não tenho nada a ver com isso... Por favor... Acredite em mim. – sua voz saiu tremula.

Olhei pro seu rosto por alguns minutos, pensando naquilo. Eu não conseguia... Não podia acreditar.

Eu tinha que proteger meu segredo, e ao mesmo tempo, tinha que proteger eles. Justin.

Eu suspirei algumas vezes e briguei comigo mesma, quando estava quase aceitando que Mandy falava a verdade. Mas, desde que entrei naquela escola, ela só queria me ver mal. Ela só me intimidava, me batia, me xingava, me esnobava e humilhava. Por que, em alguma vez, ela tentaria ser legal? E bom, ela sabia do meu segredo. Ela podia usar isso contra mim.

– MENTIROSA! – berrei, enquanto apunhalava a faca e enfiava com tudo na coxa descoberta de Mandy, aliás, ela usava um short. A garota deu um berro tão alto, que ecoou na casa inteira. Meus ouvidos chegaram a doer.

– Susan... – sua voz saiu rouca e seus olhos transbordavam em lágrimas.

Eu levantei a cabeça e fiquei a sua frente, cruzando os braços.

– Você sempre me odiou e me humilhou desde o dia que eu mudei praquela escola. Você sempre quis o meu mal, me chamando de todos os nomes horríveis que existir na terra... Porque eu acreditaria em você? Porque eu acreditaria que você estaria ficando realmente legal comigo? Você sempre arrumava um jeito pra me derrubar. – a olhei com frieza.

Escorria sangue por sua coxa, da fresta que a faca havia feito na mesma. Parece que havia sido um pouco – ou muito - fundo.

Ela suspirava pesadamente e piscava diversas vezes, tentando não olhar pra faca cravada na sua perna.

– Eu... Eu... Eu nunca gostei de você, ok. E se quiser, não precisa acreditar. Mas, eu não seria capaz de dizer nada daquilo. Eu já disse que o CD apareceu lá, eu não faço idéia de quem o deixou. – sua voz estava um pouco fraca e ela tentou fixar o olhar em mim. – Eu não seria capaz de fazer mal a sua irmã e muito menos ao Justin. E eu... Eu não sou tão má. Não como você, não como a pessoa dos bilhetes. Você viu como a voz da pessoa tinha um sotaque diferente. Eu não consigo falar daquele modo. Eu... Eu realmente estava querendo me aproximar de você Susan, mas, pela primeira vez, o que eu achei super estranho, é que eu estava me aproximando para o bem. Por que eu queria ter uma amiga de verdade. Você não faz idéia de como é minha vida. – ela derramava lagrimas enquanto falava cada palavra. Ela começou a soluçar alto.

Eu fiquei pensando em tudo aquilo.

Ainda não sabia se podia acreditar. Eu sempre tinha medo de ser enganada. Eu nunca sabia quando pessoas falavam a verdade, eu desconfiava de tudo. De cada coisa que me falavam.

Observei Mandy soluçar mais alto ainda, enquanto suas mãos tremiam e seguravam o cabo da faca, para tentar tirá-la da sua perna.

– Você pode ter pagado para alguém. Você com certeza está metida nisso de algum modo. Trabalhando com alguém. – eu disse, ainda fria, enquanto ela continha sua atenção na faca, tentando tirá-la. Dei um tapa forte no seu rosto, que a deixou inteiramente vermelha e com raiva. – OLHE PRA MIM VADIA! – berrei

– PORRA! EU JÁ DISSE TUDO. EU NÃO TENHO NADA A VER COM ISSO, SUA PSICOPATA! – ela berrou tão alto quanto eu. Com a voz ainda rouca e falha, mas, berrou. Ela respirou fundo antes de continuar a falar. – Você é louca Susan, completamente louca. E eu dou razão à pessoa que esta te ameaçando desse modo. Você não tem remorso? Não faço idéia de como tem coragem de tirar vida de tanta gente. Você precisa se tratar, precisa ir ao hospício. Você é DOENTE! Eu não tenho medo de você... Tenho nojo! NOJO! – ela disse com os olhos fulminando. O rosto ainda úmido, mas, ela borbulhava em ódio.

Dessa vez, eu não dei um tapa na sua cara, dei um soco. Um soco que deixaria seu rosto roxo.

Dei um berro de ódio e me joguei no chão, sentando e enfiando meu rosto entre as mãos.

Eu estava com raiva, fazendo tudo por impulso. Mandy sangrava na minha frente e dava gemidos de dor tentando tirar a faca presa em sua coxa, e eu... Eu não ligava. De jeito algum.

Deixei algumas lágrimas caírem pelo meu rosto, e as limpei rapidamente. Ouvi o barulho da faca, provavelmente, caindo no chão. Mandy deu mais um grito de dor. A fitei, ela colocava a mão no ferimento, tentando impedir que mais sangue saísse. Se ela perdesse muito sangue... Poderia acabar morrendo.

– Vai me socar ou me esfaquear mais alguma vez? Pode mandar. Nada nessa vida me importa mais mesmo. – ela deu um sorriso fraco pra mim.

– Não. – suspirei. – Jura, mesmo, que você não tem nada a ver com os bilhetes e o CD? – arqueei uma das sobrancelhas.

– Juro. Mesmo. Susan, eu não tenho nem idéia de quem seja. Eu não sei muita coisa sobre sua vida... Nem sabia direito que tinha uma irmã. – ela ergueu os ombros.

Eu tentei dar um meio sorriso e realmente acreditar naquilo.

Meu interior estava me matando.

Puxei minha mochila e peguei de lá uma camiseta minha velha. Rasguei um pedaço e entreguei a Mandy.

– É melhor enfaixar seu ferimento. – eu disse, enquanto tirava as cordas que amarravam seus braços na cadeira, deixando apenas seus pés amarrados.

Ela assentiu a mim, enquanto pegava o pano e amarrava com uma cara de dor.

– Desculpa, por isso. Por te machucar. – murmurei. Eu nunca pedia desculpas a ninguém. O que esta acontecendo comigo?

– Eu posso te entregar a policia, sabia? – ela me olhou seria.

Estremeci.

– Mas, não vai. – sugeri.

– Não. Não vou. Isso não vai mudar muito na minha vida. – ela deu de ombros.

Seu pescoço já havia parado de sangrar, aliás, eu nem tinha feito um corte tão profundo.

– Obrigada. – sorri em agradecimento.

– Você não deveria descontar toda sua raiva e medo em alguém, sabia? – ela franziu a testa.

Mandy estava sendo terrivelmente diferente e compreensível. Isso, realmente me dava medo.

Ainda acho que seria melhor matá-la.

– Sabe, eu tentei ser diferente. Tentei parar com isso, esse negocio macabro... Tentei achar outras coisas pra me distrair. Sabe, mais pelo Justin. É horrível admitir que eu goste dele. – suspirei, fitando o chão, enquanto falava, sem saber se ela me escutaria. – Eu realmente tentei ser do jeito que eles queriam que eu fosse, o jeito certo, correto, que não tem conseqüências nem erros. Tentei mudar. Tentei ser boa, o melhor e diferente disso. Mas, acho que não foi possível. Eu não posso mudar. – voltei a fitar Mandy, que me olhava de um jeito amigável, vamos dizer assim.

– Mudar é inevitável, Susan. Deixar para trás o velho, encontrar o novo. Percorrer novos caminhos. – ela tentou sorrir a mim. – A questão é... Você quer isso? Quer mudar? Se você quiser, tudo acontece. – ela deu de ombros mais uma vez.

Fiquei pensando naquilo.

Eu quero mudar? É isso que eu quero? É realmente isso? Deixar essa vida macabra pra trás, tentar esquecer-se dos corpos mutilados, das vidas tiradas por minhas mãos... É isso que quero? Viver em harmonia, deixar o passado para trás e nunca mais relembrar que um dia eu fui responsável pela morte dos meus pais e até do meu “sogro”.

Será que era possível? Mudar tanto assim... Eu não sei se quero isso.

– Porque está sendo amigável comigo? – dei uma risada curta e ela riu comigo.

– Acha que minha vida é um mar de rosas? Eu só quero paz, Susan. Acho que não vale nada ficar criando inimigos, já tenho tantos. – ela riu sem graça. Eu ainda não tinha total confiança nela, mas, acho que podia tentar. – Agora, será que pode terminar de me desamarrar aqui? Estou dolorida e sangrando. – ela tentou rir humorada, mas, não deu tão certo.

Eu assenti, tentando acompanhar sua risada fraca.

[...]

Depois de levar Mandy ao médico e contarmos uma mentira dizendo sobre acidentes domésticos... Eu voltei pro meu apartamento.

Agora estava deitada pelo sofá com uma garrafa de bebida alcoólica na mão, enquanto assistia um seriado de zumbis na TV. Eu ria com essas coisas de zumbi.

Ouvi a campainha tocar e bufei de raiva. Ah, que preguiça de atender!

Tratei de ignorar, mas, logo voltou a tocar mais uma, duas, três, cinco vezes... E eu tive que levantar e ir atender essa porra.

Eu tava tão cansada.

Abri a porta e fui surpreendida com um abraço tão apertado, que meus olhos se esbugalharam.

–Susie! Me preocupou demais, anjo! – é, era o Justin.

Me afastei dele e tentei dar um sorriso.

– Preocupado comigo, que coisa fofa. – apertei uma de suas bochechas.

– Lógico! Você sumiu da escola e não atendia o celular. – ele fez bico.

– Eu só... Fiquei um pouco mal. Tontura e dores de cabeça. – menti.

– E minha pequena melhorou? – ele sorriu, me puxando pela cintura.

– Acho que preciso de alguns cuidados do Dr. McCann. – mordi os lábios, rindo.

Justin riu junto e logo selou nossos lábios.

Sua língua pediu passagem logo, e eu cedi, enquanto sentia sua mão descer até minha bunda e a apertar, me fazendo rir fraco.

Ah, aqueles lábios deliciosos com gosto de bala de menta! Meu Deus! Esse menino me deixa louca!

– Dor de cabeça e tava tomando vodca? – Justin separou nossos lábios, murmurando.

– Ah, não. Doutor, não me de um sermão. – fiz uma voz chorosa.

– Quantas vezes vou ter que dizer que princesas não podem ficar se embebedando? – ele deslizou uma das para dentro da minha blusa e fez algumas cócegas pela minha barriga me fazendo rir.

– Não sou princesa! – me contorci de rir e acabei caindo no chão.

Justin riu da cena e eu também. Ele era um bobo, me fazia rir a qualquer custo. E eu... Eu amava esse seu jeitinho.

Automaticamente, comecei a lembrar da mensagem do CD.

Você escolhe Susan, o que deseja proteger? O seu segredo, ou as pessoas que você ama?”

Por mais que o amasse, acho que teríamos de nos afastar. Eu não queria que ele se machucasse por coisas que eu fiz.

– Justin, tenho... Tenho que te dizer algo. – suspirei, me levantando.

– Diga.

– Acho... Acho que temos... Temos... –

– Temos?

Quando eu abri a boca para completar minha fala, uma náusea me invadiu e eu só tive tempo de ir pro banheiro.

Me abaixei em frente ao vaso e vomitei. O gosto horrível invadiu minha boca e senti uma mão puxando meu braço para me levantar. Eu apenas tinha bebido hoje... Eu sempre bebia e não tinha náuseas.

– Ta bem? – Justin me abraçou.

– Foi... Foi só... –

– Eu digo pra você não beber tanto. – Justin riu, enquanto me afastava um pouco e beijava minha testa.

Fiquei preocupada com aquilo, mas, sorri. E acabou, que eu não disse o que tinha que falar. Não tive coragem, ele era tão fofo e preocupado comigo.

Mas, eu ainda falaria a ele. Estava decidida.

Era o melhor. Afastar. Mesmo que doesse.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Espero que tenham gostado e que não tenham me abandonado :C
Continuo? Sugestoes? Duvidas? Comentarios? Recomendaçoes? Hm?
Parei kkkk
Obrigada por td gente.
u.u
Não esqueçam de comentar!
E FELIZ DIA DO AMIGOOOOOOOO! ♥