Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

OBRIGADO DIVAS PELOS REVIEWS. ADOLEI OKKK ?? U-U lindus. jaisjaijs
Ah, e 'mariflordodia', eu gosto sim de reviews grandes ok? :3
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Capitulo gandiinho e estranho ~euacho~



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Cheguei em casa depois daquela manhã entediante e chata de escola. Joguei minha mochila no sofá e tirei meus tênis os jogando em qualquer lugar.

Fui até a cozinha e enchi um copo de whisky. Me joguei no sofá enquanto ligava a televisão e assistia um programa qualquer que passava ali. Prometi ao Justin que me encontraria com ele em frente ao shopping ou sei lá o que. Mal sabia que tinha um shopping por aqui, eu não costumo sair muito. Só à noite, quando eu quero... Hm... Matar alguém.

Fiquei pensando sobre o bilhete e sobre o meu segredo. E se Justin descobrisse por alguém? Sabe... E se alguém contasse sobre mim? Seria bem pior. Estava considerando mesmo a idéia de eu me abrir a ele e contar sobre o que eu realmente era. Mas, qual é... Não posso simplesmente chegar e dizer - “Oi Justin. Sou uma assassina. Matei meus pais aos 12 anos e quando você me pediu em namoro fiquei tão nervosa que acabei matando seu pai sem querer.” - Que tipo de pessoa diz algo assim? Ah, claro... Só uma psicopata como eu. Ele ia me achar louca. Ou acharia que eu estivesse apenas brincando.

Suspirei, enquanto tomava um longo gole da minha bebida. Que vida fantástica a minha. Sou uma viciada em sangue e whisky. E matei o pai do meu namorado. Que lindo.

– Você escolheu isso, não é? Tem que arcar com as conseqüências. – ouvi a voz sombria e ao mesmo tempo suave de Fancy.

Olhei ao lado e lá estava ela, me fitando com um meio sorriso.

– Sim. Eu escolhi essa vida e estou bem feliz com ela. – voltei meu olhar pra televisão.

– Não precisa mentir pra mim, Susan. – sua risada um tanto maléfica ecoou pela sala. Me fazendo fitá-la. – Não é feliz como tenta demonstrar. Não é feliz com isso. – ela era calma e ao mesmo tempo irritante. Não sabia como uma fantasia podia mostrar saber tanto sobre mim.

– Você... Você não existe. Não sabe coisa alguma sobre mim. – suspirei, tentando convencer a mim mesma de que ela não era real.

Tomei um gole da minha bebida novamente. Tentando ficar calma.

– Tem certeza? Tem certeza de que eu não existo? De que não sou real? – riu, enquanto arqueava as sobrancelhas. Me deixando cheia de duvidas.

– Absoluta. – dei um meio sorriso.

A sala ficou em silencio, e foi apenas quebrado pelas risadas fantasmagóricas que Fancy soltava.

– Você está com medo. Posso ver em seus olhos. – disse quando parou de rir.

– Não. Eu não tenho medo. – disse firme, enquanto colocava o meu copo já vazio por cima da mesinha de centro.

– Quantas vezes já se pegou pensando em deixar essa vida ensangüentada e... Ter uma família? – ela tocou meu ombro. A fitei por um instante, vendo-a balançar a cabeça com um sorrisinho sínico.

Fancy tinha uma pele tão pálida, que às vezes eu chegava a pensar que ela era transparente. E ela... Parecia ser tão real, que me dava medo.

– Nunca pensei sobre isso. – semi serrei os olhos.

– Está mentindo. Já pensou em fazer as pazes com a sua irmã, Molly, e ir morar com ela e sua família. Sabe disso. – continuava sorrindo.

– Olha... Se o seu objetivo era me irritar, saiba que conseguiu. – me levantei do sofá em um pulo, pegando o copo sobre a mesinha e calçando meus tênis.

Senti sua mão posar sobre meu ombro. Me virei no mesmo instante.

– Susan... Querida... Por favor... –

– Já chega! – gritei, atacando o copo nela. O mesmo, a atravessou e passou longe, batendo no sofá e caindo no chão, se formando em pedaços.

Fancy, desapareceu. E eu, rapidamente peguei uma bolsa cinza e qualquer, coloquei uma faca, ou mais de uma, canivetes, e tudo quanto é tipo de coisa... Meu celular, um pouco de dinheiro e saí do meu apartamento.


(...)

Depois de algum tempo caminhando, parei em frente ao shopping, esperando pelo Justin.

Via pessoas entrarem e saírem do shopping... E eu ali, sozinha. Todos sorrindo, comprando presentes, casais abraçados, famílias completas... Me fez pensar em como eu era sozinha. Uma parte minha não se importava com isso, gostava de ser assim, já outra parte... Queria sim a família de volta. Não a mesma. Não os mesmos pais que a maltratavam, só queria ter pais bons, assim como Justin tinha.

– Demorei muito? – Justin chegou, me abraçando pela cintura e sorrindo a mim.

– Ah, não... – ri, enquanto caminhávamos lado a lado para dentro do shopping.

– O que quer fazer hoje? Temos a tarde toda. – beijou minha bochecha.

– Hm... Não almocei hoje... Quer ir ao Burger King, Mc donalds ou algo do tipo? – o fitei, sorrindo.

– Porque não vamos a um restaurante?

– Ah, não... Isso é muito chique pra mim. – girei os olhos.

– E daí? Vamos ter um encontro de verdade.

– Não estou com roupa apropriada, Jus. – ri

– Claro que ta. – bufou e eu ri pelo nariz.

Dei de ombros, dizendo um “tudo bem”. Andamos pelo shopping e logo entramos em um restaurante que tinha ali que eu nem ao menos havia visto o nome. Eu não o conheceria de qualquer jeito, aliás, não ligo muito pra restaurantes. Como só bobagens.

Sentamos em uma mesa para dois [obviamente]. Sorriu a mim e eu sorri de volta. Pegamos os cardápios e fiquei olhando aqueles nomes de comidas esquisitas e chiques. Realmente? Não conhecia nenhuma daquelas. Não pelo nome.

– Olha... Tem certeza que não podemos ir ao Mc Donalds? – bufei.

– Não. – ele riu, enquanto abaixava o cardápio. – Você ta linda. – piscou a mim, o que me fez bufar.

– Boa piada, Justin. – lhe dei língua. Ele riu.

– O que vai querer?

– Eu não sei... Nunca vi esses nomes de comida na minha vida. – apontei pro cardápio, Justin sorriu debochado a mim. – É sério. Aliás, o que é esse... Carpaccio? – perguntei, pronunciando o nome com dificuldade.

– Ah... Hm... Sei lá, acho que é um negocio de peixe cru fatiado. – ele deu de ombros.

– Eca! – praticamente gritei. Enquanto ele ria de mim. – Não podemos pedir apenas uma pizza? – sorri de lado, tentando convencê-lo.

– Tudo bem. – disse enquanto colocava o cardápio sobre a mesa.

Ele fez um gesto, chamando a garçonete. Pediu uma pizza e a moça anotou os pedidos.

– O que vão querer beber? – ela perguntou antes de se retirar.

– Ahn... Eu quero uma... –

– Duas cocas-cola. – Justin sorriu debochado, me fitando pelo canto do olho.

Apenas bufei. A moça logo se retirou dali. Nos deixando a sós.

– Eu ia pedir ao menos uma... Cerveja ou sei lá. – resmunguei.

– Não. Você não vai beber. – ele riu.

– Porque? Não estou dirigindo nem nada. – dei de ombros.

– Tem que cuidar da sua saúde, Susan. Me preocupo com você. – ele sorriu, enquanto se inclinava para beijar minha testa.

– Não devia. – suspirei. Aliás, eu matei seu pai, ele devia ao menos me querer morta.

Bom. Ele ainda não sabia disso.

– Como estamos namorando... Tenho que te contar uma coisa. – ele me disse. O fitei, e lá estava ele, com um olhar sério.

– Que coisa? – Justin! Também é um assassino? Pensei. E comecei a rir em pensamento.

– Sou claustrofóbico. E tenho muito medo de elevadores. – ele disse. E eu segurei o riso.

– Ah, isso explica por que você sempre vai ao meu apartamento pela escada. – disse pensativa e comecei a rir.

Justin me fuzilou e eu apenas coloquei a mão sobre a boca, tentando abafar minha risada um pouco escandalosa.

– E quando eu tinha 5 anos... Matei meu peixinho. – dessa vez, ele já ria comigo.

– Como?

– Dei muita comida pra ele. Eu acho. – riamos.

Pensei em um instante o como ele era sincero comigo. Me contava coisas bobas... Mas, não escondia nada. Nada mesmo.

– Mandy foi falar comigo hoje. – pigarreou. Quando parou de rir. – Disse que você não era “do bem”. Vê se pode? – fez aspas com os dedos e riu.

O fitei por um momento. Séria. E ele parou de rir, fazendo uma cara de interrogação. Respirei fundo.

Ele nunca escondia exatamente nada de mim. Sei que se precisasse, até as coisas mais idiotas ele me contaria. Os pequenos detalhes, as pequeninas coisas. Mas, e eu? Eu era aquela garota cheia de segredos. Se escondendo por trás de uma mascara.

O silencio se instalara sobre nós.

– Justin... Eu... Eu tenho que te contar uma coisa. – respirei fundo. Eu não podia esconder pra sempre. Certo? Uma hora ele ia saber. Por mim, ou por outra pessoa.

– O que é? Ta tudo bem? – perguntou, enquanto segurava minha mão.

– Na verdade... Eu... Eu não sou quem você acha que sou. – eu disse, o fazendo ficar confuso.

– Como assim?

Droga. Não teria volta. Eu não podia dizer. Não que eu tinha matado seu pai. Como explicaria isso? Ele me mataria. Me deixaria.

– É que... – o fitei. Pensando por um segundo. – Hm... É que... Eu sou mexicana! – comecei a rir. Forçado, mas, ri. – você achava que eu era americana entende... Mas... Na verdade... Sou mexicana... Bom, mais ou menos. Eu tenho origens mexicanas e... Hm... É isso. – ri nervosa, enquanto ele ria junto a mim.

Susan... Que coisa mais idiota. Puta que pariu. Você tem problemas garota. Sua imbecil.

Alguns minutos depois. Depois de um longo silencio, a nossa pizza e nossos refrigerantes chegaram. Sorri a moça e ela me entregou um guardanapo. Fiquei sem entender.

Então, logo via algo escrito nele. Algo como: “Não conte. Ele ainda saberá do pior jeito. É só esperar Susan... E você vai perder a única coisa que você tem. Ele.” – Era uma mensagem grande pra se escrever em um guardanapo. Mas, ok.

– Ta tudo bem? – Justin me perguntou.

– Claro. Está tudo perfeito. – sorri a ele.

Não. Nada está perfeito. Minha vida nunca foi perfeita.


(...)

– Tem certeza que vai ficar bem? – Justin sorria.

Estávamos na porta de meu pequenino apartamento. Estava um pouco nervosa, admito... Bom, minha vida estava louca. Eu via Fancy, via fantasmas de minha mãe... E isso me deixava... Nervosa. Não com medo. Porque Susan Taylor não tem medo.

– Vou sim. Obrigado. – retribui o sorriso. Justin era um bom garoto. Um bom amigo e companheiro. E eu não me perdoaria por fazê-lo sofrer.

– Até amanhã.

– Até amanhã. – ri

Me aproximei um pouco e lhe dei um selinho um tanto demorado.

Me segurou pela cintura e me puxou pra mais perto de si, colando nossos corpos. O seu toque me deixava arrepiada. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e comecei a beijá-lo calmamente, enquanto ele movimentava sua língua rapidamente, esperando que eu aumentasse minha velocidade, mas eu simplesmente soltei um sorrisinho rápido. Caminhamos para dentro do meu apartamento. Fechou a porta atrás de si com um dos pés e me encostou na parede. Apenas ri rápido em meio disso.

Ele passou os beijos para meu pescoço, enquanto eu o arranhava nas costas e começava a puxar a sua camisa. Parti o beijo dando uma mordida fraca no seu lábio inferior, e ele sorriu me dando um selinho. Aprofundou o beijo, o deixando mais intenso e mais uma vez, me vi rindo em meio dele. A mão dele escorregou pra dentro de minha blusa e eu senti um arrepio percorrer todo meu corpo.

Susan, garota... Lembre-se de quem você é. Tentei apenas aproveitar o momento e querer guardar cada toque, que a qualquer momento virariam apenas lembranças. Arfei e levei minha mão livre até sua nuca a acariciando. Lentamente, caminhamos até o sofá, riamos um pouco. Deitou-se por cima de mim. E lá estava eu. Sem reação alguma.

Sua mão acariciou minha coxa, enquanto ele dava pequenas mordidas em meu pescoço. A mão dele foi subindo por minha cintura, e minha blusa ia sendo levada junto, ele separou nossas bocas e foi beijando carinhosamente cada parte descoberta da minha barriga.

– Justin... – falei um pouco baixo.

– Hm? – me fitou. Franzindo a testa.

– Eu... Hm... – sentei-me no sofá. O fitei com um pouco de vergonha. Droga, como assim... Eu? Com vergonha? Medo? Não... Espera, eu não tenho isso.

– Você... – pediu para que eu continuasse a falar.

– É melhor você ir embora. – franzi os lábios e torci para que ele não ficasse... Sei lá, bravo comigo.

Bom... foda-se. Que fique bravo. Meu deus, como minhas opiniões mudam. Droga. Não posso mudar. Não posso.

O silencio se instalou entre nós. Fitei a pequena televisão desligada a minha frente. Levei um susto... Quando vi... O reflexo de Fancy. Olhei pra trás e a vi ali, sorrindo sarcástica. No mesmo momento, dei um pulo no sofá. E tremi. Porque ela aparecerá agora?

– O que foi, Su? – senti Justin acariciar uma de minhas bochechas.

– Ela ta aqui. – sussurrei. – Ela não pode estar aqui quando você ta aqui. Não pode. – continuava a sussurrar, enquanto fitava intacta o reflexo da mesma pela TV.

– O que... ? – Justin parecia desentendido e riu. – Quem ta aqui?

– Ninguém. N-não é nada. – gaguejei.

– Susan... Sei que ficou nervosa... Me desculpa pelo que eu... Pelo que eu tentei fazer, sei lá. – riu e beijou minha bochecha.

– Não... Você não fez nada. – o fitei. – Não é você.

– O que é então? – acariciava minha coxa, enquanto fitava meus olhos. Eu suspirei. – Você ta pálida. Parece que viu um fantasma. – arqueou as sobrancelhas.

– Eu... Ela... Ela não é um fantasma. Pelo menos, eu acho que não. – apertei os olhos. E Justin me olhou confuso. Droga. – Você não acreditaria se eu contasse. – suspirei.

Olhei pra trás, vendo Fancy desaparecer em um vulto. Eu já estava com medo e já começara a pensar que eu estava virando esquizofrênica. Acho que era esse mesmo o nome.

– Justin... Desculpa, mas, acho melhor mesmo você ir embora. – dei um meio sorriso.

– Tudo bem... – disse se levantando em um pulo.

O acompanhei até a porta e pude vê-lo vestir sua camisa. O que me arrancou um sorrisinho bobo e sem sentido.

– Promete que vai ficar bem? – riu, antes de sair pela porta.

– Prometo. – sorri sem humor e lhe dei um selinho.

– Eu te amo. – sorriu.

Apenas ri assentindo. Enquanto praticamente o empurrava pra fora.

Fechei a porta e me encostei nela, enquanto me sentava ali, fitando o nada. Quase chorando. Eu mal sabia o por que. Minha vida era bagunçada e era medonha. Que tipo de pessoa iria querer uma vida igual a minha? Ah, claro... Somente eu mesmo.

Doce vida amarga a minha.

Fitei minha faca praticamente brilhando enquanto estava saindo da bolsa jogada no chão.

Era isso que eu precisava fazer. Esquecer. Mais uma vez, eu precisava... Matar.


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Notas finais do capítulo

Entaooooooo . a fic ta muito horrivel, lindjas? :/ oq tem q melhorar????
Comentem e me deixem HAAAAAAPPY. ok? ahsuahsuah
Obrigado. NHAC mesmo *-*