Nico Di Angelo e a Busca por Caos escrita por Joker_Jones


Capítulo 3
Minha Mascote Ganha Louros


Notas iniciais do capítulo

Hei, finalmente chegamos ao terceiro capítulo da fic! E para comemorar esse fato, neste capítulo, os irmãos Kane e um novo aliado, além de personagens já conhecidos, farão sua primeira aparição na fic! Espero que gostem, e mantenham as suas armas afiadas ( naum se sabe quando precisarão delas jovens semideuses).Gostaria de agradecer a todos que me incentivam a continuar escrevendo, principalmente a Rocky_Rock com seus incríveis elogios e OtakuBoy com suas motivações, sugestões e recomendação!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148255/chapter/3

Nico fechou os olhos, esperando ser retalhado dolorosamente, mas depois de ouvir Chris soltar um palavrão e o som de metal sendo amassado, ele admitiu que ficou curioso. Ele abriu um pouco os olhos e esperou um pouco. " Será que esse monte de estrume vai demorar a me matar? Eu tenho minha agenda livre, mas e se eu tivesse um encontro com outro monstro daqui a pouco?".Ele ficou quieto por mais alguns segundos, ou seriam minutos? E achou que seria seguro baixar sua arma. Porém ele logo se arrependeu disso. Assim que abaixou a espada, algo grande, mole e pegajoso o empurrou com muita fora, fazendo-o cair no chão com um estrondo. Ele tentou se levantar e pegar a espada, mas a coisa saltou sobre ele e começou a o lamber. "Lamber?"pensou atordoado. Ele tentou focar ssua visão e percebeu o que era que o estava lambendo: uma enorme língua, que pertencia a um enorme monte de pelo negro.

-Sra. O' Leary?- Perguntou tentando falar acima do som das lambidas.

enorme cadela uivou, feliz.

-Também estou feliz por te encontrar; garota, posso estar um pouco fora de forma, e depois te prometo que faço dieta, e acho que não vou gostar de ser achatado até virar uma pizza meio mortal, meia olimpiana, então... será que você pode SAIR DE CIMA DE MIM? - Perguntou sufocado, afinal ter um cão infernal do tamanho de um tanque de guerra e  ser lambido por uma  língua de 80 quilos com a consistência de um esponja de aço não era exatamente o tipo de coisa que tornasse essa, as suas melhores férias.

A sra O'Leary entendeu o sutil recado e depois de mais uma rodada de esfoliações dérmicas ( Quíron e seu maldito dicionário, a próxima vez em que se visse sozinho com aquilo, entreteria os titãs,emprestando, para não dizer jogando, aquela maldição para eles no Tártaro. Ele estava parecendo a Annabeth falando) saiu de cima dele e começou a correr atrás do próprio rabo, em frente a ele. Nico se sentou,  e rapidamente voltou a se deitar, sentindo uma tontura repentina e uma pontada no peito. Ficou parado e começou a pensar em algo que parecia muito estranho: como seu cão infernal de estimação fora parar justamente ali, naquele momento, quando ele ia virar picadinho?

- Annabeth, maldita seja.- murmurou sorrindo.

Ele se levantou e sentiu uma vertigem inesperada. O peito doía como se tivesse sido amassado com um martelo, e depois picotado com uma tesoura sem ponta.

Nico olhou  ao redor procurando Chris Rodriguez, e não viu sinal algum do maníaco armado. “ Quem sabe o susto que eu tenha levado, tenha feito eu liberar meu poder mutante secreto ou algo no rumo e eu tenha mandado ele sem querer para um lugar simpático como a Sumatra.” Pensou. Foi então que ele reparou que o cão infernal estava cavando um monte de terra  suspeito de 3 metros de altura.

-Sra. O’Leary, junto!-Bradou e a cadela  veio trotando feliz na sua direção, se abaixando para que ele montasse nela.

Ele começou a escalar o dorso da sua mascote, com o corte parecendo mergulhado em ácido, escorregando algumas vezes, e pensou que nem Herácles fez um trabalho tão grande quanto aquele; escalar uma cadela que fedia suspeitamente a sardinha, com as tripas tomando um ar para fora do corpo. Por fim ele conseguiu se pendurar nas costas do animal.

-Vamos garota, e não esqueça aquela bandeira, hein?

Ela ganiu, pegou a bandeira com os dentes e deu meia volta, fazendo com que Nico finalmente visse no que ela estava cavocando. Ela começou a correr, e ele viu de relance peças de armadura e uma perna ou seria um braço? Que brotava da terra revirada e se mexia debilmente. Ele começou a suspeitar do paradeiro de Chris e sorriu, enquanto a sra O’Leary acelerava cada vez mais, a paisagem ao redor ficou borrada e escura. “Não ficou escura, era mais como se estivesse perdendo luz e mergulhando na escuridão, como sempre acontecia na viagem pelas sombras” pensou.

-Garota, me lembre de tomar uma ducha no Estige quando voltarmos ao Mundo Inferior.- disse, e a cadela latiu, parecendo feliz com a idéia de ir para casa.

 Ele fechou os olhos em um instante, e no outro ele ouviu o retinir de espadas. Ele abriu os olhos e a sua frente, viu o chalé de Ares e Apolo lutando contra o chalé de Hermes, Hefesto e Hypnos, e constatou decepcionado que ele ainda estava do lado errado do riacho. Apesar de estar em maioria o grupo azul estava levando uma surra homérica. Porém a súbita aparição de um moleque ensaguentado, montado em um rottweiller  com pedaços de metal presos nos dentes fez todos pararem, no mínimo assustados. Um campista de Ares levou um susto tão grande que deu um passo pra trás, tropeçando em um filho de Hypnos que roncava em alto e bom tom. Nico teria rido se o simples ato de respirar, quase o fizesse desmaiar. Infelizmente o susto não durou muito tempo, e logo todos os Ares Jr. pegaram suas lanças e brinquedinhos letais e olharam com ódio para Nico. “Imagina quando descobrirem o que eu fiz com a conselheira/Líder/Brutalhona/Heroína deles.”. Ele de algum jeito conseguiu sacar a espada e apontá-la para os inimigos. Mas ele não deveria estar amedrontando nem um poodle. Os guerreirinhos se aproximaram dele e a sra. O’Leary rosnou, fazendo eles recuarem. Nico já pensava em como ele perderia de forma menos humilhante quando uma bomba de fogo grego caiu no meio do grupo vermelho. Eles se separaram gritando, enquanto a bomba explodia com um barulho que nem um roqueiro conseguiria ao esgoelar em um megafone, deixando uma cratera fumegante no chão e acordando o chalé de Hypnos. Em meio a confusão ele ouviu alguém de Hermes gritando:

-Corre Di Angelo, a gente te dá cobertura!

Não foi preciso falar duas vezes, ele apertou um pouco as costelas da sra. O’Leary e ela disparou como um foguete, saltando sobre a cratera e, na aterrisagem, derrubando metade do chalé de Apolo que ficou desorientada no meio da fumaça, e continuando a correr. “Três passos para o riacho, TUDO TEM QUE DAR CERTO”. A cadela pulou o riacho enquanto uma flecha passava zunindo ao lado da orelha de Nico. O pulo foi lindo, mas o pouso foi turbulento. A sra. O’Leary tropeçou e rolou, levantando uma nuvem de poeira, a bandeira voou e ele também.

Nico começou a ver pontos negros, o mundo girava. Ao longe ele via o pessoal do time vermelho sair derrotado da fumaça. Quíron saiu trotando do bosque e soprou a trompa. O seu grupo estava eufórico, todos começaram a cumprimentar Nico, quando algo inesperado aconteceu: a bandeira que perdera a tonalidade vermelha e ganhara o emblema do chalé de Hades, um elmo negro, agora mudava novamente, ficando com a gravura de algo parecido com um...

-Aquilo é um osso?-perguntou alguém atrás dele.

-Sim...-Disse Quíron pensativo- como o monstro foi o responsável por resgatar a bandeira, por lógica, ele é o ganhador do jogo.

A sra. O’Leary abanou a cauda enquanto todo o time azul ia afagar suas orelhas. Nico praguejou, e se forçou a andar para cumprimentar sua cachorra, quando tudo ficou negro e ele caiu, se chocando violentamente contra o chão. Rapidamente alguém foi acudi-lo. Mãos o viraram de bruços e ele reconheceu  voz de Annabeth quando ele exclamou:

- Di immortales!

Obviamente o ferimento em seu peito era pior do que ele pensara, ele começou a ficar com sono, extremamente cansado. Ele ouviu alguém, talvez Annabeth gritar por Néctar e Ambrosia. Depois de alguns segundos ou minutos, alguém pingou algo quente, com sabor de café quente na sua boca. A sensação de dormência aumentou, e, a última coisa que Nico ouviu antes de desmaiar foi alguém do chalé de Apolo perguntando se alguma pessoa havia visto Tommy Sunny.

                                               -X-

Os semideuses jamais devem dormir, pensou Nico, os sonhos dos meio-sangues nunca são de mundos de pôneis, com nuvens de algodão doce e sim revelações do passado ou visões do futuro e não era algo muito agradável.

Dessa vez, pensou Nico foi especialmente desagradável.

Ele sonhou que estava no hall de entrada de uma grande mansão, grande mesmo. O teto de vigas de cedro era muito alto, sustentado por pilares de pedra entalhados com hieróglifos, ele contou  4 andares, a sala tinha uma lareira, uma enorme televisão de plasma e era forrada com algo que ele achou ser pele de um drakon. Mas o que chamou a sua atenção foi uma enorme estátua de um homem com cabeça de cegonha e um mostruário de armas antigas, como os de lojas de construção. “Com licença balconista, eu quero uma espada e um escudo para viagem, e, por favor, quero a nota fiscal e o desconto por pagamento à vista!” pensou se divertindo.

Em um canto da sala, um garoto moreno e alto, talvez uns dois anos mais velho  que  Nico, treinava solitário, golpeando um inimigo invisível com uma espada estranha, ela era normal até alguns centímetros após o cabo. Depois fazia uma curva, parecendo um ponto de interrogação letal e afiado.

- Muito bem, Carter, mais um pouco e você vai ter que arranjar um novo adversário invisível!- Disse uma voz feminina com um sotaque  britânico, em um poltrona de costas para mim.

-HaHaHa, muito engraçado Sadie.- Murmurou Carter mal-humorado.

Nico se aproximou mais, percebendo que ninguém conseguia enxergá-lo.

-Vai fazer o quê Carter? Me amedrontar com suas fantásticas habilidades usando o koopesh?-Zombou Sadie.

Carter resmungou alguma coisa em uma língua que Nico não entendeu e voltou a duelar com alguém invisível. Nico chegou mais perto e finalmente viu Sadie, e perdeu o fôlego, diante dele estava a menina mais linda que  já vira: ela tinha a pele clara, cabelos lisos cor de caramelo, com mechas rosa-berrante nas pontas, olhos azuis, da sua idade ou talvez um pouco mais nova. Ela usava jeans velhos e descoloridos, uma blusa do AC/DC e coturnos como os dele, mascava chiclete e não usava maquiagem, ela não precisava.

Ela fixou o olhar em Nico, e, por um instante ele pensou que ela percebera sua presença, mas ele reparou que Carter estava atrás dele.

-Carter?

-Hum?- Carter murmurou suado.

-Você não acha estranho Bastet não mandar notícias ?-Perguntou, Sadie, com a testa franzida.

-Calma Sadie, ela já é uma gata adulta, devemos confiar nela.

-Mas ela saiu para juntar reforços e novos aprendizes há três dias, as viagens com o baa não revelam nada.-Afirmou aflita.

-Ééé... Além do mais A Casa não vem nos perturbando também de uns tempos para cá.- Falou Carter,  refletindo, preocupado. Ele parecia muito mais velho, quando ficava sério.

-Você acha que Set...-Começou Sadie.

-Não, ele jurou lealdade a nós. Talvez seja Apófis...

O ambiente pareceu ficar mais frio ante a menção desse nome.

-Não, ela precisa juntar forças depois de ser banida, isso deve demorar mais...

-Mas o que faria A Casa permanecer em silêncio por tanto tempo?-

Os dois ficaram em silêncio, pensando. Nico não entendera nada do que eles haviam falado, mas fosse o que fosse que estivesse acontecendo parecia ser muito grave. Nico fez um gesto com a mão em garra no coração, um antigo gesto grego para afastar o mal.

-Isso mesmo herdeiro da Grécia, se prepare para o que lhe aguarda.- Disse uma voz poderosa, vinda do nada e o sonho mudou.

Agora Nico estava em um salão sombrio, iluminado por um luz esverdeada, vinda de um poço sem fim no centro da câmara. Ao redor do poço, se erguiam  6 tronos feitos do que parecia ser sombras. Mas o que espantava, não era a sala em si. E sim as criaturas que estavam ali. No trono ao norte se sentava um gigante de fogo, ele usava apenas calças rasgadas e segurava uma espada ardente mas o mais esquisito eram dois chifres nasciam de sua testa. Ao vê-lo Nico achou que ele era o próprio Diabo.  No trono ao seu lado, um gigante de gelo, com uma barba grande e bagunçada feita de estalactites, vestindo um terno branco encardido e em uma das mãos seria aquilo mesmo? Um caixa de leite de vaca desnatado que ele bebia com avidez. Ao lado do gigante estava um adolescente loiro que parecia muito entediado, usava roupas normais , tinha um fone nos ouvidos e um óculos escuro estilo aviador no rosto, segurava na palma da mãouma bola de beisebol que ele jogava no chão, ela quicava e voltava à sua mão, uma lança prateada estava apoiada no seu trono."Ele parece alguém normal, deve ser alguns anos mais velho que eu." pensou Nico. Mas algo em sua postura, algo nele avisava que você nunca gostaria de lutar contra ele.  Do lado dele estava... Bem, Nico não soube dizer se aquele cara sabia se a década de 70 havia passado. Era moreno e usava um terno prateado brilhante,  um tamanco masculino, e uma cabeleira enorme, com um rabo de cavalo. Usava vários colares no pescoço e um brinco prateado em cada orelha, em uma das mão segurava uma arma parecida com a de Carter, só que prateada. No trono oposo a ele, estava uma figura decrépita, enrolada completamente em faixas, só mostrando a boca e a língua bifurcada, ele ficou enojado com aqueleser, ele irradiava um mal quase palpável. Por fim havia um trono grande, o maior e mais bonito estava desocupado e Nico agradeceu aos deuses por não conhecer seu dono.

- Ora, Ymir. Tudo ocorre segundo os planos do Mestre.

-Deveras, Surtur, graças ao poder do inverno que vive!

- Não se vanglorie Ymir, podemos ter tido êxio em capturar os Aesir e os adoradores do Sol, mas capturar Os Olimpianos será algo totalmente diferente- Disse o adolescente.

- Isso Ymir, pare de tomar leite e  lute!- Gritou Surtur.

- Leite bom,  leite da vaca Aumdula, fonte cálcio, ferro e nitrogênio! Tudo que pequeno gigante precisa pra ficar grande gigante de gelo que nem Ymir!- Bradou orgulhoso, o gigante de gelo.

- Ora se soltem!-Gritou o homem de prata- Picolé e espetinho, parem de brigar, nós fizemos meus colegas dançarem, só faltam os nova-iorquinos, e cuidaremos deles enquanto fazemos o moonwalker, nós somos demais!- Ele gargalhou e uma música do Vilage People começou a tocar. 

- SILÊNCIO!- gritou a múmia-cobra, e todos se calaram- Perses está certo, não devemos subestimar a prole de Cronos, eles farão de tudo para impedir a ascensão da origem de tudo, os malditos deuses do Egito jamais cooperariam entre si, mas os Olimpianos são um clã e como tal devemos aniquilá-los.

"Deuses do Egito, Asgardianos?" Nico não estav entendendo nada, ele precisava descobrir mais.

-Receio que Apófis esteja certo- Nico estremeceu, a voz saíra do nada, não ela saíra do poço sem fundo, era uma voz sombria e espectral, que parecia ecoar de um lugar muito distante. Uma névoa azul começou a sair do poço. Nico sentiu vontade de ter o Sr. D por ali, do jeito que aquele cantil de vinho divino era gordo, ele seria um obstáculo perfeito para impedir o que quer que estivesse saindo do poço.

- Os Olimpianos jamais permitirão a ascensão de meu pai, e minha amante e meus filhos não conseguiram  sequer derrotar Zeus e acabar com a era dos deuses. Então resolvi intervir, é chegada a hora de um recomeço, como se diz hoje, será um  game over para toda a criação.

A voz foi interrompida por uma risada histérica do homem prateado.

- Perdoe meu compatriota Khons, Mestre- Sibilou Apófis, olhandoo com desprezo para o pateado, que se contorcia no seu trono, rindo- E que a lua está cheia, e le é... um ser de fases.

Após um silêncio tenebroso a voz falou.

-  A serpente do Caos está certa, os Olimpianos não só usarão de todo o seu poder, para me deter, como também usarão sua prole bastarda, mas eu tive éons para traçar meus planos. E não só espero que eles enviem seus escolhidos, como tenho planos para aniquilá-los, Khons cumpra agora a sua parte.

O surfista prateado acenou com a cabeça, lagrimando de tanto rir, e se desfez em uma chuva de purpurina prata.

-Mestre?- Murmurou Perses- Podemos destruir agora desse meio-sangue enxerido?

Nico paralisou.

- Não Perses, logo você poderá causar a destruição que quiser, mas eu tenho planos para essa cria de Hades.

Nico tentou fugir, mas não conseguia, estava petrificado.

Começou a sair mais névoa do poço, ela se condensou, formando uma mão, que se estendeu para agarrar Nico. 

Ele tentou se mexer, mas a mão o apertava, o cobria, sufocava, ele não conseguia respirar, então tudo ficou negro. 

                                                    -X-

Nico acordou assustado em um quarto totalmente vedado à luz. Recentemente, ele havia descoberto que a escuridão o ajudava a se recuperar mais rápido. Ele ficou sentado na cama, esperando se acalmar.

Ele tentou pensar em coisas legais como Rock, Halloween, Sadie...

Quando ele se sentiu melhor, quer dizer menos enjoado, ele saiu da cama, seu peito estava melhor, e suas costelas estavam enfaixadas. Ele pegou a sua espada ao lado da cama, e tateou a parede, procurando a maçaneta. Ele a abriu e percebeu assombrado que ainda era noite, ele pensou que dormira por horas. Ele caminhou pelos corredores da Casa Grande, ele chegou a varanda, uma brisa com cheiros de morangos soprou, e ele lembrou que estava com fome, provavelmente ele tinha perdido o jantar e agora estava louco por uma torta de morango.

Nico apreciava a solidão, sem ninguém pra ficar olhando para ele com medo ou querendo que ele explodisse alguma coisa ou fizesse algo grandioso e um neon piscasse sobre a cabeça dele dizendo “sou filho de Hades, o bã-bã-bã do Acampamento” mas agora ele estava preocupado com outra coisa: com o que ele havia sonhado. Aqueles caras na sala, disseram algo sobre invocar a origem de tudo, que destruiriam os deuses, e ele tinha certeza que eles eram capazes disso, e o que eram os "deuses do Egito" ou "asgardianos"?. Definitivamente ele tinha que falar com Quíron sobre o seu sonho.

Ele se perdeu em pensamentos, quando viu um clarão o som de uma cantoria desafinada ao longe, a fogueira.

Nico caminhou até o anfiteatro, onde todos os campistas estavam reunidos, cantando e conversando em frente a fogueira mágica, que estava até que alta. Deitada perto da fogueira, a sra. O’Leary tinha uma coroa de louras torta presa na cabeça e mastigava um  biscoito canino do tamanho de um cavalo. Do outro lado da fogueira, estavam Quíron, O Sr. D com uma diet coke, Grover, Piper, Jason, Leo, Percy e Annabeth que apontou com a cabeça para o cão infernal e sorriu. Nico  forçou um sorriso. Fazia 2 anos que ele comandara os exércitos de Hades contra Cronos e ganhara seu Chalé, de uma forma ou de outra o Acampamento Meio-Sangue era o seu novo lar, e lá ele era aceito, tinha paz ( quando não era mandado em alguma missão estúpida) mas ainda não se sentia como parte de lá, como se não fosse dono da própria casa.

À sua esquerda, ele ficou supreso ao ver que o chalé de Ares cercava uma menina com um penteado estranho e que falava coisas sem nexo, “acharam Clarisse” pensou um pouco mais  bem-humorado.

A sua vida estava boa, mas como sempre, tudo ia dar errado.

Ele se sentou, apreciando a cena de todos se divertindo. Então ele ouviu o estalo,  o ar ficou impregnado com o cheiro de ozônio, Nico conseguiu empurrar dois campistas de Afrodite que estavam tagarelando sobre a vida secreta em Hollywood, antes do raio cair bem no local onde estavam, em frente a Nico.

Primeiro foi o clarão, depois um estrondo enlouquecedor que fez tudo estremecer. No lugar aonde o raio caíra, havia agora uma cratera rasa com 2 metros de diâmetro, havia uma figura no meio da fumaça, e por um instante, Nico temeu que fosse  Khons, mas ele não sentiu a aura maligna que sentiu no salão sombrio.

-Erre es korakas!- Bradou Quíron – Será que esse piso não consegue ficar inteiro por um ano?

Nico se aproximou da figura parada no meio da cratera.

-Sr. Zeus?- perguntou com um fiapo de voz.

A figura se virou, parecia um adolescente rico comum, usava jaqueta de couro marrom, jeans surrados e botas para o frio, usava um cinto de couro velho com a fivela do tamanho de um punho fechado, porém o mais estranho, usava luvas de metal, como as de um cavaleiro medieval e segurava um martelo enorme, tão grande que não era para ser possível  levantar aquilo. Tinha cabelos louro-avermelhados e até poderia se passar por um jovem comum, não fosse pelos seus olhos tristes que pareciam ter presenciado inúmeras batalhas e ter sofido grandes percas ao longo de eras.

-Não, eu sou Magni Thorson, portador do fiel Mjolnir, Cavaleiro de Gulfaxi, A Força dos Nórdicos, o último asgardiano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Todos os nomes de mitologia são reais.dá-lhe pesquisa! e E por favor acompanhem ou recomendem a história!