Cap 01- Meu mundo caiu...

Estou aqui olhando para minha imagem refletida no espelho sem acreditar que de repente meu mundo caiu.

Ok ninguém deve estar entendo o que essa pessoa que vos fala. Se bem que no momento nem eu me entendo!

Então vamos lá por onde eu devo começar.

Que eu simplesmente cheguei na minha casa depois de ir ao supermercado e encontro o meu marido Natan Collins, fazendo sexo na mesa da cozinha com a minha suposta melhor amiga Marcie Miller!

O que vocês também ficaram surpresos?

Imagina eu então.

Vocês devem estar se perguntando o que você fez?

Bem como uma pessoa que não perde o momento de brilhar e não quero perder minha dignidade eu simplesmente decidi ser sangue frio tirei fotos com meu celular e filmei uma pequena parte da cena ridícula que rolava sem fazem nenhum pingo de barulho. Parecia que eu estava em um estúdio de gravação, pois eles desempenhavam muitíssimo bem os papeis de atores pornôs. Seus gemidos, a forma que se moviam juntos os palavrões chulos. Era a pior atrocidade que eu já tinha visto na minha vida.

Mas minha melhor amiga/prima Alice sempre me dizia o seguinte “NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR”, bem eu concordo plenamente, pois Natan falou com sua voz (que até então era muito linda para mim). 

—Te... amo! Marcie... - falou Natan com a respiração pesada e acelerada.

—Também... Te amo, Natan... - respondeu Marcie com dificuldade.

Agora acho que agora entendem o porquê, quê o meu mundo caiu.

Dei alguns passos atrás até chegar à porta da sala. Eu queria sair dali sumir se preciso for, mas minha vontade de lutar o meu orgulho que às vezes é demais me fez voltar. Parei na soleira da porta e comecei a bater palmas.

Eles se assustaram de imediato e me olharam com cara de desespero.

—Lindo, fabuloso, por favor, não parem. Finjam que eu não existo como vocês vem fazendo há muito tempo.

— Bella...

—Shhhh...! Não fala nada! Não quero escutar a sua voz... Ela me causa nojo e para você eu sou Isabella. Bella só me chama aqueles que merecem o meu respeito.

— Bella não é nada do que você esta pensando. - falou Marcie já apanhando suas roupas.

—Realmente não é o que estou pensando e sim o que vejo.

—Bella, por favor, me perdoa.

Marcie se dirigiu até a mim e segurou o meu braço esquerdo para falar comigo. Não pensei duas vezes ao virar para ficar de frente com ela dei-lhe um belo tapa.

—Nunca mais ouse tocar em mim. - Falei trincando os dentes.

Sair em direção ao meu quarto. Ao chegar nele me tranquei e coloquei a cômoda na porta para bloquear a passagem do Natan. Peguei tudo o que era meu, das minhas roupas até o meu laptop, não me esqueci de somente nada, demorei um bom tempo, pois estava tentando me acalmar.

Liguei o som, pois já não aguentava mais escutar o Natan batendo na porta pedindo para entrar, falando que era preciso conversar e esclarecermos as coisas. Nem um deficiente visual deixaria de ver tudo perfeitamente com aquela cena asquerosa que eu presenciei.

—VÁ SE FODER, OPS! ESQUECI-ME VOCÊ ACABOU DE FODER A MARCIE. Falei isso aos berros assim que abri a porta do quarto com as minhas três malas gigantes mais minha bolsa de couro tamanho médio.

—Você pensa que vai para onde? - perguntou Natan com raiva e segurando nos meus braços fortemente.

—Aonde vou ou não, o que faço ou não. Não te desrespeita nem o jeito que eu respiro. - falei isso duramente encarando os seus olhos e logo em seguida dando uma joelhada perfeita no seu amiguinho.

Ele caiu se contorcendo de dor, aproveitei a deixa e joguei minha três malas para o andar de baixo (se elas estariam inteiras ou não, era outros 500), fazendo isso quebrei o corrimão da escada. Desci na maior elegância. No final da escada tinha um quadro pintado, uma foto minha com ele.

Era lógico que quebraria aquela desgraça.

Dirige-me até a porta arrastando pelo menos duas malas que eu coloquei no porta malas do carro, apressadamente voltei e peguei o restante e coloquei no banco de trás do carro. Era muita coisa para pouco espaço.

Renault+Laguna+Coupe+5.jpg (560×420) (bp.blogspot.com)

Aproveitei que o Natan ainda se contorcia de dor pela escada e bati a porta ao sair. O som da batida era como martelo em um tribunal. Estava decidido era o fim.  

Fui para o mais distante de NY e logo consegui me desfazer do meu lindo carrinho, mas eu fiquei pensando. É POR UMA BOA CAUSA. Comprei uma passagem e segui rumo a Port Angeles.

Agora estou aqui encarando minha imagem refletida no espelho desse banheiro e não me reconhecendo criando coragem, porque a adrenalina já havia diminuído. De sair e encarar o mundo lá fora.