Rony olhou para o moreno questionando o que ele estava fazendo.

- Nós combinamos de fazer isso juntos. – falou pegando a bolsa que lhe foi estendida.

- E vamos. – Harry sorriu.

- Do que é que vocês estão falando? – Hermione perguntou perdida no meio de toda aquela conversa. – O que tem nessa bolsa, posso saber?

- Como você é curiosa, morena. – Rony sorriu tirando de dentro da bolsa uma pequena caixinha preta.

- Queríamos que soubesse que você é a coisa mais importante nas nossas vidas e... – Harry ajoelhou-se de frente para a castanha.

- Hermione Jean Granger, você quer se casar conosco? – Rony pediu ajoelhando-se também e abriu a pequena caixa, nela continha um Anel de Ouro branco com dois corações de Rubi e algumas pedras de diamantes. Ela os olhou pasma, não acreditava que eles estavam ali fazendo isso... colocou a mão sobre a barriga, e sorriu.

- S-sim. – sussurrou com lágrimas rolando pelo rosto, não conseguia se conter de felicidade; Harry pegou o anel e o colocou no dedo anular esquerdo de Hermione, beijando sua mão logo em seguida. – Meu Merlin, eu amo vocês.

**********

Dois meses depois...

Jogo da Grifinória contra a Sonserina, todos estavam bastante animados, pois era o último e mais esperado jogo do ano; Hermione não conseguia esconder o nervosismo que sentia por isso. Ia em direção ao Campo de Quadribol mais por contra vontade, não estava muito a fim de ver o jogo, mas tinha que ir ver, afinal seria o último jogo de seus namor... quer dizer, seus noivos em Hogwarts, e outro motivo por não querer ir ao jogo era que estava quase na sua última semana de gravidez, andava meio indisposta. Viu uma cabeleira loira sentada num banco encarando o nada, vestido com o uniforme do time de Quadribol com a vassoura ao lado; estranhou Malfoy já não estar no campo.

- Você não deveria estar aqui. – falou se aproximando, o loiro virou-se, a encarou por alguns instantes, depois sua barriga e sorriu.

- É, eu sei. – respondeu levantando. – Você também não, deveria estar lá na arquibancada torcendo por seus... – olhou para o dedo de Hermione e sorriu fracamente. – Noivos. Mas... aqui está você. – ele olhou novamente para barriga da castanha. – Menino ou menina?

- Não sei, Rony e Harry querem surpresa, então...

- Se fosse meu preferiria menina. – pegou sua vassoura, aproximou-se de Hermione, o suficiente para que se olhassem nos olhos. – Linda assim como você. – a castanha deu um passo para trás, mas Malfoy segurou seu pulso. – O que foi? Está com medo de mim?

- Não tenho medo de você, só acho que anda muito estranho. Anda fazendo e dizendo coisas para mim, que cheguei a até pensar que estaria...

- Apaixonado? – Hermione o olhou incrédula. – E se estiver, mon petit?

- Já pedi para não me chamar assim. – soltando seu pulso do aperto do loiro.

- Não te chamarei mais de Granger, e nunca de Sra. Weasley ou Potter, não me importa. – aproximou-se mais da castanha e sussurrou em seu ouvido. – Agora será Mon Petit, pois só eu lhe chamarei assim. – beijou o pescoço de Hermione, e saiu.

**********

Mais uma vez Grifinória vencia a Sonserina e a Taça das Casas, todos estavam alegres e festejando no Salão Comunal, exceto Hermione. Ela estava na verdade indo para o vestiário tirar satisfação com Harry e Rony sobre o acidente de Malfoy; entrou no local feito um furação, os meninos que até o momento riam pararam assim que a viram parada de braços cruzados.

- Oi. – Rony olhou para Harry. – O que faz aqui?

- Como vocês puderam fazer aquilo? – perguntou sem cerimônia.

- Do que você está falando, Mione? – o moreno perguntou.

- Ah, como se você não soubesse não é? – retrucou ela fechando a porta. – Por que vocês fizeram aquilo com o Malfoy? – Rony arregalou os olhos e Harry franziu o cenho.

- O que...

- Nem adianta negar, Harry.

- Hermione, nós não sabemos do que você está falando. – o ruivo olhou de soslaio para o moreno.

- Ah, não? Estou falando do "pequeno" empurrão que Harry deu no Malfoy e do Confundus que você lançou nele, Rony.

- Como...? Eu... eu... – o ruivo olhou para Harry pedindo apoio.

- Hermione, nós podemos...

- Explicar? Claro que podem, mas isso não justifica vocês terem feito isso. – Rony estranhou o comportamento de Hermione, até parecia que ela estava...

- Você está defendendo o Malfoy? – ela o olhou indignada, bufou e massageou as têmporas.

- Ele teve algumas costelas quebradas e um braço fraturado, além de estar todo arranhado, mas isso pouco me importa... o que me importa é que se descobrirem quem são os responsáveis, vocês serão EXPULSOS. – gritou. – Ainda bem que estamos no fim do ano, não que mude alguma coisa, mas vocês não pensaram nisso né? Só pensaram em se vingar daquela doninha asquerosa. Argh! – saiu do vestiário furiosa e batendo a porta.

- Hermione, espera. – Rony correu atrás da castanha e segurou seu braço.

- O que é? – ela puxou seu braço e os cruzou.

- Mione, olha nós sabemos que o que fizemos foi errado e...

- Vocês acham mesmo que eu fui à única que vi o que fizeram? – eles se entreolharam. – Sei que o pessoal da Grifinória pouco se importa se o Malfoy vive ou não, mas tenho certeza que alguns Sonserinos viram e vão con... – uma pontada aguda em seu ventre fez com que Hermione apertasse a barriga com força e respirasse fundo. – Aí.

- O que foi? – perguntou Harry parando ao lado da castanha e a segurou pela cintura.

- Nossa. – sentiu mais uma pontada, essa um pouco mais forte que a anterior, o bebê deu um chute tão forte que a castanha se curvou um pouco com a intensidade da dor. – Aí, droga! – exclamou, Rony parou na frente dela e segurou seu rosto entre as mãos.

- Morena, o que houve? – Hermione mantinha uma expressão de dor e os olhos cheios d’água. – Por Merlin, Hermione, o que houve? – o ruivo já estava entrando em desespero.

- E-eu acho que... – ela nem pode terminar de falar, sentiu um líquido escorrer pelas suas pernas, gemeu quando uma contração a atingiu. – M-minha bolsa estourou. – murmurou.

- O QUÊ? – gritaram num uníssono.

- Será que só eu posso gritar aqui? Afinal, sou eu quem está sentindo dor. – reclamou chorosa se retorcendo depois de outra contração.

- Acho que precisamos te levar para enfermaria. – Rony estava em desespero.

- Você acha, Rony? – Harry ironizou, virou-se para a namorada que estava com a respiração acelerada e apertava sua mão com força. – Mi, consegue andar? – a castanha negou com a cabeça, pareciam que estavam tentando puxar suas entranhas, as contrações estavam vindo uma seguida da outra num intervalo de tempo muito curto, ela já sentia suas pernas ficando pesadas demais.

- A Luna. – Hermione murmurou.

- O que tem a Luna?

- Eu quero a Luna. – Harry e Rony se entreolharam sem entender, a castanha revirou os olhos e gemeu, depois de outra contração. – Ela vai ser madrinha, esqueceram?

- Morena, podemos chamar a Luna depois, primeiro temos que te levar para a enfermaria. – Rony não via sentido no que ela falava.

- Eu quero a Luna AGORA! – Hermione rosnou para o ruivo.

- T-tudo bem, eu vou chamá-la. – avisou. – Ela está me dando medo. – sussurrou para Harry; o moreno revirou os olhos e pegou a castanha no colo, ignorou o peso dela e saiu apressado para a enfermaria.

Entrou no local praticamente correndo, Madame Pomfrey ainda estava cuidando de Malfoy, que parecia estar inconsciente.

- O que está acontecendo? – perguntou assim que viu o alvoroço que Harry fez ao entrar na enfermaria.

- Ela... ela está tendo o bebê. – colocou Hermione na cama e segurou mão. – Eu estou aqui.

- N-não me deixa. – pediu a castanha, gemendo de dor, Madame Pomfrey saiu apressada de perto deles. – A-aonde ela foi?

- Não faço idéia.

- Hermione! – Luna entrou saltitando na enfermaria. – Como você está?

- Como você acha que ela está, Luna? – perguntou Rony aparecendo logo atrás da loira.

- Sentindo dor? – ela arqueou uma sobrancelha, o ruivo bufou, Hermione gemeu mordendo o lábio, pois na verdade queria mesmo era gritar a pleno pulmões de tanta dor que sentia. – Você quer que eu fique com você aqui?

- Q-quero.

- E nós? – Harry sentiu que Hermione apertou sua mão com mais força ainda, quando ela ia responder não agüentou e gritou, assustando a todos. – Mi, Meu Merlin, onde Madame Pomfrey foi?

- Estou aqui, menino. – respondeu ela, Minerva estava logo atrás dela. – Preciso que vocês saiam daqui.

- Mas... – começou Rony.

- Mas nada, Sr. Weasley. Só um de vocês pode ficar com a Srta. Granger. – retrucou a professora. – Então... quem vai ser?

- Luna. – respondeu Hermione.

- O QUÊ? – Rony e Harry gritaram. – Mas por quê?

- Por que... se não... for para ficar os d-dois... então...

- Tudo bem, já entendemos. – Harry levantou-se, apertou a mão da castanha com força e beijou sua testa. – Eu te amo. – sussurrou.

- Te amo. – Rony fez o mesmo, antes de serem praticamente expulsos da enfermaria, ainda conseguiram ouvir mais um grito da castanha.

**********

Se Rony continuasse andando de um lado para outro do jeito que estava, com certeza faria um buraco no chão. Harry estava encostado na porta, logo após que eles saíram, Malfoy foi retirado da enfermaria pela Professora Minerva e levado para lá eles sabem onde, mas isso realmente não importava, o que importava era Hermione.

- Isso não está demorando demais, não? – Rony tamborilou os dedos na porta, nervoso. – Há quanto tempo estamos aqui fora?

- Quase uma hora, Rony. – retrucou Harry, cruzando os braços. – Argh, não deveria demorar tanto assim, deveria?

- Eu não... – a porta se abriu e dela saiu uma Luna sorridente, mas antes que eles tentassem entrar ela fechou a porta. – Como ela está?

- Bem.

- Como o bebê está? – Harry olhou para a porta e para Luna, somente a loira o impedia de ver seu filho ou filha.

- Bem. – ela abriu um sorriso enorme. – Eles estão bem.

- Eles... como assim eles?

- São gêmeos. Um casal. – Rony olhou-a incrédulo, Harry abriu a boca para falar, mas nada saiu.

- Luna, nós precisamos vê-los. – implorou o moreno.

- Ah, tudo bem. – abriu a porta e deu passagem para eles entrarem, mas antes... – Não façam barulho, hein?

Eles entraram apressadamente, tentando fazer o mínimo de barulho possível, Hermione estava numa cama diferente de que Harry a tinha deixado, estava sentada segurando um pequeno embrulho com uma manta azul nos braços o olhando com um sorriso lindo no rosto.

- Oi. – murmurou ao vê-los.

- Você está bem? – perguntou o ruivo sentando-se na cama ao lado dela.

- Estou sim. – Harry parou ao lado dela na cama. – Olhem. – virou-se um pouco, o bebê estava com uma roupinha toda azul, pouquíssimos fios de cabelos castanhos, branquinho com a face corada. – Ele é a sua cara. – disse para Harry, que sorriu bobamente.

- Mas cadê...? – perguntou Rony, nesse momento Madame Pomfrey apareceu com um pequeno embrulho com uma manta vermelho-clara nos braços, sorrindo. Hermione colocou o pequeno no berço improvisado que havia ao lado de sua cama e pegou o bebê que Madama Pomfrey lhe entregava.

- Nossa. – ela riu, Harry e Rony olharam, a menina vestida uma roupinha toda vermelha, também tinha pouquíssimo fios de cabelos castanhos e era mais corada que o irmão. – Ela é a sua cara, Rony. – e era mesmo, pois ela continha algumas sardas nas bochechas.

- Meu Merlin, como isso aconteceu?

- E eu vou saber? – a castanha sorriu.

- Já escolheram os nomes? – Luna perguntou, eles estavam tão entretidos nos filhos que nem perceberam que a loira estava atrás deles.

- Ainda não. – respondeu Rony.

- Mas eu já, tive algumas idéias, então... – Hermione deu de ombros.

- Quais? – Harry olhava fascinado para a filha.

- James Friederich e Rose Lílian. – respondeu. – Em homenagem aos seus pais, Harry e ao seu irmão, Ron.

- Ficou perfeito, morena. – falou Rony apertando a mão da castanha.

- Obrigada. – murmurou Harry beijando a testa de Hermione.