Minha Viagem Infernal escrita por Mandy-Jam


Capítulo 76
Don Corleone, o chefão do Olimpo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo grande, não?
Bem... Espero que gostem mesmo assim. Resolvi fazer um pouco maior para compensar o fim eminente da fic.
Boa leitura...



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POV Apolo

Eu já estava na entrada do restaurante para o jantar de noivada, e ao meu lado, lutando contra uma flor que agora já parecia completamente morta, estava Ares.

- Porcaria de flor... – Resmungou ele e em um acesso de raiva a jogou no chão e pisou em cima – E onde é que aquela garota se meteu?

- Ela... Ainda deve estar pensando. – Respondi calmamente, mas ao mesmo tempo ansioso para saber que tinha sido escolhido. Tsc. Ela era minha musa. Quem mais poderia escolher?

- Tira esse sorriso besta da cara e vamos entrar logo. – Falou Ares revirando os olhos – Eu duvido que ela tenha te escolhido, raio de sol.

- Sério? Que engraçado. Eu penso a mesma coisa de você. – Sorri para ele, e Ares respondeu com uma careta. Eu retribui e nós entramos no lugar.

O restaurante era um dos mais reservados de toda Paris, provavelmente. As pessoas que estavam lá vestiam trajes dos mais formais, enquanto bebiam champanhe e comiam uma porção microscópica de comida. Nunca ia entender como comer tão pouco podia ser tão chique.

- Ok... Ela vai me escolher. Olha só esse lugar. Ele é chique. – Comentei.

- Você está dizendo que ela vai te escolher, porque esse lugar é chique? – Perguntou Ares sem entender.

- É. É que eu combino com o ambiente. Ele é chique, eu sou chique. E ainda por cima... Ela me ama. – Disse sorrindo para a minha sorte.

- E ela não vive sem mim. Sinto muito. – Rebateu Ares. Nós começamos a discutir em um tom de voz controlado (por causa do ambiente) sobre quem devia ficar com a Alice. Aquilo me lembrou a música do Michael Jackson com o Paul McCartney, “The girl is mine”, e foi no exato momento em que notamos alguém parar na nossa frente.

Nós olhamos ao mesmo tempo para Alice, que vesti uma saia um pouco justa bege, e uma camisa listrada branca e rosa pastel. Um cinto fino tornava a sua cintura mais fina e de tirar o fôlego.

Ela estava simples, como sempre estava, mas Alice sempre ia ter algo á mais. Ela era bonita e nem precisava tentar. Sorri para ela, mas logo fiquei um tanto tenso. Ela olhou para nós dois como se olhasse para duas pessoas que tentava se lembrar quem eram.

- Então? Como vai ser? – Perguntou Ares. Alice deu um sorriso leve, mas ele desapareceu em uma fração de segundos – Você escolheu?

- É. Eu escolhi. – Respondeu ela assentindo devagar. Nós dois prendemos a respiração esperando pela resposta, mas Alice continuou lá parada olhando para nós. Depois de alguns segundos de silêncio...

- Você pretende falar antes que eu tenha um acesso de desespero, ou...? – Perguntei calmamente. Alice desviou o olhar, e assentiu novamente.

- Eu... Eu pensei bastante e finalmente me decidi. Eu escolhi... – Ela foi interrompida.

- Alice, querida! – Exclamou Hera. Eu e Ares estramecemos de raiva, mas resolvemos transformar isso em um sorriso forçado. Ao lado dela estavam Hefesto de terno e Afrodite com um vestido vermelho decotado – Finalmente você chegou! Estávamos ansiosos. Venha logo se sentar!

Hera foi até a mesa, mas Afrodite e Hefesto ficaram parados. A Deusa do amor se virou para acompanhar Hera, mas seu marido a segurou. Ela reclamou um pouco, mas ele negou com a cabeça.

Afrodite lançou um olhar assassino para Alice, e ela retribuiu. Nós andamos até eles, sendo que Alice estava no meio de nós dois. Quando paramos á centímetros deles, Afrodite virou o rosto para não encarar Alice.

- Afrodite... – Disse Hefesto em um tom sério. Ele deu um leve empurrão nas costas dela, e Afrodite prendeu a respiração como uma criança mimada negando a cabeça – Vamos logo. Deixe de drama. – Ela negou novamente – Nós já conversamos sobre isso.

A Deusa do amor respirou novamente e olhou para Alice contra seu gosto. Mas de repente o seu ódio assassino sumiu, e se transformou em arrependimento.

- Eu... Bem... Alice. – Disse ela sem graça – Talvez... Eu tenha exagerado um pouco quando tentei controlar a sua escolha.

- Talvez? – Repetiu Alice com raiva, mas eu e Ares demos uma leve cotovelada nela ao mesmo tempo. Afrodite pedir desculpas por uma coisa dessas acontece uma vez á cada mil milênios. Se ela continuasse daquele jeito, íamos ter uma linda briga feminina antes mesmo do jantar.

- O fato é... – Afrodite parou de falar, e Hefesto empurrou novamente suas costas jogando as palavras para fora dela – Sinto muito.

- É. Você devia. – Respondeu Alice, mas Ares tossiu forçadamente, e ela fechou os olhos com raiva – Eu... Também sinto muito? – Eu assenti para ela, e Alice revirou os olhos – Sinto muito.

Ares tossiu novamente.

- Sinto muito... – Repetiu rangendo os dentes – Por ter rasgado seus vestidos – Ele tossiu novamente – E quebrado os seus saltos altos – Ares tossiu mais uma vez – E ter acabado com a sua bolsa. – Ele tossiu de novo – E mais o que?!

- Desculpa, dessa vez foi uma tosse de verdade. – Comentou ele dando de ombros.

Afrodite assentiu, e Alice também. Elas sorriram uma para a outra. Não era um sorriso do tipo “eu amo você, amiga!”, mas pelo menos não era algo falso. Depois dessa cena, nós fomos direto para a mesa. Mas antes de chegarmos lá, Alice passou na nossa frente e olhou para Ares.

- Essa tosse pode ter mudar a minha decisão, sabe? Digo... Se eu escolhi você. – Comentou ela, e Ares estreitou os olhos para ela. Alice encolheu os ombros – Pois é. Nunca se sabe.

POV Alice

Eu me senti do lado esquerdo do meu pai, e do meu lado direito estava Dionísio. Ele deu um leve sorriso, mas logo voltou a sua cara de tédio. Notei logo que ele era o único Deus que eu nunca lembrava de ter tido uma conversa. Talvez porque em todas as vezes que nós nos encontramos eu estava sob o efeito de uma enorme quantidade de álcool.

É só um palpite, é claro.

Na minha frente, sentou-se Ares. Apolo reclamou um pouco, mas sentou-se logo ao lado dele também. Na ponta da mesa estava Zeus. Na outra ponta estava Hera. Hades estava perto de seu irmão, e Poseidon logo na sua frente. Os outros estavam distribuídos pela mesa.

Aquilo me fez pensar em como as coisas passaram rápidas. Foi tudo muito rápido mesmo. Primeiro eu conheci Ares. Logo depois o meu pai. Aí surgiu o Apolo naquele conversível, e logo depois a Afrodite invadindo a minha casa para me dar lições sobre um encontro perfeito. Desde aquela época ela já se metia nesses meus assuntos...

Depois uma coisa puxou a outra. Acho que foi mais tenso quando eu conheci Zeus. Logo de cara já arrumei problemas para ele, e talvez esse fosse o motivo pelo qual ele não devia gostar muito de mim.

De qualquer jeito... Lá estava eu. Cercada por todos os 12 Olimpianos. Todos os 12 membros da minha família. Estranha, mas ainda sim minha família.

E não eram só eles. Eu pude notar que em uma mesa perto de lá estavam Amanda, Mariana e Flávia. Flávia desenhando com a comida no prato. Mariana reclamando com ela, e chamando o garçom ao mesmo tempo. Amanda tentando equilibrar uma colher no nariz.

Prendi um riso ao notar isso, e Ares olhou para trás para ver o que era tão engraçado para mim. Assim que notou ele revirou os olhos.

- Tsc. Acho que vocês duas têm uma doença cerebral genética. Duas lesadas. – Murmurou ele, mas eu me resumi a dar-lhe um sorriso sarcástico.

Na mesma mesa delas, estavam Luh e Juh. As duas lançavam olhares apaixonados para Apolo e Ares, que só não notavam porque estavam de costas para elas. Eu ri.

Quando os garçons colocaram os pratos na mesa, todos começaram a conversar e comer um pouco. Olhei para os meus dois noivos. Eles comiam sem prestar atenção para mim ou para qualquer outra pessoa ali.

Apolo fazia caretas para a porção minúscula de comida no prato, enquanto Ares quebrava a cabeça para saber qual garfo ou faca usar para aquela etapa da refeição.

Sem nem mesmo notar, peguei-me sorrindo para eles. Gostava muito dos dois, e odiava ter que fazer uma escolha como aquela. Eu ainda me lembrava de quando eu morava ao lado do Ares e reclamava do barulho do seu som ás 3 da manhã, para acordar no dia seguinte e sair para treinar com Apolo.

Sim, esses tempos eram uma loucura, e eu tinha mais chances de morrer que um piloto de fórmula 1 dirigindo sem freios. Mas... Por que ainda assim eu me sentia tão bem quando lembrava disso?

Talvez fosse porque eu tinha os dois ali, perto de mim. Eu podia brigar com Ares á vontade, e ao mesmo tempo sair com Apolo. Tinha os dois á minha disposição, de certo modo. Mas se eu escolhesse um deles, o outro provavelmente ficaria magoado.

Claro que eu não gostaria que isso acontecesse, e logicamente eu usei o meu cérebro de filha de Hermes para dar um jeito na situação. Eu sabia exatamente o que queria, pela primeira vez em vários meses.

Ia escolher um deles e pronto. Mas só tinha uma coisa que ainda me incomodava... O fato de eu ter que me casar de qualquer jeito.

Talvez essa idéia nada agradável era a responsável por tornar os flashbacks da minha mente tão doces. Eu olhei para Zeus novamente. Ele continuava conversando calmamente, mas com o mesmo ar superior de sempre.

Ele sempre acabou com quaisquer planos que eu viesse a montar. Da primeira vez, quando tentei fazer parecer que Ares não tinha nada a ver com problema nenhum, ele descobriu tudo, se irritou e nos colocou de castigo morando juntos.

Logo depois, eu tentei escolher os dois e driblar a vontade de Zeus de certa forma, mas como sempre ele se irritou, e nos prendeu todos juntos... Ideia! Isso!

POV Ares

Assim que consegui pegar os garfos certos, sorri vitorioso. Aquele pessoal granfino era extremamente irritante. Tantas frescuras para poder comer uma porcaria de refeição minúscula... Ia precisar de 20 pratos daquele para acabar com a fome de um cara enorme como eu.

Estava pronto para comer um pouco da porção de camarão, quando senti u chute. Franzi o cenho e olhei para o lado. Devia ter sido Apolo. Eu o chutei de volta, e ele olhou para mim sem entender.

- O que que eu fiz? – Perguntou ele parando de comer.

- Você me chutou, retardado! – Reclamei, mas ele franziu o cenho.

- Ahm... Não. Você que acabou de me chutar. – Corrigiu ele como se eu tivesse problemas mentais – Ok... Acho que a paranóia de ficar sozinho para toda a eternidade longe da minha musa está consumindo a sua mente. Volte e a comer Ares, e tente não chorar.

- Tente você não chorar quando eu arrebentar os seus...! – Antes de eu dizer “dentes”, senti o chute novamente. Dessa vez eu olhei para frente, e vi Alice. Só podia ser ela. Mesmo estando com aquela carinha inocente... Uhm... Inocente demais para uma filha de Hermes.

Resolvi ignorar aquilo e voltar a comer, mas levei outro chute. Olhei para ela sem entender, e ela levantou os olhos inocentemente para mim.

- O que? – Perguntou ela calmamente.

- Quer mesmo que eu fale? – Perguntei e ela deu de ombros, fingido não saber do que eu estava falando, mas me deu outro chute – Qual é o seu problema?

- Uhm... Acho que os pratos são pequenos. E você? – Perguntou ela. Estreitei os olhos com certa suspeita e voltei a comer. Será que ela estava me chutando para dizer que tinha me escolhido? Não. Ela não falaria primeiro para mim. Ia querer conversar com Apolo também. Otária...

Voltei a comer pensando que ela tinha voltado ao seu estado normal, mas um pedaço de carne bateu contra a minha mão. Fechei os olhos fingindo que aquilo não era obra de Alice, e abri um sorriso.

- Escuta... – Disse calmamente – A mesa das crianças é ali atrás. Por que você não se junta com a sua irmã lesada e a as amiguinhas irritantes dela, hein? – Alice sorriu inocentemente fingindo não entender, e me deu outro chute – Você vai mesmo ficar agindo como criança?

- Vou, eu vou agir como criança sim. – Confirmou ela dando um peteleco em outro pedaço de carne com a ponta dos dedos. Ele bateu contra o meu peito e manchou a camisa social branca que estava usando. Alice prendeu um risinho, e eu trinquei os dentes. Qual era o problema daquela garota?!

- É mesmo? Que legal. – Disse jogando um pedaço de camarão para ela, mas Alice o rebateu com o garfo e ele caiu no meio de nós dois na mesa. Ela jogou outro pedaço de carne na minha camisa, e eu fuzilei ela com um olhar de raiva. Alice sorriu e aninhou-se contra o braço de Hermes – Ah. Isso. Fugindo para o papaizinho de novo, não é gracinha? Pirralhas mimadas nunca mudam.

Ela assentiu concordando sem ligar, e me deu um lindo chute por debaixo da mesa. Dessa vez eu revidei, mas ela abriu as pernas de modo que acertei a cadeira dela. Aquilo machucou o meu pé, o que me irritou mais ainda. Eu simplesmente perdi a paciência e joguei o prato inteiro de camarão nela.

Só que aquela desgraçada desviou de modo que ele atingiu o braço esquerdo de Hermes. Ele deu um pequeno pulo de surpresa sentado, olhou para seu terno sujo de molho e camarão e depois me fuzilou com um olhar de raiva.

- Ares, seu filho da...! – Ele se deteve porque Alice estava do seu lado. Eu tinha que dizer que foi um erro de precisão e que eu queria acertar a Alice, mas acabei rindo da cara daquele otário, e isso não o agradou nada – Ah, acha engraçado?

Hermes se levantou e acertou o prato com sopa na minha cara. Dionísio riu do lado de Alice, e eu limpei meu rosto com as mãos cheio de raiva. Eu peguei o meu copo de bebida e joguei na cara dele também. Rapidinho ele parou de rir, e olhou com raiva para mim.

Dionísio lançou seu prato com arroz e alguma outra coisa contra mim, só que eu desviei e atingiu a cabeça de Apolo. Ele arregalou os olhos para nós.

- Ei! O meu cabelo! Estava limpinho, droga! – Reclamou ele limpando-o e deixando milhares de grãos de arroz caírem pela mesa – Eu tinha passado até gel!

- Tenta não chorar agora, certo? – Zombei, mas ele se irritou. Apolo lançou um prato de macarrão contra mim, mas eu me abaixei e atingiu Atena em cheio. Nós dois olhamos para ela, que estava de queixo caído, e prendemos o riso.

- Quem... Foi?! – Perguntou ela com ódio. Foi Apolo, é claro, mas Atena sempre pensa que eu sou o culpado de tudo, por isso resolveu que deveria lançar toda a sua raiva em mim – Você. Ares isso tem a sua cara nojenta!

- Minha?! Eu não fiz nada! – Protestei rindo – Mas... Seu cabelo ficou mais lega assim, na minha opinião. Sério. Acho que a medusa teria inveja das suas cobras de talharim.

Atena se levantou cheia de fúria e eu me encolhi junto com Apolo no último segundo. O prato dela voou até o fim da mesa e acertou a cara de Poseidon. Ele olhou para Atena confuso, como se fosse completamente impossível ela lançar algo contra ele.

Ele ia falar alguma coisa, mas Hades começou a rir da sua cara. O Deus do mar lançou o prato na cara de seu irmão, e todos rimos dele cuspindo pedaços de tomate.

- Até que essa você mereceu. – Comentou Deméter rindo. Hades se levantou com raiva, o que é habitual dele.

- Ora, cala essa boca sua velha chata! – Reclamou ele fazendo todos explodirem em risadas, principalmente Alice. Ele lançou um prato em Deméter que estava na outra ponta da mesa, e ela se irritou.

- Seu vagabundo miserável! – Exclamou ela lançando comida nele, mas acabou batendo em Hermes, porque sua mira era terrível.

- Ei! Eu não tenho nada a ver com isso, droga! – Reclamou ele devolvendo a mesma gentileza, mas dessa vez foi a cabeça de Hefesto, que só se tocou segundos depois que fora atingido – Opa...

- Ow! Eu sou neutro nisso! – Reclamou ele, mas acabou lançando um prato. Não dava para saber quem ele queria atingir, mas acabou batendo em Afrodite. Ela estava do seu lado, mas todos nós pudemos ver a cara de choque dela.

- Meu... Meu... Meu cabelo! – Exclamou ela com vontade de chorar, mas depois ficou com raiva – Ninguém estraga o meu cabelo!

- Ah, por favor. Vamos parar com essa infantilidade? – Pediu Hera com raiva, mas Afrodite pensou que ela estava se referindo á sua atitude.

- Ah, é? E se fosse o seu cabelo, querida? – Perguntou ela jogando todo o vinho de sua taça na minha mãe. Eu explodi em risos, junto com toda a mesa. Zeus também riu um pouco, mas Hera não gostou nada e lançou um prato na direção dele. Só que acabou atingindo Apolo logo do meu lado.

- Já chega! Agora eu vou pegar pesado! – Exclamou ele fazendo surgir uma fatia de bolo e lançando em Hades. Ele jogou em Poseidon, que jogou em mim, que joguei em Dionísio, que jogou em Hefesto, que jogou em Hermes...

Tudo estava uma loucura, quando olhei para Alice. Ela começara tudo isso, mas por quê? Podia ver um sorriso leve de satisfação em seu rosto, mas algo me dizia que ela estava á espera de algo maior.

Foi aí que entendi. Lembrei de quando ela dissera para mim que ia embora da minha casa, e que não ficaríamos mais juntos. Lembrei de como ela disse que planejava sair de lá, e que era o que ela realmente queria. Mas também me lembrei que por mais que ela quisesse isso, Alice não gostava da idéia de ter que mudar.

Entendi que ela gostava das coisas daquele jeito, e que não queria se casar ou escolher para mudar tudo. Aquilo não era só uma simples guerra de comida, mas sim uma última tentativa desesperada de estragar mais uma mudança eminente.

Alice queria causar uma confusão e estava conseguindo. Na verdade... Ela queria mais do que isso. Queria irritar uma pessoa. Algo perigoso, mas que foi reconhecido no momento em que ela se levantou com seu prato de carne e sorriu para Zeus.

- Guerra de comida! – Gritou ela lançando o prato na cara dele. Todos arregalaram seus olhos completamente chocados por ver uma cena dessas. Ninguém mexia com Zeus desse jeito. Ele era como o Poderoso Chefão.

Don Corleone fuzilaria uma pessoa que fizesse isso, e Zeus estava prestes a seguir a mesma linha de pensamentos, quando...

- Alice Kelly! – Berrou ele com raiva.

- Aaaah, deixa a garota em paz! – Protestou Poseidon e Hades assentiu – É isso aí que você ouviu! Guerra de comida!

Poseidon e Hades jogaram seus vinhos em Zeus, que acabou entrando para a guerra de modo brutal e violento. A mesa da minha filha, da Apolo Jr, e da cabeça de vento começaram uma guerra também.

Alice queria que Zeus se revoltasse. Que brigasse com ela e aumentasse o castigo para que nenhum de nós nos casássemos e ela pudesse escolher um só com a certeza de que o outro não pudesse se afastar.

- Não é o suficiente... – Disse para ela, enquanto todos se matavam. Alice olhou para mim surpresa por eu ter entendido, e franziu o cenho para seu prato.

- Então temos que causar mais caos. – Comentou ela procurando alguém no restaurante. E eu sabia exatamente quem era...


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Notas finais do capítulo

Ok... Quem teria coragem de fazer o que a Alice fez?
Loucura completa...
Vamos ver se isso vai dar certo.
Espero reviews!