Minha Viagem Infernal escrita por Mandy-Jam


Capítulo 26
Se mata, Apolo


Notas iniciais do capítulo

Olha... Aposto que o Team Apolo vai rir muito nesse capítulo!

Espero que gostem desse novinho!



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Quando eu finalmente pude parar no meu quarto, estava tarde. Ares me obrigou a “treinar” minhas habilidades em combate. Uma desculpa para poder tentar acabar comigo.

- Não vai dizer que cansou, Filhinha de Hermes! - Exclamou ele rindo de mim. Rastejei até o sofá da sala e me sentei nele. Já eram umas 11 e tanta.

- Desculpe se eu não sou a Deusa da guerra para aguentar você. - Rebati em um suspiro cansado.

- Não tem desculpa. Você é a garota da guerra. Qual acha que é o seu trabalho? - Perguntou ele ainda zombando de mim.

- Escuta... - Virei minha cabeça para falar com Ares, mas fui surpreendida. Apolo pulou do meu lado no sofá e eu levei um susto.

- Meia noite! - Exclamou ele feliz. Ares franziu o cenho para ele.

- O que que tem isso? - Perguntou Ares.

- É oficialmente o meu dia. - Respondeu Apolo com um sorriso. Ele se levantou e correu para a porta do quarto. Assim que Apolo a abriu, apontou para fora com o dedão - Tchau, Ares. Tenha uma boa noite.

Ares revirou os olhos, mas olhou para mim com um riso maldoso.

- Para isso você não está cansada demais, não é? - Riu ele. Lancei uma almofada nele e levantei do sofá. Cada músculo do meu corpo latejava, implorando um descanso.

- Se manda daqui! - Exclamei apontando para a porta. Ares fez “Uuuuh!” para mim, debochando, e logo olhei para Apolo, que estava rindo dele - Não ria. Isso serve para você também.

- O que?! Mas...! - Apolo tentou protestar, mas Ares saiu rindo dele.

- Acho que a sua noite acabou, hein? - Zombou ele - Acho que cansei ela demais para você, Apolo.

- Alice...! - Tentou ele.

- Alice nada! Por causa de você, e da sua maldita teoria de “sua opinião não conta em assuntos de homem” eu estou presa á esse cara dia sim, dia não! - Exclamei cansada - Tchau, Apolo.

Ele tentou novamente falar alguma coisa, mas eu neguei com a cabeça. Ele revirou os olhos desapontado e saiu do quarto. Suspirei. Ufa... Estava cansada demais para uma outra briga. Mesmo que fosse verbal.

Arrastei meus pés em direção ao banheiro e sorri para a minha banheira de hidromassagem. Tinha coisa mais divina que isso? Pessoalmente, eu acho que até Zeus tinha uma dessas.

Tirei as minhas roupas e enchi a banheira de água quente. Entrei nela cercada pela espuma, e um aroma agradável de lavanda preencheu o ambiente. Eu apertei um botão que ajustou os jatos de água, fazendo uma deliciosa massagem nas minhas costas cansadas.

Eu podia dormir ali. Talvez se rezasse para Poseidon, ele permitiria que eu não morresse afogada. Não... Saí daí, Alice.

Suspirei cansada (mas relaxada), e levantei da banheira. Amarrei uma toalha envolta de mim, peguei minha roupa e fui para o meu quarto. Ao chegar lá guardei-as no armário, e peguei uma das camisolas de seda que tinham lá. Fechei as portas, e fui para a minha cama. Joguei-me contra o colchão e senti o peso do meu corpo pela primeira vez. O silêncio era divino.

Só uma coisa ainda me incomodava...

- Malditos saltos altos... - Murmurei chegando perto dos meus pés. Estava sentada na cama massageando-os, quando Apolo apareceu na beira da cama - Apolo... O que você veio fazer aqui?    

Apolo sorriu de leve para mim, e desviou o olhar para o canto do quarto.

- Eu... Não agi certo com você. Desculpe pela história de... Não ligar para a sua opinião. Não estamos na Grécia. Garotas têm opinião sim, e eu fui um idiota. - Falou ele pausadamente. Pude ver no seu rosto que ele estava sendo sincero.

- Então você se importa? - Perguntei parando de massagear os meus pés.

- Eu vou sempre querer ouvir o que você tem a dizer. Saiba disso. - Disse ele olhando para mim. Era muito difícil resistir áqueles olhos azuis - Você me perdoa?

- Vou pensar no caso. - Disse fingindo ainda estar ofendida. Apolo fez uma cara triste, e por um mísero segundo ele sorriu malicioso. Mas só por um mísero segundo, pois depois disso ele tomou outra atitude.

- Ah, Alice... Não faz isso comigo... - Disse ele em um tom magoado. Apolo subiu na cama e engatinhando até os meus pés. Meus olhos se mantiveram fixos nele - E se eu te recompensar? Você me perdoa?

- Como assim me recompensar? - Perguntei cruzando os meus braços. Estava pronta para mandar ele ir embora, quando ele começou a parecer mais persuasivo.

- Aposto que o Ares pegou pesado com você no treinamento, não é? Está doendo, Alice? - Perguntou ele sorrindo para mim. Apolo segurou um dos meus pés e começou a fazer uma massagem. Me derreti. Eu precisava mesmo daquilo! - E se... O Deus da medicina aqui... Aliviar um pouco a sua... Tensão?

Aposto que ele quis dizer outra coisa com a palavra “tensão”, mas eu não consegui responder. A massagem do Apolo estava ótima! Tentei me concentrar... Tinha que manter a minha cabeça no lugar.

- Apolo... - Falei em um suspiro de alívio, quando ele passou para o outro pé.

- Eu. - Falou ele olhando para mim com um sorriso leve e um pouco malicioso.

- Eu vou... Pensar. - Respondi. Ele sorriu mais ainda. Droga... Animei ele demais.

Quando terminou de massagear os meus pés, e foi engatinhando até mim com um lindo sorriso no rosto. Apolo estava, de começo, encima de mim, mas quando nossos rostos estavam bem próximos um do outro, ele foi para o meu lado e me puxou contra ele.

Idiota... Estava tentando me provocar também.

- Aqui também dói? - Perguntou ele. Suas mãos pararam no meu ombro e começaram a fazer uma massagem. Fechei os olhos tentando esconder um sorriso de satisfação. Apolo era... Wow - Está melhorando?

Assenti com a cabeça. Apolo riu no meu ouvido, e foi descendo com as mãos. Ele parou-as na minha cintura e começou a passar a mão por ali.

- É mais para cima, Apolo. - Comentei tentando incomodá-lo, mas ele só riu.

- Ah, desculpe. As minhas mãos escurregaram... Opa! - Apolo puxou a bainha da minha camisola para cima, e eu a puxei para beixo novamente com o rosto vermelho - Escorregou de novo. Desculpe...

- Acho que já chega de massagens. - Comentei para vê-lo ficar desapontado, só que ele fez outra coisa. Apolo segurou o meu rosto e sorriu novamente.

- Então... Eu acho que um beijo vai curar você. É mais rápido, e a minha especialidade. - Disse ele rindo.

- Tipo... Parar sarar dodóis? - Perguntei tentando não rir - Você é pediatra, é?

- Engraçada. - Ele fez uma careta para mim. Apolo me beijou com vontade, e eu não consegui evitar de retribuir o beijo.

Uma de suas mãos alisava as minhas costas, enquanto a outra passava pela minha perna. Eu não aguentei e passei a mão por debaixo da camisa dele. Sentir aqueles músculos eram a melhor sensação de todas.

- Isso... Significa que estou desculpado? - Perguntou ele em uma curta pausa.

- É um “talvez”. - Respondi em um sussurro.

- Vamos mudar isso... - Riu ele.

Apolo começou a beijar o meu pescoço. Tinha certeza que ele nunca ia parar de me beijar e agarrar, se...

- School’s out for summer! - Uma música tocou alto pelo quarto. Olhei em volta, procurando de onde vinha, e achei.

- Apolo... Meu celular. - Falei tentando separá-lo de mim, mas ele continuava beijando meu pescoço.

- Deixa... Deixa tocar... - Pediu ele continuando. Apolo me jogou na cama, enquanto o telefone continuava a tocar. Suas duas mãos alisaram as minhas pernas, enquanto ele continuou a me beijar.

O telefone tocou novamente.

- Apolo... É sério. Pode ser importante... - Falei.

- Isso é mais importante, minha musa... - Respondeu ele beijando o meu rosto. Foi aí que algo passou pela minha cabeça. Eu empurrei Apolo para o lado e fui até a beira da cama e olhei no criado mudo o meu celular - Não tente fugir...

Apolo me agarrou por trás e passou suas mãos por debaixo da minha camisola. Eu empurrei ele de volta para a cama, e pude ver sua cara de desapontamento.

- É a minha mãe. - Falei tensa ao olhar o telefone.

- A sua mãe já se divertiu em Paris. Agora é a sua vez! - Protestou ele incomodado.

- Sh! - Fiz para ele quando fui atender o telefone, mas minha mãe tinha desligado naquele momento. Franzi o cenho, mas logo chegou uma mensagem - Desculpa ligar tarde, mas quero aisar que vou me atrasar um pouco á chegar aí. Problemas do trabalho. Já está no Alabama? Seu vôo foi bom? Te amo, amor. Beijos.

- Não era para eu repitir isso, porque deve dar azar, mas... - Apolo abraçou a minha cintura. Seus rosto ficou encima das minhas pernas e ele olhou para mim com olhinhos de cão sem dono - Eu também te amo, amor. Por favor... Por favor, vamos continuar.

Aquilo estava me deixando nervosa. Detestava admitir, mas Scott tinha razão. Se minha mãe descobrisse que eu estava em Paris (Cof! Cof! Quer dizer “quando”), ela ia dar o seu grito habitual e seria o meu fim. Mesmo sendo imortal, eu estaria morta. Ia responder áquela mensagem depois.

- Não. Depois. Eu... Preciso descansar a cabeça. - Pedi para Apolo. Ele fez uma coisa relativamente madura para ele...

- Não é justo! Não é justo! Não é juuuuusto! - Reclamava ele enquanto dava soco na cama, como uma criança fazendo pirraça. Será que todos os Deuses eram assim quando não conseguiam o que queriam? Vai ver porque eles sempre têm tudo á mão o tempo todo.

- Pois é... Sinto muito. Mas se serve como consolo... Está desculpado. - Falei.

Apolo olhou para mim.

- Ah, obrigado. Me sinto melhor agora. - Comentou ele em sarcasmo.

- Ué, não entendi. Não veio aqui, originalmente, para me pedir desculpas? - Perguntei cruzando os braços, e ele sorriu nervoso.

- É claro que não! E-Eu só... Queria mostrar o quanto eu estou arrependido, e interessado em te fazer sentir melhor. - Disse ele com um sorriso inocente.

- Interessado. Sei dessa. - Comentei concordando. Apolo revirou os olhos e me deu um beijo de boa noite. Antes de sair do quarto, disse mais uma vez que eu podia entrar no quarto dele a qualquer momento para visitá-lo. Eu joguei uma almofada nele, e ele fechou a porta.



Eu realmente esperava que eu pudesse acordar tarde no próximo dia, mas estava enganada.

- Bom dia, Alice. - Disse Apolo sorrindo a poucos centímetros do meu rosto.

- Uhmmm... Apolo? - Murmurei sonolenta franzindo o cenho - O que...?

- Eu vim ver se você estava bem. Sabe... A dor no corpo e tudo mais. - Comentou ele ainda sorrindo. Fiquei sentada na cama e vi que Apolo estava de pijama também. Só que arrumado de um jeito... Bonito. Ele estava usando uma calça comprida, e uma camisa desabotoada - E então?

Franzi o cenho para ele.

- Que horas são? - Perguntei ignorando a pergunta dele.

- São 7 e 51. - Disse ele exatamente.

- Apolo... Eu vou fingir que você não me acordou ás 7:51 para... - Ele me interrompeu.

- Desculpa! São 7 e 52. - Disse ele.

- … Ás 7 e 52 para…  - Ele me interrompeu com um beijo. Apolo continuou me beijando, enquanto suas mãos colocavam as minhas encima da barriga tanquinho dele.

- Você é muito má comigo. Só estou preocupado com seu bem estar. - Disse ele fingindo estar magoado.

- Eu acabei de acordar. - Disse depois que ele me beijou com vontade.

- Eu esperei a noite toda... - Disse ele em meu ouvido - Agora não tem nada para nos atrapalhar. Se fizermos silêncio, não acordamos ninguém...

- Ok... Apolo... Eu acho que você devia... - Antes que eu dissesse algo, ele tomou isso como um sim. Suas mãos foram para as minhas pernas novamente, enquanto as minhas continuaram na barriga tanquinho dele.

- Alice... - Sussurrou ele no meu ouvido - Eu sou louco por você...

- Apolo, eu... - Franzi o cenho, enquanto ele beijava o meu pescoço. Só que...

- Bom dia, querida! - Exclamou Afrodite abrindo a porta do meu quarto. Apolo e eu demos um pulo de susto, e ele caiu do meu lado na cama. O queixo de Afrodite caiu também, e ela nos olhou com um brilho no olhar - Oh. Meus. Deuses! Vocês estavam...!

- Não! - Exclamei interrompendo-a - Não, não estávamos. Apolo só...

- Foi chegar se você estava bem? - Perguntou Afrodite com um sorriso falsamente inocente - Oh, querida. Eu acho que você e ele estão ótimos.

- Corta essa... - Murmurei escondendo o rosto. Ele estava completamente vermelho por causa daquele comentário.

- Por que?! Por que?! - Exclamou Apolo com raiva - Quando eu tento alguma coisa, porque alguém tem sempre que me atrapalhar?!

Afrodite riu para ele.

- Quer que eu saia para vocês dois terminarem? - Perguntou ela.

- Sim! - Exclamou Apolo.

- Não! - Exclamei me levantando. Apolo se jogou no chão e não deu mais sinal de vida. Levantei da cama e fui até Afrodite - O que você queria comigo?

- Ah, querida, eu quero te chamar para o melhor passeio de todos! - Disse ela animada - Vai amar Paris depois disso.

- E onde vamos? - Perguntei.

- Fazer... Com-pras! - Exclamou ela feliz e batendo palmas. Olhei para o Apolo e pude ver que ele estava fingindo colocar uma arma na cabeça e puxar o gatilho.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

Pobre Apolo... Deve sofrer para caramba.

E... Compras? Wow... Quem acha que isso vai ser uma loucura?

Espero reviews!

Beijos e até o próximo...