-Hey, Iggy!

Inglaterra virou-se, e viu exatamente o que pensava que era. Alfred, corria na sua direção, enquanto segurava um hamburger, que provavelmente havia ganhado (ou pedido) no avião. Sim, ele era quem mais chamava atenção naquele aeroporto, o cara loiro, de óculos e jaqueta de couro que corria que nem um louco na direção de Arthur. Alfred parou na frente de Arthur, sorrindo como normalmente.

-Oi - Disse Arthur, com má vontade - Só avisando, caminharemos até o metrô mais proximo certo?

-Por que? Você ainda não tem carro Iggy?

-Não, e não quero um, e já lhe disse que eu não gosto que me chame assim.

-Como? Iggy?

-Sim, quero que me chame pelo meu nome.

-Ok, seu velho rabugento...

Alfred ria do inglês enquanto o seguia até o metrô. Os dois entraram no metrô que os levaria para a casa de Arthur, e sentaram-se um do lado do outro. América balançava as pernas enquanto olhava para o teto do metrô vazio:

-Sua cidade não mudou nada, né Artie?

-E deveria? - Arthur olhou seriamente para o mais novo - Ei, pare de fazer isso.

-Isso o que?

-Pare de ficar balançando as pernas, isso é irritante!

América, sem escutar nada do que Inglaterra havia dito, continuou até chegarem em casa. Uma pequena casa entre dois prédios antigos, um lugar um tanto escuro e sombrio, perfeito para assustar crianças na noite de Halloween, se decorassem a casa direitinho, iria ficar perfeita. Arthur tirou uma chave do bolso, destrancou a porta e abriu. Uma casa de dois andares, bem organizada e com cheiro de...chá.

Alfred, que ainda examinava o interior da casa, entrou e fechou a porta rapidamente. Dentro da casa era quentinho, havia uma lareira acesa, e logo acima dela, havia uma televisão. Um relógio de pêndulo localizava-se ao lado da porta da cozinha, e localizado no centro da sala, havia um sofá, nem muito grande, nem muito pequeno. Um local apropriado para se aconchegar no inverno, que casualmente era a estação do momento.

-Sua TV é pequena Artie - observou Alfred, que saia andando em círculos na volta do sofá - A lá de casa tem 58 polegadas...

-Bem, essa televisão está ótima pra mim. Afinal, eu só ligo ela para dar uma olhada no canal do tempo de manhã.

Arthur saiu na direção das escadas, e começou a subi-las. Alfred foi indo logo atrás. Os dois caminharam até o antigo quarto de Alfred, agora, praticamente o mesmo. Havia uma cama de solteiro, um criado-mudo com um abajur em cima, um armário, e ainda um tapete circular, onde América gostava de brincar quando era pequeno.

- Continua a mesma coisa de antigamente... - América sorria discretamente enquanto observava seu quarto - Ei, por que você não transformou esse quarto em outra coisa? - Perguntou Alfred enquanto olhava para Arthur.

- Não sei, eu andei muito ocupado ultimamente, ando tendo muito trabalho e acabo não tendo tempo para mim mesmo.

-Ah...

Os dois continuaram se olhando até América virar-se de costas para Inglaterra, andar até o interruptor e ascender a luz. Até limpo o quarto estava, sem nenhuma poeirinha pra contar história. América atirou-se na sua cama, que por sorte, ainda era de um tamanho bom para ele.

- Me lembro de quando essa cama era grande pra mim... Agora está quase pequena!

- Se você veio do seu país só pra ficar reclamando da minha casa, pode voltar pra lá agora mesmo.

- Só estou fazendo observações, seu velho rabugento.

América continuou a olhar para o inglês com um sorriso bobo no rosto.