A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 6
A Natureza de Um Vampiro


Notas iniciais do capítulo

olha, to meio triste porque eu vi que tem muita gente lendo e poucas reviews....gente não mata nada escreve uma de vez em quando né?bom...boa leitura...



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Capítulo 6 – A natureza de um vampiro.

Dezembro de 1919...

Os treinos com Carlisle estavam fazendo progresso, agora Edward conseguia ouvir calmamente o pensamento de seu criador, e assim quando humano, ficava frustrado e meio mal humorado quando não conseguia entender algo sobre Bella.

Já por outro lado, Bella se divertia muito quando este lhe perguntava “o que está pensando?”, graças ao novo dom, Edward constantemente fazia essa pergunta.

Carlisle estava se divertindo ao ver como a relação de ambos estava progredindo e ficava feliz que depois de mais oito décadas, Bella estava encontrando uma nova companhia.

Ficava feliz ao ver aquela que considerava uma filha querida encontrando alguém com quem compartilhar a eternidade.

-Vamos! – insistia Edward, este queria que Bella tentasse abrir a mente, mas esta estava sendo bem obstinada.

-Não, Edward! Eu já lhe disse mil vezes, eu tentei fazê-lo e não consegui.

Esse era um tema recorrente entre os dois, outro tema que Edward geralmente pressionava era luta.

-Eu não vejo motivo pra você querer aprender a lutar – dizia Bella com os braços cruzados e um bico nos lábios cheios, Edward riria se não estivesse tão irritado.

-Quero saber me defender! – repetia ele sem parar.

Desde a visita nos Denali, Edward sempre levantava essas duas questões. Os presentes que Bella e o pai receberam eram por agradecimento pela ajuda que os dois deram quando um grupo de nômades, ex-combatentes do sul atacou o clã Denali pensando que o Alaska era “área” deles. Esses nômades chegaram a tal ponto de selvageria que introduzir a civilização seria impossível, já estavam totalmente dominados pelos instintos, eles mal tinham ciência de que já não estavam mais no sul. Carlisle e Bella ajudaram a destruí-los, o que lhes rendera um conjunto de vestido e sapatos muito elegantes, no caso de Bella, e um novo paletó no caso de Carlisle. Edward achara a história dos clãs do sul fascinante e desde então tenta convencer Bella a ensiná-lo a lutar.

-Por que não pede a Carlisle?

-Ele esta ocupado com o trabalho dele! Vamos Bella! O que custa...

-Está bem! – gritou – está bem – repetiu mais calmamente.

Então era uma questão de ser bem rápido, confundindo o oponente, quando este era inexperiente ou uma questão de analisar os movimentos do adversário, dar um golpe quando este der passagem e desmembrá-lo, nessa parte da explicação os olhos já dourados de Edward se arregalaram.  Em resposta Bella sorriu sarcástica e provocativa. Estavam em uma clareira mais a fundo na floresta, era uma campina com um bom espaço, as arvores eram tão densas ao seu redor que quando chegaram Edward se perguntou como conseguira entrar ali.

-Não queria aprender a lutar? Agora, seu dom vai ser uma arma muito forte contra qualquer outro adversário, com ele você poderá prever calmamente os próximos ataques contanto que...

-Contanto que eles não tenham algum dom super raro que me impeça de ler suas mentes...? – completou.

Passou várias emoções no rosto da garota, mas por fim Bella reprimiu um sorriso meio contrariada. Edward riu.

-Isso não será um problema, em tantos séculos que Carlisle viveu, ele percebeu que era extremamente raro algum vampiro ser um escudo, e geralmente não eram muito eficazes, na verdade acredita-se de que eu sou o melhor.

-UAU! – admirou-se Edward – a sua modéstia me impressiona.

Geralmente Bella era bem modesta e tímida, mas Edward percebeu que a timidez era bem mais forte com aqueles que ela não convive, e a modéstia só não se aplicava em uma coisa: seu dom, claro que não era para menos, mas Edward gostava quando isso acontecia, afinal a autoestima de Bella não era das melhores.

Em resposta Bella lhe mostrou a língua, e este riu novamente.

-Mas continuando, contanto que o vampiro em questão não esteja totalmente consumido pela sede. Na maioria das vezes só iremos encontrar um desses no sul, mas acho que sua mente estaria tão completamente cheia de sede, que ele atacaria usando apenas os extintos.

-Como quando caçamos?

-Exatamente. Quando caçamos, nos deixamos sermos guiados pelo instinto, é quando nossa verdadeira natureza se revela. Força, velocidade, ferocidade, desejo de sangue, assim como quando caçamos, não pensamos, e acho que é assim que deve estar a mente de um vampiro ensandecido.

-Então não tem certeza?

-Edward – revirou os olhos – eu não  leio mentes, então não faço idéia, mas já lutei com alguns e me pareceu isso. Portanto eu acho que você não irá ser capaz de prever os ataques de um desses, mas é somente uma hipótese. No entanto é um grande auxilio como eu já disse, quando somos levados pelos instintos é quando estamos mais perigosos, só que também é quando nosso corpo está em sua natureza primitiva, então somos mais fortes e mais rápidos também. A luta entre vampiros maduros é assim basicamente, apesar de ser guiado pelos instintos ter esse ponto positivo, sempre pensamos antes de agir e é aí onde você terá vantagem.  

-Entendi, pelo visto você sabe bastante sobre vampiros do sul.

-Nem tanto, não tenho experiência nenhuma com eles, só lutei uma vez contra um grupo deles, que nem eram recém-nascidos, que foi naquela ocasião com os Denali, tudo o que eu disse sobre eles são hipóteses apenas. Mas sei que os bandos do sul só lutam com recém criados em seus clãs, com a força bruta deles e seus instintos predominando devo imaginar o massacre que devem causar, mas imaginar é tudo o que posso fazer.   

-Mas se não eram recém-nascidos o que estariam fazendo ali?

-Não sei dizer. Mas lutar contra eles, cuja força já estava desvanecida é bem mais fácil do que lutar contra um recém criado de verdade, isso eu posso dizer com certeza.

Então começou, Bella não era mais do que um meteoro na frente de Edward, ela corria entre as arvores, nunca parava, mudava de direção tão facilmente que mais parecia um peão. Apesar de Edward ser capaz de enxergar todos os detalhes, Bella parecia estar em todos os lugares.

-Vamos, Edward, me ataque – a voz de Bella surgiu em algum ponto.

Foi divertido para ambos, Edward estava correndo atrás de Bella, Edward era mais rápido, mas Bella sabia o que estava fazendo, desviava entre as arvores, as usava como apoio e se lançava no alto. Os dois rodopiavam entre si, sempre rindo.

Essa foi a rotina durante alguns meses.

Quando o sol estava começando a se por, os dois voltaram para casa, onde Carlisle esperava com um sorriso e começava a rir ao constatar as roupas rasgadas, sujas de terra e os cabelos cheios de grama, folhas e pequenos galhos.

-Sabe, o senhor poderia ensiná-lo, queria ver se não ficaria nesse estado também – falava Bella estreitando os olhos para o pai que só ria mais ainda.       

Bella não somente o ajudava com lutas, mas respondia a todas as suas perguntas.

-Bem, acho que é isso que eu posso dizer sobre os Volturi.

-Sei, então eles sempre estiveram no controle...

-Hmmm, nem sempre, há mais ou menos seis mil anos atrás, havia um grupo de romenos que lideravam, mas eles e os Volturi se enfrentaram pelo poder e os romenos foram destruídos.

-Como era antes?

-Não sei, mas pelo que Carlisle me contou, era bem diferente de hoje em dia, Carlisle pode não ter conhecido o antigo sistema, mas tem algumas amizades que conheceram. Tínhamos mais... liberdade por assim dizer. Pelo que eu ouvi dizer não havia o termo realeza, mas não sei muito sobre o assunto, Carlisle poderia responder bem melhor do que eu.

Fevereiro de 1920...

Agora que Edward tinha um melhor autocontrole, ele e Bella passeavam na cidade, Carlisle às vezes os acompanhava. Na maioria das vezes deixava os dois sozinhos, mas achava tão divertido assistir às discussões, não iria se intrometer, afinal os dois tinham a eternidade.

Mas não deixava de pensar na possibilidade de Bella e Edward lhe deixarem. Sentiria uma imensa saudade de ambos, mas queria que sua filha fosse feliz. Suspirou. Mas não iria impedi-los e se decidissem voltar, estaria de braços abertos.

-É, você está melhorando – comentou, seu sorriso mostrando todos os dentes afiados e brancos. Era macabro com certeza.

Bella chutou a árvore em que estava sendo prensada, derrubando-a em cima de Edward que soltou Bella com o susto. Quando percebeu, havia sido jogado contra a grama, Bella em cima de si com uma perna em cada lado de seu corpo o prendendo no chão com uma mão em seu pescoço.

-Mas ainda não é o suficiente – disse dessa vez sorrindo divertida.

Edward riu. Sabia que Bella não estava fazendo nem esforço para lutar com ele, provavelmente fora decisão dela ser pega naquela hora. Mas quando voltou seus olhos pro seu rosto, Bella estava sorrindo para ele. Linda.

Edward desfez o sorriso, lentamente ergueu uma das mãos na direção do rosto de Bella, o qual expressava confusão que foi substituída por um olhar meio perdido. Colocou a palma da mão na bochecha esquerda, sua pele era macia, lisa, mas dura feito pedra, tal combinação existia?

Deslizou a mão da bochecha até o pescoço alvo, puxando Bella para mais perto, esta se inclinou em sua direção e os lábios se tocaram.

Foi só um celinho, bem longo, mas para o desapontamento de Edward durou pouco. Bella estava com os olhos arregalados e os dedos na altura do queixo só que sem encostá-lo, com a boca meio aberta.

Edward sorriu e ela retribuiu meio confusa.

-Ahm... – Bella estava de pé no que pareceu não ter levado tempo nenhum.

-Vamos voltar pra casa?

-Vamos.

Na corrida de volta pra casa Edward pegou na mão de Bella.


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