A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 50
Estratégia


Notas iniciais do capítulo

eu sei, e sei que faz muuuuito tempo desde que eu postei, mas como eu continuo dizendo> eu NAO vou abandonar essa fic!!!



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Capitulo 50 – Estratégia.

Para Fred, o caminho lhe era moderadamente familiar, claro que se lembrava do caminho preciso, e seu cheiro ainda estava lá, era bem mais fraco, mas ainda marcava o caminho. Na lógica, entedia a posição defensiva que o bando assumiu, deixando os lutadores à frente e atrás. Só não entendia porque as duas menores vampiras seriam parte disso, talvez por terem algum dom? Por serem mais velhas? Fred não sabia, mas podia sentir que Bree não fazia as mesmas ponderações, preocupada demais com uma possível luta.

Então casa estava à vista e todos ouviram quando Bree soltou o folego. Agora, sem estar pressionado pelo tempo ou preocupado com a reunião eminente, Fred tomou seu tempo para estar impressionado também. A casa branca era verdadeiramente imponente, mas sem ser sem classe. Cinco andares se contassem o sótão que, diferente dos outros, só tinha uma janela circular. Todos os cômodos eram muito abertos, os tetos bem altos. A casa era melhor descrita como mansão, proporcional e retangular, o primeiro piso era visivelmente maior. Colunas de suporte na varanda larga em estilo grego, enormes janelas podiam ser vistas em todos os andares. Bree nunca vira nada igual, parecia coisa de filme, a ideia de vampiros morando em um lugar assim a deixava desconcertada e pasma. Quando o ruivo leitor de mentes começou a falar ela ficou envergonhada ao perceber que sua boca estava aberta, mas ninguém pareceu se importar, mesmo o imenso vampiro de cabelo escuro só pareceu distraidamente divertido.

–Antes de entrarmos, acho que preciso explicar algumas coisas – o leitor de mentes suspirou – As noticias... não são boas.

–Qual parte disso tudo é boa? – o maior deles perguntou, sarcástico, cruzando os braços, o que só serviu para acentuar seus enormes músculos e deixar Bree ainda mais nervosa, e não no bom sentido, a pequena vampira pensou desdenhosa, mas que imediatamente mudou para vergonha quando o leitor de mentes olhou para ela com uma sobrancelha arqueada, mas ele estava mais divertido do que qualquer outra coisa, o que só fez a vergonha de Bree aumentar.

–De fato – o leitor de mentes voltou sua atenção para o irmão – mas a situação é mais séria do que pensávamos. Riley está por trás das falhas de Alice. Riley Biers é do Texas, pelo o que eu entendi, está desaparecido desde 13 de abril do ano passado, vi uma noticia sobre ele quando tentávamos rastrear Victoria. É ele quem está fazendo as todas as decisões. Mas, mais alarmante que isso: não eram um pouco mais de 20, são 43 ao total contando com Bree e Fred.

Bree assistiu enquanto os olhos tão claros, dourados feito o sol mesmo de noite se arregalavam. A mulher mais velha soltou um som engasgado, foi a que mais reagiu, a mulher, garota quase, de longos cabelos castanhos estava com as sobrancelhas o mais alto possíveis.

–Como esse Riley está controlando tantos recém-criados? – foi o loiro cheio de cicatrizes que perguntou, abismado e relutantemente impressionado.

–Pelo o que parece, ele dividiu o grupo na metade e os mantém afastados – o ruivo respondeu.

–Não é má tática – o loiro falou por fim.

–Comentários à parte, precisamos nos focar – falou o loiro mais velho, que até então se manteve em silencio, Carlisle, Bree achava que este era seu nome, muito estranho, nunca tinha conhecido ninguém com esse nome, duvidava que sequer iria conseguir pronunciá-lo direito.

Bree não entendia o que estava acontecendo, mas Fred parecia calmo e ela confiava nele.

–Primeiramente... – e ele se voltou para ela e Fred, os músculos de Bree retesaram e ela teve de lutar o impulso de correr – queria agradecer. Posso apreciar o tamanho do perigo que se colocaram e no risco da aposta que fizeram em nós. Por isso... obrigado.

Era claro que os dois vampiros recém-criados não esperavam por isso. Mas o loiro só sorriu serenamente e indicou a casa, mas o outro loiro, o assustador o deteve.

–Carlisle? Posso ter uma palavra? – e acenou para a vampira de longos cabelos castanhos que só ergueu uma sobrancelha e acenou de volta.

Bree assistiu enquanto os dois saiam de sua vista, mesmo estando relativamente perto, para um vampiro pelo menos, de repente ela não conseguia sequer ouvir a conversa que os dois estavam claramente tendo. Seus olhos se arregalaram, o que estava acontecendo? Carlisle parecia se agravar mais e mais enquanto a expressão do outro loiro parecia tentar convence-lo, por fim Carlisle assentiu e Bree conseguia ouvir suas respirações novamente. Ela olhou para Fred, mas seu amigo não parecia muito interessado nisso, estava com a atenção no leitor de mentes, Bree tinha a sensação de que ele estava passando todas as informações possíveis que achava importante.

–Fred, Bree? – Carlisle chamou e instantaneamente, os dois vampiros tinham sua atenção sobre ele. Era uma voz autoritária, não exatamente dura ou ríspida... Bree ficou surpresa ao reconhecer o tom que os pais usam quando queria a atenção dos filhos – por favor, são bem-vindos em nossa casa... precisamos conversar sobre alguns detalhes.

A mulher mais velha avançou a destrancou a porta dos fundos, ao lado da parede de vidro no que claramente era a sala de estar. Carlisle esperou até que o enorme vampiro de cabelo escuro e a loira escultural seguiram a mulher mais velha e indicou que deveriam segui-los. Bree pôde ouvir os cinco vampiros restantes logo atrás dela, o que a deixou desconfortável e se sentindo vulnerável.

Um clique e as luzes da enorme sala se acenderam e tudo ganhou cores quentes. Bree quase engasgou. Paredes brancas com belíssimos quadros e algumas fotos, de costas para ela havia um conjunto de sofás de couro branco que estavam de frente para a maior tevê de tela plana que já vira, havia inúmeros aparelhos conectados a ela, todos organizados no móvel abaixo; ao lado, mais próximo à entrada da frente uma escrivaninha com uma enorme e fina tela de computador. Logo à sua esquerda um belíssimo piano preto de cauda estava em um piso mais elevado, nunca achara que fosse ver um desses sem ser em filmes, e a sua direita uma escadaria de mármore em espiral. Mais um sofá na parede a sua direita, que também havia duas portas. Seguiu Carlisle até a porta da frente, atravessando o enorme espaço e viraram para a esquerda, tinha um corredor largo, mas curto que levava até o que parecia a mesa de jantar, o que não fazia sentido nenhum na cabeça de Bree.

–É mais decorativa – explicou a vampira com o cabelo mais longo que Bree já vira, era liso até as pontas, onde formavam pequenos cachinhos, se sentiu como uma criança ao fitar aqueles enormes olhos dourados. Tinham um brilho antigo neles – a usamos como... uma sala de reuniões.

“A usamos”? Quem é que fala assim? Pensou Bree consigo mesma.

–Por favor? – Carlisle indicou a mesa e Fred obedientemente se sentou, Bree seguiu a deixa mais hesitante. A pequena vampira percebeu que Carlisle se sentara na cabeceira e a mulher mais velha ficou de pé ao lado dele.

–Edward? – era o loiro assustador que falou.

–Primeiro acho que devemos nos apresentar... – interrompeu Carlisle, que se virou e gentilmente sorriu para Bree e Fred – eu me chamo Carlisle Cullen, esta é minha parceira, Esme – a mulher mais velha, de cabelos cor de mel acenou e também sorriu – e meus filhos. Edward e Bella – o leitor de mentes, Edward acenou com a cabeça uma vez e a vampira de cabelo castanho e enormes olhos de boneca ao seu lado ofereceu um sorriso educado e frio – Rosalie e Emmett – a loira só acenou como Edward e o enorme vampiro de antes abriu um sorriso imenso e assustador, que só apareceu aumentar quando Bree sentiu seus próprios olhos se arregalarem – e Alice e Jasper – o loiro cheio de cicatrizes acenou e a minúscula vampira de cabelo preto que se mantinha quieta e ainda quase em transe, piscou e sorriu animadamente.

Por fim Carlisle, Bree praticou o nome mais uma vez em sua cabeça acenou para que Edward continuasse.

–Teremos 41 inimigos ao total... 43 se Riley e Victoria decidirem se juntar... mesmo que ache pouco provável.

Quem era Victoria?

–Como tem tanta certeza de que é Victoria? – perguntou a vampira de cabelo castanho... Bella.

Bree teve a insana imagem de “Bela e a Fera”.

Edward só sorriu.

–Porque eu acho que tem razão, sobre ela eu digo – Bella só revirou os olhos.

–De qualquer jeito – Jasper estava ansioso para continuar.

–Sim, sim. Há... – Edward hesitou – há... o envolvimento dos Volturi.

Isso causou a reação dos demais. Em um pulo quase todos estavam de pé, todos discutindo ao mesmo tempo, em vozes elevadas demais para quem tem super-audição. E mesmo com todos falando ao mesmo tempo Bree ainda conseguia distinguir quem dizia o que.

–Acalmem-se! – a exclamação de Bella conseguiu a atenção dos demais, o que Bree conseguia compreender já que a vampira parecia tão quieta – que tipo de envolvimento?

–Bree presenciou os Volturi, quatro deles, conversarem com a criadora deles, que eu tenho quase certeza, que seja Victoria. Os Volturi estão a favor do ataque contra nós.

Ninguém falou nada. O silencio já era assustador o bastante. Bree estava quase explodindo com perguntas. Quem era essa Victoria, por que eles tinham tanta certeza de que esse era o nome de sua criadora, quem eram os Volturi?

–Bella? – Carlisle voltou-se para a filha por fim, cuja atenção estava firmemente em Edward, mas sua cabeça se virou de imediato para o loiro – se você puder acomodar Bree e Fred?

Por sua vez a vampira só ergueu uma sobrancelha, confusão em seu rosto perfeito. Mais emoção do que mostrara até aquele momento, o que era um sentimento ecoado por Jasper, Emmett e Rosalie, Bella virou a cabeça novamente para Edward, a expressão meio incrédula, mas o leitor de mentes só balançou a própria cabeça afirmativamente o que pareceu deixa-la ainda mais desconcertada. Bree tinha certeza de que ela iria discutir, mas ao invés disso, apenas acenou com cabeça.

–Por favor, se puderem me seguir? – e começou a guia-los para fora da sala de jantar com um ultimo olhar, que Bree não conseguiu identificar a emoção por trás, para Carlisle. Bree olhou uma ultima vez para cima de seu ombro e pôde ver os demais mexendo suas bocas, claramente conversando, mas não conseguia ouvir nada.

A passos moderadamente rápidos para um humano, a morena cruzou novamente o espaço até a enorme luxuosa escadaria de mármore, Bree conseguia ver uma porta logo abaixo dela.

–Ali é o escritório de nossa empresa – quase pulou quando a voz de violino de Bella surgiu – onde acabamos de sair era a sala de jantar, vocês entraram pela porta dos fundos logo ao lado da sala de estar que fica ao lado da cozinha – e acenou um aporta que Bree não havia sequer notado, ao lado do enorme piano preto e ao que parece, com alguma ordem silenciosa que Bree também não notou, alguém pediu a Bella que fizesse um tour com eles quando congelou um pouco.

–Empresa? Cozinha? – ficou envergonhada com um olhar divertido que Bella lhe lançou, mas não pôde evitar.

–Sim, realizamos todos os tramite legais através de nossa empresa, a cozinha é mais fachada, Esme se diverte reformando-as e mesmo que muito raro, seria estranho se algum humano nos visitasse e não tivéssemos cozinha.

Humanos visitando? – Bree estava começando a se sentir uma retardada, mas achava que não era realmente justo quando essa doida só atirava esse tipo de informação como se fosse o normal. Tipo: hey, o sol é verde. Fred parecia igualmente perplexo.

–Sim, eu, ou provavelmente Carlisle e Jasper vamos explicar e responder quaisquer perguntas que tenham depois... da reunião – Bree quase não conseguiu prender o riso com a palavra. Reunião de vampiros. O único fim que ela previa para algo do tipo era uma sala ensanguentada.

Por fim subiram o resto das escadas até o segundo piso.

–Quarto de Rosalie e Emmett, salão, quarto de jogos – indicou o lado direito do enorme corredor, onde haviam apenas três portas de cada lado e uma janela cumprida, mas meio estreita no fim. Mais quadros enfeitavam as paredes, extremamente realista, de casas, florestas e cidades – estúdio de Jasper, quarto de Alice e Jasper, ateliê de Alice – indicou o lado esquerdo do corredor.

Subiram mais um lance de escadas. Mais uma vez era um enorme corredor com apenas três portas de cada lado. Bree quase de um passo para trás quando pensou no tamanho desses quartos.

–Meu ateliê, escritório de Edward, meu quarto e de Edward – indicou o lado esquerdo do corredor – sala de instrumentos, almoxarifado e este é o quarto de hospedes.

E abriu a ultima porta à direita. Bree sugou a respiração pelos dentes. A decoração era simples e neutra, claramente um quarto de hospedes. Mas mais parecia um quarto de hotel, daqueles que só se viam em filmes de patricinhas ricas.

Havia uma enorme janela, de teto até o divã baixo cor creme, para oeste, direção para Seattle do lado esquerdo e outra janela logo à frente, dando para ver os jardins bem cuidados da casa, esta ia de teto à chão. Na parede do lado direito, bem no meio, uma enorme cama de casal, e ainda sobrava mais do que espaço o bastante para o sofá de veludo de dois lugares e enormes almofadas que estava ao lado da cama de frente para parede e uma grande tevê de tela plana, som surround dos dois lados da cama e do sofá. Havia duas portas do outro lado da cama, próximo à janela que dava à frente da casa, que Bree presumia uma delas ser o banheiro.

–É muito hospitaleiro de sua parte – Fred se pronunciou pela primeira vez, também impressionado com todo o ambiente.

Mas quando Bree se voltou para Bella, esta estava meio distraída, o rosto virado para o fim do corredor.

–Sim, não é nada demais. Bree – se sobressaltou ao ouvir seu nome – creio que algo de Alice ou meu lhe servirá e Fred, Edward ficará mais do que satisfeito em lhe emprestar algo.

Agora ambos estavam constrangidos.

–Não é necessário, Bella... – Fred começou, mas um movimento elegante e extremamente antiquado de mão os silenciou.

–Por favor, Esme nunca admitiria menos – em menos de um três segundos fora e voltara e já estava com algumas roupas em seus braços finos, indo direto para a segunda porta, a mais distante da cama.

Era um banheiro completo, com ducha, banheira e uma bancada de mármore preto com duas pias e dois vasos sanitários.

Bella pendurou as roupas junto com toalhas grossas e brancas que havia tirado do aparador abaixo da pia.

–Se quiserem, podem tomar um banho para se sentirem mais confortáveis – algo no tom de voz dela mudou o que chamou a atenção de Fred, mas não de Bree que ainda olhava admirada para o enorme banheiro. Tinha certo desconforto na voz de violino, o que realçava o sotaque de Bella e o tornava distinguível como italiano, o que antes era apenas um puxar de letras.

–Obrigado – Fred a estudava e viu quando seus olhos pousaram no chão por um segundo, não era por timidez ou algo do gênero, ela olhava insistentemente para um ponto especifico de chão, mais como se olhasse através dele.

–Por nada, se desculparem minha falta de cortesia, terei de me ausentar momentaneamente – e com isso ela desapareceu.

No andar de baixo, Bella não se surpreendeu por encontrar Emmett socando o escudo que deixara lá. Com um revirar de olhos, ela o dissolveu e somente os reflexos de vampiro salvaram Emmett de uma completa humilhação. Antes de falar qualquer coisa, formou outro escudo em volta de todos.

–Podia ter mandado uma mensagem – ela sibilou, tirando o celular do bolso traseiro e o balançando.

–Mas isso não seria nada divertido.

Rosalie deu um ressoante tapa no ombro do enorme e ridículo vampiro.

–Edward – Carlisle se virou.

–Sim, Bella, o pedido de ajuda e o auxilio que deram até agora é genuíno. Eles realmente não querem fazer parte do ataque. Mesmo assim, sendo recém-criados, não tem experiência nenhuma contra o tipo de batalha que vamos enfrentar. 43 vampiros é demais para eles. E mesmo 8 vampiros experientes e mais 10 transmorfos não tão experientes – Esme lançou um olhar reprovador a ele, que só deu de ombros, afinal o mais velho deles, só tinha pouco mais de um ano – podem não tomar conta.

–Estamos em menor numero de mais de 2 para 1 – resumiu Jasper com uma carranca violenta no rosto.

–Vamos assumir que eu esteja certa – Bella interrompeu – e que seja Victoria, duvido que ela vá participar. Vocês viram como ela se coloca perfeitamente fora da linha de fogo no verão passado, Edward você me disse que era quase um impulso que ela tinha para se manter fora de perigo, duvido que ela corra o risco de enfrentar a todos nós. Mas se enfrentar, se apoiando no fato de ter 40 e alguma coisa recém-nascidos, teremos a vantagem, afinal é muito pouco provável que ela saiba sobre os transmorfos, eles acham que terão a surpresa ao lado deles.

–Concordo com Bella – Jasper se virou para Carlisle – a ideia de uma boa estratégia não é acertar com o primeiro golpe, mas sim com o segundo. Victoria é bem cuidadosa, foi bem cuidadosa, principalmente em relação à Alice e a Edward, tomou o cuidado para deixar todas as decisões nas mãos de Riley e de que todos os recém-nascidos se referissem à sua criadora apenas como “ela”.

Bella nem reagiu, a vantagem do escudo dela, é que ela pode ouvir ecos em sua própria mente sobre o que está sendo discutido dentro de um físico, não é leitura de mentes, era mais como se alguém não percebesse que mais alguém estaria no mesmo cômodo. Então tudo o que Edward relatou a Carlisle em relação ao que Fred sabia, ela também escutara, mesmo que ainda estivesse confusa do motivo de Carlisle ter pedido a ela para escoltar Fred e Bree, ela teria sido muito mais útil ali.

–Mas isso tudo, é assumindo que Victoria está por trás dessa trama – Rosalie se pronunciou – ainda há a chance de não ser ela, pouco provável eu sei, mas ainda assim.

–Se seguirmos tudo o que sabemos sobre Victoria e sobre esse ataque, se encaixa perfeitamente – Alice finalmente saíra do transe, uma carranca tão violenta quanto à de seu parceiro, a cegueira não a agradava.

–Alice? – Esme perguntou gentilmente, mas a vidente só balançou a cabeça, pequena mechas de cabelo preto balançando junto.

–Não consigo ver o segundo grupo, provavelmente Victoria tem outro – ela bufou desdenhosa – “chefe” além de Riley tomando as decisões por ela, mas agora que sabemos quem está tomando as decisões por trás do primeiro grupo, de Bree e Fred, eu posso vê-los. Então tem isso. Consigo ver tudo sobre esse grupo, mas sei que há o segundo, consegui um relance, antes de apagar de novo. Ela os está mantendo no lado sul de Seattle, enquanto que o de Riley está ao norte.

–E quanto aos Volturi, que tipo de interesse eles podem ter em nos aniquilar? – Esme perguntou apavorada.

–Jasper pensou muito nisso – Edward se voltou para o irmão que só fez careta para ele.

–Ainda não tenho certeza, mas pense bem. Os noticiários de “acidentes”, de inúmeras mortes, “serial killers” sendo considerados. Os Volturi provavelmente acham que é uma guerra entre recém-nascidos.

–Mas então eles deveriam agir , antes de um ataque – replicou Rosalie, descrente.

–Também acho, é por isso que sua atitude não faz sentido para mim. O que eles esperam ganhar?

–Bree presenciou apenas quatro deles, pode ser que queiram que os dois grupos se enfrentem e diminuam os números eles próprios antes de enfrenta-los – sugeriu Carlisle.

–Pode ser – mas Jasper não parecia muito convencido.

–Volturi ou não, devemos voltar o foco para o que é mais urgente – Alice instou – ataque em 9 dias?

–Sim. Primeiro devemos informar os transmorfos e os Denali... talvez em luz das novas informações...

–Acho que não – a voz de Bella estava meio ríspida – me ocorreu algo quando Fred e Bree vieram a nós. Como exatamente, os Denali descobriram que Laurent sequer estava morto?

Isso silenciou a todos. Noticias sobre outros da espécie não eram comuns, aliá eram bem raras sem um informante direto. Fora a exceção sobre recém-nascidos que faziam noticia.

–Você acha... – Jasper começou hesitante – que Victoria...

–Os Denali não são tolos, seria mais do que suspeito se algum dos Volturi fosse até eles. Bree pensou sobre isso, certo? – Bella se voltou para o parceiro que acenou com a cabeça, a expressão pensativa e sombria – Victoria, “ela”, que seja, teria apenas cinco dias, mas Riley deu dez aos recém-criados para afinar suas habilidades. E se a criadora lhes desse um motivo para lhe dar mais tempo?

–Mas isso iria contra tudo o que os Volturi tentaram lutar! Isso iria querer dizer que os Volturi sabem quem os recém-criados enfrentarão e querem nos eliminar – como um antigo soldado do sul, Jasper estava mais do que relutante em aceitar uma realidade tão obscura sobre aqueles que colocaram um mínimo de ordem naquelas terras.

Victoria indo até Denali e usando esse argumento para convencer os Volturi a lhe dar um prazo maior... significaria que os Volturi queriam eliminar os Cullen.

–Então uma explicação! – as vozes de ambos agora estavam elevadas, fortemente carregadas com os respectivos sotaques, estavam tão tensos, enfrentando um ao outro que não tiveram de se esforçar muito para ignorar o comentário infeliz de Emmett.

–Se não fosse uma situação tão ruim seria tão engraçado.

–Mas isso foi há semanas!

–O que garante que a criadora não fez o argumento depois de Diego e Bree se afastarem?

–Mas para que você teima em acreditar nisso?

–Vamos nos acalmar – Carlisle pediu, a voz autoritária – Jasper, Bella tem certa razão. Não estou dizendo que os Volturi de alguma forma estão agindo dessa forma. Sim, Bella levantou uma questão muito boa, que vamos investigar, mas jogar acusações desse modo não vai ajudar a ninguém e tampouco nos ajudará agora. Alice? Consegue ver o ataque?

–Consigo ver o primeiro grupo, não sei por que, mas o segundo fica muito embaçado, mas está mais claro do que agora que estão em Seattle.

–Tudo bem, vamos excluir os Denali por agora – Carlisle cedeu – teremos de tomar cuidado como iremos fazer isso.

–Sim, no momento temos todas as variáveis – Jasper facilmente voltou ao estado militaríssimo – temos quase certeza de quem está por trás, os números e o próprio plano de ataque deles. Podemos começar a bolar uma estratégia.

–Bella? Pode chamar os nossos convidados para a biblioteca? Temo que eles estejam extremamente curiosos à essa altura.

–Tudo bem... só por curiosidade... por que eu é que estou... os guiando?

Carlisle só sorriu enquanto os demais começavam a dispersar, Alice falando rapidamente com Jasper e Emmett, Rosalie vendo um noticiário, empoleirada no encosto do sofá, Esme e Edward trocando ideia não muito longe de Emmett.

–Você consegue deixar as pessoas à vontade.


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Notas finais do capítulo

muita gente pediu pra trocar/preferiu a antiga capa, o que é uma pena porque eu gostava mais dessa, mas o que o fregues quer, o fregues terá C: