A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 49
Civilizado


Notas iniciais do capítulo

EU NÃO VOU ABADONAR A FIC!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só estou sem tempo de escrever os caps, assim que eu acabo um e reviso ele eu já posto no mesmo minuto, mas a facul ta ocupando muito tempo, esse feriado consegui chegar na metade desse cap e consegui acabar ele agr...
boa leitura povo =*
PS-Atualizei a capa!!!!! Yay Gostei mais dessa, peguei a ideia da foto de Katherine de Vampire Diaries...



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Capitulo 49 – Civilizado.

Bem, Bella pensou, isso ficou ainda mais complicado. Se é que isso era possível, a escudo fez uma careta.

Depois que ela, Emmett, Esme e Jasper seguiram a trilha, Esme expressou sua preocupação de estarem indo demais para o leste, antes de chegarem a um depósito abandonado. O cheiro era forte ali, pinheiro e mar, doce como qualquer cheiro de vampiro.

Era claro que ninguém ia lá há anos, perfeito cenário de filme de terror, as paredes de ferro delapidadas e enferrujadas, de um vermelho desbotado, poeira e sujeira cobriam todas as janelas que não estavam quebradas.

Os quatro vampiros não podiam ouvir uma única respiração lá dentro, mas o cheiro estava fresco, menos de uma hora e muito forte, como se esse visitante tivesse corrido por toda a casa e em volta dela, propositalmente deixando seu cheiro.

–Armadilha? – Bella ponderou em latim, era inútil disfarçar se houvesse um vampiro por perto, então no geral os Cullen simplesmente falavam em outra língua no caso de alguém estar escutando.

–Talvez – Jasper respondeu na mesma língua liderando a fila – Bella?

–Não há ninguém num diâmetro de 5 km – garantiu, começando a se acalmar, mas sem baixar a guarda.

–Vejam! – pediu Esme apontando para uma das únicas janelas intactas, do outro lado, preso com fita adesiva havia um pequeno papel retangular, novo demais, se destacando da paisagem.

Bella se cobriu completamente com seus escudos, os outros três Cullen observavam enquanto uma bolha do que parecia ser vidro se formava ao redor dela e a levantava do chão, para humano iria parecer que a escudo estava voando. A vampira se aproximou e com apenas um peteleco quebrou a janela, pegou o papel e retornou do mesmo jeito que foi. Assim que seu escudo físico se dissipou, Emmett, Esme e Jasper podiam sentir o cheiro de pinheiro e mar, o visitante.

–Bella? – Jasper se aproximou.

–Aqui diz “Mercador de Veneza: 267, 77, 50, 56, 78, 23, 16, 49, 90, 100, 398, 68, 55, 32, 55, 43, 29, 145, 210, 275, 300, 65, 86, 298”.

–O que? – a expressão de Emmett teria sido engraçada em qualquer outra situação, Esme estava preocupada, Jasper e Bella tinham expressões pensativas.

–Talvez alguma senha...? – as sobrancelhas de Jasper estavam unidas em confusão, mas virou para a irmã quando Bella levantou a cabeça, seus olhos dourados arregalados.

–É um código-padrão. Ele diz “Mercador de Veneza”, o nome de um livro, os números indicam as páginas, a primeira palavra do primeiro parágrafo de cada página vai compor a frase, uma mensagem... deixo ver pagina 267... ‘Não’ ‘desejo’ ‘lutar’ ‘preciso’ ‘de’ ‘ajuda’ ‘me’ ‘encontrem’ ‘daqui’ ‘dois’ ‘dias’ ‘depois’ ‘do’ ‘por’ ‘do’ ‘sol’ ‘aqui’ ‘posso’ ‘falar’ ‘sobre’ ‘seus’ ‘inimigos’ ‘na’ ‘cidade’.

Era nessas horas que a memória de vampiro era tão útil, Jasper pareceu mais animado, Esme orgulhosa e Emmett olhava a escudo como se ela fosse uma alienígena.

–Mas como é que você sabe disso?

–Usávamos muito esse código no tempo em que eu ainda era humana, os mensageiros que entregavam as cartas tinham fama de fofoqueiros e não podiam pesquisar nos livros já que tinham um prazo, e depois... eu li “O Código Da Vinci” e me interessei por esses “códigos” históricos – deu de ombros. A boca de Emmett caiu mais ainda.

–Sua NERD! Não posso acreditar que eu possa ter uma irmã tão NERD!

Agora que a animação de Jasper havia passado, o loiro começava a planejar, tinha muita chance de ser um truque, uma armadilha. Se esse vampiro teve todo esse trabalho, deve ter pensado que assumiriam isso, estava se arriscando muito e não parecia estar junto com o outro vampiro, o que tinha entrado na casa... o que isso significava? Não podiam seguir o resto do rastro, este não era tão novato quanto Jasper inicialmente pensou, assim que deixou a mensagem pulara direto no rio, não emergiu nenhuma vez até quase o limite do país.

–O que acha? – perguntou a Bella, tentando ignorar Emmett ainda reclamando sobre a “nerdice” da irmã.

A escudo só levantou uma sobrancelha e o encarou de soslaio, sequer virara a cabeça.

–Acho que deve primeiro ouvir a opinião de Carlisle sobre isso.

Jasper teria sorrido se não estivesse tão frustrado. Bella tinha 174 anos de vida como vampira, era mais velha até do que ele, e Jasper respeitava sua opinião como estrategista e combatente, afinal, pensou com um sorriso meio sombrio, fora Carlisle, era a única que conseguia vencê-lo em uma luta de habilidade, sem dons, apenas os truques que sabiam. E mesmo assim às vezes esquecia que Bella havia nascido como humana em uma época anterior à sua, com um conservadorismo muito mais agressivo do que jamais vira, o que significava que, apesar do recente progresso, a vampira centenária ainda não estava totalmente acostumada a se expressar tão abertamente.

–Mas eu pedi a sua – conseguiu deixar sua voz relativamente sem emoção, mas se o revirar de olhos da irmã indicou alguma coisa, Bella podia detectar uma meia-voz de sarcasmo.

–Acho que devemos arriscar – respondeu por fim – não temos muita escolha no assunto e honestamente, sem querer agir como Emmett, estou cansada de ficar não fazer nada. Humanos demais estão morrendo, Victoria, os recém-nascidos, e essa é nossa única pista. Carlisle está nos subestimando, me subestimado, sou mais do que capaz de proteger a todos se algo der errado amanhã.

O empata tinha as sobrancelhas claras quase na linha do cabelo. Parecia que frustração de toda essa historia conseguiu acabar mesmo com paciência de Bella. Quase bufou, só imaginava como Emmett estaria se sentindo, não era à toa que estava mais irritante que de costume, quase tivera que arremessá-lo para o outro lado da floresta quando o vampiro não parava de cantar músicas da Disney.

–Alguma sorte? – Jasper perguntou assim que entrara na espaçosa sala da casa dos Cullen, o restante da família já estava ali.

Carlisle e Edward trocaram um olhar, Alice estava com uma carranca quase parecida com a de Rosalie.

–O rastro se estendia no contorno do Rio Sol Duc, esta não era a primeira vez que ele ou ela nos “visitou”, os cheiros só se cruzaram uma vez, mas não vieram juntos, aquele que vocês perseguiram estava mais fresco, apenas horas de diferença. Passou, mas não entrou em Sequim, Shelton e Port Angeles. Seguimos direto para Tacoma, lá ele fez muitos caminhos, parece ter mais experiência em nos despistar, consegui encontrar um rastro mais fresco, indo para Seattle. Mas o detalhe é: os dois cheiros só tinham, no máximo, uma hora de diferença, realmente não creio que estejam juntos.

Carlisle deixou que absorvessem essa informação. Percebeu que Jasper ficou mais animado.

–E vocês?

Jasper contou o que descobriram, com Emmett jogando um comentário ou outro, por fim Bella lhe estendeu o bilhete. Cheiro de pinheiro e mar se desprendeu do papel.

–Vamos fazer isso. Bella, estou contando com você – a escudo assentiu, determinada.

Carlisle se virou para Alice que ainda estava aborrecida por ter perdido o intruso.

–Alice?

A expressão da vidente ficou vaga por alguns instantes. Edward ergueu uma sobrancelha quando viu os acontecimentos.

–Bem... isso é... diferente – concluiu por fim.

Quando Fred voltou, tudo o que encontrou foram cinzas do que costumava ser algum idiota. Estava muito impressionado com o fato de que Bree fez isso. Mas sua expressão claramente dizia que estava miserável demais para responder às perguntas que sabia que o amigo tinha, Fred prendeu um rosnado com dificuldade ao ver uma linha fina, como uma cicatriz de um corte, em seu antebraço, alguém, provavelmente aquele que tinha sido incinerado, havia arrancado aquela parte de seu braço. Talvez nem tanto quanto o sucesso de Bree em uma luta com um daqueles malucos, estava surpreso com o fato de Kevin ainda estar intacto, ainda com a expressão raivosa, mas rabugenta e frustrada o que realmente o deixara confuso.

Fred voltou à sua posição, meio escondido, meio encolhido do lado de um sofá no canto de uma parede na face oposta à porta, o que os deixava, mesmo sem o dom do loiro, meio fora da visão dos demais.

Pegou a caneta que roubara de uma casa no caminho e rabiscou uma pergunta nas paginas de um dos livros. “A Culpa é das Estrelas” se chamava, só havia lido a interface.

Tudo bem?

Bree olhou de lado, suspirou baixinho, infeliz e pegou a caneta oferecida, sabia o que ele queria saber. Ficou meio constrangida, a letras de Fred era bem mais elegante, mas o loiro não parecia se importar com isso.

Kevin e um amigo idiota começaram uma briga, consegui arrancar a cabeça do amigo, Riley chegou antes que Kevin pudesse arrancar mais alguma coisa além do meu braço.

E indicou a linha fina que Fred havia visto mais cedo. O vampiro franziu o cenho, mas voltou a ler quando uma nova pergunta quase se materializou na folha de tão rápido que Bree a escreveu.

Onde esteve? Havia curiosidade em seus olhos carmesins.

É claro que ela ia notar que Fred havia demorado muito mais dessa vez do que nas outras que havia saído para caçar.

Vem comigo depois de amanhã para um lugar?

As sobrancelhas escuras e finas de Bree quase chegaram ao cabelo. Isso era inesperado, principalmente vindo dele. Antes que pudesse estragar tudo ficando com vergonha ou pior: dar um risinho idiota, ficou confusa, o que estava agradecendo a qualquer Deus que exista em qualquer cultura.

Onde iriamos?

Acho que sei de um modo de não participarmos disso.

Já a convenceu.

Na noite seguinte Riley apareceu com uma sacola em mãos, era uma daquelas mochilas de porte médio que colegiais no geral usavam. Mas não parecia dar muita importância à ela, repetiu as mesmas instruções da noite anterior, os ensinava a flanquear, a atacar e nos defender, mas assim como as regras originai “se mantenha fora de vista”, “não chamem a atenção”, “cacem discretamente” fazia o mesmo ali, era ridículo, se Bree estivesse sendo sincera. “Mantenham-se focados”, “não ataquem diretamente”, “cuidado com a retaguarda” e repetir. Pareciam instruções da garrafa de shampoo.

Naquela mesma noite, Riley os levou para caçar. Não humanos quaisquer, mas saudáveis, sem drogas ou inanição. Era o sangue mais puro e limpo que Bree já provara até então. Era intoxicante.

O bando se movia como um cardume de tubarões, vultos brancos contra a agua, provavelmente era isso que os humanos assumiriam ao verem a cena na baía.

–Vamos crianças – incentivou Riley – ali está a recompensa de seu trabalho duro.

Apontou para um enorme navio, muito provavelmente vindo do Canadá, turismo ou algo gênero, Bree pensou. Os 25 vampiros conseguiam ouvir as centenas de humanos lá dentro

Na noite seguinte saíram quando a casa estava quase que vazia, os únicos que realmente ficavam a noite toda naquele porão quando Riley não os deixa sair eram aqueles que estavam apavorados demais de desobedecê-lo. Sabiam as consequências, mas também havia aqueles cuja sede ditavam as regras e não conseguiam evitar se não procurar por mais sangue. Pularam uma janela quebrada, pelas reações lá dentro, ninguém pareceu notar.

Fred se esgueirava com impressionante habilidade, pulando edifícios, correndo pelas ruas. Bree tentava copiar seus movimentos furtivos e discretos, mas parecia desengonçada perto dele.

Correram durante muito tempo, Bree sempre estando meio atrás dele, meio a seu lado. Ficava mais e mais apreensiva quando se embrenharam em uma floresta, não sabia onde estavam indo, sequer sabia onde estavam, mas Fred corria com proposito, como se tivesse um mapa em sua frente, se desviando e fazendo curvas com precisão e determinação. Finalmente seguiam paralelo a um rio e Bree foi atingida pelo cheiro. Era doce e bom, mas não de um modo apetitoso e sim como o mais rico perfume no mundo ou no caso como o maior sinal de PERIGO do mundo, Bree pensou desesperada, mas seu amigo não desacelerou, nem hesitou.

Sua respiração parou.

Tentou se acalmar. Fred era inteligente e sensato, sabia o que estava fazendo. Mas mesmo assim... inspirou profundamente, tentando se concentrar. Era a primeira que tentava fazer isso, mas chutava pra mais de 5 cheiros diferentes. Riley tinha dito que haviam 8, mas a palavra de Riley não valia muito.

De repente, Fred parou, Bree parou bem ao seu lado, estavam em um antigo deposito, o cheiro estava ainda mais forte ali, deixou Bree apavorada, mas conseguia sentir cheiro de pinheiro e mar, Fred também esteve ali.

Antes que pudesse examinar mais do que isso ouviu passos. Eram rápidos, leves, precisos, graciosos e poderosos, o som de respiração e sem batimentos. Vampiros. Pelo menos nisso, Riley foi verdadeiro, havia oito deles. Bree, petrificada por medo, deu um passo pra trás, Fred colocou uma mão em seu ombro.

A pequena vampira pensou que se seu coração ainda batesse, já teria tido um ataque cardíaco. O que Fred estaria pensando? Será que estava ficando louco? Quando olhou de soslaio para o amigo percebeu que não era louco, só desesperado. Mas ele podia fugir, seu dom o faria invisível, praticamente apagaria sua existência da mente das pessoas, claro por apenas 20 minutos, mas 20 minutos para um vampiro significavam quase 60 km, mais se o vampiro for rápido. Então por que se arriscar tanto? Antes que pudesse pensar mais sobre o assunto, congelou no lugar. Eles chegaram e Bree perdeu a fala.

Da floresta, os primeiros a surgir foram dois homens. O primeiro era um loiro. Alto, de porte físico saudável. Seu cabelo loiro platinado e liso era perfeitamente penteado para trás, uma mecha alcançava a maça do rosto anguloso, vestia uma camisa cinza-azulada e calça preta social, sapatos combinando; o segundo era mais magro e parecia mais jovem, mas era igualmente alto, seu cabelo era tom castanho avermelhado, acobreado em uma bagunça arrumada, trajando camisa preta social para fora dos jeans e sapatos, como uma mistura de um homem mais velho com um adolescente.

Logo depois deles vieram quatro mulheres, tão absurdamente lindas que Bree sentiu um golpe de inveja; mais elegantes e de maior beleza do que qualquer vampira que já tenha visto até aquele momento.

A primeira era a de corrida mais rápida, Bree conseguiu escutar seus passos, um pouco mais rápidos que a das demais; era bem baixinha, mais baixa até do que os 1m54 de Bree, seus olhos de vampira somavam uns 1m47, cabelos lisos repicados, pretos feito piche, feições pequenas e delicadas como as de uma fada, magra como uma também, com sua memoria de pedra, tinha certeza que vira o que esta vampira estava usando na capa de uma revista Vogue, jeans pretas com lantejoulas vermelhas e brancas nos bolsos e costura branca, sapatinhos de boneca cor creme e uma blusa estampada em cinza, branco e azul. A segunda mais rápida não parecia muito mais velha que Bree, mas isso não queria dizer nada quando se era o que eram, tinha cabelo extremamente cumprido de um castanho chocolate que ia até a metade das coxas onde acabava em pequenos cachinhos, repartido de lado, emoldurava seu rosto em formato de coração, algumas mechas caiam sob os maiores olhos de boneca que Bree já tinha visto, vestia camiseta verde escura de manga cumprida com um logo branco, jeans skinny e UGGS baixas pretas, mais ou menos 1,62. A próxima era bem mais alta, 1m74, escultural no ponto de parecer impossível, tinha uma beleza igualmente insana, palavras faltavam para descrevê-la propriamente, cabelos cacheados loiro-ouro iam até a metade das costas, camisa roxa, calça preta e botas de couro preto cano longo. A ultima parecia saída de um conto de fadas, se a primeira era uma fada, a segunda uma boneca de porcelana e a terceira uma daquelas modelos em capas de revista que as pessoas sabiam que não eram reais, então a ultima era a Branca De Neve, tinha um ar gentil sobre ela, cabelos cor de mel, levemente ondulados chegavam até um pouco depois dos ombros, não parecia estar tão em forma como as demais, seu corpo parecia ligeiramente mais arredondado. Não era nada, como se as três mais jovens, ao menos fisicamente, malhassem e ela não.

Bree estava quase relaxando quando todo seu senso de segurança se esvaiu completamente, o que, a sua espaçosa mente teve mais do que espaço suficiente para lhe deixar um senso de confusão. Afinal não dava para extrair algo que nem estava lá. Mas era verdade, Bree pensou. A expressão daquele de cabelo acobreado e a loira estava neutros e frios, no caso da loira mais frios do que neutros enquanto que as mulheres mais baixas os encaravam com certa curiosidade. Apesar de cautelosos, os olhos dourados não estavam hostis, na verdade, os olhares do loiro e da mulher fisicamente mais velha eram tão serenos e gentis que Bree quase deixara seus ombros relaxarem.

Não mais. Mais dois vampiros se juntaram ao grupo e Bree quase disparara na direção oposta.

Apesar do primeiro ser fisicamente mais imponente, alto com 1m95, músculos enormes cobrindo todo o corpo e vestido esportivamente, com moletom branco de capuz, jeans e tênis de corrida, era o ultimo, o que tinha a retaguarda do grupo inteiro que Bree não tirava os olhos. Era loiro, como o primeiro que surgira, mas nem de longe passaria a mesma calma. Nunca vira um vampiro tão dilacerado na vida. Inúmeras cicatrizes em formato de meia-lua cobriam seu pescoço, sua mandíbula, com certeza mais se espalhavam escondidas atrás de uma camisa social marrom escuro, suas mãos eram evidencia disso, pelo menos umas 10 em cada. E cada uma era como troféu, cada uma ganha em batalha. Quantas seriam? Mais do que Bree tinha coragem de sequer cogitar. E nunca perdera. O interessante é que não sentia menor vontade de lutar.

Com Kristie, Raoul, Kevin, sentia raiva e o instinto de pular na garganta deles. Eles eram o perigo e deveria ser eliminados, era assim que a parte mais primitiva de sua mente pensava, mas sabia que perderia e morreria. Esse conhecimento era o que a parava, era o que a fazia procurar por abrigo tão fervorosamente. Porque o medo era maior que a raiva e isso a dava controle o bastante sobre esse instinto suicida de lutar. Mas com esse vampiro? O único instinto que existia era o de fugir. Como os animais. Tinha o instinto de proteger sua caça, de lutar por ela, por seu território ou simplesmente de eliminar o perigo, mas eles também fugiam, pressentiam desastres naturais como furacões, terremotos, tsunamis e iam para o lado oposto. Nesse momento, esse guerreiro loiro, coberto de cicatrizes era o maior vulcão em erupção que já vira e estava a menos de 15 m dele.

Quase ofegou, mas Fred apertou-lhe um pouco o braço, estava apreensivo e ficou meio preocupado ao ver o loiro, mas não recuou, parecia concentrado em algo e Bree se perguntou se estaria usando seu dom, mas nenhum dos outros vampiros parecia enojado. O segundo, de cabelo cobre parecia tão concentrado quanto Fred, assim como a menor das moças, não era bem concentração que refletia em seus olhos dourados, era mais vazio, como se estivesse em transe. Parecia que os demais procuravam o mais jovem como guia, ocasionalmente lançando olhares para o loiro mais velho.

O ruivo ficou olhando para Fred por vários segundos, pelo menos 1 minuto e Fred, atento como ele é, percebeu que o ruivo estava mais intrigado do que hostil e olhou diretamente nos olhos dele, Bree começou a entender e se sentiu burra por não ter percebido antes. O homem de cabelo cor de cobre deve ser aquele que Riley lhes dissera possuir o dom de ler a mente. O que quer que Fred tenha lhe... pensado, pareceu convencer o ruivo que de repente começou a rir. O som tão repentino e fora de lugar na atmosfera tensa que Bree pulou, o que quase a fez morrer de vergonha já que todos os outros, mesmo Fred só enrijeceram. Ótimo, agora se sentia como uma criancinha de 10 anos numa reunião séria de adultos.

E foi isso, 1 minuto depois de chegarem já estava tudo resolvido.

–Está tudo bem, Carlisle – se virou para o loiro mais velho, Carlisle – eles não vão nos machucar, querem nossa ajuda e tem informações que você pode achar interessante e, infelizmente, não são muito boas. Mas nós podemos ajuda-los e eles podem no ajudar em troca.

Uma das mulheres. A de cabelo extremamente cumprido cor de chocolate e olhos enormes se aproximou do ruivo e lhe tocou o braço, Bree percebeu uma expressão leve de concentração tomar seu rosto de anjo e o leitor de mentes acenou uma vez.

–Bem, creio que temos uma reviravolta um tanto surpresa – concluiu Carlisle, tomando a dianteira, o outro, o ruivo deu alguns passos para trás respeitosamente.

–Antes de mais nada, acho devemos levar nossos convidados até em casa – a mulher mais velha, de cabelos cor de mel tinha uma voz extremamente doce.

A loira, a linda de morrer, fez uma carranca tão feroz, que por um momento Bree pensou que ela fosse rosnar, mas só bufou e jogou o cabelo para trás.

Fred falou pela primeira vez.

–Meu nome é Fred e esta é Bree. Obrigado pela compreensão e pela ajuda.

–Sim – concordou o leitor de mentes – e não se preocupem nossa companhia é bem civilizada.

Bree não sabia se ele se referia a si mesmo e a seu bando ou a eles.


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