A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 36
A Pequena Chama que Não se Permite Apagar.


Notas iniciais do capítulo

ME DESCUUUULPEEEEM!! Sério, pedrão de verdade!!!
Eu to MUITO estressada nesse ultimo semestre de escola, tá tendo provão muito perto e eu simplesmente não consegui acabar o capitulo! Só queria avisar que:
1 - a maioria quer a Renesmee na história, mas tem um grande número que NÃO quer ela como filha de Edward e Bella, então eu vou ter de pensar como eu vou fazer isso... tehee~~ mas não se preocupem ela ainda não vai aparecer por uns caps ainda... vários, provavelmente... aliás... já me entenderam né?
2 - as atualizações vão acontecer meio que raramente, mas já tá pertinho das férias... desculpem meeesmo, mas eu ainda to no colegial e ele tá acabando comigo!!!! T.T Nas férias, eu vou "sumir" pelas primeiras duas semanas, mas até o fim de janeiro do ano que vem vamos estar pelo menos no fim de Lua Nova na cronologia Twilight, eu prometo bastante caps da terceira semana de dezembro até o fim de janeiro!!!!
Beijos =*
Aproveitem a leitura!



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Capítulo 36 – A Pequena Chama que Não se Permite Apagar.

Imortal significa que você não morre. Ponto final.

Então, de certa forma, mesmo os próprios Cullen duvidavam que tal coisa existisse, afinal, eles podiam morrer. Não pelo modo mais convencional que um humano pensaria, mas podiam.

Não é que eles não podiam morrer, era só muito difícil, na concepção humana, de mata-los.

Mesmo assim, eram raras as ocasiões que um clã como o Cullen se sentiu tão pressionado. A família estava espalhada pela sala de estar. Emmett passando tão rapidamente pelos canais que seu dedo ficava invisível, Rosalie ao seu lado, a cabeça descansando no enorme ombro do vampiro. Alice estava desenhando com a cabeça no colo de Jasper, Esme e Carlisle nos jardins do quintal, Bella pintando uma das florestas do Canadá no seu estúdio, Edward deitado do divã de mogno com almofadas verdes recém adicionado no canto. Todos tinham muito em que pensar. As revelações de Edward deram alguns insights, mas também muito o que pensar... principalmente Alice.

-Ele não ia revelar mais nada quando eu decidi intervir – disse Edward assim que todos já haviam se acomodado – James ia atacar assim que acabasse de falar.

Alice fez uma careta, não havia visto isso.

-Edward? – Bella colocou uma mão no ombro do parceiro.

O leitor de mente hesitou... o passado de Alice não era nenhum conto de fadas, mas a irmã era forte e teimosa, sabia que ela iria superar.

-Alice... você realmente estava internada num asilo... James e Victoria torturaram e extraíram quaisquer informações sobre você daquele vampiro antigo que trabalhava como zelador no asilo. Você contou poucas coisas para ele, mas era claro que confiava nele.

A vidente acenou para que ele continuasse.

“Você nasceu em Biloxi, Mississipi. Já tinha visões quando criança, pequenos flashes, desde criança, se sentia tola quando errava por isso que quando cresceu hesitava em contar sobre elas, mas havia ocasiões em que simplesmente as contava impulsivamente... às vezes recebia punições severas de seu pai. Quando você tinha 18 anos teve uma visão de um homem matando sua mãe. Você se desesperou, o pânico, seu, da sua mãe e da sua irmã mais nova enfureceu seu pai e ele exigiu que continuassem com as vidas”.

“Tentou avisar sua mãe, apesar dela ter trabalho a fazer, tentava ser tão cuidadosa quanto você parecia estar exigindo desesperadamente que ela fosse, mas meses se passaram sem que nada acontecesse ela começou a ficar mais descuidada. Uma noite você teve uma visão bem clara de um homem dirigindo um modelo T jogando a charrete de sua mãe para fora. No momento que teve a visão, sabia que já era tarde”.

“A morte foi declarada acidental, você tentou falar a todos a verdade, mas não tinha uma boa fama. Entre outros casos, você havia avisado a uma amiga para não se casar com um homem, mas ela não lhe deu ouvidos, mais tarde descobriu que a família dele tinha histórico de insanidade, ela lhe culpou dizendo que você a havia amaldiçoado, também tentou avisar seu primo favorito de não realizar uma viagem e ele acabou morrendo em um acidente, seus tios também te culparam. Muitos te chamavam de bruxa ou feiticeira.”

“Nem seis meses depois, seu pai se casou de novo com uma moça só 10 anos mais velha que você. Mesmo sem suas visões você era inteligente, a nova madrasta te destratava e fazia comentários descuidados, você percebeu que os preparativos do casamento não eram daquele momento e comentou com seu pai, ele reagiu com raiva por você ter acusado a sua nova esposa... então teve uma visão...”

Edward respirou fundo.

“Na visão, seu pai dava dinheiro ao mesmo homem que matou sua mãe. Esse homem aparecia na sua frente com uma faca. Escolheu a pessoa errada para contar”.

O vampiro se interrompeu com o som engasgado de Esme. A atmosfera estava tão densa que quase se podia corta-la com uma faca.

Desesperado para interromper o silencio perturbador, Emmett fez um gesto com a mão para que Edward continuasse a falar.

“Você correu bastante naquele dia, pelo menos 30 km. Primeiro foi à casa dos seus tios, mas eles ainda lhe culpavam por causa da morte do filho deles e te expulsaram, então foi até à casa do xerife. Só que quando chegou lá, seu pai, madrasta e tia estavam lá e já haviam contado a todos que havia enlouquecido. Provavelmente usaram suborno para que o xerife a levasse para aquele asilo, que era longe da sua antiga cidade”.

“James foi sincero quando disse como você conheceu o vampiro. Trabalhando de zelador, ele se aproveitava do fato de que ninguém iria sentir falta dos humanos por ali. Da sua vida humana isso foi tudo o que contou a ele. Acabou se apegando a você. Cuidava de você e, sempre que podia, te protegia dos horrores do tratamento ao qual era submetida”.

Observando a mente e a expressão do empata da família, Edward falou as próximas palavras hesitante e cuidadosamente.

“Você recebia tratamento de choque. Foi esse tratamento que causou a perda de memória...”.

“Mesmo depois do tratamento, o vampiro te fez companhia e cuidava de você e te testou novamente, vendo que seu dom não tinja enfraquecido. Foi quando você teve uma visão de James pegando seu cheiro e te seguindo – balançando a caneca, o leitor de mentes admitia que James era um excelente caçador – e então contou para o vampiro”.

“Ele tentou encontrar formas de te proteger. Mas todas acabavam com vocês dois ou só você morta. Simplesmente não havia saída”.

“Ele sabia que James era bom lutador e sabia que não iria conseguir. Mas depois de confirmar que te transformar iria salva-la, mas só se tivesse mais tempo. Tempo que ele iria comprar para você”.

“Ele te mordeu e te escondeu e foi tentar atrasar James. James deixou ele com Victoria, viu o fim da sua transformação. Você acordando e, como todo recém criado, começar a procurar por sangue. Ele voltou e torturou o vampiro que te ajudou, James o fez falar tudo o que você tinha falado para ele e tudo o que ele sabia sobre você. Ele planejava te encontrar de novo e recomeçar a caçada. Nunca planejou te deixar viva. Afinal, você foi a única que conseguiu sobreviver suas caçadas”.

Não se sabe quanto tempo os Cullen ficaram nas exatas mesmas posições desde que Edward acabou de falar. O que poderiam dizer?

Mesmo com a perda de memoria era difícil relacionar a feliz, extrovertida e indomável Alice com uma menina que teve a mãe morta e foi mandada para um asilo, sofrendo processos como tratamento de choque.

Jasper é seu parceiro há 57 anos, nos primeiros 85 anos da nova existência viveu em um mundo de sangue e ódio. E então finalmente conseguiu escapar disso. Ganhou uma família e uma vida confortável e relativamente calma. Saber que a sua companheira, a sua Alice passou pelo o que passou...

Bella, que estava sentada bem ao lado de Jasper viu a mudança na sua expressão, antes que o rosnado que sabia que viria romper por seus dentes trincados, voltou a atenção para Alice.

-Se você quiser... podemos começar a procurar pela sua irmã, ou pelo menos, pelos descendentes dela em Biloxi, certo? Podemos... procurar.

Por um momento, a vidente não falou nada, respirou fundo algumas vezes e se voltou para Bella, a expressão um pouco mais suave.

-Obrigada, Bella. Obrigada a todos – olhou para o resto das expressões simpáticas e cheias de compaixão.

Ninguém demonstrou pena. Alice em nenhum momento seria digna de pena.

De acordo com sua promessa, Bella junto com Esme, Edward e surpreendentemente Rosalie foram até Biloxi, Mississipi em busca de respostas. Foi decidido que Alice e Jasper iriam esperar escondidos do lado de fora e ouvir a conversa. Para encobri-los, mudaram algumas coisas, como nome, historia e afins.

-Acho melhor eu fazer isso – murmurou Bella vendo a briga que Rosalie e Edward engajaram, Esme tentando aparta-los.

Suspirando, a escudo subiu os degraus da modesta casa e tocou a campainha.

Passos do outro lado e a porta se abriu no mesmo instante que os demais colocaram expressões frias e corteses nos rostos, fazendo com que Bella quase rolasse os olhos dourados.

-Sim, posso ajudar? – era uma jovem mulher, talvez vinte e poucos anos de cabelo muito preto e olhos castanhos, que arregalaram na vista das 4 pessoas mais lindas que já vira na vida.

-Boa tarde – Bella inclinou a cabeça um pouco – meu nome é Isabella Swan, esses são meus irmãos, Edward e Rosalie, e nossa mãe, Esme. Gostaríamos de saber se a senhorita é a Srta. Brandon

A repentina falta de ar que a estava assaltando com aqueles olhos dourados, tão penetrantes quanto a voz belissimamente suave desapareceu um pouco. De repente desconfiada olhou novamente as quatro pessoa as a sua frente. Desde as roupas elegantes e caras até as feições de beleza aristocráticas e perfeitas, todos pareciam saídos de um sonho.

-Sim, sou eu.

-O nome de sua avó por acaso seria Cynthia Brandon?

-Quem são vocês?

-Já nos apresentei, Srta. Brandon.

-Sim, mas por que querem saber disso? O que querem? – a mulher já estava começando a fechar a porta.

-Nós acabamos de adotar um menino, de nome Henry Brandon – Esme se adiantou – fizemos uma procura de histórico e a única família com esse nome remotamente perto da Pensilvânia, onde nós o adotamos, é a sua. Srta. Brandon.

-Me desculpem, mas ninguém da minha família deu para adoção um menino desse nome.

-Sim. Nós também sabemos disso. O problema é que quando estávamos procurando pela família dele, achamos apenas um nome que, na verdade, é a única conexão que nos trouxe aqui – disse Bella – talvez conheça... Alice Brandon?

A mulher arregalou os olhos.

-Me desculpem, mas sabemos que ela morreu antes de ter filhos...

-Sim, na verdade o filho dela nasceu dentro de um asilo a dois condados daqui se não me engano...

Olhando para todos os lados e constatando que não havia mais ninguém na rua, apressou os Cullen para dentro da casa de dois andares.

-Por favor sentem-se – indicou o sofá no canto da sala – querem chá, café, agua?

-Não obrigada, Srta. – Esme negou suavemente.

-Assumo que talvez saiba de algo? – insistiu Bella depois que a moça parecia ter se acalmado e sentado em um das cadeiras na frente do sofá.

-Sim. Na verdade o nome dela era Mary Alice Brandon e praticamente não temos relação sanguínea.

-Por favor...

-A minha avó foi filha do segundo casamento do meu bisavô. Então se for para colocar um nome, acho que eu seria a meia sobrinha neta de Alice.

-Não... gosta do seu bisavô? – Bella deu graças aos céus que, para padrões humanos, era um excelente mentirosa.

-Nossa família... tem uma fama ruim aqui. Vários decidiram se mudar assim que puderam quando... descobriram, eu só fiquei porque meu noivo estará fazendo uma cirurgia no hospital local, mas logo depois dele se recuperar vamos começar a procurar por novos locais.

-Me desculpe se for indiscrição, mas...

-O meu pai e minha tia me contaram... que meu bisavô mandou que matassem a mãe de Alice e a primeira esposa de meu bisavô. Meu pai me contou que se lembrava dos policiais chegando ao meio da noite. Meu bisavô era velho e estava morando com meus avós, meu pai e minha tia. Tinham achado o homem que matou a mãe de Mary Alice, ele estava... em um estado de insanidade, confessou todos os crimes que fez na vida. Incluindo que foi pago para matar a esposa e filha de um vendedor de pérolas. Meus bisavós foram presos.

-Agora só falta o próprio asilo – concluiu Rosalie. Alice e Jasper visivelmente mais relaxados. Depois da conversa com a mulher que sequer sabia que os quatro visitantes nem sabiam seu nome, todos sentiam um meio senso de justiça. Pessoas como o pai e a madrasta de Alice mereciam prisão, era bom ver que, de certa forma, mesmo que não houvesse mais ninguém ali que se lembrasse da vidente como ela era, a sua honra estava limpa.

Pelo vista a filha de Cynthia ainda estava viva e bem, os Cullen a viram pela janela da casa dela. Uma senhora já de quase 70 anos. Os Cullen teriam certeza de que ela tivesse uma vida confortável pelo tempo que ainda tinha.

A viagem de carro dos Cullen até a zona oeste do Sul da Califórnia, para o asilo onde Alice foi mandada não durou nem cinco horas, com Edward dirigindo. A única coisa peculiar que acharam era o registro de entrada de Alice e sua morte. As datas eram as mesmas. Apesar de não ter muitas informações, conseguiriam no asilo a localização da lápide de Alice.

-Gente, duas fileiras à frente, quarto para esquerda – avisou Alice.

 “Mary Alice Brandon

1901 – 1919”.

-Alice? Querida? – Esme colocou o braço nos pequenos ombros de Alice.

-Isso... é meio estranho... ver minha própria lápide – murmurou a vidente. Os últimos dias tinham sido um pouco demais, mesmo para ela.

-Não é não – assegurou Bella um pouco atrás – se algum dia formos à Veneza, eu posso mostrar a minha. Praticamente todos na família têm uma... a sua só... está faltando uma coisa...

-Bella? – Edward a viu a se desvencilhar de seu braço e se aproximar de Esme e Alice que estavam agachadas na frente da lápide retangular e simples.

Se ajoelhando do outro lado da irmã, encostou o dedo elegante e fino na pedra e com um som ligeiramente estridente escreveu logo depois da data em uma letra elegante:

“Uma irmã amada; a melhor amiga.

Una piccola fiamma che non è consentito di cancellare..”

-O que significa? – perguntou Alice e se chutou mentalmente. Em todos esses anos nunca se preocupou em aprender a língua materna de Bella. Os únicos que sabiam o que estava escrito eram Esme e Edward que sorriam suavemente, Jasper e Rosalie também se chutando mentalmente.

A escudo respondeu deixando o suave sotaque italiano que mantinha sobre severo controle tomar conta da voz de violino, não era muito forte, apenas na medida certa para que Bella exibisse suas origens.

“A Pequena Chama que Não se Permite Apagar”.



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