A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 30
Forks Novamente


Notas iniciais do capítulo

tem 133 leitores... alguém já viu o número de reviews????
tô me sentindo meio... em depressão. Pessoas em depressão não tem muita vontade de fazer nada (só assumindo pok eu nunk conheci ninguem que já teve, mas se eu tivesse seria assim) e isso inclui escrever novos capitulos...
MANDEM UM REVIEW PARA O NIVER DE UM ANO E 19 DIAS DA FIC. ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊhhhhhhhh!
ps - cap dedicado a uma amiga minha, Mandi, leitora e amiga fiel que eu conheço ha quase 8 anos, um beijo pra voce e espero que melhore logo da sinusite =D



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Capítulo 30 – Forks Novamente.

Junho de 2003...

Forks, Washington.

Alice, Jasper, Bella, Edward e Carlisle procuraram por boa parte da floresta ate os limites do tratado, nada, nem um fraco traço da matilha. Depois de uma discussão com o restante da família, Carlisle achava que talvez os limites tivessem desaparecido, a singularidade genética que permitia a transformação talvez tivesse acabado com Ephraim; mas tanto Esme quanto Carlisle foram bem claros, apesar disso, não atravessarão a fronteira delimitada pelos Quileutes todos aqueles anos atrás.

Então meio contra a vontade pela parte de Rosalie, a família voltou para Washington depois de 67 anos. Ao invés de Hoquiam escolheram a pequena cidade de Forks, mesmo que a casa estivesse fora de seus limites. Menos de seis mil habitantes, mas com uma média de 330 dias nublados por ano.

A cidade era um mundo verde cortado por estradas de terra e cimento. A única cor que diferenciava alguma coisa ali eram os ocasionais carros.

Edward havia adquirido um Volvo S60R prata, bem veloz e potente apesar de ser o menos chamativo. Mas o pianista estava pensando em comprar o Aston Martin V12 Vanquish preto quando sair no ano próximo ano, Alice já o tinha visto nas revistas de automóveis e Edward simplesmente o adorou.

Rosalie comprara um BMW M3 conversível, suas rodas não eram próprias para climas úmidos, mas a loura customizara praticamente todo o carro. Não o deixara mais potente que o Volvo de Edward, mas a sensação no volante supera quase tudo na estrada. O vermelho foi uma cor que Rosalie foi especialmente inflexível.

O parceiro da Hale comprou um enorme Jeep, era um Wrangler Rubicon até a loura modifica-lo. Ela descartara o motor novinho e o substituiu por um mais potente e completamente modificado por ela mesma. Todas as peças de suspensão foram usadas, customizadas, alteradas ou completamente substituídas erguendo o carro vários centímetros; o metal foi blindado e foram adicionados novos faróis do tamanho de pratos. O resultado foi uma máquina monstruosamente grande que podia enfrentar qualquer terreno que o Grand Canyon pudesse oferecer. Suas rodas quase alcançavam os ombros de Alice. O enorme vampiro pulou que nem uma criança quando Rosalie terminou.

Carlisle escolhera um modelo discreto e de classe, uma Mercedes S55 AMG, não muito chamativo apesar de sua marca e com potencia e velocidade o bastante para acompanhar os filhos na estrada.

Esme, Bella, Jasper e Alice resolveram não comprar carros, mais por falta de interesse do que por qualquer outro motivo. Apesar de Edward planejar dar à Bella uma Mercedes Guardian, esse carro tinha blindagem o suficiente para aguentar uma bomba. Sabia que sua parceira não iria ficar satisfeita, afinal a morena era que menos precisava de proteção, mas o vampiro conseguia ver sua esposa naquele carro; era bobo e Bella provavelmente iria rir na sua cara se não fosse tão educada. Mas de repente a imaginara dirigindo aquele carro com o seu escudo em sua volta e pensara na Violeta de “Os Incríveis” (N/A – er... Os Incríveis só foi lançado em 2004, mas essa é minha história então... que seja).

Estavam entrando na cidade de maneira triunfal, qualquer um que olhasse para fora da janela naquela tarde veria os quatro carros sendo seguidos por vários e gigantescos caminhões de mudanças atravessando a cidade.

Ficariam na mesma casa de 67 anos atrás, a construção tinha mais de 100 anos e Esme teve de reformar a estrutura toda com novos quartos, havia feito uma viagem junto com o restante da família há alguns meses para isso, mas o resultado valera à pena. Era completamente branca com quatro andares; colunas em estilo semelhante ao grego dórico na varanda, janelas tão grandes que cobriam a maior parte das paredes. A parede dos fundos era de vidro, dando a vista do começo da floresta e de um largo rio.

(N/A – eu sei que originalmente era somente três andares, mas eu precisei de quatro, tehee~ já coloquei um site no qual eu postei as imagens da planta da casa dos Cullen, eu sei que tá meio podre, mas é que fiz correndo. PS – eu esqueci de colocar três janelas de tamanho médio no escritório da C. E. E. Inc... haha).

Todos os quartos de “passatempos” eram bem equipados com pelo menos dois computadores de ponta. No caso do estúdio de Jasper, havia quatro computadores, fora dois laptops. Jasper era muito habilidoso em negócios, no geral era ele que administrava a C. E. E. Inc e saía para arranjar documentação ilegal.

A biblioteca era uma sala que exibia claramente que os Cullen não eram de forma alguma uma família comum. A sala era ocupada em cada centímetro possível de livros e mais livros, alguns tão antigos que somente um vampiro conseguiria lê-los sem destruí-los. Havia sete computadores de última geração em uma única grande mesa, todos interligados entre si e com mais três laptops, uma impressora que só se via em um desses filmes de espionagem. Fora isso, quadros e fotos que claramente mostram a família em diferentes regiões em diferentes épocas, cortesia de Bella e Esme. Era lá que os Cullen realizavam todo tipo de transação que não era exatamente legal. Forjar documentos, hackear sistemas entre outros.

–Muito bem, todo mundo pegando as próprias coisas, rapidinho, amanhã vocês já tem escola! – era 6 da tarde.

Emmett, Jasper e Rosalie decidiram fazer uma caça rápida antes do primeiro dia, Alice estava ocupada demais vendo os pontos abaixarem ou aumentarem na bolsa de valores enquanto mexia nos computadores da C. E. E. Inc, os únicos que estavam ausentemente prestando alguma atenção eram Carlisle e Esme, conversando quietamente em seu quarto.

–Bella? – Edward chamou, todos ainda estavam arrumando os próprios pertences, sua esposa estava ajeitando os livros que deixaria no quarto deles quando ela simplesmente parara.

–Desculpe, é só que... percebe? Parece que já corremos literalmente o mundo todo, que até estamos repetindo os lugares. Isso me fez pensar... Edward, você está entediado? – sua voz era baixa e relativamente calma como sempre.

O vampiro olhava sua parceira de olhos arregalados. De onde tinha vindo isso?

Se aproximando da morena, Edward pegou a mão que não estava a meio passo de colocar um livro na estante.

–Minha vida com você, nunca seria entediante. Sabe como Carlisle está sempre tão intrigado ao pesquisar a natureza de nossa espécie? Quando ele explicou o que acontece conosco quando encontramos o parceiro ideal? Como pode me perguntar se estou entediado?

Bella sorriu docemente, os pequenos cachos nas pontas do cabelo solto balançavam quando ela mexia a cabeça.

–Eu não sei. Nem sei por que eu pensei isso... é que, eu acho que estou ficando um pouco nervosa.

–Por causa do que aconteceu quase 70 anos atrás? – Edward perguntou um pouco incrédulo e um pouco confuso.

Quando se tratava de confrontos físicos, sua parceira nunca foi de recuar... o que o deixava extremamente nervoso e, apesar de nunca ter captado nada, se perguntava se era assim que Rosalie se sentia toda vez que Emmett se jogava, ao pé da letra, em lutas completamente sem pensar.

O que por sua vez, se não fosse pelo seu autocontrole, o faria literalmente rolar de rir à ideia absurda de comparar Emmett com Bella... o que por fim o faria pensar que sua parceira e seus irmãos tinham razão: ele parecia mesmo bipolar...

Droga! Os humanos achariam incrível uma mente tão rápida, fotográfica e, por falta de palavra melhor e graças à constante convivência com Emmett, ninguém da casa conseguia não pensar no duplo sentido, “grande” quanto à de um vampiro, mas às vezes era irritante não conseguir não pensar em tantas coisas tão inúteis. O bom era que vampiros conseguiam pensar em todas essas coisas inúteis em frações de segundos se não pareceriam constantemente constipados... é, talvez isso estragasse suas faces “inumanamente” perfeitas.

–Bobo eu sei, mas... na época que eu era humana, eu nunca pensei muito em mitos. Bem... naqueles anos, coisas como vampiros acabavam de virar mitos, nem um século antes as pessoas viviam como Carlisle viveu. Então de repente eu me vejo num mundo que nunca imaginei ser possível, eu já havia aceitado minha nova realidade, meu novo mundo... Nossa família começou a aumentar e eu fiquei verdadeiramente feliz, a experiência de ter irmãos e irmãs é boa.

“Mas... lobisomens? Na época, eu não foquei muito nisso, estava mais preocupada em nos manter seguros, é claro, o pensamento ficou em algum canto da minha mente, mas minha preocupação era com nossa segurança. Quando nos mudamos daqui, eu simplesmente perdi o interesse, como faço com a maioria das coisas que provavelmente não vamos mais nos envolver, é um modo mais fácil de viver uma eternidade se você não se prender muito a detalhes que ao longo do tempo vão desaparecer de qualquer jeito. É assim que eu pensei durante quase dois séculos. Acho que nossa mudança para cá só me fez recordar o que eu tinha deixado de lado quando saímos daqui”.

Edward tinha uma ruga entre as sobrancelhas.

–Se você quiser, podemos falar com Carlisle e Esme, tenho certeza que...

–Não, não. Eu não chamei sua atenção para isso. Acho que fui um pouco hipócrita com Carlisle – a morena riu um pouco.

–Por quê? – era nessas horas que o ruivo amaldiçoava ser incapaz de ler os pensamentos de Bella. Era fascinante o jeito como ela pensava. Desde as coisas mais triviais até as mais profundas. E não saber era muito frustrante para alguém como Edward.

–Lembra-se que o chamei de nostálgico por guardar até hoje aquela cruz que pertenceu ao pai dele? Acho que de certa forma sou nostálgica também. Voltar a lugares que já estive, me traz todos os pensamentos que tive nesse específico lugar. É estranho, queria lembrar se fazia isso quando era humana. Se for assim, eu fui uma humana bem esquisita.

–Tenho certeza de que foi uma humana maravilhosa – e devia ter sido, Edward iria ter gostado de saber como Bella era antes, mas a vampira era um século mais velha que ele se contasse os anos humanos.

A morena riu delicadamente ao rápido beijo de seu marido em sua testa.

No andar de cima, Esme suspirou aliviada, sorrindo para seu marido quando este colocara uma mão em seu ombro.

Estava tudo bem.

Forks tinha uma única escola com 450 anos alunos entre 15 e 19 anos, agora com 456. Os Cullen eram a novidade do momento. Dr. E Sra. Cullen adotaram seis crianças de idades aproximadas. Primeiro Edward quando este tinha um pouco mais de 5 anos e então Emmett no mesmo ano com 6 anos. Rosalie e Jasper eram irmãos gêmeos, sobrinhos de Esme que perderam os pais em um acidente de carro quando tinham 8 anos. Bella foi adotada aos 10, Esme percebeu que Rosalie e os meninos podiam ter uma companhia feminina e adorara a ideia de ter mais uma menina na casa. Alice um ano depois aos 11, a pequena criança simplesmente encantou Carlisle e Esme.

Carlisle era um bem sucedido médico ortopedista, Esme, uma decoradora também bem sucedida, ela queria um ar mais calmo do que a agitada Nova Iorque, para que seus filhos pudessem curtir o restante da adolescência em ar livre em invés de poluído. Bella, Edward e Alice entrariam na nona série, Rosalie, Jasper e Emmett no primeiro ano.

Toda a cidade estava alvoroçada.

A escola não parecia uma escola, era vermelho desbotado, três construções a compunham, uma grande placa na entrada “Forks High School”.

A BMW vermelha e o enorme Jeep não fizeram nada para amenizar a atenção.

Do Jeep saltaram a pequena Alice em toda sua glória arrepiada, Jasper, alto e leonino e Emmett com todos os músculos possíveis. Do carro esporte com o capô abaixado era possível distinguir Rosalie em toda sua beleza que nem parecia real, ao seu lado Bella, delicada e de longos cabelos e Edward, quase tão alto quanto Jasper e ainda mais gracioso. Todos tão impossivelmente lindos que houve um silêncio quase sepulcral quando saíram dos carros só para exatos três segundos depois sussurros preencherem o lugar. E é claro, os Cullen podiam ouvir tudo.

Os seis adolescentes fizeram uma linha reta até a secretaria, as fofocas usuais e até algumas novas os acompanharam.

“Quem são eles?”

“São tão lindos”.

“Meu Deus olhem essas pernas, rosto, etc. etc.”

“São os Cullen”.

“Dr. E Sra. Cullen adotaram todos os seis”.

“Soube que a Sra. Cullen não pode ter filhos”.

“O que o Dr. Cullen estava pensando em adotar tantas crianças? Achei que era brincadeira quando você me disse que eles tinham adotado SEIS”.

“Olha o tamanho desses caras”.

“Aposto que fizeram todo tipo de cirurgia para ficarem desse jeito”.

Nas primeiras semanas era sempre assim. Algumas vezes algum boato ultrapassava os limites, mas os Cullen simplesmente fingiam que nada estava acontecendo, mais ou menos depois de uns cinco ou seis meses no máximo, as pessoas começavam a ignorá-los tanto quanto eles ignoravam a todos.

Enquanto isso...

–Eu adoro primeiros dias.

Jasper e Bella reviraram os olhos sem que Rosalie notasse. A loura e Emmett iam à frente, apesar de todos os seis saberem que Jasper e Carlisle eram os melhores lutadores, fisicamente, pelo menos para os humanos, Emmett era o mais ameaçador, Rosalie podia dar nocautear a autoestima de qualquer miss só por estar no mesmo lugar. Os dois faziam uma dupla bem intimidante, mantinha algum “comitê de boas vindas” longe... mantinha a maioria dos humanos longe, ou pelo menos aqueles com senso de auto preservação.

A Hale amava os primeiros dias em um lugar novo. Nos primeiros meses era como se Rosalie estivesse na própria nuvem. Emmett gostava de ver Rosalie feliz e assustar os humanos era um de seus passatempos favoritos. Os que mais sofrem são Jasper e Edward, uma onda de sensações e pensamentos os socava naqueles segundos, e continuaria assim durante um bom tempo.

Alice e Bella simplesmente se irritaram nas respectivas primeiras vezes fazendo isso, mas hoje em dia conseguiam apenas ignorar.

O leitor de mentes em particular achava que se fosse para acreditar em céu e inferno como Carlisle acreditava então Ensino Médio devia ser o purgatório. A vida não podia ser mais chata e irritante. Nesse aspecto, tanto ele quanto Jasper e ocasionalmente Bella se igualavam a qualquer outro humano adolescente. Sempre com o mesmo pensamento desde o início das aulas até o momento do último sinal: escola é um saco. Talvez não com essas palavras, mas ninguém pode culpar vampiros com mais de cem anos de idade por se entediar em um cubículo com um monte de crianças ouvindo professores ensinarem coisas que já sabiam há décadas.

Alice e Jasper seguiam logo atrás de Rosalie e Emmett, a vidente e o empata de mãos dadas, Jasper começando a se distrair com tantos humanos tão perto, mas nada alarmante e Alice conseguia distraí-lo. Outro motivo era força do hábito, talvez. Rosalie de prontidão, Emmett na frente, Alice logo do lado, Edward e Bella prontos para agir. Era assim a “formação Cullen” nos primeiros anos do ex-soldado com a família como Emmett chamou e ganhou um tapa na cabeça.

–Alice, talvez seja melhor você ir – comentou Edward em voz baixa.

–Oh, sim, sim.

Ambos já tinham visto e ouvido que a Sra. Cope, a secretária ruiva de uns quarenta anos não reagiria muito bem se algum dos rapazes fosse. Rosalie era... Rosalie, e Bella provavelmente daria um ataque cardíaco na mulher de uns quarenta anos, mais ou menos. E Sra. Cope mais ou menos iria desmaiar.

–Aqui, Bella nós temos história, trigonometria e inglês juntas, yei! E eu tenho biologia e filosofia avançada, junto com Emmett e Jasper, yei duplo! Mas que pena, eu só vou ter química com Rosalie e geografia e educação física com Edward.

Ignorando a tagarelice de sua irmã e dando um beijo em seu marido – engasgos podiam ser ouvidos dos estudantes que presenciaram – Rosalie voltou-se para Jasper, a primeira aula era inglês, e o único membro da família que estava com ela nessa aula era o louro.

Acenando afirmativamente para a Hale, Jasper se despediu de Alice com um selinho que resultou em barulhos engasgados – novamente – dos transeuntes humanos, e seguiu com sua irmã.

–Bem, bem, vamos Bella, temos história agora com o Sr Jefferson – a pequena vampira começou a saltitar em direção à sala de aula.

Revirando os olhos, Edward se aproximou de Bella a abraçando calmamente pela cintura beijou suavemente seus lábios cheios, gerando mais engasgos dos observadores que aparentemente não tinham mais nada para fazer.

–Boa aula.

–Boa aula – replicou a morena meio sarcástica ao tom de voz macio que Edward usou propositalmente, reprimindo o impulso de revirar os olhos com os suspiros femininos, virou na mesma direção que Alice.

–Aw, que bonitinho.

–Cale-se Emmett – rindo meio estrondosamente, não tanto quanto faria se não houvesse tantos humanos por perto, o enorme vampiro foi em direção à sua aula de cálculo.

–Oi.

O leitor de mentes se virou para encontrar uma garota baixinha, de cabelos bem encaracolados ruivos, 1m54, mais alta que Alice por quase 8 cm e mais baixa que Bella na mesma medida.

–Olá – sempre educado, Edward cumprimentou a garota com pensamentos nada puros.

–Meu nome é Jessica Stanley, acho que você é o Edward Cullen, certo?

–Sim, é um prazer.

Da próxima vez iriam para escola mais tarde, a droga da campainha só iria tocar em sete minutos... e pelo visto essa garota conseguia pensar e falar em pelo menos 80 palavras por minuto.

–Bem, se você ou um dos seus irmãos precisarem de alguma coisa, qualquer coisa, podem me avisar, eu sou do comitê de boas vindas da Forks High e é um prazer recebê-los.

É... mas considerando que eu e meus irmãos sabemos a estrutura do colégio... e suas mentes... e suas emoções... e seus futuros, muito melhor do que qualquer um por aqui, eu não acho que eu vá perguntar qualquer coisa. Mas Edward era um cavalheiro, e como o perfeito cavalheiro:

–Obrigado – o ruivo estreitou um pouco os olhos com riso de sininhos da sua irmã tampinha que ressoou algumas salas à diante.

–Bem, eu acho que é isso. Bem vindo à Forks e... foi ótimo conhecer você, Edward – a ruiva praticamente ronronou.

Colocando um sorriso educado, sem mostrar os dentes, Edward acenou uma vez e se virou dando graças a Deus com o som estridente do sinal.

–Cale a boca – sussurrou por baixo da respiração na direção da sala de cálculo, de onde uma risada, tão baixa quanto sua voz, estava vindo.

Emmett...

Bella e Alice foram obrigadas a se apresentar pelo professor Jefferson, de olhos naturalmente meio estreitos e lutando contra o sangue que estava seguindo para seu rosto à visão das duas belíssimas jovens mulheres, o homem de uns trinta e alguma coisa anos parecia constipado.

Bella estava impassível enquanto sua pequena irmã lutava contra risadinhas. A mais alta também estava querendo rir quando notou a mesma expressão do professor no rosto de cada aluno masculino da sala, a inveja rolando em ondas das garotas, mas escondia isso melhor do que a vidente ao seu lado. Apesar de sua boca estar erguida minimamente, um humano não notaria mesmo que a colocassem em um microscópio. O que não se encaixava na classificação de Alice, a pequena vampira deu um olhar a ela antes de começar a se apresentar, porque Bella claramente não ia fazê-lo.

–Meu nome é Alice Cullen, esta é minha irmã Bella Cullen. Acabamos de nos mudar de Nova Iorque, é um prazer conhecer a todos – e seu rosto de fada se esticou no maior sorriso que ela conseguia fazer sem mostrar os dentes. Bella acenou uma vez com a cabeça e deu um sorriso também sem mostrar os dentes, comparado ao da irmã parecia quase tímido.

–Por que resolveram se mudar Srtas Cullen? – perguntou educadamente o vermelho professor de história.

–Nossa mãe achou que os ares de uma cidade que ainda não foi poluída fariam bem para nós – Alice respondeu animada.

–Vem cá, sua irmã não vai falar nada? – uma garota loura na terceira fileira com cara meio amarrada perguntou.

–Como podem ver minha irmã fala o bastante por nós duas – a voz mais suave que todos ali já ouviram se pronunciou. A boca cheia de gloss da loura abriu com um estalo. A mais alta das irmãs não conseguiu mais segurar, sua boca se contorceu o bastante para que até os humanos notassem que Bella queria muito rir.

Limpando a garganta o Sr Jeffrey se voltou para a classe atônita.

–Bem, Srta Bella pode se sentar ao lado da Srta Mallory, Srta Alice atrás do Sr Marks. Por favor, levantem suas mãos – a loura cujo mau humor piorou ainda mais levantou a mão de má vontade enquanto um adolescente meio geek levantou timidamente a sua.

Nas aulas do restante dos Cullen fora a mesma coisa apesar de que Jasper conseguiu intimidar cada um da ala masculina que nem Emmett e Rosalie gerou incredulidade além de uma extrema inveja na ala feminina, mas um olhar mais duro da loura nos engraçadinhos de plantão calou a todos os adolescente com piadinhas de duplo sentido.

–Parece cansado – brincou Bella quando ela e Edward se reuniram a Jasper no corredor à caminho do refeitório. Só conseguiu uma pequena careta como resposta, se estivessem em casa até daria uma risadinha, mas em volta de tantos humanos não era opção, seu marido não se importou com esse detalhe, Edward evitou mostrar os dentes, mas seus ombros sacudiam como se não houvesse um amanhã.

Jasper havia passado as três aulas inteiras tentando bloquear toda a excitação feminina o atingindo como uma bala enquanto tentava se focar e ao mesmo tempo ignorar o medo e inveja dos homens... o resultado parecia um médico que teve muitas cirurgias e estava chegando em casa às 3 da manhã.

Alice resolveu aparecer nesse momento, entrelaçando seu fino braço com o de Jasper começou a sussurrar em tal velocidade que para os humanos seus lábios mal se abriam e parecia que estavam tremendo tentando melhorar o humor do louro.

–Adoro primeiro dias – Rosalie repetiu a fala de mais cedo, meio fora de sua personalidade, estava quase tão animada quanto Alice normalmente estava.

–Foi um bom primeiro dia – concordou Bella com sua voz de soprano.

Isso atraiu os olhares chocados de seus irmãos, até Emmett que vinha na direção dos demais parou com a boca meio aberta. Edward já estava acostumado a ser surpreendido por Bella e mesmo assim seus olhos dourados se arregalaram. Geralmente a escudo estava tão irritada em primeiros dias que ela mal falava tentando controlar o próprio temperamento.

A morena só deu de ombros.

–Nenhum retardado pervertido tentou me agarrar ou fez comentários que me deixassem brava o bastante, os comentários das meretrizes* e as fofocas de ambos, os adultos e os adolescentes não foram tão ruins dessa vez e o dia está pela metade... Comparativamente chamo isso de progresso.

*Meretrizes é sinônimo de prostituta, vamos lembrar que Bella foi congelada em 1832 e extremamente educada à moda antiga sem contar Esme, ela não falaria “puta”.

Seus irmãos ficaram em silêncio durante alguns segundos.

–Essa foi uma visão tão... pessimistamente positiva.

–Olha! Também chamo isso de progresso, pela primeira vez estou concordando com Emmett – exclamou Alice um pouco sarcástica.

Todos riram suavemente. Nenhum dos Cullen olhou para o outro enquanto falavam, mais parecia que estavam falando para o nada ou para a parede ao fundo. A visão nem mesmo atraiu olhares estranhos uma vez que toda a conversa aconteceu em pouco mais de um minuto.

Assim como das outras vezes escolheram uma mesa de canto, longe das janelas e das pessoas mais curiosas, um lugar que ficasse fora das vistas. Os seis vampiros compraram uma bandeja cheia de comida cada que permaneceria intocado durante todos os 40 minutos de almoço.

Nenhum deles comia, sequer olhavam um para o outro. Emmett tinha um dos braços ao redor dos ombros de Rosalie, Alice se apoiava de lado no peito de Jasper, Edward mantinha uma das mãos de Bella firmemente na sua, mas fora isso sequer pareciam notar um ao outro, a não ser que alguém fosse olhar mais de perto. De certa forma um parecia se comunicar com outro. Uma reação aqui, um pequeno sorriso às vezes em todos os belos rostos ao mesmo tempo, um revirar de olhos, uma pequena careta. Porém os humanos estavam ocupados demais com o medo, choque, admiração para notar alguma coisa, então perdiam os pequenos detalhes.

Agora que estavam todos juntos os irmãos Cullen eram intimidantes demais para qualquer humano com o mínimo de inteligência e senso de autopreservação se aproximar, por isso foram deixados em paz. No tempo que era apenas Emmett, Rosalie, Bella e Edward, às vezes um ou outro estudante corajoso se aproximava. Mas agora em seis, era extremamente raro.

–Como foi a escola? – como a boa mãe que era, Esme esperava por eles todos os dias na garagem.

A trilha que levava à casa dos Cullen era bifurcada um pouco antes de chegarem à clareira, a outra estrada conduzia à uma garagem tão grande que poderia ser considerada a de um supermercado mediano. Apesar de, atualmente, só abrigar quatro carros, Alice insistira que todo aquele espaço iria ser usado, só havia visto um dos novos carros, o Aston Martin V12 Vanquish grafite escuro de Edward, que iria ser lançado, e comprado pelo ruivo, no ano seguinte.

Mas pergunte se alguém pensou em discutir com a vidente da família.

–Bella achou e falou que não foi tão ruim – Emmett dramatizou enquanto arregalava os olhos dourados e abria boca.

Esme teria repreendido Emmett por “zoar” com sua irmã, como era o termo usado naqueles dias, se não estivesse surpresa também. Bella simplesmente deu de ombros e a mesma resposta de mais cedo... talvez um pouco mais censurada já que era com sua mãe que estava falando.

–Essa... foi uma visão... pessimistamente positiva, querida.

...

Bella desenvolveu um tique nervoso no olho esquerdo.

(N/A – eu ia revelar isso só no último capítulo, um pseudo epilogo, mas eu já usei essa frase umas duas vezes e eu acho que é uma informação importante para os leitores imaginarem a cena. O tique nervoso no olho que eu comento, no geral é visto como espasmos de uma das pálpebras nos humanos, mas no vampiro, graças à pele de granito, o que os demais vêem, mesmo outro vampiro, é um dos olhos meio estreito, semelhante a uma expressão teatralmente indagadora ou confusa, sem os movimentos parecidos com espasmos no olho em questão).

Rosalie tinha os olhos arregalados;

Jasper dera um tapa na própria cara, nem acreditando que isso estava acontecendo;

Edward nem se importou em fechar sua boca;

Alice esticou o rosto em uma careta;

Emmett...

–RÁ!!! – e apontou para Bella, a qual drenou sua face de emoções apenas estreitando os olhos para Emmett que como sempre resolveu ignorar o perigo eminente.

Falando em perigo...

A família respeitava os limites posto pelos Quileutes todas aquelas décadas atrás, porém estavam crentes que os lobisomens não iriam aparecer, afinal haviam pesquisado e não somente do jeito vampiro.

Na época, os quatro membros que compunhas a família notaram que, assim como os vampiros, a alcateia deixava sua marca nos jornais e noticiários locais. No geral os cidadãos afirmavam terem visto enormes ursos perto de trilhas ou estradas. Ursos grandes demais, maiores que os polares, que era a maior espécie de ursos do mundo.

Esses testemunhos não ganhavam primeira página como os assassinatos causados por recém nascidos vampiros, afinal muitos pensavam que essas poucas pessoas estivessem vendo coisas, somente alertando a comunidade por precaução, mesmo assim os vampiros sabiam identificar a presença dessa outra criatura sobrenatural.

O último registro foi em 1969, então a família se sentiu segura o bastante para se mudar para perto daquele conjunto de cidades novamente.

Estavam em Forks novamente.


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Notas finais do capítulo

tem 133 leitores... alguém já viu o número de reviews????
tô me sentindo meio... em depressão. Pessoas em depressão não tem muita vontade de fazer nada (só assumindo pok eu nunk conheci ninguem que já teve, mas se eu tivesse seria assim) e isso inclui escrever novos capitulos...
MANDEM UM REVIEW PARA O NIVER DE UM ANO E 19 DIAS DA FIC. ÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊhhhhhhhh!
ps - cap dedicado a uma amiga minha, Mandi, leitora e amiga fiel que eu conheço ha quase 8 anos, um beijo pra voce e espero que melhore logo da sinusite =D