A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 3
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

então esse vai ser um dos PIORES caps que eu ja escrevi na VIDA! T.T Mas ele é necessário se vcs quiserem entender o proximo cap. O proximo já ta QUAAAAAASE pronto, assim que eu acabar eu posto, vai ser sempre assim ok? eu não tenho "horarios" eu posto o cap assim que ele fik pronto =Der...boa leitura



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Capítulo 3 – Mudanças.

Edward POV.

Já não saia o que ocorria ao meu redor, a doença estava me consumindo. Mal sabia se minha mãe estava viva ou morta. Senti dois braços frios ao meu redor, mas não consegui me mexer, nem ao menos abrir os olhos.

-Bella, já está tudo pronto? – não conseguia me lembrar a quem pertencia essa voz, mas... Bella?

Sim, Bella Cullen, a mulher que havia se mudado há alguns anos e a mulher que já em seu primeiro dia na cidade juntamente com seu pai, havia atraído a atenção de toda a população, inclusive a minha. Não me repreendi por isso, afinal quem não se atrairia por ela?

Face em forma de coração, olhos grandes, nariz pequeno e lábios cheios. Realmente uma bela visão. Educada, graciosa. É claro, uma grande distração, conveniente para a minha mãe.

Que estaria ela fazendo alí?

Senti que fui colocado em algo macio e então alguma coisa afiada perfurou meu pescoço.

Quente... muito quente.

Algo espesso e quente começou a se espalhar, desde o meu pescoço, para o resto de meu corpo. Parecia lava de um vulcão, a dor era insuportável, como se eu tivesse acabado de entrar no inferno.

Seria isso? Eu estaria no inferno?

POV off.

Edward já estava gritando há dois dias. Fogo. Fogo! Apaguem o fogo! Ele gritava, angustiava tanto a Bella quanto a Carlisle assistir sem poder fazer nada. Agora Bella entendia como Carlisle sentiu-se ao assistir sua transformação, lembrava-se da dor, do fogo. Apesar de este lhe dizer que, apesar da expressão, Bella não gritava nem se debatia. O que agora, ela acha estranho ao ver o... barulho, que Edward estava fazendo.

Depois de Carlisle morder seu pescoço, este lambeu o local fechando a ferida. Bella o levou até o seu quarto onde havia colocado a cama mais sedo e agora cuidava dele, impedindo que ao se debater ele acidentalmente se machucasse. Sabia que não iria adiantar nada falar, os sentidos só conseguiriam se focar em outra coisa além da dor, apenas no final do segundo dia.

Observando aquele menino, aquela criança, pelo menos em comparação a ela e a Carlisle. Não conseguia deixar de pensar na época em que seus olhos eram cor de chocolate e que a vida se resumia em ficar em silêncio e obedecer às ordens de seu pai biológico, quando seu futuro já estava completamente escrito por esse.

-Minha garganta... MINHA GARGANTA!

Agora Edward já conseguiria ouvi-la...

-Acalme-se, por favor. Sei que está doendo, mas logo passará – disse gentilmente enquanto tocava a mão do rapaz.

Edward gritou, mas segurou a mão de Bella mais firmemente, como se esta lhe desse algum tipo de alivio.

Olhou um quadro que possuía no quarto. Sua antiga família.

Seus pais, e atrás destes, dois casais de idosos, seus avós, ao lado de sua mãe havia mais um casal, a irmã de sua mãe e o marido desta, a mulher segurava um bebe, seu primo. Era a família que havia conhecido na antiga vida.

Bella havia caçado fazia cinco dias, assim a sede não lhe incomodava. Carlisle estava ajeitando alguns últimos assuntos pendentes na cidade, tinha de interpretar bem o seu papel para que todos achassem que sua filha já estava à caminho da casa de campo dos avós e logo a seguiria até a guerra acabar ou a epidemia passar.

De noite, chegava a casa e perguntava se Bella não queria “descansar” um pouco, talvez fazer outra coisa.

-Está tudo bem, pai, o senhor já esta fazendo muito. Posso ficar três dias aqui.

Esta era a resposta.

Bella e Carlisle já haviam arrumado tudo na próxima cidade, Ashland, uma pequena vila no Condado de Cass, ainda no estado de Illinois a sudoeste de Chicago. (N/A – uma prima minha, ela tá na 8ª serie, eu mandei esse cap pra ela de “inspiração” pra um texto que precisava fazer pra escola, mas uma semana depois das provas dela, ela me manda esse e-mail: “valew mesmo, você me ajudou muito na prova de geografia, mas a minha professora de redação disse que meu texto estava meio estranho”, eu não sabia se ria ou se ficava brava, hahaha).

No último dia, Carlisle e Bella se postaram a frente da cama, esperando.

O coração de Edward deu a última batida e por fim, sua transformação se completara.

Os olhos carmins se abriram, assustadores e assustados ao mesmo tempo.

Deu sua primeira respiração, como se apenas naquele momento percebesse que não estava respirando, ergueu-se e começou a examinar o espaço ao seu redor, seus olhos se demorando em todos os detalhes.

Bella quase sentiu sua privacidade ser invadida, mas não podia lhe culpar uma vez que ela colocou a cama ali.

Seus olhos finalmente pousaram nos dois Cullen, se arregalaram. Com seus novos olhos finalmente via como os Cullen verdadeiramente são.

Sempre estivera ciente da aparência fora da beleza comum, mas agora via verdadeiramente a perfeição e sentia o sobrenatural ao redor.

O formato do rosto de Bella nunca esteve tão nítido, os lábios cheios e levemente brilhantes apesar de não ter nenhuma maquiagem, o cabelo completamente solto, cacheado nas pontas, brilhavam na luz da lua, com um leve toque de vinho, os olhos dourados... meio escurecidos também pareciam brilhar, os olhos que sempre achara lindos, grandes, absurdamente grandes, contornados por espessas camadas de longas cílios que curvavam-se nas pontas, no luar refletiam o mesmo tom que seus cachos, um chocolate avermelhado.

Ao seu lado, Carlisle também parecia infinitamente mais nítido.

O cabelo liso, loiro platinado, sempre perfeitamente penteado para trás, adquiriu um brilho cinza na luz da noite, os olhos mais claros que os da filha reluziam um dourado intenso, como se fosse ouro exposto ao sol. Seus traços mais firmes e melhor angulados.

A pele de ambos adquiria um tom perolado no luar.

-Onde eu estou?

Assustara-se com o timbre de sua voz. Estava mais grave e sonora.

-Peço-lhe calma, Edward.

Também se surpreendera com a voz de Carlisle, tentara recordar de sua voz, mas apenas algo extremamente grave e imagens confusas, como se fossem vistas através de uma forte chuva, lhe viam a mente. Também se surpreendera, o Dr. Cullen nunca o havia chamado pelo primeiro nome, alias a ninguém ele chamava pelo primeiro nome, era apenas Sr, Sra, Srta...

-Vamos lhe explicar tudo – a voz que mais lhe lembrava duma afinadíssima flauta doce falou... Bella.

-O que está acontecendo?

-Está em nossa casa. Você estava morrendo da gripe espanhola, recorda-se?

Sim, lembrava do cansaço que a febre lhe causava, lembrava que seu pai havia falecido por causa da doença e sua mãe...

-Minha mãe... o que aconteceu com ela?

Carlisle e Bella trocaram um olhar. Ia ser uma longa noite.

Alguns dias se passaram.

Carlisle havia lhe explicado o que se tornara e Bella havia explicado o que acontecera. Ambos o levaram para caçar no coração da floresta, geralmente não iam tão longe, mas como Edward era um recém-criado, queriam garantir que nenhum humano estivesse por perto. Foi meio desastroso, Edward não sabia controlar a força que adquirira e deformou completamente o corpo do pobre cervo que apanhara, não era uma imagem bonita. Voltou pra casa dos Cullen com a camisa completamente encharcada de sangue.

Decidiram ficar por mais uma semana, até que Edward se acostumasse com a ideia. Bella, enquanto seu pai se encarregava de manter a farsa, estava encarregada de cuidar de Edward, não o agradou saber que precisava de “dama de companhia”.

-Eu não estou lhe servindo de “dama de companhia”, Edward – esta também era a primeira vez que Bella chama alguém sem um título na frente – estou somente garantindo que não vá perder a calma. No seu atual estado, todos os seus sentidos e sentimentos foram ampliados infinitamente, você pode perder facilmente o controle de si mesmo e inconscientemente ferir alguém.

Ela lhe explicara com calma e compreensão, provavelmente já passara por isso, mas essa resposta tampouco agradou a Edward, não gostava da ideia de que não era disciplinado o bastante para ficar sozinho. Bella estava se mantendo calma e indulgente, mesmo que não gostasse, Edward estava extremamente curioso sobre tudo ao seu redor.

-E por que a senhorita não está com o cabelo preso?

Bella nunca prendia o cabelo quando estava em casa, este balançava livremente pela suas costas, alguma mechas de sua franja obstruíam a visão de parte de sua face e Bella nem fazia esforço para tira-la de lá. É inútil, dizia ela, ela vai voltar a ficar na frente de meu rosto.

-Não gosto de prende-lo – seu pequeno nariz se enrugou levemente, se não fosse um vampiro, não teria percebido.

Vampiro, era a primeira vez que pensava tão diretamente nessa palavra. Estava...

Se acostumando.

Havia pedido a Carlisle para levar algumas flores ao tumulo dos pais, então os três foram até o cemitério de Chicago de noite, quando tivessem certeza de que não haveria ninguém.

Aquela foi a última noite deles na cidade.

Quando Edward perguntara como iriam até Ashland, a resposta foi a que mais lhe impressionara.

-Correndo, oras – e Bella revirou os olhos.

Fez uma careta, corriam bem rápido, experimentara a sensação maravilhosa quando caçaram pela primeira vez, mas não iriam se cansar? Afinal iriam correr por umas 10 cidades.   

-Não iremos nos cansar, Edward – Carlisle respondeu.

Sentia-se como uma criança com a paciência na voz daqueles dois.

Ele está se acostumando bem depressa. Será que Bella tem alguma relação com isso?

-O que? – se fosse humano seu rosto estaria muito corado, não pensava que Carlisle fosse dizer algo assim.

Mas este parecia confuso.

-Algum problema, Edward?

Havia imaginado isso?

-Ah... não foi nada, eu achei que... não foi nada, desculpe.

Mas tinha tanta certeza de que era a voz de Carlisle... Bella havia lhe dito que vampiros nunca “imaginavam coisas”, será que Carlisle mentiu?

Ainda bem que Bella não estava em casa. Pensou.

Antes de irem, Edward foi até sua antiga casa e colocou o que acha essencial em um baú que possuía.

Quando chegou à casa dos Cullen, nem sabia o motivo do choque que sentira, Bella, aquela aparentemente frágil mulher, carregava em seus ombros um grande caixote de madeira, do tamanho de uma carruagem, Carlisle também tinha um ainda maior, os carregava como se não pesassem mais que uma folha.

-Agora podemos ir? – perguntou Carlisle sorrindo na direção de Edward.

-Ah... sim, podemos sim.

Atravessaram a grande floresta em pouco menos de meia hora até a próxima cidade, se mantiveram ocultos na floresta, sempre correndo.

Edward riu, imaginando o que os humanos pensariam ao ver três pessoas correndo nessa velocidade carregando toda essa carga.

-Bem, chegamos – Carlisle avisou um dia depois. O choque no rosto de Edward fez Bella rir, verdadeiros sininhos.

Isso era porque eles pararam algumas vezes, para Edward caçar ou simplesmente para “descansar”, apreciar a vista etc...

A cidade era minúscula, com cerca de 1300 habitantes, vilarejo era uma boa descrição. Nenhum prédio, apenas casas simples, um pequeno hospital do tamanho da enfermaria do Instituto em Chicago.

Era uma grande mudança...


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Notas finais do capítulo

voces NEM SABEM O QUE aconteceu! eu QUASE posto o cap nas notas finais!!!! O.ohehehe, bjusss =*