A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 1
Chegando a Chicago


Notas iniciais do capítulo

Primeiro cap é chato porque tem de descrever um monte de coisa inutil, mas eu mereço reviews pelo esforço??? *olhinhos brilhantes*aceito perguntas, crítica, sugestões, xingos... mentira não aceito esse ultimo não haha brinks, eu sei que tá um horror mais peguem leve ok??boa leitura



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Capítulo 1 – Chegando a Chicago.

Carlisle e sua filha, Bella, haviam decidido se mudar para a “Cidade do Vento” há pouco mais de uma semana, a Chicago de 1915.

Nesse período de tempo, Bella estaria estudando n’O Instituto de Boas Maneiras para jovens moças e cavalheiros fundada em 1902, como dizia uma grande placa de ferro na entrada do prédio.

Parece que um dia, o instituto havia sido uma gloriosa mansão, com muitas janelas cumpridas e estreitas, escadarias de mármore e um pátio que tinha jeito de ser muito mais antigo do que a data na placa, com um belo chafariz na entrada, a estrutura em si era belíssima.

Carlisle estava trabalhando no hospital local. Uma construção que se assemelhava bastante a uma igreja, grande e com belas estátuas de anjos nas colunas.

A história que se espalhava na cidade era essa:

Um renomado, porem jovem médico havia perdido sua esposa há alguns anos, havia se mudado em busca de novos ares para sí e para a filha de 13 anos. Já chamando a atenção logo no primeiro dia na cidade pela estranha escolha de casa.

Uma casa elegante de dois andares, com sacadas, um belo jardim, bem afastada do centro, como se os donos se incomodassem com visinhos. É claro que era somente cumprimentar um  dos dois Cullen que essa imagem era varrida da mente, Carlisle e Bella Cullen eram a imagem da perfeição em todos os sentidos.

Ricos, com um bom relacionamento, extremamente educados, o pai um perfeito cavalheiro e um bom médico, a filha recatada e com um perfeito senso de quando era a hora de falar ou se calar, nunca era vista sozinha, como manda a etiqueta.

Claro que mesmo na época havia certos contra-tempos.

O pai solteiro e a filha com a idade de se casar se aproximando, eram alvos de mais curiosidade ainda.

E assim Carlisle Cullen e sua filha se mudaram para Chicago já com toda a “fama” formada.

-Querida, o cocheiro já esta a sua espera – mesmo o loiro estando na sala de estar e sua filha estando em seu quarto no segundo andar, Bella conseguiu ouvir e em menos de um segundo já estava na porta de madeira entalhada.

Esta seria a quarta vez que Bella iria para um instituto de etiqueta, não que ela se incomodasse, nessa época era um privilegio uma mulher ter instrução e mesmo que seu “pai” estivesse disposto a ensiná-la, Bella não queria que o Dr. Carlisle Cullen sofresse com comentários do gênero “será que ele não pôde pagar para instruir a filha?”, “ora como um médico que deve ganhar muito bem não leva a filha a escola?”.

-Tenha um bom dia no instituto, querida – beijou-lhe a testa.

-Bom dia de trabalho para o senhor... – estava para fechar a porta - ... pai.

Com um sorriso tímido e singelo no rosto se despediu do homem loiro que não podia estar com um brilho maior nos olhos dourados.

Era claro o carinho que Carlisle tinha por sua filha, desde que a tinha encontrado e transformado umas décadas atrás não podia acreditar nas mudanças em seu cotidiano.

O que antes era voltar para “casa” e fingir que estava fazendo qualquer outra coisa quando na verdade estava lendo um livro que sua memória já havia guardado cada misero detalhe, agora era voltar para casa e esperar sua filha voltar e ouvi-la reclamar de que os rapazes cada vez mais não reconhecem limites, debater sobre inúmeros assuntos, ou simplesmente ficar em um silêncio confortável enquanto Bella arriscava algumas notas no piano.

A via como sua filha, e não podia ter mais orgulho desta. Tímida, porem teimosa, com jeito delicado, mas uma excelente lutadora, inteligente, no entanto humilde o bastante para lhe perguntar sobre qualquer coisa por mais insignificante que seja. Tinha interesse no que fazia e após ler alguns de seus livros conseguia conversar com ele. Sim, uma mulher e tanto, que também o via como pai.

A observou entrando no cocheiro e arrumando o longo vestido, acenou mais uma vez tendo como resposta um sorriso doce e um abano de mão coberta pela luva branca.

Alguns minutos depois entrou no segundo cocheiro que o levaria para o hospital.

Assim que Bella Cullen colocou seus pés no terreno de pedras da escola, foi bombardeada com comentários que ela não ouviria se não fosse o que era.

Apesar de Bella ter sido transformada aos 16 anos, sempre fingia menos para que pudesse ficar o máximo possível em cada cidade.

-Quem seria a senhorita?

-A filha do médico, acabaram de mudar-se para Chicago.

-Ela é extremamente atraente.

-Aquele tecido seria seda?

Evitou revirar os belos olhos dourados.

-Ola, deve ser a Srta Cullen, sou Magdallena Smith – uma moça não muito mais velha que Bella havia se aproximado assim que o cocheiro tinha sumido de vista – o diretor O’Malley pediu-me para ser sua dama de companhia e abriu um sorriso tímido.

-Olá, muito prazer.

-Bem, qualquer pergunta estou a sua disposição.

Magda começou a mostrar a Instituição, enquanto Bella olhava em volta e observava como era só olhar nos olhos de alguém que já havia lhe incomodado e este imediatamente mudava de assunto.

-Aqui está este é o horário que deverá seguir, terá um monitor em cada andar, é só procurar por aqueles que tenham este distintivo – e indicou uma pequena bandeira dos EUA com os dizeres IBMC – 1902 – caso tenha alguma duvida. Boas aulas e espero que goste do Instituto.

Bella ajeitou um pouco o vestido vinho que usava e entrou na sala de aula com uma placa “Etiqueta”  ainda vazia. Eram largas, com um grande quadro negro na frente e várias cadeiras de ferro com uma almofada cinza, escolheu uma das ultimas para que assim ninguém possa ficar olhando para ela sem se virar completamente.

Retirou o belo chapéu e o pendurou no lugar apropriado, os cachos sedosos e cumpridos presos em um coque elegante.

Pouco a pouco a sala enchia de alunos de 12 a 15 anos que nem notaram sua presença. Bom.

Isso até um senhor lá pelos 50 anos entrar na sala e anunciar que tinha uma “nova aluna”.

-A Srta Bella Cullen está se unindo a nós a partir de hoje.

-CHEGA! - Os murmúrios cessaram – ótimo, hoje começaremos com o andar das senhoritas, sem se curvar, sempre com as costas eretas e...

-Ouvis-te falar? A mãe de Bella Cullen morreu há alguns anos, e ela estava causando alguns problemas por isso está aqui, o pai decidiu que ela precisava de mais instrução.

Suspirou. Não era a primeira vez que havia boatos maldosos a seu respeito e não seria a última vez. Mas era bem interessante assistir o desenrolar dos boatos, claro só não o era quando algum humano mais corajoso se aproximava dela e os falava em voz alta, não pela sede, era mais pelo incômodo mesmo, no entanto era só um olhar mais profundo e um segundo o encosto já saia correndo, não gostava de intimidar essas “crianças”, mas sua paciência não era de ferro.

-Ora, este vestido, estes acabamentos já saíram de moda.

Olhou discretamente para o que estava vestindo. Era verdade, mandara fazer esse vestido há uns cinco anos, ele era cor de vinho, rendado na gola alta e nas mangas, um bordado complicado e delicado se fazia no busto. Gostava dele e não era porque umas garotinhas de uns 14 anos reclamavam das vidas que iria se desfazer dele.

No caminho pra casa resolveu dar uma passadinha no hospital, afinal aqueles que não estavam comentando tão avidamente sobre os Cullen, estavam preocupados com o crescente número de doentes devido a gripe espanhola.

Entrou no hospital e se informou com um rapaz que não sabia se a cortejava ou se lembrava de respirar. Por fim apontou para uma escada que levava ao piso superior.

Reprimindo o riso, Bella o agradeceu.

Carlisle estava saindo de uma sala quando ouviu os passos de sua filha se aproximando.

-Pai?

-Olá, querida. O que esta fazendo aqui?

-Nada, só pensei em dar uma passadinha aqui, alguns colegas comentaram que a gripe estava se espalhando e vim ver se eu não podia ser de algum auxilio...

Carlisle sorriu terno.

-Bem... você pode ajudar a Srta Webber. É uma das enfermeiras e sempre está aceitando ajuda. Ela está na sala A190 no primeiro andar.

-Está bem, nos vemos na hora do almoço? – Bella deu uma risadinha que distraiu um dos funcionários e este acabou tropeçando.

Reprimindo uma risada tanto pela piada de Bella tanto pelo recente ocorrido, Carlisle beijou a testa de sua filha e se despediu concordando em encontrá-la para “almoçar”.

Como não havia escutado nenhum coração nos corredores até o primeiro piso, foi até a sala A190 com sua velocidade normal, assustando uma mulher de uns 20 anos com cabelos negros presos em um coque na nuca, estatura mediana, um pouco mais alta que Bella.

-Jesus!

-oh, perdoe-me não era minha intenção lhe assustar – Bella mordeu os lábios e a olhou por baixo dos longos cílios para a mulher que estava de olhos arregalados olhando para a visão mais “fofa” e linda que já vira na vida, era o quadro da inocência.

-er... n-não foi n-nada – limpou a garganta – quem seria a senhorita?

-Sou Bella Cullen, filha do Dr. Carlisle Cullen.

-Oh, sim. Sou Helena Webber.

-Muito prazer. Hmmm, eu ouvi alguns de meus colegas comentarem que estão ocorrendo muitos casos de gripe espanhola e pensei que o hospital deveria estar lotado daqueles que adoeceram então pensei em me oferecer para ajudar.

-Oh, querida, é muita gentileza da sua parte. Poderia começar por esta sala mesmo – indicou a sala da qual havia acabado de sair – e trocar as toalhas dos pacientes, estão no armário no fim do corredor, as usadas e só colocar naquele grande cesto – o indicou ao lado do armário – e é só fazer o mesmo com o resto das salas que tiverem o aviso para trocar as toalhas, é uma pequena etiqueta amarela na prancheta.

Bella entrou no quarto que tinha seis camas, três de um lado e três do outro, meio apertadas. Trocou as toalhas, e percebeu com tristeza que pelo menos quatro deles não iam sobreviver por muito mais tempo, a temperatura dos corpos estava muito alta e o coração já estava fazendo um grande esforço.

Chegou ao segundo andar, nos quartos tinham somente uma cama, eram mais limpos, e tinham uma bela vista do resto da cidade, pelo visto os pacientes de classe mais alta.

No primeiro quarto havia mais uma mulher e um rapaz com aparentes 14 anos estavam conversando com o paciente e se viraram ao ouvir a porta se abrir, Bella sabia que havia mais gente, mas tinha que disfarçar, entrando, parecendo sem graça, pedir desculpa e se retirar.

-Oh, me desculpe – mordeu os lábios, como sabia que fazia quando estava nervosa.

-Tudo bem, querida, já estávamos de saída – era uma mulher bonita, mais ou menos da altura de Bella, cabelo cor de cobre e olhos avelã.

-Está tudo bem, em outro momento eu volto -  já estava se retirando, quando a voz do paciente se fez presente.

-A senhorita seria a filha do Dr. Cullen?

-Sim, sou eu – deu um sorriso sem mostrar os dentes, sabia que seus dentes deixavam os humanos desconfortáveis.

-Logo vi pelos olhos – Bella deu um sorriso sem graça, o fato de seus olhos serem “os mesmos” de seu pai, não era exatamente devido à genética.

-Aah sim, sou Edward sir Masen, esta é minha esposa Elizabeth e meu filho Edward.

-Muito prazer, meu nome é Bella.

Edward sir deu uma leve e discreta batidinha no ombro da mulher, que pulou quando compreendeu.

-Edward? Por que não acompanha a Srta Cullen? Não é próprio uma moça  sair desacompanhada.

-Na verdade só estava dando algum auxilio ao meu pai e a Srta Webber.

-Mesmo assim, querida. Não gostaríamos que ficasse sozinha, Edward querido?

O rapaz parecia meio contrariado e ao mesmo tempo fascinado por Bella, nunca havia visto uma moça de tamanha beleza na vida. Ao mesmo tempo contrariado, pois sabia perfeitamente a intenção da mãe ao fazê-lo acompanhar a moça.

-Claro, mãe, até logo pai.

Ofereceu o braço a moça que o aceitou tímida.

-Preciso entrar por um minuto – entrou no próximo quarto trocou a toalha e estava de volta com a toalha usada que colocou no cesto no fim do corredor.

Fez o mesmo processo nos últimos quartos restantes antes de se virar com um pequeno sorriso para o rapaz que a observava com curiosidade, este corou quando percebeu que Bella o flagrara.

-Desculpe.

-Está tudo bem – respondeu também sem graça – se não quiser me acompanhar até a sala de meu pai o senhor pode voltar para a companhia de seus pais.

Edward não conseguiu entender a expressão de Bella, não era magoada, como com certeza outra estaria em seu lugar, também não era ansiosa, parecia sem graça e... alguma coisa. Com toda a certeza ficar perto da Srta Cullen era muito frustrante, geralmente Edward era muito bom em analisar expressões.

-Gostaria de lhe acompanhar.

-Ahm... moram em Chicago há muito tempo?

-Meu avô materno se mudou pra cá quando tinha 15 anos, a família de meu pai sempre morou aqui. E quanto a Srta? Por qual razão decidiu se mudar para a “Cidade do Vento”?

-Meu pai achou que seria bom novos ares – falou exatamente aquilo que havia combinado com o pai. Afinal a resposta “é que já havíamos ficado por tempo demais em Olympia e os humanos, como você, estavam começando a ficar confusos por causa de nossa aparência, que nunca muda, e nunca mudará” essa seria uma ótima forma de continuar a conversa.

-Está matriculada naquele Instituto de Boas Maneiras para jovens moças e cavalheiros?

-Sim estou e o senhor?

-Também estou. Um nome bem... grandezinho não é mesmo?

-De fato – riu.

Despediu-se de Edward assim que chegou à sala do pai. Nem todos os humanos são completos incômodos. Pensou entrando na sala do pai.



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Notas finais do capítulo

eu sei, eu sei tá meio WTF?mas eu prometo um segundo cap melhor com o Edward já sendo transformado, hahahaha pois é spoilers!!!!essa é uma LONG fic, mas eu tenho que adiantar umas coisas pra não ficar focando demais em algumas coisas... bjuss!