só Pode Ser Um Sonho escrita por HufflePuffer


Capítulo 8
Trocar presentes, comer muito e ver a família.


Notas iniciais do capítulo

Tá curtinho, mas tá legal (eu acho rs). Aproveitem (:



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O trem que partira de King’s Cross após as férias de Inverno estava a poucas horas de chegar à estação de Hogsmeade. Anna Gabrielle estava sentada em um vagão junto com Lily, Alvo e Hugo, que contavam sobre suas férias na Toca, casa de seus avós.

- Você deveria passar conosco ano que vem, Anna! - Lily propôs animada.

-Tá bem, tentem convencer minha mãe. Ela estava com tanta saudade que nem queria me colocar no trem de volta hoje de manhã!

“E não me largou nenhum momento que eu estava em casa.” completou mentalmente. O que se seguiu foi um longo silêncio. Não um silêncio triste ou embaraçoso. Mas um silêncio feliz.

Hugo encarava o nada, lembrando do sabor da ceia de Natal de sua avó, Lily relembrava mentalmente de todos os presentes que recebera de seus familiares. Anna lembrava de sua vida, do barulho do liquidificador, do som das teclas do computador, do clique da televisão...

As duas semanas que Anna Gabrielle passara em Londres foram muito estranhas. Havia mais de três meses que ela não usava um forno de micro-ondas, escutava ao seu iPod ou assistia um telejornal.A menina pretendia, por tanto, passar o maior tempo possível fazendo nada e aproveitando esses pequenos deleites que seu novo mundo lhe privava. Porém, já na tarde em que chegara a Londres sua mãe a levara ao supermercado para garantir um estoque das delícias preferidas da garota. Fora a primeira vez que a menina pode encher um carrinho inteiro apenas de guloseimas e porcarias de todos os tipos.

E os outros dias não foram mais calmos. Enquanto não estava ajudando os pais a preparar a casa para o Natal ou preparando a deliciosa ceia junto com sua mãe, estava sentada no sofá do quarto de sua melhor amiga assistindo a todos os lançamentos do último trimestre. A ampla programação contava com filmes, séries de televisão e tudo mais que Julie considerava “memorável”.

Apesar das férias não terem satisfeito suas expectativas, Anna Gabrielle sentira-se muito feliz. Ela tivera a chance de rever seus pais e sua melhor amiga, dos quais tinha muita saudade. E além do mais, fora visitar o túmulo de seu avô algumas vezes com seu pai. Aqueles pequenos passeios foram ótimos para a menina. Poder caminhar pelas ruas de Londres, ver pessoas e suas vidas, conversar com seu pai sobre coisas cotidianas (para ele, pelo menos) e, é claro, dar o adeus para seu avô que estava entalado em sua garganta desde que recebera aquela carta, meses atrás.

Ao caminhar pelas ruas trouxas da cidade, a menina percebeu como tinha vivido em uma bolha pelos últimos meses. As roupas que as crianças usavam não eram mais as mesmas. As propagandas que apareciam nos out-doors mostravam produtos que ela nem conhecia. Era como ir a um país novo, havia tanto para ver. Ela as vezes fugia de Julie apenas para passear, parar em lojas, conversar com pessoas...

-Mas enfim, como é que vocês comemoram o Natal? – perguntou Anna, curiosa.

-Bem, na verdade incorporamos muito da comemoração dos trouxas, sabe? Que nem vocês com o Dia Das Bruxas. Só que muitos de nós bruxos não fazem ideia disso. Acham que é só uma boa oportunidade para trocar presentes, comer muito e ver a família.

-Ah, entendo. É muito parecido para a maioria de nós trouxas...

-Ganhou muitos presentes? - Lily perguntou.

-Sim. Mas a maioria tive que deixar em casa, não servem para nada aqui. E você?

-Diversos. Mas eu mostro pra você outra hora, estão todos no meu malão!

-Lily está feliz porque papai e mamãe finalmente deram a ela uma vassoura de corrida. – Alvo comentou.

-Jura? Você joga quadribol?!

-Jogo, todos na família jogam. Mas não sou de perto tão boa quanto a minha mãe...

Os primos começaram então uma discussão sobre qual de seus pais era o melhor jogador de quadribol da família. Alvo afirmava que era seu pai, o mais jovem apanhador do século, Lily afirmava que era sua mãe, ótima artilheira, e Hugo insistia que era seu pai, antigo goleiro da Grinfinória.

Anna começou a pensar em como deveria ser viver no meio daquela família. Se as pessoas já esperavam que ela fosse inteligente assim como seus pais, que eram médicos, ou boa em tênis como seu irmão, que fora campeão da região alguns anos atrás, imagina o que esperariam dela se ela fosse filha daqueles que haviam salvo o mundo mágico? E, além disso, os quatro pareciam ter sido pessoas incríveis, super inteligentes e com talentos esportivos inimagináveis.

Mas, no entanto, nenhum dos Potter-Weasley-Granger, como eram chamados na escola, pareciam ser pressionados por professores ou por colegas. Muito pelo contrário, todos eram muito simpáticos com eles, nunca lhes davam bronca ou nada do gênero. Os colegas, por sua vez, os observavam como se fossem algum tipo de celebridades, estavam sempre prontos para ajudá-los nas tarefas e até mesmo carregar seus materiais. Os amigos, porém, não eram mimados.

“Como deve ser bom ter sido criado em uma família perfeita.” Anna pensou, sorrindo para Alvo. Ele viu e sorriu de volta A menina avermelhou e abaixou o rosto. “Além do que, todos eles são maravilhosos.”




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