Meu Amado Seboso escrita por paddyblack, maribocorny


Capítulo 12
Violando as regras


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é da Paddy



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Já fazia alguns dias que eu havia chegado na casa de minha avó. Lá tudo era tão calmo e tranquilo, tão gostoso que parecia que o tempo nem sequer passava. Eu normalmente ficava dentro da estufa dela, sentindo o aroma das flores, ou então brincando com os gatos na frente de casa. E foi bem enquanto eu brincava com um dos filhotinhos na frente de casa que o vi passar. Ele parou ao me ver e fez uma expressão assustada.

– Severo? – disse já levantando e indo em sua direção.

– Quem mais seria? – respondeu frio como sempre. – Não existem muitas pessoas parecidas comigo nesse bairro.

Percebi que ele carregava alguns pacotes que pareciam de padaria.

– Então... Estou ficando aqui na minha avó. – eu disse já saindo portão a fora indo atrás dele.

– Hum.

– E talvez a gente pudesse fazer algo, o que acha?

– Garota? Você está me achando com cara de babá? Realmente eu não tenho tempo ou paciência para ficar brincando com você, então vê se acha outro hobbie que não seja me atazanar.

– Tudo bem, eu não preciso mesmo de um amigo como você. Ao que vejo você só pensa em ficar enfiando esse seu nariz enorme nos livros e não quer ter vida social. Típico do seu tipinho. – eu disse entredentes, não queria ofendê-lo, mas minhas palavras sempre saiam da boca antes que eu pudesse controla-las.

Eu o vi parar e então ele se virou com um meio sorriso na boca.

– Onde você aprendeu a falar desse modo, menina? – ele disse tentando disfarçar o sorriso. – Você tem estado meio atrevidinha demais.

– Pelo menos eu não sou um cdf como você.

– Ora sua... – eu o vi vir pra cima de mim e sem pensar duas vezes saí correndo rindo. – Venha cá, ainda não terminei com você.

Apesar de não saber o motivo do riso percebi que era seguida por ele, tanto no riso quanto na corrida. Percorremos três quadras e dobramos passando por mais duas, chegando a uma praça cheia de crianças.

– Você não me pega, seu sonserina boboca. – eu gritei mostrando a língua correndo de costas.

Senti meu corpo bater em algo seco e logo depois ir ao chão. Ao abrir os olhos eu vi uma garota de mais ou menos uns 15 anos. Ela tinha o corpo ossudo e magrelo, mas era alta.

– Desculpa. – eu murmurei ao vê-la.

– Você acha que um simples pedido de desculpas vai adiantar, vermezinha? – eu ouvi uma voz grossa vir ao lado. Olhei e vi um garoto grande e gordo, mais ou menos da mesma idade dela. – Está bem, Pê?

– Eu não quis machuca-la. – afirmei alternando o olhar entre os dois.

– Kassandra, vamos. – a voz de Severo me chamou mais ao longe.

– Ah, só podia ser. Mais uma daquelas...

– Querido, não fale em voz alta. – disse a garota ossuda.

Eu me levantei e fui indo em direção de Severo.

– Ei, onde você pensa que vai? – disse o gordo grandalhão. Ele esticou o braço e me pegou pela gola. Eu comecei a me debater.

– Larga ela, Durlsey! – ouvi Severo tomar um ar de coragem e se impor, vindo para cima do garoto gordo.

– Ou o que?

– Ou eu... Acabo com você. – ele disse em tom de ameaça que até eu mesma me assustei.

Dursley me jogou para o lado e eu caí sentada no chão fofo de grama. Vi ele partir para cima de Severo, e agora estava acompanhado demais três grandalhões. Eles partiram pra cima de Severo dando-lhe um soco no nariz. Eu levantei rapidamente enchendo todo o meu ser com a raiva daqueles moleques.

– Larguem ele, idiotas.

Eles pararam no exato momento.

– Idiotas? – o gordo disse.

– Hey, Dursley, a vermezinha quer brincar com a gente. – disse um dos grandalhões ao lado dela. – Vamos ensiná-la a não se meter com gente grande.

– Afastem-se. – eu disse puxando minha varinha e logo ouvi um coro desafinado de risadas. Os quatro gordos riam como se tivessem visto a piada mais engraçada do mundo. Mas a esquelética arregalou os olhos, ela parecia saber o que era a varinha.

Sem pensar duas vezes eu lancei um estupefaça neles e os quatro caíram no chão inconscientes. A esquelética saiu correndo para acudir o gordo maior e eu fui ver como Severo estava.

– Você está sangrando. – eu exclamei, e sem pensar, ajudei-o a levantar. – Mantenha o nariz levantado para o sangramento parar, vamos para a casa da minha avó, ela dará um jeito nisso.


– Como vocês ficaram desse modo? – ouvi minha avó falar enquanto arrumava o saco de gelo para por no nariz de Severo.

– Estávamos brincando e eu tropecei em uma menina, e o namorado dela nos atacou.

– Você foi grossa? Por que alguém te atacaria, Kassie? Você é uma menina normalmente doce.

– Eles eram idiotas, babushka. Eles nos atacaram sem motivo nenhum. Eu até mesmo pedi desculpas.

– E como vocês conseguiram fugir?

– Eu... usei... magia. – eu falei quase em um murmúrio.

Minha avó pressionou o saco de gelo contra o nariz de Severo com um pouco de força e arregalou os olhos.

– Kassie, não é seguro que se use magia.

– Eu sei babushka, mas o que eu podia fazer?

Antes mesmo que ela pudesse responder, uma coruja parou no parapeito da janela. O ministério provavelmente havia descoberto.



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Notas finais do capítulo

Em breve, o próximo capítulo com a Mari. Espero que tenham gostado,e não esqueçam de comentar =D



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