Meu Amado Seboso escrita por paddyblack, maribocorny


Capítulo 10
Consequências de Ganhar um Duelo


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo é da paddy



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Caminhar pelos corredores de Hogwarts sempre me acalmava, então eu peguei o caminho mais longo até a torre da Corvinal. O que foi um erro, se eu for parar para pensar.
O corredor leste do terceiro andar geralmente estava vazio. Geralmente.


- Você é uma sangue-ruim muito estúpida. - Eu não deveria ter ficado tão surpresa ao ouvir a voz de Régulo Black, mas fiquei. Só por alguns segundos. Não estávamos mais na sala de aula, eu não precisava mais fingir gentileza.


- Eu já chutei o seu traseiro hoje, Black. - Eu disse sem sequer encará-lo. Era estranho imaginar que aquele pentelho era irmão do Sírius. - Se quiser que eu chute de novo, espera até amanhã.


Ele segurou o meu braço e me virou. Eu pude ver, então, que ele não estava sozinho. Infelizmente ele estava certo daquela vez. Eu era uma sangue-ruim muito estúpida, estava em desvantagem. Tentei alcançar a varinha, que estava no bolso da minha mochila, mas ele segurou o meu outro braço também.


- Como foi que uma coisinha tão insignificante como você conseguiu me derrotar? - Ele murmurou, tão baixo que só eu pude ouvir.


- Porque eu fui melhor. - Eu disse e tentei, em vão, me livrar das mãos dele. - Me solta.


- Ela está ousada demais para uma sangue-ruim suja, vocês não acham? - Disse um garoto que estava com eles, Avery. Era o mesmo que me azarara no trem quase um ano antes, e eu ainda senti meu estômago dar um nó quando o reconheci. Ele encostou a varinha no meu rosto sem muita delicadeza. - O que nós devemos fazer com ela?

            Naquela hora eu desejei que alguém, qualquer um, talvez o próprio Merlin, aparecesse e me salvasse. Eu via os sorrisos maliciosos estampados nos rostos deles e estava apavorada demais para conseguir perceber o que eu estava fazendo.

- Vocês são mesmo desprezíveis – Eu me ouvi falando e, então, percebi que meu rosto estava franzido em uma expressão furiosa. Resolvi que não tinha nada a perder, já estava perto demais do inferno para voltar atrás. Deixei minha fúria me guiar. - Principalmente você, Régulos. O que foi? Sabia que jamais conseguiria me vencer, então precisou chamar essa trupe de trolls fedorentos? Acho que agora vocês vão querer me “ensinar uma lição” e mostrar que eu não devo me meter com “pessoas como vocês”?

Tive que dar uma risadinha nervosa. A corda estava ficando cada vez mais apertada no meu pescoço, mas não bastava isso, eu tinha que pular.

- Como se isso fosse mudar o fato que você perdeu. – Eu disse, saboreando as palavras.

O Black mais novo estava bufando. Ignorando os outros, ele pegou a própria varinha e me empurrou contra a parede com força. Todo o ar que havia nos meus pulmões pareceu desaparecer, e ele apertou minha garganta com o antebraço enquanto não me perdia da mira da varinha, na outra mão.

- Sangue-ruim insolente! – Ele gritou perto do meu rosto. Eu ainda estava tentando recuperar meu fôlego, mas pude sentir o bafo quente de sua fúria no meu rosto, sentindo a respiração irritada. Todo o ódio que aquele garoto tinha contra mim estava ali, condensado em um olhar exasperado e uma respiração ofegante. – Sabe que poderia matá-la agora mesmo? Depois era só jogar seu corpo no lago e ninguém jamais iria saber onde você estaria. Se é que alguém se importaria. Sei que seus pais não se importam, então por que alguém iria?

- Como sabe sobre meus pais? – Eu perguntei, recuperando o meu fôlego e tentando parecer controlada.

Régulo sorriu vitorioso, fazendo com que eu sentisse mais asco por ele do que antes.

- Eu vi você falando com o professor. Quem iria querer passar as férias em Hogwarts?

Eu fiquei totalmente desarmada naquela hora. Realmente, quem iria querer saber de uma aberração como eu? Eu lutei contra as lágrimas que embaçavam minha visão, mas senti uma delas, grossa e quente, escorrer dos meus olhos, fazendo-os arder. Tentei me debater para me livrar dele, mas ele já movia os lábios, pronto para dizer a fórmula mágica que fosse que ele estivesse planejando.

Eu fechei os olhos, pedindo a Merlin que não fosse nada que deixasse uma cicatriz muito feia. Já desistira de pensar que alguém fosse passar por aqueles corredores naquela hora.

A ponta da varinha de Régulo estava encostada na minha bochecha e eu podia senti-la ficando quente. Meu estômago se revirava tanto com o pavor que eu mal escutei quando gritaram.

- Expelliarmus!

A varinha voou longe e o próprio Régulo recuou alguns passos. O rosto dele mudou daquela expressão arrogante para um pálido feito cera quando ele os viu.

Lá estavam Tiago, Sirius, Remo e Pedro, em uma formação de ataque (com exceção do Pedro, é claro, que estava mais atrás).

Eram tantos clarões e relâmpagos de todos os lados devido aos feitiços que eu nem conseguia me mexer. Régulo não estava mais em lugar nenhum, mas os outros garotos sonserinos estavam jogando azarações. Consegui alcançar a minha mochila e peguei minha varinha. Não era justo que eles viessem me ajudar e eu ficasse parada.

- Kassandra, sai daí. – ouvi Remo gritar. Quando olhei para trás vi apenas um feitiço vindo na minha direção. Não tive tempo de desviar, então tudo ficou escuro.

- Ela está acordando... – eu ouvi uma voz ao longe. Meus olhos se abriram e a claridade quase me cegou.

- Sai de cima dela Pedro, deixe ela respirar. – era a voz de Sirius.

            Abri totalmente meus olhos e me vi rodeada de marotos. Mas aquele lugar onde estávamos era um lugar em que eu não esperava acordar nem em mil anos.

- O... o que vocês... – minha voz saiu falhada e fraca.

- Descanse querida. – aquele tom, aquela melodiosa voz, aquele amor eu conhecia bem.

- Babushka? – meus olhos arderam, e eu comecei a chorar compulsivamente quando ela veio até mim e me abraçou.

- Kassie... Já que você está bem, a gente tem que ir. – Remus disse.

- Quanto tempo eu fiquei desacordada? – perguntei sem entender.

- Dois dias. – Thiago falou, então pude ver seus olhares preocupados. – Viremos aqui novamente. – completou com um sorriso.

- É, ainda mais que ele descobriu que Lilian Evans mora a duas quadras daqui. – falou Sirius dando uma cotovelada amistosa em Thiago, caindo na risada, sendo seguido pelos outros.


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Notas finais do capítulo

por algum motivo que eu (mari) não entendo, a paddy não postou o capítulo, mas me mandou postar por ela. vai entender.
como ficou muito em sequência, achei que seria melhor juntar o meu final malvado com o cap que ela escreveu, dá um ritmo melhor e fica mais emocionante de ler, eu acho.
o próximo cap sai logo, logo. =)
Paddy: eu adicionei a parte que a Mari tinha cortado. Assim o próximo cap pode pular pra outra parte e não se apegar aos detalhes pequenos.