The Ghost Ship escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 4
O Encontro




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Emily P.O.V.:

Justin me convidou para sair. Deus. Eu ia sair com Justin Bieber.

Assim que o vi desaparecer entre os quiosques do deck, saí correndo em uma velocidade absurda, totalmente desesperada, para minha cabine, procurar alguma roupa para vestir. Claro, eu ia jantar com Justin Bieber!! Tinha algo melhor que isso?

Assim que abri meu armário, comecei uma busca incansável pela roupa perfeita. Jeans? Não, quem vai de jeans a um encontro com um famoso? Vestido? Hum, talvez. Fiquei experimentando umas cinquenta roupas, tirando os sapatos e a maquiagem, até encontrar um vestido roxo com uma fita rosa na cintura (http://2.bp.blogspot.com/-leWNNZK2z9w/Tazr-n0lnyI/AAAAAAAAAEY/QFwkoytqoMM/s1400/Item-405921-500.jpg) e um sapato preto com cristais no salto (http://4.bp.blogspot.com/_sbkXbnUF1f8/S-x5HwP-LAI/AAAAAAAAAJA/AIle4fi0mLk/s1400/salto+de+cristal+Diego+Dolcini.jpg) com uma maquiagem leve. Ruim? Eu nem achei.

Quando eram exatas sete da noite, Justin bateu na minha cabine. A pontualidade britânica, que fofo. Pareceu surpreso com o que eu vestia.

- O-o que foi? – Perguntei.

- Você está linda... – Ele disse. Eu lhe sorri de orelha a orelha.

- Obrigada. – Murmurei.

- Vamos? – Justin disse. Eu assenti, e ele ofereceu o braço a mim. Eu enlacei meu braço ao dele, e fomos caminhando até o restaurante. Era um caminho curto, mas, pela atmosfera do navio, e os sorrisos que Justin dirigia a mim, se tornava prazerosa. Quando chegamos ao restaurante de comida japonesa, a qual eu amava, vi que a mesa que Justin havia reservado para nós estava ao fundo, colada á janela, aonde podíamos ver o mar. Não podia ser mais perfeito. Justin puxou a cadeira para mim, e eu me sentei. Ele deu a volta pela mesa e se sentou ã minha frente. Abriu um sorriso, e perguntou o que eu queria comer.

- Eu? – Perguntei. – Qualquer coisa.

- Você não tem nenhuma preferência?

- Não. Gosto de tudo. – Falei.

- Posso escolher, então? – Justin perguntou. Eu assenti, e ele pediu uma porção de sashimis, sushi e salmão, e duas Coca’s para nós dois. Ficamos conversando enquanto o pedido não chegava.

- O que você gosta de fazer? – Ele me perguntou.

- Gosto de tocar piano. – Eu respondi. – Aprendi faz um tempo, e, bem, em boa parte, você me inspirou. – Completei. Justin sorriu.

- É uma honra ser sua inspiração. – Ele disse. Eu ri.

- Que tipo de música você ouve? – Justin perguntou. Eu suspirei.

- Que tipo de música você ouve? – Perguntei.

- Michael Jackson, Usher, Boys II Men, Nirvana, Beyoncé, Demi Lovato… - Ele começou sua lista. – Sou uma espécie de mix.

- Não ouve a sua música? – Perguntei.

- Não... – Ele disse, franzindo a testa. – Eu demoro tanto tempo gravando as minhas músicas, ouço tantas vezes, que até me enjoa. Acho que eu sou o meu maior hater. – Justin disse, rindo. Eu ri.

- Seu maior hater é você? Nossa, que interessante. – Falei.

- Tudo bem. – Ele me cortou. – Você não me disse o que gosta de ouvir ainda.

- Eu gosto de praticamente tudo que você gosta. – Eu respondi. – Só que eu gosto da Selena Gomez e de Paramore.

- Ah, eu também... – Ele murmurou, como se tivesse esquecido mesmo. – Eu gosto da Selena bastante... Somos amigos. E, a Hayley é muito talentosa. A gente se conhece, na verdade, eu já apareci até de penetra numa foto dela com o meu guitarrista. – Justin disse, num riso. Imaginei o quão legal seria ser amigo dos seus artistas favoritos.

- Como é? – Perguntei.

- Como é o quê? – Ele indagou.

- Ser famoso. Sabe, conhecer seus ídolos, poder gastar o dinheiro que quiser... – Sugeri. – Como é?

- Na verdade, a fama não é tão legal assim. – Ele murmurou. – Eu perdi a conta de quantas vezes eu já quase morri – Ele frisou o morri. – sufocado por que saí sem um segurança e fui descoberto por fãs, eu tenho dinheiro contado para a semana, bem, é ótimo fazer o que eu gosto, ser conhecido, ser amigo de gente famosa, mas... – Ele deu uma pausa. – Tudo tem seu preço. Eu sacrifiquei algumas amizades e a minha privacidade pra realizar meu sonho.

Eu suspirei. Imaginei ter que perder amigos e não poder mais andar sozinha pelas ruas sem um segurança ou ser atacada por fãs. Franzi a testa. De repente, não me parecia tão legal assim ser famosa.

- Que mal. – Murmurei.

- Mas nem tudo é ruim. – Justin se defendeu. – O salário é bem generoso!

Eu ri.

- Ah, então é tudo pelo dinheiro? – Perguntei, num tom brincalhão.

- Nem tudo! – Ele protestou. – Tem também o prazer musical, o carinho dos fãs...

- Ah, sei... – Disse, indiferente.

- É sério!

- Sei... – Repeti. Ele suspirou, derrotado, com a língua de fora. Quando a comida chegou, eu e Justin abrimos nossos hashis numas poses engraçadas, e começamos a comer. Justin manuseava o hashi de um modo um pouco desajeitado, o que me fez rir um bocado. Ele quase fez uma sujeira enorme quando quase deixou o pedaço de salmão que segurava cair no pote de shoyu.

- Está rindo do quê? – Ele perguntou a mim, rindo.

- De você! – Falei, numa risada.

- Pare de rir de mim! – Ele protestou, numa gargalhada.

- Você também está rindo! – Me defendi. Justin riu.

- Eu posso gostar de comida japonesa, mas esses hashis realmente não são meu forte. – Ele explicou, tentando pegar um sashimi, sem sucesso. Depois de algumas tentativas falhas, ele juntou os dois hashis e enfiou no coitado do sashimi. Depois, com um sorriso, levou-o até a boca e o comeu. – Viu? Jeito prático!

Eu gargalhei.

- Você é engraçado. – Disse.

- Eu sou Justin Bieber, – Justin disse. – Tenho de ser engraçado. Pra aturar tudo de ruim que eu passo, só com o humor mesmo.

- Mas também tem coisas boas. – Supus. – Não tem?

- Claro. – Ele disse. – Olha pra você!

Eu não entendi, e apontei para mim mesma.

- Eu? – Perguntei.

- Sim! – Ele disse. – Eu não teria conhecido você se não fosse famoso, né?

Eu suspirei, e tive de assentir.

- Tem razão. – Disse. – Você não teria me conhecido, Sr. Famoso. – Eu disse, num tom brincalhão. – Quer dizer que eu sou um prêmio pelo seu esforço e trabalho duro?

- Não!! – Ele quase gritou. – Você não é um prêmio!

- Então eu sou o quê? – Eu perguntei, gostando das tentativas de Justin de se explicar, e o rumo que aquela conversa estava levando.

- Você é perfeita. Uma garota perfeita que eu conheci, coincidentemente, por causa do meu trabalho, e da minha fama. Não é um prêmio, eu não te considero como uma gratificação pelo meu trabalho duro. – Ele disse. – Na verdade, eu nem conheço alguma palavra que chegue ao seu patamar! Você é...

- Um anjo? – Perguntei. Justin parou para pensar, com a mão no queixo.

- Não... Mais...

- Transcendental? – Perguntei.

- Hum... O que significa isso mesmo? – Justin perguntou, erguendo o olhar. Eu ri.

- Ok, esquece. – Falei. – Você também é especial para mim.

- Especial como?

- Hum... Você salvou meu fim de ano... Você me fez gostar de música... Você é...

- Um super-herói? – Ele perguntou, fazendo uma pose de halterofilista quando quer exibir seus músculos.

- Não. – Desse, franzindo a testa. – Clichê demais. Você é talentoso, é engraçado, é como... Como...

- Ok... – Ele parou um pouco. – Eu sou... Bonitão? Que tal? Bonitão e sarado!

- Bonito, sim, mas... Acho que você precisa de óculos. – Eu disse. – Você não está tão sarado ainda!

Justin bufou.

- Tudo bem, tentei. – Ele disse, dando de ombros arrancando uma risada alta e espontânea minha.

- Você é um figura... - Eu murmurei, rindo.

- É isso que Scooter diz. - Justin respondeu. – Ele vive se perguntando por que ainda não se demitiu. Ele diz que eu sou um garoto com um gênio... Terrível de se controlar. Infernal, sabe?

Eu ri de novo. Um Justin Bieber infernal? Não era tão difícil assim de se imaginar.


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