MIC escrita por NT


Capítulo 8
Beijos, incertezas e perigos


Notas iniciais do capítulo

Rá! Ai está você!
Obrigada por continuarem comigo, não se assustem, nunca vou abandonar vocês, prometo!
* cruza o dedo *-* *
Estão gostando?, Espero que sim, vamos lá, mais um capítulo saindo!



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Narrado por Felipe:


Guardei o protetor e voltei pra piscina, a Manu tava pondo a ponta do pé na água, que fofa, tão linda, inocente, parecia uma criança. Cheguei por trás dela e fiz que ia jogá-la na água:

— PARA FELIPE! - ela gritou.

— Calma Manu era só brincadeira... - me defendi.

— Calma nada! - ela disse ainda brava.


Narrado por Manu:


Ele fez que ia me jogar na água e eu dei um grito, fingi que estava furiosa e vi a Gabi e o Rafa me olhando espantados.

— O que você fez, Felipe? - Gabi disse.

Aproveitei que a Gabi fez ele olhar para ela e joguei ele dentro da piscina.

— viu, quis me jogar na água deu no que deu. - dei risada me aproveitando da inocência dele.

Ele viu que eu não tinha ficado braba antes e só queria jogá-lo na piscina então ele falou:

— a é, você vai ver agora Manuela!

Ele saiu da piscina e começou a correr atrás de mim ali em volta da piscina mesmo, ao redor dela tem um gramado e eu corri pro canto, o problema é que fiquei presa no fundo do quintal sem ter pra onde correr, ele chegou mais perto de mim e pôs os dois braços, um em cada lado do muro me deixando no meio deles, chegou bem perto da minha boca e falou:

— e agora vai correr pra onde?

— eu sou boa em me defender de homens viu, olha que eu posso te deixar como uma dor incrível no meio das pernas! - ri.

— você não faria isso comigo né? – ele me olhou sério

— só se você merecer.

— mas eu não estou fazendo nada de mais, ou estou?

— não, não está.

— então deixa eu ficar o resto do dia assim pertinho de você.

— não Lipe, porque... é... porque eu to com calor e quero ir pra piscina...

— é, eu também fiquei com calor agora. - ele sorriu.

Ele me pegou no colo e foi correndo em direção a piscina:

— prende a respiração! – ele disse e eu fechei o nariz e a boca.

Lipe pulou na piscina comigo no colo, nós dois afundamos e lá em baixo ele me impediu de subir, colocou a mão no meu cabelo e na minha cintura e dividiu seu ar comigo, ele me beijou. Foi tão maravilhoso, tão perfeito quanto o primeiro, e tinha adrenalina, estávamos em baixo da água, dividindo a respiração, coração com coração. Aquilo não podia acabar, tinha que ser pra sempre, o tempo parou, eu não pensei em mais nada só em corresponder o beijo, era tão bom, a pegada dele, seu jeito de me beijar, transmitia tanto carinho, tanta paixão, tanta verdade. Novamente eu o desejava, queria ele só pra mim, pelo resto da vida, ou em quanto a falta do ar não nos impedisse de precisar voltar a superfície, queria o seu beijo no meu, seu corpo com o meu corpo, sua alma em contato com a minha. Ma eu sabia... sabia que não seria assim.

Subimos e ele ficou me olhando, eu estava séria, com cara de quem tinha odiado tudo.

— me... me desculpa... eu não queria te forçar... - ele disse.

— Tudo bem, você não me forçou a fazer nada. Mas não faça isso novamente, se não eu vou ter que partir pra violência. - sorri.

— ok, já fiquei com medo... - ele riu.

— esquece isso que aconteceu ta... não era pra ter acontecido.. então esquece ok?

— mas Manu... ok...

Eu sai da água e o Rafa falou:

— se afogaram foi?

— eu só estava provando que ficava mais tempo em baixo da água que ela, e provei. - Lipe disse.

— provou nada, eu que fiquei mais tempo. - retruquei.

— não mesmo. Vem aqui que eu provo que sou eu. - ele falou isso querendo dizer pra mim voltar ali que ele me beijaria novamente.

Olhei pra ele com cara de ''cala boca'' e ele ficou quieto. Gabi e Rafa entraram na piscina e eu acabei voltando pra lá também. Passamos um tempão na água brincando como crianças, depois saímos eu e Gabi subimos pro quarto dela e os meninos pro do Lipe, Gabi foi tomar banho primeiro, em quanto isso eu fiquei no PC dela. Como a gente é Best, ela tem a senha do meu MSN e eu do dela, então eu entrei no MSN dela pra ver quem tava on, porque a gente tem praticamente os mesmos amigos... Entrei e logo vi on o Lipe. Eu pensei – mas de que jeito - ai ele veio e me deu oi:

#Lipe : oi gatinha.

#Gabi -Manu: Lipe :S como que você ta no MSN :S

#Lipe: kk’ eu tenho um notebook, ai eu trouxe ele pra cá.

#Gabi –Manu: ah, ta .kk’

#Lipe: Cara, eu to ficando loko mesmo...

#Gabi –Manu: Por quê? :S
#Lipe: porque você ta no quarto em frente ao meu e a gente ta se falando por MSN ¬¬ kkkk’

#Gabi –Manu: kkk’ pior :S ri alto.

Eu ri alto mesmo.

#Lipe: eu escutei. Kkkkkkkk’

#Gabi –Manu: ri mais alto

#Lipe: eu escutei de novo.

E comecei a rir como uma louca, e ele apareceu ali na porta do quarto rindo também, ele parou de rir e ficou me olhando dar risada.

— você fica ainda mais linda sorrindo. - ele disse.

— o que? – eu ainda ria.

— Lipe, me arruma uma toalha ai... - Rafa gritou do outro quarto.

to indo. Nada não Manu… - ele sorriu e saiu passando a mão no cabelo.

Eu não entendi bem o que ele tinha dito, nem dei muita bola também... A Gabi saiu do banho e eu entrei. Sai do banho coloquei um shorts e uma blusa e meus chinelos, desci. O Lipe desceu logo atrás de mim. A Gabi e o Rafa estavam no maior amasso lá em baixo.

— Credo, mas já? - dei risada.

— Claro, toda hora é hora – Gabi piscou.

— O Rafa, você ta sendo uma má influencia pra Gabi viu! - Lipe disse.

— Aprendi tudo contigo... - Rafa deu de ombros.

Nós rimos.

Ele se atirou no sofá do lado da Gabi e eu sentei do lado dele. Só de estar ali perto dele eu podia sentir a intensidade do nosso beijo, dessa vez eu não tinha desculpa nenhuma para ter aceito o beijo, mas e porque ele me beijou? Aposto que só pra provar pra si mesmo que nenhuma escapa dele. Ai que raiva! Eu não queria ser só mais um beijo! Eu estava voando em meus pensamentos e nem percebi que a Gabi me chamava:

— Manu, você não quer ir pra fazenda do pai do Rafa com a gente nas férias?

Pensamento da Manu: - o que será que ele sentiu? Será que sentiu o mesmo medo que eu? Será que ele gostou? O que ele sentiu? Droga!

— Manu, Manu, oi, aqui... - Gabi de novo.

— Hã? O que? Que foi? - falei olhando ela.

— no que será que ela tava pensando hein... - Rafa brincou.

— hum... não sei não... esses dois estão muito quietos... - Gabi ajudou.

Eu olhei com uma cara de censura pra ela e o Lipe fez a mesma cara pro Rafa.

— ok, ok... Eu te perguntei se você não quer viajar comigo nas férias? - Gabi voltou a me perguntar.

— Sério? E pra onde a gente vai? Eu quero sim amiga!

— O Rafa me convidou pra ir pra fazenda do pai dele, você podia vir junto né?

— Eu ia amar! adoro o campo, rio, cavalos, acampar, cachoeira... tem isso lá?

— tem sim, e não é tão longe da cidadezinha, e tem cinema, lojas (pra vocês meninas), tem uma pracinha super legal lá, mas o lugar mais legal é uma galeria a ‘Artcenter’, tem caraoquê, videogames, lan house, até uma mini livraria tem por lá...

— sério? Já amei então, e a mãe vai deixar com certeza... Ela é super legal...

— É, eu também mal posso esperar pra sexta que vem chegar logo...

— Você vai junto? - fixa cara de tédio.

— Sim... Porque? - ele respondeu.

— é.. até porque se o Lipe não for, minha mãe não vai me deixar ir... - Gabi disse.

— hum... - respondi.

— Tomara que sexta chegue logo... mas só de saber que tem uma semana toda ainda de aula... por mim a gente já podia ir hoje... - Rafa falou.

— por mim também... - Lipe completou.

Ele pegou o controle da TV e ligou num canal de futebol... A Gabi não gosta muito, mas eu adoro futebol... Ela pegou o controle da mão dele e colocou num canal que estava passando o filme ‘’como se fosse a primeira vez’’. O Lipe tentou pegar de volta e ela não deixava e os dois ficaram ali naquela briguinha até que eu falei ‘’ vamos votar então’’. Eu gosto de futebol, mas só porque o Lipe queria olhar, eu sugeri a votação, porque sabia que o Rafa ia ir com a Gabi...

—Eu voto no filme. E você amor? - ela perguntou pro Rafa.

— Bah cara, to sem saída... Fico com a Gabi... filme... - Rafa riu.

— Futebol. A decisão fica com a Manu. Vai empatar ou decidir? - Lipe me perguntou.

— FIL-ME. - soletrei e ri.

— ah, Manu... - ele fez uma carinha fofa.

— ta mal em cara... - Rafa brincou.

— ok, venceram... filme então...

Ficamos olhando o filme e a história é de uma garota que sofreu um acidente e toda noite quando dorme ela perde a memória, de manhã quando acorda ela acha que está na manhã do dia em que sofreu o acidente, um cara se apaixona por ela e descobre que ela tem esse problema, mas ele acaba ficando com ela mesmo assim, e grava uma fita, e todas as manhãs quando ela acorda ela assiste o vídeo, e descobre que já é casada, que muitos anos se passaram e que tem uma filha e que é muito feliz... Resumindo eu e a Gabi caímos no choro de novo.

Os meninos ficaram lá rindo da gente porque a gente tinha chorado. Eu levantei e parei bem na frente deles.

— é porque vocês são acostumados a ser galinhas, então não sabem o que é AMOR. O Rafa ta aprendendo... - dei uma risadinha.

O Lipe levantou.

— Só porque eu não me derramei em lágrimas não quer dizer que eu não saiba o que é amar!

— mas você não sabe mesmo o que é gostar de alguém e ter uma imensidão te impedindo de ficar com aquela pessoa.

— Eu sei muito mais do que você imagina ou acredita.

— Duvido. Por quem que você daria sua vida?

— Por vo... a não te interessa!

— Ei, deu já! Mas vocês dois não passam um dia sem brigar hein! - Gabi se intrometeu.

— Ele que é metido! - respondi.

— Ela que não se toca! - ele disse.

Nós dois nos calamos e sentamos novamente no sofá, um do lado do outro. Ele me deu um cutucão com o braço, eu devolvi.

— Pior que duas crianças apaixonadas. - Gabi riu.

— que duas crianças pode até ser, mas ta muito longe de estarem apaixonadas. - falei.

O Lipe ficou quieto com o que eu falei, eu achei que ele fosse retrucar, ou até dizer que uma coisa certa eu tinha dito, mas foi o contrario, ele ficou quieto, mudo e ficou olhando fixamente para o chão.


Narrado por Felipe:


Ouvir aquilo da Manu doeu um pouco, ela fica se fazendo de difícil, mas eu achei que ela estivesse sentindo alguma coisa por mim mesmo... E também, o nosso beijo... cara, foi tão bom, igual ao primeiro, melhor, sei lá, não tem comparação, eu sei que nenhum beijo supera o dela, ela beija de verdade,com vontade, com o coração, com a alma, com... com... Amor. Ela beija com amor. Mas se o beijo dela parece ser tão apaixonado, porque ela não se entrega, porque ela é tão dura com ela mesma e comigo? Porque?


Narrado por Gabi:


Ou eu estava ficando completamente pirada, ou meu irmão estava mesmo apaixonado pela Manu, eu nunca vi ele tão distante, tão pensativo. Será? Será que ele se apaixonou pela Manu, assim como ela se apaixonou por ele? Meu Deus! Será? Seria tão bom se fosse verdade, mas a Manu... ela é tão dura na queda... e ainda que ela não suporta o jeito galinha dele. Eu não sei se ele vai conseguir domar ela... Acho quase impossível.. Conhecendo minha amiga como eu conheço... Só se ele mudasse muito o jeito dele, e eu não sei se o Lipe mudaria por alguma garota...


Narrado por Manu:


Já eram 19:00 hs.

— Gente, eu vou ir embora... já ta começando a escurecer... - falei.

— Ok amiga, e não esquece de falar com sua mãe hein, sobre ir pra fazenda.

— aham, pode deixar, to louca pra sexta chegar logo. - falei.

— Eu sabia que você tava louca pra ir... - Lipe disse com um sorriso sugerindo ''sabia que estava louca para ir comigo''.

— haha. Tchau pra você Felipe! - falei.

— tchau lindinha. - ele respondeu.

— Tchau amiga, tchau Rafito.

— Tchau... - responderam juntos.

— ah, amiga, amanha a gente passa lá na sua casa ok? - Gabi chamou,

— ok, mas pra que? - perguntei.
— amanha é dia de sol, praia, caminhada, bronzeamento... esqueceu? Sábado...

— ah, ta, de boa. Passam lá sim. - sorri.

Eu já estava na porta da casa dela, sai e fui indo pra casa. Lá fora já estava escurecendo, tipo quando ligam as luzes nos postes da cidade.


Narrado por Felipe:


Não sei porque, mas na hora em que ela saiu lá de casa, eu senti um medo [/leia-se intuição], levantei e avisei o casal que eu ia dar uma volta. Sai e fui atrás da Manu. Eu estava seguindo ela de perto, mas do outro lado da rua, para ela não perceber. Eu sabia que pelo caminho que ela voltava a essa hora da noite ficavam uns meninos num beco fumando e se chapando. Então continuei seguindo. Quando ela chegou perto do beco, um garoto que estava visivelmente chapado a abraçou e começou a cercá-la.

— E ai gatinha, o que você esta fazendo a essa hora na rua? E sozinha?

— Me solta seu idiota! - ela tentou se soltar.

— O que foi gatinha? Não sou bom pra você?

— Não, você não é bom pra mim, tenho coisa melhor.

— e onde está o melhor agora? - ele disse perto do rosto dela.

Quando eu vi o cara agarrando ela eu já atravessei a rua e fui chegando devagar perto, escutei toda a conversa dele e na hora que ele perguntou onde estava o cara dela eu a puxei pelo braço, ela segurou no meu corpo escondendo a cara no meu peito.

— O cara dela ta aqui irmão, e se eu fosse tu vazava. - olhei firme nos olhos dele.

Na cidade todo mundo me conhecia e todos sabiam que eu era bom de briga, por eu ser popular e ter muitos amigos ninguém mexia comigo, então o cara logo me conheceu e deixou ela em paz.

— Fala Lipe, a mina ta contigo então?

— ta sim, ta comigo.

— Ok, se ta contigo vo deixa ela numa boa irmão. Falo.

— falo, tchau.

Passei a mão na cintura dela e tirei ela dali, seguimos andando calados, até dobrarmos a esquina.

— Você estava me seguindo? – Ela falou brava.

— eu acabei de salvar a tua vida, agora você podia estar sendo drogada e estuprada e você ainda ta querendo reclamar?

— ok... obrigada, mas porque você veio atrás de mim?

— i, deixa de ser convencida, quem disse que eu tava te seguindo?

— e tava indo pra onde então?

— interessa?

— Nenhum pouco!

Eu encostei ela na parede e fiquei segurando-a pela cintura.

— Tem certeza? - falei perto do seu rosto.

— toda! E tchau, obrigada por ter me ajudado, mas agora eu sei voltar sozinha!

— Ok, você quem sabe...

Me virei e ia voltando pra casa, antes de virar a esquina ela me parou.

— a.. é... bem... será que você podia voltar comigo? –ela fez uma carinha que me derreteu.

— medrosa, eu volto sim. - sorri feito bobo.

— medrosa nada, mas é que se você passasse por aqueles caras de novo eles iam perceber que eu estava sozinha e talvez viessem atrás de mim... e é só por isso que aceito tua companhia... ruun.

— adoro teu jeito marrenta sabia? - dei risada.

— haha. - ela mostrou a língua.

Ficamos um tempo caminhando em silencio.

— Manu... posso te perguntar uma coisa?

— Fala peste.

— porque você não gosta de mim?

— Porque você é metido, se acha o gostosão, porque é super galinha e porque não sabe ficar mais de um dia com a mesma menina.

— E se eu te disser que tem uma menina me fazendo mudar?

— Eu vou te perguntar quem é a santa. - ela brincou.

— Pois é... eu acho que já ta na hora de parar com a galinhagem... tem uma menina lá na escola... ela ta pirando minha cabeça.

 Você, Manuela, você está pirando a minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

Comentários sim? por favor!
Escritora carente aqui. :o
Ah, não percam os próximos capitulos, é sério, rs.
E essa viagem? Hmmmm, eu juro que promete muito. ;x '