MIC escrita por NT


Capítulo 4
Gabi e Rafa.


Notas iniciais do capítulo

Postando o capitulo 4, de agora em diante, só continuo com 2 reviews por capitulo. :)



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Entrei em casa, subi e larguei minhas coisas na cama, desci dei um beijo na mãe e almocei. Subi pro meu quarto escovei meus dentes e troquei de roupa, coloquei um shorts, uma blusinha preta e um tênis branco, fiz um make super básico, peguei meu skate – porque eu tenho um skate – e desci.

— mãe, to saindo, vou pra praça com a Gabi. Beijo.

— Ok filha. Manda um beijo pra Gabi.

Saí e fui andando de skate até a casa da Gabi. Cheguei lá e toquei a campainha, pra minha surpresa quem atendeu?

— Oi, veio me ver? - o Lipe disse sorrindo.

— sonha. - retruquei.

— adoro teu humor do cão.

— rá- rá. - virei os olhos.

Fui entrando, Lipe me agarrou por trás:

— Ta doido garoto? Ta querendo tomar um tapa e não sabe como?

— Vai, eu sei que você quer me beijar, ou não quer?

— Ah, sim eu adoraria. - falei com uma cara super convincente.

Ele chegou mais perto e quando ia me dar o beijo eu peguei o copo de água que estava ali na mesinha e virei na cabeça dele, comecei a rir descontroladamente.

— Ta louca Manu? Por que você fez isso meu?

— Pra ti aprender a tratar uma mulher como mulher! Vê se aprende que eu não uma das tuas vadias!

— Eu estava só brincando contigo, não precisava me molha todo.

— Se você estava só brincando por que quase me beijou de verdade?

— Eu.. eu.., é, é.. a to indo lá em cima me trocar!

Ele subiu as escadas bufando e eu sentei no sofá, logo a Gabi desceu e viu que eu estava com um sorriso no rosto, rindo sozinha.

— piro de vez! - ela riu.

Eu nem ouvi.

— Manu, terra, oi, contato, cambio. - ela estalou os dedos na minha frente.

— viajou legal... - ela ria.

— que nada amiga.. vamos?

— vamos lá...

Saímos e fomos em direção a praça, nem me toquei que esqueci o skate na casa da Gabi... Chegamos lá e nos sentamos em um banco, a praça da nossa cidade é movimentada todos os dias, todo pessoal da escola que não trabalha passa a tarde lá. Eu e a Gabi começamos a conversar sobre um monte de coisas, e principalmente o que a gente mais adora, fofocamos muito das meninas e meninos populares que se acham os tais. A Gabi me conta tudo, e eu conto tudo pra ela, claro né, estudamos juntas desde o jardim de infância, só agora no segundo ano que caímos em turmas separadas... Mas ela ainda teve sorte porque na turma dela tem um e outro chatinho, eu que fiquei na turma ruim, todos querendo ser uns melhores que os outros. Odeio isso.

Nós estávamos num papo super bom, garotos. De repente, lá numa rodinha nós vimos o Lipe e o Rafa, e adivinha, o Lipe estava se achando o tal em cima de um skate, espera ai, o MEU SKATE! Eu levantei e a Gabi ficou me olhando, ela sabia que eu tinha um ataque se alguém pegava aquele skate, afinal meu pai tinha me dado ele a um ano, na ultima vez que veio de New York – meus pais são separados, moro com minha mãe - Eu comecei a caminhar na direção dele e vi a Cristini pegar o skate das mãos do Lipe, ai eu corri até lá e tomei da mão dela:

— Me da isso aqui! - puxei o skate.

— te dar o que garota, não é teu, é do Lipe! Se manda sua mosca tonta! - ela disse.

— Cala boca, vadia, antes que eu quebre tua cara de novo!

— Eu já ia levar lá pra você. Calma. - Lipe disse.

— Não sabe que não se pega as coisas dos outros sem permissão?

— credo, mas teu humor piora a cada dia lindinha. – os amigos dele riram, eu fiquei séria, quase chorando de raiva.

— me da isso aqui! – tomei da mão da Cristini e fui na direção da Gabi:

— ai, como ele é irritante! - praguejei ele.

— calma amiga. - Gabi disse vendo minha raiva.

— desculpa, mas eu não quero mais ficar aqui, vamos?

— ok, mas vamos lá pra casa? A gente faz uma pipoca e olha aquele filme.

— vamos.

— eu não tinha visto os meninos ali... o Rafa, ele, ele tava agarrando aquela tonta da Alicinha. - Gabi falou também suspirando de raiva.

— Amiga, olha, você tem que parar com esse ciúme dele, você não é dona dele, e ele não estava beijando a guria, ele agarro ela assim como o Bruno, o Kaike, e os outros meninos agarram a gente - Bruno e Kaike eram dois amigos da escola, mas só amigos mesmo –

— é você tem razão amiga, e quer saber, eu não sei o que sinto mesmo, e se ele gostasse de mim, eu saberia.

Chegamos na casa da Gabi, fizemos pipoca e sentamos no sofá, a mãe dela é médica e chega bem tarde a noite. Começamos a assistir o filme '' Um amor para recordar'' é velho... mas eu e ela amamos e sempre choramos no final. Quando o filme estava acabando abriram a porta da casa, era o Lipe e o Rafa, eles entraram rindo e eu e a Gabi bem belas lá se derramando em lágrimas pelo filme, eles pararam de rir e os dois ao mesmo tempo correram até nós.

— Manu o que foi? Gabi, o que aconteceu? - Lipe disse assustado.

— Gabi, Manu o que aconteceu? - Rafa no mesmo estado.

Eu e ela não aguentamos e caímos na risada, eles ficaram ali com cara de desesperados sem entender nada.

Quando eu e ela paramos de rir e nos recuperamos falamos que era por causa do filme, eles ficaram com cara de quem tinha feito papel de bobo.

— mas e vocês estavam rindo do que? - perguntei.

— ah, - Lipe riu de novo - acho que você ia gostar de te visto...

— e você também Gabi... - Rafa completou.

Ela olho com uma cara meio triste pro Rafa mas tentou disfarçar:

— desembucha logo, o que houve? - Gabi disse.

— a Cristini queria agarrar o gostosão ali – Lipe apontou pro Rafa - só que a Alicinha também queria e as duas começaram a brigar, ai foram se batendo até que as duas caíram dentro do chafariz da praça.

Nós todos começamos a rir muito, eu realmente queria ter visto a cena!

— bem feito pras vadias. - falei rindo.

Nós estávamos rindo e pela primeira vez notei o sorriso maravilhoso do Lipe, ele parecia uma criança, tão bonitinho. Eu falei pra Gabi que ia subir e tomar um banho no quarto dela e fui. O Lipe também falou que ia tomar banho e foi pro quarto dele. O Rafa e a Gabi ficaram sozinhos na sala.


Narrado por Rafa:


Depois que a Manu e o Lipe saíram sentei do lado da Gabi no sofá, ela parecia triste e aquilo me doeu por dentro.

— Gabi, o que eu fiz pra você? Eu falei alguma coisa que você não gostou? Eu fiz alguma coisa? - perguntei angustiado.

— não Rafa, você não fez nada, eu que fiquei sonhando coisas... - ela suspirou.

— como assim sonhando coisas?

—não é nada... esquece ok? Desculpa pelo jeito que eu te tratei no final da aula ta?

— desculpo, mas com uma condição.

— Qual?

— não briga mais comigo, eu não aguento te ver triste.

— hã? Como assim?

— Gabi, eu acho que... é.. eu acho que estou apaixonado.

— por quem?

— por você.

Ela ficou em silêncio.

— desculpa, eu sei que você me acha um galinha, mas eu não sei, não sei o que eu sinto bem, mas é diferente, eu tenho vontade de largar tudo por você, hoje na praça eu não iria ficar com nenhuma das duas e por isso elas estavam brigando, eu dispensei as duas e não sabia porque, eu tinha te visto lá no banco com a Manu, você estava sorrindo, seu sorriso me trazia paz, eu não conseguia pensar em outra menina, só você. Me desculpa...

— eu não posso te desculpar. - ela disse.

— porque? - perguntei.

— por que acho que sinto o mesmo. - ela respondeu e eu senti meu coração bater forte.

Eu passei meu braço pelas suas costas e a trouxe para perto de mim, a beijei, um beijo calmo, que foi ficando feroz, eu queria amá-la ali mesmo, mas sabia que não podia, o beijo dela era diferente das outras meninas, parecia ser sincero, verdadeiro, apaixonado.


Narrado por Gabi:


Ele começou a me falar coisas e pedir desculpas, então confessou que me amava, eu gelei, tremi, eu sentia o mesmo, confessei a ele, ele me pegou e puxou para perto dele, me deu um beijo calmo, feroz, diferente, parecia sincero, verdadeiro, apaixonado, eu estava sonhando.


Narrado por Lipe:


Saí do quarto e ia descer para a sala quando vi o Rafa beijando minha irmã, fiquei puto da vida com ele, ele não podia ter feito aquilo, eu já ia descer correndo mas uma mão me impediu.



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Notas finais do capítulo

Por favor, se você lê a história, e gosta um pouquinho que seja, deixe seu comentário isso da incentivo para mim, nenhum escritor vê graça em escrever para o nada. Por favor, se ler a história, comente. Acompanhe. tenho certeza que não irão se decepcionar com ela. :)