Quando nossos lábios iam se tocar abaixei a cabeça e ele acabou beijando meus cabelos.

— Desculpa Caio, eu não posso... - falei com cara de culpada.

— Porque? Você tem namorado?

— Não... mas eu não quero, tudo bem? - falei.

— Tá, tudo bem. Vamos pra roda.. - ele pegou minha mão pra sairmos da barraca.

Lipe estava olhando para mim, desviei o olhar. Sentei na roda e não olhei para ele.

A Garrafa foi girada, caiu no Luka.

— Verdade ou consequência? - Caio perguntou a ele.

— Verdade. - Luka respondeu.

— é verdade que a bunda da Manu é a mais gostosa? - ele riu.

Arregalei os olhos.

— Ah, cala boca cara, não estraga a brincadeira. - Luka ficou incomodado.

Ele levantou e disse que ia dormir, foi pra sua barraca. Nós acabamos desistindo da brincadeira também. Entrei na barraca e Lipe entrou logo atrás de mim.

— Você beijou ele? – ele olhou fundo nos meus olhos.

— E se tiver beijado? - dei de ombros.

Ele abaixou a cabeça.

— Você não beijou ela?

— Nem pense nisso! - ele me olhou com um pouco de dor no olhar. - E não diga que beijou ele só porque eu beijei ela.

— Então você beijou ela? – olhei triste para ele.

— Não. - ele respondeu.

— Como eu vou saber?

— Eu tenho algum motivo pra menti?

— Não... nenhum.

— Você beijou ele né? - Lipe acusou.

— Que tipo de garota acha que eu sou hein? Eu não fico com o primeiro que me aparece! – falei brava e decepcionada.

— Você não beijou ele? – ele me olhou com esperança.

— Não! E boa noite pra você, Felipe! – me virei e me afundei na coberta.

— Manu... desculpa, eu não quis te magoar.

— Você já teve um tempo pra me conhecer, deveria saber que eu não sou esse tipo de menina. – olhei com uma lagrima nos olhos para ele.

— Por favor, me perdoa? Não chora, eu não posso te ver chorar!

O abracei.

— Não pense coisas assim de mim, ok?

— Prometo. - ele jurou.

Deitei e ele deitou comigo, fez cafuné nos meus cabelos, eu não conseguia dormir, quando ele parou de fazer cafuné, deduzi que estava dormindo, me virei e fiquei olhando ele deitado. Tão lindo, tão sereno, tão feliz... me apaixonei mais ainda. E outra lagrima caiu.

Sexta. Acordei, me espreguicei e olhei pro lado. Ele ainda dormia. Levantei e fiz duas xícaras de café, voltei pra barraca, ele estava acordando, deu um bocejo. Que lindo!

— Oi! - Sorri.

— Oi! - ele fez uma carinha fofa.

— Pra fazer as pazes com você. – estendi uma xícara de café pra ele.

— Otioti - ele sorriu.

— Sexta já né, passou muito rápido. - puxei assunto.

— Aham. - ele riu.

Ficamos conversando eu e ele, os outros também levantaram. Depois do almoço decidimos ir pro rio, Rafa e Lipe nos guiaram por uma trilha diferente, o caminho era mais longo não acabava nunca.

— Pra onde a gente ta indo amor? - Gabi perguntou.

— Já vamos chegar, é onde tem o tobogã que a gente falou. - ele respondeu.

— Sério? Que legal. - falei ansiosa.

— é muito legal lá. - Lipe disse.

Continuamos caminhando, os outros também estavam com a gente. Chegamos ao tão esperado tobogã, era uma espécie de mini parque, tinha o tobogã e mais alguns brinquedos, era um lugar bem divertido.

— Que lugar legal! Olha, olha, o tobogã lá! - apontei.

— Vamos! – Lipe me pegou pelo braço e saímos correndo, os outros vieram atrás.

Chegamos lá em cima, podem ir duas pessoas por vez, juntas, eu estava com medo, então todos foram na frente, Lipe ficou por ultimo pra ir comigo.