Férias Insanas escrita por flamells


Capítulo 11
10. partiu versalhes


Notas iniciais do capítulo

eu sei.



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Mais um dia comum, com meus amigos normais em Paris e estávamos nos arrumando para ir ao Palácio de Versalhes.

– RONEY DEVOLVE MINHA MAKE! – Alice gritava a plenos pulmões no quarto. Risca a parte de amigos normais... Saí do cômodo e rumei para a cozinha, antes que o mal humor começasse cedo.

– Tenha a santa paciência! – bufei. – Bom dia Simba. – ri da cara que Jasper fez com o apelido, coitado.

– Bella, de todos achei que você era a mais normal. – ele suspirou antes de bebericar seu café.

– Viva la vida loca! – Emmett apareceu cantando, e logo já estava praticamente enfiado dentro da geladeira, tirando de lá uma fatia de pizza. Estranhei, não havíamos comido pizza nos últimos dias. Eca.

– Emmett... – comecei a falar, mas Edward me cortou, dizendo para que eu ignorasse. – Nada não. – sorri amarelo, admirando a forma com que o grandão se deliciava com aquilo.

Eu disse admirando? Ok, eu estava quase vomitando. Emmett parecia um retirante e estava todo sujo com a gosma que saia da pizza. E o odor... não há palavras que o descrevem.

– Gente estamos prontos. – Alice vinha saltitante com Roney em seu enlaço, mas parou ao adentrar na cozinha. – Morreu um gambá aqui? – tampou seu nariz e fez careta.

– Não, é só a alimentação sadia do meu irmão. – Edward se retirou do ressinto, ele já assumia uma coloração verde. Coitado. Mas no fim, seguimos o mesmo rumo, menos Emmett, que partia para as panquecas.

– Rosalie, boa sorte! – Jasper deu um tapinha no ombro de minha amiga, quando se cruzaram na direção dos quartos. A loira, para variar, fez cara de paisagem e abriu a boca.

– Na cozinha. – respondi, já prevendo que a mesma iria perguntar onde se encontrava seu namorado. E ela sumiu pela porta, por onde havíamos acabado de passar.

– QUE NOJEIRA É ESSA EMMETT? – foi o que ouvimos vir da cozinha, antes de escaparmos para os quartos como Jasper.

Após uma hora do episódio de Emmett, nos encontrávamos silenciosos dentro do táxi. Finalmente, conseguimos nos organizar e os meninos foram em um, e nós seguíamos em outro logo atrás.

Percebi uma movimentação estranha da parte de Roney, foi inevitável olhar de esguelha para o mesmo.

– Ai, que foi Isabella ~recalcada~ Swan? – o veado cara de pau alfinetou, me encarando de nariz empinado.

– O que você está aprontando Roney? – perguntei, e ele fez cara de desacreditado. Ah se eu não conhecesse...

– Eu!? Nada. – olhou para os lados de maneira nervosa. Arqueei a sobrancelha. – Alice, olha a Bella! Tá me deixando magoado assim, logo eu: uma pobre donzela indefesa. – fez drama e se jogou em cima da anã.

– Tadinho Bells, ele está falando sério. – abraçou seu fiel escudeiro. Aí tinha, de certeza.

– Os dois, cuspam agora! – perdi a paciência e apontei o dedo, ameaçando-os. As duas criaturas se olharam apavoradas e olharam para Rosalie, que tentava disfarçar mexendo em seu celular.

– Da isso aqui! - fui para cima de Rose, tentando apanhar o aparelho e a mesma começou a gritar.

O taxista nos chamou atenção, indicando que havíamos chegado a estação de trem e que os meninos nos olhavam estranho pelas janelas do carro. Pagamos o homem e saímos com quietas com a dignidade que nos restava. Mas não pude de deixar de fuzilar as três cabeças de vento que me acompanhavam. Depois eu conversaria com eles.

– Então... – Edward começou a puxar assunto e todos olhamos pra ele, o coitado ficou corou e fechou a boca.

– Eu heim, nem vou rir. Vai que é doença. – Roney passou na nossa frente, com seu jeito que ele imaginava ser elegante.

Finalmente quando conseguimos entrar no trem, preciso confessar que eu estava rezando para que nada errado acontecesse. Éramos imãs do azar, qualquer desastre que poderia vir a ocorrer no trem, conosco lá dentro triplicaria as possibilidades. Pessimista, eu sei. Encontramos nossos assentos conforme as passagens e ficamos em duplas: Emmett e Rose, Edward e Jazz, ao lado direito do corredor. Alice e eu, e Roney com um senhor suspeito, no lado esquerdo.

Roney estava visivelmente desconfortável com o estranho ao seu lado, e isso deixava a cena hilária. O trem começou a se movimentar e olhei para o grandão que praticamente colou seu rosto na janela, cutuquei a Alice e ri.

– Tô me sentindo o Harry Potter. – Emmett sentou direito, e olhou para Edward sorrindo como uma criança. O ruivo choramingou e Jasper gargalhou chamando atenção.

– Ai Emmett, o que seria de mim sem você? – ainda tirou sarro do primo, que sorriu faceiro.

– Emmett... – Edward apertou a ponte de seu nariz com os dedos e balançou a cabeça, desistido de comentar.

– Emm, Harry Potter é na Inglaterra. – Alice deu uma risadinha, e os olhos do grandão se iluminaram. – Oh, oh. – Alice sentiu que fez besteira.

Ignoramos os demais comentários do grandão e as duras que Rosalie dava nele, e tudo pareceu voltar ao normal após alguns instantes. Já havíamos passado da metade do caminho, eu e Alice fofocávamos sobre seu lance não existente com Jasper, Rosalie e Emmett “namoravam”, e Jasper mais Edward estavam numa conversa árdua sobre o histórico de Versalhes. Nerds.

– PUTA QUE PARIU! – Roney se levantou gritando, chamando atenção dos demais passageiros, acusando o velhinho com cara de tarado. – O VELHO RALOU A MÃO EM MIM! Socorro! – choramingou vindo pra cima da gente. Enquanto uma estrondosa gargalhada se sobressaiu. Olhamos atravessados para Emmett.

– Emmett, troca de lugar com o Roney. – pedi, olhando para trás. No mesmo instante o grandão parou de rir.

– Ela tá de brincadeira né ursinha? – olhou apavorado para Rosalie, que fez um sinal negativo com a cabeça.

– Qual é ursinho, troca com o Rorô?! – pediu dengosa para o namorado, que abaixou a cabeça e sentou ao lado do senhor estranho, que riu para o grandão. – Olha aqui seu depravado, se você encostar um dedo no meu namorado eu quebro essa sua cara, entendeu? – Rosalie apontou o dedo para o cara, ameaçando.

Edward e Jasper riam baixinho, e eu e Allie tentávamos nos esconder entre os bancos, a essa altura todos nos encaravam. Oh merda!

Emmett estava quase sentado no meio do corredor com medo do velhinho, e isso era hilário. A cada cinco minutos o gigante resmungava ou soltava algum palavrão. Quando finalmente chegamos à nossa estação, Emm praticamente nos arrastou para fora do trem.

– Caralho! - Edward resmungou olhando pra trás e o acompanhamos. O senhor tarado vinha logo atrás da gente, e aquele sorriso maníaco não saia de sua cara.

– Ai gente corre! – Alice apertou o passo. – Que medinho. – choramingou me abraçando.

– Puta que pariu, primeiro um taxista assassino, agora um tarado no trem. Tem como piorar? – Roney parou gritando, enquanto erguia as mãos para o céu, no mesmo instante houve um trovão.

– Puta merda, vamos logo. – puxei todo mundo o mais depressa possível. Por dois motivos: 1º- Não pegar uma possível chuva. 2º- Nos afastarmos do tarado.

Estávamos tão apavorados que mal percebemos quando chegamos próximo à fila da entrada, e não era nada pequena.

Mas acho que o que mais surpreendeu foi a reação de todos, quando notamos os portões do castelo.

– Puta... – Merda... – Que... – Caralho! – É ... – Lindo! – É ouro! – cada um emitiu um som, e advinha quem proferiu a última frase? Sim, Roney.

A fila foi tranquila, cheia de planos e tudo mais e o resto do dia foi um desastre novamente.

Começamos a nos brigar assim que entramos nos portões do castelo e tentamos ficar em duplas. O que não deu muito certo, pois ninguém queria ir com Roney. Nada contra, mas ele bufava toda vez que o guia abria a boca. Depois de circularmos “individualmente” por duas horas, nos encontramos no jardim e Emmett não aparentava estar muito bem, mas claro que quis se mostrar o macho alfa e disse que estava bem.

Passeamos juntos pelo jardim, tiramos várias fotos e até fizemos um piquenique no almoço, e então quando o fluxo de pessoas diminuiu dentro do castelo voltamos. Chegamos no ponto alto da visita: a galeria dos espelhos!

Mas como elogiar algo é como jogar merda no ventilador, todo aquele ouro e cores maravilhosas estavam nos fascinando, até ouvirmos um barulho estranho vindo da barriga de Emmett...

– Ursão você está bem? – Rose o olhou preocupada, pudera, seu namorado estava empalidecendo.

– Acho que aquela pizza – mais um barulho. – não me fez bem. – resmungou e colocou a mão sobre a boca, indicando que iria vomitar.

– Emmett, não se atreva a fazer isso aqui. – Edward pegou o irmão pelo braço e saiu a procura de um banheiro. Mas não deu tempo. Emmett colocou a pizza estragada para fora no meio do salão e em cima do próprio irmão.

– Eeeewwww! – o som de nojo foi geral, Alice quase vomitou ao meu lado vendo a cena.

– FILHO DA PUTA! – Edward gritou irado com o irmão, que parecia bem aliviado. – Merda Emmett, quantas vezes eu vou ter que falar para você não comer aquelas porcarias? – seu olho esquerdo tremia.

– Respeite a mamãe! – Emmett chateou-se. – Ta bom Cabeçudo, se é pra começar de viadagem, pega aqui minha camiseta. O grandão começou a tirar a blusa e os guardas vieram na nossa direção.

– Corre negada! – Roney saiu desembestado e ninguém mais quis ficar para ver o desfecho da história.

Acontece que cada um foi para um lado e nos perdemos, por no mínimo uma hora.

– BELLS! – ouvi meu apelido e me virei em direção, lá vinha Jasper correndo feito uma gazela, eu mereço!

– Achou mais alguém? – perguntei quando estávamos próximos. Ele fez que não. – Ótimo, vamos para a saída. – indiquei os portões do castelo. Na mesma hora me puxaram e gritar foi inevitável. - Porra Rose! – briguei com a loira.

– Desculpa, é que eu já estava desesperada. – havia sinais claros de maquiagem borrada em sua face. Na verdade ela parecia um panda.

– Certo, vamos para a saída. – Jasper puxou o caminho. E ao longe pude ver um cabelo acobreado.

– Edward! – saí correndo feito uma louca, e foi só ele se virar que eu tropecei e caí de quatro aos seus pés.

– Eita mulher, calma! – o idiota começou a rir da minha cara, mas parou quando percebeu que eu não via graça alguma. – Ah fala sério, foi engraçado. – soltou mais uma gargalhada. – Tá, parei. – suspirou.

– Cabeçudo! – Emmett vinha correndo à nossa esquerda, mas quando Edward o olhou atravessado ele diminuiu os passos e começou a andar para trás. – Foi sem querer... – levantou as mãos e saiu correndo.

– Eu vou matar você, seu imbecil! – o ruivo saiu correndo atrás do irmão. Sim, pareciam dois retardados.

– Achamos vocês. – Alice e Roney se aproximaram de mim, Jasper e Rose ~não sei de onde eles surgiram~ - Acho que podemos ir embora né. – resmungou de vergonha, olhando para os Cullens.

Jasper suspirou e foi até os dois apartar a briga e deu certo, os dois só não estavam se falando. Seria cômico, se não fosse trágico.

Havíamos perdido o trem da volta e precisamos pegar um ônibus, o que foi bem desconfortável com o odor azedo que exalava de Edward. Ou seja, o caminho foi longo e todos estavam se evitando, ou evitando brigas.

Quando finalmente chegamos ao prédio, todos os presentes no hall nos olhavam torto. Talvez pelo nosso estado deplorável.

– Vou tomar banho. – Edward anunciou assim que adentramos no apartamento e Jasper foi direto ao quarto. Aproveitei que as meninas estavam distraídas e fui atrás dele.

– Jasper? – abri a porta do quarto e o loiro não me olhou. – Podemos conversar? – fiz cara de paisagem.

– Estou apaixonado por você! – mal terminei de falar e o maluco me jogou isso na cara.

– POR MIM? – perguntei surpresa, muito aliás, e ele se virou assustado.

– Não! – gritou, parecia que iria entrar em pânico logo.

– Não? – perguntei.

– Sim. – respondeu, heim?!

– Sim? – ok, eu não estava entendendo mais nada.

– Argh, para! – me sacudiu pelos ombros, ele iria enfartar. – Sim. Eu não estou apaixonado por você. – respirou fundo e me soltou. – Pensei que fosse a Alice. – declarou.

– Do que você está falando? – me fiz de desentendida, mas por dentro já estava fazendo a dancinha da vitória.

– Estou apaixonado pela Alice! – disse sorrindo feito um paspalho, parecia até o Emmett no trem. Sorri emocionada. Da-lhe anãzinha!

– Verdade? – Era a voz da fadinha vindo de trás da minha pessoa.


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Notas finais do capítulo

:)



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