Ah, Malfoy, por que não Tem Outro Nome? escrita por ToxicDown


Capítulo 5
No Natal


Notas iniciais do capítulo

ENFIM PESSOAL ULTIMO CAPITULO DA FIC. ~AAAA~ Isso mesmo, ultimo capitulo, fic bem curtinha. Mais quem curtiu quero ver os reviews seus lindos :D Creditos - Ana Cooke : http://www.fanfiction.net/u/1289936/Ana_Cooke



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/145805/chapter/5

A campainha tocou. Rose, que estivera olhando para a porta apreensiva, levantou da cadeira depressa e correu para abrir a porta.

Scorpius sorriu para ela. A garota se conteve para não agarrá-lo. Não faria isso na frente do resto da família.

- Feliz natal. - desejou ele rindo.

- Feliz natal.

Ficaram alguns segundos se encarando. Depois Rose balançou a cabeça como quem diz a si mesmo: "Acorda, mande-o entrar, está frio aqui fora!" e indicou a casa com um gesto no que o garoto a obedeceu.

- Eles não... - começou Rose.

- Não. - interrompeu ele. Sabia que a pergunta era sobre seus pais.

Rose assentiu. Foi então que a menina olhou para a sala. O silêncio tomou conta do lugar. A família inteira os encarava. E quando ela dizia família inteira, era a família inteira MESMO. Avós, tios, tias, primos, pai, mãe, irmão...

- Ham... Feliz natal. - disse Scorpius com um sorriso amarelo.

Ninguém respondeu. Todos o olhavam com uma cara de profunda aversão, com exceção de Albus e Hugo. Ron parecia enojado.

- Ele desejou feliz natal! - exclamou Rose indignada. - Não ouviram!

Ron levantou-se e saiu da sala em direção a cozinha. Parecia que ele não agüentaria ficar no mesmo lugar que o garoto Malfoy. Os olhos de Rose marejaram e ela olhou para o namorado. Ele encarava a todos com olhar fixo.

- Scorp... - chamou ela com a voz fraquinha.

Ele não se mexeu por um tempo.

- Eu não devia ter vindo... - murmurou ele e se virou para ir embora.

Antes que a garota pudesse chamá-lo de volta, outra voz falou.

- Feliz natal.

Era Hermione. Scorpius virou-se surpreso para ela. A mulher se levantou e se aproximou dele.

- Feliz natal, querido. - disse ela. - Fico feliz que tenha vindo.

Scorpius sorriu. Sabia que a mulher falava com sinceridade.

- Venha se sentar. - convidou ela no que Rose sorriu, feliz. - Nós íamos comer agora. Estávamos só esperando você.

Em alguns minutos estavam todos na mesa. O clima tornou-se mais descontraído e as pessoas começaram a conversar animadas sem ligar muito para a presença de Scorpius. Ron ainda lançava olharem rápidos ao garoto, mas procurou disfarçar.

- Não liga muito para eles, não. - disse Albus a Scorpius com a voz baixa. - Eles logo se acostumam com você...

Scorpius riu.

- Não tem problema... - falou ele e depois baixou a voz de tal maneira que Albus teve que fazer leitura labial para entender. - Mas e você, Al? Quando vai contar sobre a Flint?

Albus arregalou os olhos e soltou um "shhhhhh" olhando para os lados para ver se ninguém escutara. Teria sido impossível por Scorpius ter falado tão baixo e todos estarem tão distraídos e falando tão alto.

- Cala a boca! - exclamou ele. - Como você sabe disso!

O loiro riu da cara desesperada de Albus.

- Eu vi você um dia em um corredor escuro e...

- Shhhhhh! - exclamou ele corando furiosamente. - Ham... não é nada muito... ham... sério, sabe?

Rose riu e lançou um olhar divertido ao primo.

- Que coisa feia, Albus... - disse ela baixinho. - Agarrando uma sonserina? Não tem nojo não?

Scorpius e Rose riram. Albus não achou tanta graça.

- Esse cara é um metido. - comentou ele apontando para Scorpius.

- Que feio, Albus... - continuou Rose. - Não contou nem a sua prima querida?

- Ah, é, porque você me conta tudo! - disse ele com sarcasmo. - Fui saber que meu melhor amigo estava namorando a minha prima depois de um mês!

- E três dias. - completou Rose.

- É, e três dias! - concordou ele emburrado.

Rose lançou um olhar divertido a ele. Albus sorriu de leve.

- Tá, vai, vocês me pegaram agora. - falou ele.

- Acho que quando o tio Harry descobrir... - começou Rose imaginando a cena e fazendo uma careta. - ... vai se juntar ao papai e juntos vão se perguntar: "De onde eles tiraram esse gosto por sonserinos? De onde puxaram isso!"

Albus riu e concordou. Continuaram em silêncio a comer. A comida estava deliciosa. Rose olhou em volta e admirou os enfeites natalinos. Gostava do natal. Gostava dos enfeites, das luzes, de reunir a família...

- Gente, vocês já perceberam uma coisa? - comentou Rose com Scorpius e Albus. - As cores do natal, as tradicionais são...

- Verde e vermelho. - completou Scorpius. - Sonserina e Grifinória.

- É verdade... - concordou Albus rindo. - Irônico não? Afinal, natal é uma festa em família e tudo mais...

Depois de comerem tudo o que podiam, todos se reuniram diante da árvore de natal e começaram a abrir os presentes. Foi então que Scorpius puxou Rose para um canto mais afastado enquanto os outros se distraiam com os presentes.

- Eu trouxe uma coisa para você. - disse ele. - Aliás, duas.

- Eu também tenho uma coisinha para você. - disse ela com um sorriso.

Rose tirou um pacote que estava escondido em um armário ali perto e o entregou a Scorpius.

- Espero que goste.

Rasgando o embrulho, Scorpius descobriu que era um relógio. Em vez de números havia coisas como "Você está atrasado", "Aula", e, o mais divertido "Hora de encontrar com a Rose".

- Uau, obrigado, Rose! - agradeceu ele. - É ótimo!

Scorpius então tirou do bolso do casaco um pacote quadrado. Era um livro intitulado: "Os segredos da Aritmancia".

- Nossa, deve ser fascinante! - exclamou a garota de olhos arregalados.

- Ah, é, deve ser mesmo - gozou Scorpius. - Saiu na Floreios e Borrões essa semana.

Rose sorriu.

- Mas tem uma coisinha dentro... - falou ele misterioso. - Abre.

Curiosa, Rose abriu o livro. Na primeira página encontrou uma rosa, seca.

- Sabe que rosa é essa? - perguntou ele no que a garota negou, confusa. - Foi a primeira que eu te dei. Aquela que você jogou no chão e saiu correndo depois. Eu guardei.

Os olhos da garota brilharam e neles surgiram lágrimas. Ela passou os dedos delicadamente sobre a flor e sorriu, meio boba. Era incrível... fazia tanto tempo.

- Eu te amo. - disse ela sorrindo, encarando-o. - Amo muito.

Scorpius sorriu, segurou a mão dela com carinho e sussurrou um: "Não chora, não tem porquê...". Rose riu e enxugou-as com a outra mão. O garoto aproximou o rosto do dela, mas ela recuou.

- Aqui não, ficou louco? - falou ela olhando para os lados.

- Ninguém está olhando. - disse ele e a beijou.

Ficaram ali por vários minutos. Ninguém pareceu notar os dois. Quando se separaram, Rose estava vermelha e sorria. Percebeu que ele ainda segurava sua mão. Ela olhou para as mãos unidas com um sorrisinho.

Mas então o sorriso desapareceu. Rose percebeu um machucado na mão do garoto. Puxou com cuidado a manga do braço dele e viu que o corte ia muito além da mão...

Scorpius percebeu o que Rose fazia e puxou a mão para perto de si. Rose o encarou, assustada.

- O que foi isso, Scorp?

- Nada.

Ele olhou para outro lado, tentando não encará-la. Rose segurou seu rosto forçando-o a olhar para ela.

- O que foi isso? - perguntou ela. - Quem fez isso em você!

- Ninguém... eu caí. - respondeu ele desviando o olhar.

- Não mente para mim! - exclamou ela. - Me fala, quem foi?

Os olhos dele cruzaram com os dela. Ele não conseguiu mais mentir.

- Foi meu pai, mas esquece...

- O quê? - espantou-se ela. - Você disse que ele tinha aceitado, que estava tudo bem e...

- Eu menti.

Rose olhou para ele aborrecida.

- Por que mentiu? - perguntou ela. - Isso é ridículo, ele não pode fazer isso! Não pode machucá-lo!

As lágrimas escorregaram pelos olhos de Rose.

- Ele não entende. - disse Scorpius com a voz fraca. - Ele... disse que eu não sou mais filho dele. Disse que só vai me deixar ficar lá mais esse natal. Nas férias... eu não posso voltar lá.

Rose cobriu o rosto com as mãos, chorando.

- Esquece, Rosie... - falou ele. - Eu já imaginei que poderia ser assim.

- Isso é monstruosidade! - exclamou ela encarando-o. - Ele não pode e...

Scorpius deixou uma lágrima descer pelo seu rosto. Rose o abraçou com força. Queria dizer silenciosamente que ele não estava sozinho. Queria dizer o quanto o amava. Queria dizer mil coisas.

- Eu estou aqui... - disse ela. - Vai dar tudo certo...

- Eu sei... - falou ele baixinho. - Ninguém vai me separar de você, minha Weasley... ninguém.

- Eu não entendo... - disse Rose com a voz embargada pelo choro. - Por que as coisas tem que ser tão difíceis... é só um nome, poxa! Por que eles não entendem, por que é tão difícil aceitar!


- As coisas são assim, Rosie. - disse Scorpius separando-se dela para olhá-la nos olhos. - O mundo é assim. A gente tem que lutar, sofrer, ouvir gritos e humilhações. Só porque nós somos diferentes. Só porque nós gostamos do inimigo.


Rose soltou um solucinho.

- Não é justo, é? - perguntou ela.

- Não... mas é assim que é.


Rose olhou para as mãos. E foi então que se deu conta. Era natal. E eles estavam ali, chorando... Não importava o que a família inteira achasse. Era natal, e todos tinham direito de sorrir e se divertir nesse dia.

- Vamos esquecer isso tudo. - decidiu Rose dando um sorriso. - É natal!


- Tem razão. - concordou ele retribuindo o sorriso. - Chega de lágrimas!


Rose percebeu então que Ron se aproximava da filha com um presente nas mãos. Rose levantou-se.

- Feliz natal, Rosie. - desejou ele. - E... feliz natal para você também, Scorpius.

Ron esticou a mão direita para o garoto. Scorpius sorriu e a apertou.

- Feliz natal, Sr. Weasley.

- Seus pais não quiseram vir? - perguntou Ron educadamente.

- Eles... - começou Scorpius. -

- Pois deviam. - disse Ron no que Rose o encarou, surpresa. - Afinal, devemos ficar com quem amamos.


Rose sabia que o pai se esforçara muito para dizer aquelas palavras e ficava muito grata a ele por isso. A menina o abraçou com força.

- Obrigado pai.

Um som a fez separar-se de Ron. Era a campainha. Scorpius e Rose trocaram olhares curiosos e Ron foi até lá para abrir.

O mais estranho aconteceu agora. Era Draco e Astoria, os pais de Scorpius. O garoto olhou assustado para a porta e se aproximou devagar. O silêncio na casa era absoluto.

Não precisou de palavras. Palavras não eram suficientes nem apropriadas para a situação. Foi só um abraço. Os três se abraçaram com força. E Rose soube exatamente o que Draco queria dizer com isso. Porque o abraço dizia tudo.

"Desculpa..."

E foi assim que acabou o natal naquela noite... peraí, eu disse acabou? Começou o natal naquela noite. Afinal, natal é um dia mágico. Aliás, no caso dos bruxos, mais mágicos ainda! E não é no dia de natal que acontecem os milagres?

Fim

"Another year over
And we're still together
It's not always easy
But I'm here forever

We are the lovers
I know you believe me
When you look into my eyes
Because the heart never lies
'cause the heart never lies

Yeah, because the heart never lies"

"Outro ano acabou
E nós ainda estamos juntos
Nem sempre é fácil
Mas eu estou aqui para sempre

Nós somos amantes
Eu sei que você acredita em mim
Quando você olha nos meus olhos
Porque o coração nunca mente
Porque o coração nunca mente
Yeah, porque o coração nunca mente"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!