Ah, Malfoy, por que não Tem Outro Nome? escrita por ToxicDown


Capítulo 4
Desculpas é o suficiente? Sim


Notas iniciais do capítulo

Voltei pessoal. Ééé espero que gostem. To sem criatividade pra escrever, então leiam logo a fic. kk. Ana Cooke : http://www.fanfiction.net/u/1289936/Ana_Cooke



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Chegando no quarto, Rose se jogou na cama abraçando o travesseiro. As lágrimas escorriam como pingos de chuva em uma tempestade. Não queria ter dito aquelas três palavras tão destruidoras. "Eu odeio você"... como podia ter dito isso àquele que a amava tanto, que ensinara a ela sempre o que devia ou não fazer, o certo e o errado, o lado certo em que deveria agir... Afinal, não fora "papa" a primeira palavra que ela dissera?

É claro que Rose não o odiava, como poderia? Aquele homem, assim como sua mãe, eram heróis. Além de mudar o mundo como haviam feito, a amaram e Rose sabia que ela não seria quem era se não fosse por eles. Sabia que jamais teria um coração assim se eles não estivessem ali para ajudá-la a construí-lo...

Mas afinal, será que ela tinha um coração mesmo? Porque dizer "Eu odeio você" ao pai não era bem uma prova disso...

- Ele só quer me proteger... - murmurou Rose para si mesma. - Ele está preocupado. Tenho que mostrar a ele que não precisa se preocupar, que Scorpius não faria mal a mim, que ele me ama...

"Ron montava sua própria vassoura e olhava para a filha ao seu lado, mostrando a maneira certa de se segurar. A menina de nove anos estava nervosa, ansiosa para voar pela primeira vez.

- Agora, devagar... - explicou ele no que Rose imitou seus movimentos. - ... Isso, filha, um pouco mais alto...

- Pai, eu estou voando, olha! - exclamou a menina rindo. - Isso é tão legal!

O pai riu e observou a menina subir cada vez mais alto. Ela parecia estar se divertindo. Ria sem parar. Mas foi então que aconteceu...

A vassoura ganhou velocidade e Rose gritou de medo.

- Pai, eu quero descer! - gritou a menina. - Me ajuda!

Ron, a cara pálida, voou em direção a menina como nunca havia voado antes, cheio de habilidade. Em segundos alcançou a menina e devagar ajudou-a a voltar ao chão.

- Uau...! - exclamou a menina abraçando o pai com força. - Que bom que você me ajudou, papai! Você foi incrível!

Com um sorrisinho bobo de orgulho, Ron apertou a menininha em seus braços. Depois separando-se dela, encarou a filha, que continuava a sorrir. Era impressionante a semelhança dela com a mãe.

- Gostei de voar... - comentou Rose distraída. - Depois que eu aprender direito, posso voar até aqui quando estiver em Hogwarts e sentir saudades...

Ron riu.

- Não pode fugir da escola, Rosie! - comentou ele. - Se você sentir saudades, manda uma carta que eu aparato lá e...


Rose soltou um gritinho.

- Papai, não se pode aparatar nos terrenos de Hogwarts! - exclamou ela indignada. - Você nunca leu Hogwarts: uma história?


Ron revirou os olhos e Rose soltou uma risadinha."

Foi então que Rose lembrou de como tudo começara. E quando ela dizia "tudo" queria dizer, é claro, sobre ela e Scorpius. Porque ela sempre mantivera distância do garoto, mas parecia que ele estava cada vez querendo se aproximar mais e mais dela. E Rose começara a perceber que gostava dessa aproximação, apesar de fazer de tudo para evitá-la.

"Rose estava sentada a uma mesa afastada no três vassouras. Lia um livro, distraída, enquanto bebia, de vez em quando, um gole de cerveja amanteigada.

Foi então que um garoto loiro se aproximou e parou em frente a sua mesa.

- Posso me sentar?

Era Scorpius Malfoy.

- Não.


A voz saíra de sua boca antes que ela pudesse pensar no que dissera e no quão grosseiro isso poderia soar. O garoto então se virou para se afastar, meio atordoado, mas Rose o chamou de volta.

- Desculpe. - falou ela depressa. - É claro que pode.

- Não, deixa. Eu sento em outro lugar. - falou ele.

- Oh, não, senta... - apressou-se ela a falar, meio encabulada. - Eu estou sozinha mesmo.

- Bom... então tá.


Ela voltou a atenção para o livro. Enquanto lia, enrolava uma mecha dos seus cabelos no dedo, distraída. Mas então percebeu que lia a mesma frase pela sétima vez. Percebeu que o garoto não tirava os olhos dela.

Desistindo de ler, colocou o marcador no meio do livro e recolocou-o a um canto da mesa. Bebeu um gole de sua garrafa de cerveja amanteigada e soltou um suspiro.

- Olha... - começou ela nervosa tentando encontrar as palavras mais educadas possíveis. - Eu não quero ser grosseira nem nada, mas... O que quer?

- Nada... Eu só... - começou ele e então falou, como se fosse óbvio. - ... eu só queria um lugar para sentar.


Rose então respirou fundo, criando coragem e disse:

- E por que você sentou justo comigo? - perguntou a garota. - Eu... sou uma Weasley!

- E...? - perguntou ele intrigado.

- Como assim "e..."? Você é um Malfoy! - exclamou ela incrédula.

- E?

Sem palavras, ela abriu e fechou a boca sem produzir som algum. Encontrando então as palavras, ela explicou.

- Você é um Malfoy, eu sou uma Weasley. Famílias diferentes, mundos diferentes. Eu sou da Grifinória, você é da Sonserina...!

Houve um minuto de silêncio.

- Já que você REALMENTE não quer a minha companhia...


E sem dizer mais nada, foi embora."

Pensou no que teria acontecido se nada tivesse começado. Como seria sua vida sem ele agora? Melhor? Pior?

"Rose olhava para os pés submersos na água do lago. Acabara de sair de uma aula de História da Magia e relaxava um pouco. Fechou os olhos tentando sentir o vento que passava pelo rosto.

Algo a fez soltar um grito agudo e desesperado. Olhou para os pés e viu dois bracinhos verdes a puxarem com força para baixo. Tentou segurar-se na grama, mas a criatura era forte demais e, aos poucos, foi arrastando-a para baixo...

A garota caiu na água. Sentiu o corpo inteiro ser envolvido pelo lago, sentiu o ar faltar-lhe. Iria se afogar.

Algo a puxou para cima pelos braços. E então, em um segundo, ela se viu deitada na grama novamente. Seus pulmões encheram-se de ar.

Tossiu e olhou para o lado. Scorpius a encarava preocupado.

- Obrigada. - agradeceu ela em um sorriso assustado, sentando na grama. - Achei que ia acabar morrendo.


- Não fala uma besteira dessas! - indignou-se ele. - Você está bem?

- Estou ótima. - falou ela depressa.

Scorpius colocou uma mecha de seu cabelo molhado atrás de sua orelha.

- Está mesmo?

- Hum-hum. -concordou ela.

O coração de Rose bateu mais forte ao ver o garoto aproximar o rosto do dela. Tentou se afastar, mas seu corpo não a obedeceu. E Scorpius a beijou.

- Por favor, Malfoy... não.

Ela se levantou e viu Scorpius fazer o mesmo. Se virou para sair dali o mais rápido possível, mas Scorpius a segurou pelo braço.

- Eu... eu te amo, Rose.


Ela olhou para o chão. O coração batia descontrolado. Mas ela não podia... apesar de estar morrendo de vontade de responder um: "Eu também te amo, poxa! E eu nem sei porquê!". Em vez disso, respondeu:

- Me chame de Weasley.


- Por quê?

- Porque quem sabe assim você entenda porque não pode dar certo.


Ficaram em silêncio. Quando Scorpius falou, foi com a voz triste.

- Por que não? O que é preciso para...?

- Não seja um Malfoy. - respondeu ela, os olhos marejados. Então virou-se e saiu correndo para que ele não visse as sua lágrimas."

Se ele tivesse desistido, teria sido diferente. Talvez Rose estivesse namorando outra pessoa agora, um garoto da grifinória, talvez. Seria tão mais fácil! Mas esse pensamento era simplesmente insuportável.

"Ele a encostou contra a parede. Rose poderia ter sentido medo, mas não sentia. Algo nele não permitia esse sentimento.

- Por favor, me responda uma coisa. - pediu ele. - Uma única coisa e eu nunca mais volto a te procurar.


Rose o encarou por um momento, receosa pela resposta que poderia dar.

- Você me ama?

- Que diferença isso faz? - perguntou ela fugindo à pergunta. - Nós não podemos ficar juntos, você sabe!


- Não vejo o porquê! - indignou-se ele soltando-a. - Caramba, Rose, nossos pais não tem nada a ver com o que a gente sente! E você está fugindo da pergunta: você me ama?

Scorpius a encarou com aqueles olhos acinzentados.

- Ah, vai... - disse ele com uma cara doce. - Diga logo que me ama!

Rose exitou.

- Eu te amo!"


"If you want to fight
I'll stand right beside you
The day that you fall
I'll be right behind you
To pick up the pieces"

"Se você quer lutar
Eu ficarei bem do seu lado
O dia que você cair
Eu estarei bem atrás de você
Para recolher os pedaços"


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