Harley Sanders - a Caçadora escrita por Kuroi Namida


Capítulo 3
Capítulo 3 - O Sonho




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“Era noite, estava muito
escuro, e em meio a uma tempestade forte, encontrei uma velha mansão, bati na
porta que se abriu sem que ninguém estivesse atraz dela. Entrei meio assustada
com meu longo vestido branco todo molhado. Quando passei pela porta, encontrei
os moveis sujos, e quebrados, teias de aranha por todo lado, vi meu reflexo em
um grande espelho, bem no meio da sala. Meu vestido já estava seco, e meus
cabelos bem arrumados, eu usava um colar azul em forma de crucifixo. Os trovões
eram a única coisa que iluminavam o lugar sem luz. Estava frio, aparentemente
mas minha pele estava quente.  Depois de
alguns raios causados pela tempestade La fora iluminarem a sala ais uma vez, me
vejo rodeada de quatro homens, vestidos com longos casacos de capuz pretos,
eles seguravam cajados nos quais se apoiavam. Eu fiquei ali assustada, sem
saber o que fazer. Um homem bem vestido desse as escadas usando um chapéu
longo, e segurando algo em suas mãos,que não pude distinguir o que era. Ele se
aproximou enquanto os demais me observavam, parando na minha frente ele sorri,
e estende a mão me mostrando o que ele segurava. Era uma espécie de madeira
cortada, e pontiaguda. Ele puxa minha mão para que eu pegue o objeto. Assustada
pego de suas mãos, enquanto mais uma vez os trovões iluminam a sala. Ele sorri
mais uma vez e aponta para minhas costas, quando me viro pra ver o que era, um
homem avança por cima de mim pra me atacar, vi seus olhos mudarem de cor,
enquanto ele abria a boca como se fosse me morder, sem pensar puxei rapidamente
a estaca de madeira em minhas mãos e cravei –a no peito do sujeito, que soltou
um grito altíssimo que quebrou os vidros da sala. Quando olhei para o alto da escada,
vejo o homem que me entregara a estaca olhando pela janela. Subo os degraus, e
caminho ate ele parando ao seu lado. Ele me olha, e coloca as mãos no meu
rosto. Eu deixo a estaca de madeira cair no chão, enquanto fico olhando-o nos
olhos. Ele segue me olhando firmemente, eu pergunto a ele seu nome, mas ele
apenas sorri e beija minha testa. Ouvimos um estrondo vindo de baixo, desço a
escada e ao chegar La embaixo três homens me aguardavam, olhei para cima no
topo da escada e um sujeito surpreende o homem que me ajudara, lhe enfiando uma
espada afiada nas costas,deixando-o cair pela escada. Quando corri para
ajuda-lo outro dos três homens se aproxima de mim, e estende uma estaca em
direção a meu peito...”





Acordei assustada com aquele
pesadelo estranho, eram sete horas da manha e meu despertador estava tocando,
era hora de levantar e ir pra escola. Esfreguei o rosto, e fechei o notebook
que ainda estava aberto, eu havia passado a noite inteira dormindo na mesa.Meu
gato Felix pula no meu colo me dando um susto:



_hey Felix! Voce me deu um
baita susto seu gato preguiçoso!



Peguei ele no colo e coloquei-o
no chão enquanto desci as escadas indo ate o andar de baixo pra lavar o rosto
no banheiro próximo dos quartos. Sentia as vezes como se vivesse em outra casa,
tudo ali em baixo era tão diferente do meu quarto La no sótão. Era tudo
clarinho e bem arrumadinho, totalmente diferente do meu quarto, com madeira em
algumas paredes, uma janela grande em formato de triangulo, que me dava uma
visão panorâmica da vizinhança. E alguns pôsteres de astros do rock nas
paredes, que claro incomodava minha mãe. Mas fazer o que eu era apaixonada por
aqueles caras, minha banda preferida era o THE KILLERS, então eu tinha fotos
dos caras por todo o quarto, e fotos do vocalista em todo meu fichário da
escola. Tambem gostava de bandas como 30 Seconds to mars, e Mindlees self
Indulgence. Mas nenhuma que eu gostasse mais que Killers...Enfim, meu quarto
era meu mundo particular, e ninguém mexia nas minhas coisas, a não ser que eu
desse permissão.



Fui ate a cozinha tomar meu
café e ouvir minha mãe disendo:



_Voce vai se atrasar de novo...



_Ah eu sei mãe eu sei...



_Toma seu café já ta servido,
come direito não quero ver você doente...



_Ta mãe, eu to bem, se tomar
cafa vou me atrasar mais ainda...



_Então pelo menos come uma
maça...



_Mãe eu como na escola, ta...
Bjus to atrasada...



_Pega a maça vai comendo no
caminho...



_Tchau mãe...



Peguei minha mochila no sofá e
abri a porta saindo de casa, corri ate a casa de Sarah pra ver se pegava ela em
casa ainda, vi ela virando a esquina, corri mais rápido ate chegar nela. Dei um
susto biliscando sua cintura, ela deu um pulo seguido de um grito:



_AH.... Harley?! Sua porra
loca, precisa chegar desce jeito?! Que coisa quase tive um ataque cardíaco...



_Haahah, desculpa! Como você
ta?



_Bem, de ontem pra Ca não mudou
muita coisa e vc?



_Ah mais ou menos...



_É? Por que o que aconteceu?



_Tive um sonho estranho...



-De novo?



_É, você me conhece se é
estranho, é comigo mesma!



_Ta me conta o que foi dessa
vez?



_Vampiros...



_Vampiros?? Que legal!! Eu
nunca sonho com vampiros! Voce tem sonhos tão legais, eu queria ter sonhos
assim tambem...



_Ah duvido muito, foi
horrível... E tem mais...



_Então conta oras! -[Ela agarra
meu braço enquanto caminhamos em direção a escola].



_Lembra do cara que eu disse
ter visto no cemitério?



_Aham...



_Ele apareceu na frente da
minha casa aquele dia, e tenho certeza que era ele no meu sonho...



_Um vampiro? Voce acha que o
cara que te seguiu era um ....



_Não...-[Interrompi Sarah] Ele
me ajudou...



_Ajudou?



_É ajudou, ele me deu uma
espécie de ...



_O que?



_Promete que não vai rir?



_Fala logo!



_Uma estaca de madeira...



Sarah me olhou fazendo força
pra não rir,enquanto me viro pra ela zangada:



_Hey, você disse que não ia
rir...



_Não disse não, eu disse pra
voce falar logo ...



_Ah legal, não vou contar mais
nada pra você, nem parece que você gosta tanto de ler esses livros de magia e
essas coisas de bruxaria e monstros...



_Ah desculpa, é que é você e
não eu.. Ou seja, se eu tivesse tido um sonho assim, teria como desculpa que eu
leio de mais, mas e você, você nem deve ter lido um livro de historias nos
últimos, deixa eu pensar, cinco anos?!



_Ta eu sei... Mas deve ter uma
explicação...



_Tem sim! Voce ficou
impressionada com as historias aquele dia no cemitério, e toda essa historia da
Jess ter sido assassinada... Deve ser isso...



_É pode ser, mas... Sarah, eu
já tive esse mesmo sonho antes... Já te falei sobre eles, lembra?



_Sim mas eram diferentes...



_Não, eu só não tinha visto
essa estaca nas mãos do cara, mas o resto era igual, basicamente... Eu usando
vestido branco e longo...



_O que alias é o mais
assustador do sonho...



_Não debocha Sarah... Isso é
serio...



_Ta desculpa!



_Enfim, eu entrando num casarão
abandonado no meio da noite, e esse cara aparece... Mas das outras vezes ele
não tinha um rosto, e agora tem... To com medo...



_Relaxa, foi só um pesadelo...
Olha, já pensou em ir a um psicólogo e ver o que é isso? As vezes é algum
trauma de infância sei La...



_Sarah? Voce acha que to
ficando louca? No mínimo vai diser que eu não to vendo cara nenhum e que é tudo
coisa da minha cabeça...



_Não... Eu não disse isso, eu
so acho que você pode tentar....



_Sem chance, não vou ficar numa
sala trancada com uma estranha me mandando decifrar desenhos abstratos como se
eu fosse um macaquinho adestrado...



_Ta bom, foi só uma idéia...



_Péssima idéia...



Seguimos de braços dados ate a
entrada da escola, onde fomos assistir nossas aulas. E de onde saímos apenas no
final da manha. Antes de voltar Pra casa fui ate a biblioteca falar com Sammy,
ver se ele sabia alguma coisa sobre os outros assassinatos.Vi ele escorado no
balcão conversando com umas meninas, ele me viu eu apenas lhe dei ola de longe
ele catou os livros e correu ate mim:



_Oi!



_Oi!



_Então, você ta bem?



_Porque ta perguntando isso?
–[Respondi achando meio estranha a perguta de Sam]



_Ah só puxando assunto!



_HUmm sei... Tava ocupado?



_Nada, tava tentando ser
educado só...



_Elas tavam te chateando?



_Ah, um pouco pra ser bem
sincero!



_Ha então você ta me usando pra
se livrar delas?



_Ah não de jeito nenhum! –[Ele
da um sorrisinho meio sem graça, fazendo aparecer algumas covinhas no rosto].



_Que bom! Então eu queria mesmo
falar com você!



_É e sobre o que?



_Voce sabe alguma coisa sobre
os assassinatos na outra cidade?



_Porque você quer saber sobre
isso?



-Voce pode so responder se
sabe?



_Não, mas posso descubrir, você
quer?



_Se não quisesse não tinha
perguntado!!



_Okay, olha eu tenho umas coisa
pra resolver aqui, mas posso te ajudar com isso depois!



_Quando?



_A tarde, na lanchonete?



_Humm.. ta pode ser!



_Então ta combinado eu pego
você em casa?



-Ah não eu encontro você La...



Enfim, eu tava prestes a ter um
encontro com ele, sai da escola com essa sensação, de que eu havia dado o
primeiro passo pra nosso primeiro encontro. Ta certo que agente ia conversar
sobre coisas serias, mas, era um encontro fora da escola, portanto, era um
encontro... caramba... era um encontro...



A tarde eu peguei algumas
coisas e disse pra minha mãe que ia estudar na biblioteca. Achei que ela ia
estranhar se eu dissesse que ia sair com um garoto, porque desde meu ultimo
romance eu não falava mais em sair com garotos. Alias nem com garotas só pra
deixar bem claro...



Sammy me esperava na lanchonete
numa mesa no canto ao lado das janelas com seu notebook aberto. Entrei e ele
sorriu me vendo passar pela garçonete cuidando pra não esbarrar na bandeja da
garota. Me sentei e ficamos ali conversando sobre o que aconteceu com as
garotas da outra cidade. Ele me mostrou algumas reportagens, oficiais e depois
nos entramos num site qualquer que dava as mesmas noticias so que diziam ser as
versões reais porem ocultas pela própria policia para encobrir certas coisas...



Sammy parecia super a vontade
falando sobre as coisas que líamos ali, naquela pagina, tinha um monte de
coisas estranhas, mortes sobrenaturais e coisas ocultas, falavam ate de uma
possível invasão alienígena... Eu achei graça de tudo aquilo, perguntando ao
Sam se ele realmente acreditava naquilo:



_Ahn, não claro que não! Mas
tem certas coisas aqui que talvez possam ajudar!



_Se você ta dizendo!



Continuamos ali lendo aquelas
coisas ate o meio da tarde, realmente perdemos a noção do tempo...Recebi uma
ligação de Sarah que disse que queria falar comigo, então me despedi de Sammy e
fui pra casa da Sarah...



Ela não queria nada de mais só
conversar, ai ficamos La e eu contei a ela que tinha saído com o Sam, mas não
disse o real motivo do nosso encontro. Ela ficou toda animadinha pra variar,
soltando a perola; “Ah eu sabia que ele tava na sua”...



Depois disso fui pra  casa, pensando no que Sam e eu tínhamos pesquisado
durante a tarde, e claro, pensando naquele sorrisinho que ele dava cada vez que
eu dizia alguma coisa idiota. Já era tarde a hora que sai da casa de Sarah, mas
nem me preocupei por que moro a apenas algumas quadras de sua casa. Senti um
vento frio nas costas, me encolhi com o fichário e os livros em mãos, as folhas
rolavam pelo chão. Senti uma sensação estranha, que me fez olhar pra traz, era
como se eu tivesse ouvido alguém me chamando. Mas quando olhei não vi ninguém.
Então segui meu caminho, dei mais três passos e novamente ouvi meu nome como em
um sussurro. Me virei de novo e nada. Fiquei assustada e decidi apertar o
passo. E era como se alguém estivesse bem atraz de mim, no meu calcanhar. Corri
o mais rápido que pudi, ate chegar na porta de casa, quando puxei a chave
deixei minhas coisas caírem das mãos, coloquei as chaves na fechadura e tentei
abrir, quando olhei pro outro lado da rua, vi o cara que me seguira no outro
dia parado na mesma arvore do outro dia. Fiquei paralisada, ate que finalmente
abri a porta, peguei minhas coisas do chão o mais rápido que pudi, e quando olhei
para o outro lado da rua, o homem não estava mais La. Era muito estranho isso,
toda vez que eu o via ele simplesmente desaparecia, e porque ele tava me
seguindo afinal? Pelo jeito ele não queria me machucar, senão já teria feito
isso... mas então por que me seguir?



Subi as escadas passei pelo
quarto da minha mãe, que tava olhando televisão lhe dei boa noite, e fui p eu
quarto, La pra variar Felix estava esticadão no meio da minhas cobertas e usos
de pelúcia, acariciei seu pelo por alguns segundos e depois me troquei pra
dormir. Caminhei ate a janela, e olhei pra rua ver se não havia ninguém La embaixo,
mas estava vazio. Então fechei tudo e fui pra cama, tirando Felix de cima dela
e deitando-o no tapete. Me enfiei entre as cobertas e dormi.


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