Harley Sanders - a Caçadora escrita por Kuroi Namida


Capítulo 14
Capítulo 14 - Diversão e Tormento




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/145713/chapter/14



Sarah e eu saímos da escola, e
fomos ate a praça logo a tarde, estava uma tarde bonita e ensolarada. Então
levamos algum lanche pra fazer um piquenique. Encontramos com Jerry, Gracy e
Oliver, que agora já estava se sentindo melhor já que havia se passado alguns
dias desde a morte de Jessica. Clara também estava conosco, e Sammy iria nos
encontrar la uma hora depois. Ficamos la batendo papo, sentados na grama,
enquanto comiamos bolo de cenoura com suco bem geladinho de laranja, que a mãe
de Gracy havia feito pra ela.



Não demora muito ate que Sammy
chega, ele caminhou ate nos, deu um de seus belos sorrisos, e se abaixou pra me
dar um beijo. Ele estava mais lindo do que de costume, tava usando uma calça
jeans que ficava praticamente colada nas pernas, uma camisa xadrez e com aquele
cabelinho perfeito, meio compridinho. Enfim, estávamos bem animados por que o
tempo havia dado uma melhorada, não estava muito quente, mas tinha sol o que já
era muito bom pras nossas reuniões pra falar abobrinha...



Passamos a tarde inteira ali,
rimos muito, comemos bastante. Aqueles petiscos que cada um havia trazido de
casa, estavam do céu. Mais tarde, Oliver se despediu da gente porque tinha que
voltar pra casa pra ficar com sua irmã caçula, pois seus pais iam sair. Oliver
tinha dezessete anos, mas era um carinha bem responsável, e era louco por
aquela irmã dele. Clara aproveitou a carona dele pra ir pra casa também, parace
que ia sair de novo com o carinha do corpo de bombeiros, e queria começar cedo
a se arrumar. Então os dois se despediram de nos e seguiram pra casa. Jerry e
Gracy, eu, Sarah e Sammy decidimos dar uma volta no parque de diversões em
seguida. Mas Sarah teria que dar uma passada em casa primeiro pra largar as
coisas, e avisar os pais dela que iria encontrar Dean la, no parque. Então, eu
pedi ao Sammy que nos levasse ate la, ele tava de carro, então podia nos deixar
la. Gracy e Jerry disseram que nos encontrariam la mais tarde no caso. Sammy
levou eu e Sarah pra casa, e uma meia hora depois voltou pra nos buscar.



Já no parque, Sarah olhava o
relógio praticamente o tempo inteiro esperando por Dean, que estava demorando
mais do que o costume. Ela ficava furiosa com os atrazos dele, e com razão,
Dean é meu irmão mas as vezes da cada mancada que nem eu posso defender. Enfim,
compramos algumas bebidas não muito fortes, afinal os únicos maiores de idade
ali, eram eu com dezoito anos, Jerry  com
dezenove e Sammy com vinte dois anos. Sarah tinha dezessete, assim como Gracy.
Então achamos melhor não encher a cara.



Mais tarde, depois de andarmos
quase em todos os brinquedos, desde carrinhos bate-bate, ate montanha russa,
que nem era tão russa assim, era ate pequena! Gracy e Jerry, foram pra casa,
porque Gracy tava com horário pra voltar pra casa, por que a ultima vez que
saímos ela ficou ate muito tarde, e seus pais estavam regulando seus horários.



Sarah, estava possessa porque
Dean não apareceu, e eu também não estava nada feliz por isso, já era o
terceiro bolo que ele dava nela essa semana. Eu mesma iria dar uns cascudos
nele quando o encontrasse. Resolvemos dar uma passada na lanchonete pra comer
alguma coisa, antes de voltar pra casa. Então fomos pelo caminho de sempre, a
praça da cidade, que geralmente estava vazia. Havia um casal em um dos bancos
dando alguns amassos, próximos as flores. Tentamos fingir que não víamos nada,
e passamos direto. Ao passar pelas arvores, notei um silencio meio estranho, de
repente começou a ventar, as folhas das arvores caiam, pelo força do ar que se
movia rapidamente. Senti um arrepio no pescoço, ai Sammy me abraçou, pra me
proteger do frio. Estiquei o braço pra que Sarah enganchasse o dela, e
continuamos caminhando os três juntos.



Chegamos na lanchonete, que
estava com pouco movimento, havia umas quatro mesas ocupadas somente. Nos
sentamos na janela do canto, e fizemos nossos pedidos. Sarah estava sentada do
meu lado, ela recostou a cabeça no meu ombro, meio tristonha pela falta do
Dean. Sammy sentou na nossa frente, e ficamos falando sobre como estavam indo
meus treinamentos, não falamos sobre isso antes porque os outros não sabem o
que eu faço. Apenas Sammy e Sarah sabiam que eu era uma caçadora. Alias, eles
estavam ate me ajudando, pode-se diser, porque Sarah ficava lendo aqueles
livros agora com mais freqüência, tentando descobrir coisas importantes sobre
os vampiros pra me ajudar nas caçadas, e Sammy, as veses me acompanhava nas
chamadas patrulhas.



Crowley não gostava muito da
idéia, na real ele achava que eu jamais deveria ter dito nada a nenhum dos
dois, apesar de não poder evitar, já que Sammy por exemplo já havia estado cara
a cara com um vampiro em um dos nossos encontros. Resumindo, nos três estávamos
parecendo mais um grupo bem organizado de caçadores, cada um com seu cargo
adequado. As vezes achávamos ate engraçado isso tudo. Ter a força deles, me
fazia sentir normal, eles não me deixavam pra baixo. Era muito bom te-los ao
meu lado nessa estrada.



Quando terminamos nossos lanches
voltamos direto pra casa, Sammy nos deixou cada uma em sua respectiva casa.
Primeiro deixou Sarah, e depois me deixou na minha. Ele ainda não havia ido ate
minha casa, e se apresentado pra minha mãe como deveria, porque eu não estava
pronta pra isso ainda, tipo namorar em casa e tal, eu estava com tanta coisa na
cabeça, que mau tinha tempo de pensar nisso, e Sammy entendia. Nos despedimos e
eu entrei, minha mãe já estava deitada, então só gritou do quarto que havia
deixado comida no micro-ondas caso eu estivesse com fome. Respondi que já havia
comido na rua e fui pro quarto. Estava com sono, e tudo que eu queria era
dormir.



O vento na rua começava a
aumentar de novo, sacudindo as arvores la fora. Olhei pela janela, e vi um
desses balde grandes preto de lixo rolando pelo meio da rua, algum visinho
devia ter esquecido de por pra dentro de casa. Algo estranho me chamou atenção
do outro lado da rua, era um casal de namorados que passava por ali, mas, tinha
algo muito estranho com aquele cara, alem é claro do seu jeito horrível de se
vestir, parecia ate que ele estava no de volta para o futuro, o cara se vestia
como se estivesse nos anos 80. Mas o que eu realmente achei estranho foi o
jeito como ele se movia. Não sei porque eu sabia que tinha algo de errado ali,
então abri o vidro da janela e passei para o lado de fora, escorreguei pelo
telhado que era íngreme e desci pelo aramado de madeira que havia na parede da
casa. Fui ate o final da rua seguindo o casal, achei que tava fazendo bobagem,
mas logo ouvi gritos da garota em um beco sem saída. Corri ate la pra ver o que
era, e vi o desgraçado tentando colocar seus dentes no pescoço da garota. Eu me
virei pra ele dando um grito:



_Hey!



Ele me olha com aqueles dentões
saltados pra fora, enquanto tapava a boca da garota, eu digo:



_Solta ela, seu cretino de dente
afiado...



_E se eu não soltar, o que vai
fazer? –[Disse  ele, apertando o pescoço
dela com a outra mão].



_Voce quer pagar pra ver?! –[Eu
mostro a ele meu punhal, enquanto sorriu].



Ele solta a garota e vem ate
minha direção com um olhar raivoso.



_Droga, vocês caçadoras sempre se
metendo onde não devem.



_É isso ai bonitão, você ta no
meu território agora, então é melhor seguir as regras...



Ele continua caminhando ate mim,
enquanto diz:



_Esse não vai ser mais seu
território quando eu acabar com a tua raça vagabunda...



_Olha isso vindo de um vampiro
ridículo, que acha que vive nos anos 80 pra mim é um elogio!!



_Eu vou acabar com você...



_Pode tentar, mas vou te dar uma
dica, fala menos e age mais...



Ele sede as minhas provocações e
parte pra cima de mim, eu o seguro pelos braços enquanto ele me joga contra uma
parede, eu me viro pra garota e digo pra ela sair dali, e voltar pra casa. Ela
sai correndo, enquanto fico ali lutando com aquela aberração da natureza.



Ele me puxa atirando-me por cima
de um latão de lixo, desses grandes que estava no canto do beco, fazendo com
que meu punhal caia no chão. Ele pula sobre mim, e segura com força meu
pescoço. Eu decido usar o golpe mais velho que uma mulher pode usar contra um
homem, dei-lhe um chute nas partes baixas do desgraçado, fazendo com que ele
afrouxasse os dedos em meu pescoço, assim me deixando livre. Eu me atiro no
chão, e rastejo ate o punhal, quando ele punha novamente em cima de mim, eu
apenas me viro no chão mesmo, e o apunhalo bem no peito. Ele me olha com cara
de surpresa enquanto eu digo:



_Asta la vista baby cretino !!!



Empurro seu corpo se
desintegrando para o chão e me levanto. Logo tudo o que resta do maldito foram
cinzas. Limpo a poeira das roupas, e me viro pra voltar pra casa. Subo novamente
pelo aramado e entro em casa. Cansada, atiro meu punhal em uma gaveta com
tranca, e sigo para o banheiro pra tomar um banho rápido, depois me atiro na
cama e pego no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harley Sanders - a Caçadora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.