Cicatrizes escrita por Nyne


Capítulo 10
Diálogo Civilizado


Notas iniciais do capítulo

Consegui terminar mais um capítulo hoje amigos. É bom esvaziar a mente de coisas ruíns fazendo o que se gosta, no meu caso, escrever.Quero dedicar esse capítulo e leitora e amiga Vanvan, pois passamos por uma triste situação esse fds, mas com fé em Deus vamos superar.Obrigada por continuarem acompanhando, espero que gostem.



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Os dias vão passando e Lorena não viu mais Tales. Chegou até a pensar que ele tivera sido demitido ou pedido à conta. Mas espera: Se ele não trabalhasse mais, como bancaria a faculdade? Teria que sair? Lorena não o veria mais? Não que isso realmente importasse, mas o grupo estaria incompleto e todos acabariam se prejudicando.

Antes que ela pensasse em mais alguma coisa, continuou seu almoço e se deparou com alguém se sentando a sua frente, na mesma mesa.

– Tem mesas vagas hoje, porque sentou aqui? – pergunta ela seca.

– Quis te fazer companhia. – responde rindo sarcasticamente. – Comer sozinho é chato não acha?

– Não, especialmente se for comer com alguém tipo você. Já ouviu o ditado “antes só que mal acompanhada”?

– Verdade, você tem razão. – diz levantando da mesa e indo para uma não longe dali, porém antes que ele saia, um casal ocupa a mesa.

Lorena vê a cena e ri discretamente. Tales volta a se sentar.

– Eu tentei sair, mas você viu que não deu. Não pense que estou aqui por você, é falta de opção mesmo.

– Eu não disse nada. – diz Lorena levando uma fatia de tomate a boca.

Eles ficam mudos durante toda a refeição, mas Tales come mais rápido dessa vez, terminando assim antes dela, porém não sai da mesa.

Ele pega o celular, mexe nele por alguns instantes e o mostra para Lorena.

– Esse é meu outro sobrinho, o Mateus.

– Que lindo – diz Lorena pegando o celular. – Só têm eles dois?

– Só, minha irmã não quer mais. Disse que agora eu que tenho que dar sobrinhos pra ela. – diz guardando o celular. – Coitada, acho que vai cansar de esperar.

– Você não gosta de crianças?

– Gosto, mas gostar é uma coisa, ter é outra. Fora que precisa da mãe e não tenho nenhuma em mente e nem sei se quero.

– Posso fazer uma pergunta... Pessoal?

– Pode, só não sei se vou responder.

– Você é...

– Sou heterossexual se quer saber. Não sou homofóbico, mas não curto essa praia.

– Ah ta. É que você parece ter um ódio de mulher, sei lá.

– Eu não odeio as mulheres, só não caio no papinho furado delas, só isso. Fico, curto e pronto, acaba logo entendeu?

– Isso só reforça minha tese de que homem é tudo igual.

– Você ta de TPM?

– Não por quê?

– Esse papinho de homem é tudo igual. É tão difícil admitir que vocês só gostam de cara que não presta? Ou vai me dizer que você nunca ficou com um assim?

Lorena se lembra de Fernando. De como ele parecia doce e gentil até mostrar sua verdadeira face. Ao menos Tales não estava mentindo pra ela, fingindo ser quem não era. Mas aquelas lembranças doíam apesar de tanto tempo.

– Acho melhor eu ir embora. – diz ela se levantando.

– Falei alguma coisa que não devia? – pergunta Tales segurando seu braço.

– Não, você só falou a verdade e como dizem, “a verdade dói”. Melhor eu ir. Até semana que vem na facul Tales.

Dito isso Lorena sai, mas Tales vai atrás dela e consegue segura lá pelo braço novamente. Eles se olham, mas não dizem nada um pro outro. Alguns instantes depois Tales a solta e ela vai com passos apressados pra dentro do prédio.

Ela entra no escritório em que trabalha e se tranca no banheiro. Lembra da conversa com Tales e lembra do que passou com Fernando. Sente lágrimas em seu rosto.

Ela havia se fechado pros homens, se fechado pro amor. Mas porque falar com Tales a deixava daquele jeito? Ele não a conhecia há tanto tempo, mas parece que ele sabia como ela se sentia.

Lorena enxuga as lágrimas e volta ao trabalho. No fim da tarde ela se prepara para ir embora, mas como é sexta-feira decide deixar tudo pronto para a segunda. Quando termina não havia mais ninguém no seu setor. Ela desce pelo elevador e ao passar pela portaria ouve seu nome. Era Tales que estava parado do lado de fora esperando por ela.

– Tales? Pensei que só eu tinha ficado no prédio.

– Eu sai tem um tempo, mas me informei com o porteiro se você ainda estava aqui. Resolvi te esperar.

– Me esperar? Posso saber o por quê?

– Você bebe?

– Raramente, porque?

– Eu queria conversar com você, pensei em tomar uma cerveja aqui do lado. Você topa?

Lorena olha pra Tales sem entender nada. Mas ela resolve aceitar.

– Tudo bem, hoje é sexta-feira mesmo, ninguém é de ferro. – sorri fazendo Tales fazer o mesmo.

Eles vão até um barzinho ao lado do prédio e pedem duas cervejas e uma porção de batatas fritas. Assim que o pedido chega, Lorena pergunta:

– Ainda não entendi. O que você quer falar comigo afinal?


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Notas finais do capítulo

Como será daqui pra frente?Revelações no próximo capítulo que já está pronto e será postado amanhã sem falta.bjos!