Bufei e cruzei os braços. Naruto começou a falar sobre sua "maravilhosa" caminhada ao ar livre, nem prestei atenção, encarava a Tv com uma carranca enorme. Tsc, não é só porque ele tá me namorando que pode me chamar assim! . . .

- "Pensando melhor..." - Um sorriso foi se formando em meus lábios.

A partir de agora, isso vai ser BEM frequente já que estamos nesse nível... ainda vou ter que aturar muitos "apelidos carinhosos" dados pelo Sasuke. Ri sozinha ao concluir isso, na verdade não seria problema nenhum, estarmos juntos já é o suficiente. Fiquei sorrindo sozinha feito uma retardada até notar que Gaara me encara com uma cara de "WTF?!" Ri mais ainda depois disso, mas agora acho melhor prestar atenção na conversa, senão já viu... do jeito "eu sei o que vocês fizeram no verão passado" do Gaara, vou ser descoberta LOGO! (?)

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     Um vulto negro (não, colorido de certo! [?]) percorria Konoha furtivamente. Cortou a cidade inteira até chegar à floresta, passou por uma densa área de árvores e animais até chegar ao seu destino: o portal. O “ser” sorriu triunfante ao passar pelo mesmo, inspirou o ar puro que aquele planeta tão calmo e tranqüilo fornecia. Agora era só encontrá-lo, o que não seria difícil já que sentia sua energia a poucos quilômetros de distância.

- Ótimo... – A voz soou fria e assustadora, como naturalmente era.

         Sasuke POV’s ON

     Aqui estou eu sentindo a brisa fresca do final da tarde bater em meu rosto, o cheiro da chuva que logo virá, a tranqüilidade da floresta... respirei fundo para aproveitar o momento. Não sei por que, mas a única sensação que tenho agora é de paz e harmonia, talvez pelo fato de estar namorando a garota que mais me chamou a atenção na vida? E que bom, pode tentar me matar a qualquer segundo pelo fato de sua bipolaridade? (???) É, o amor nem sempre é perfeito, fazer o quê... (?)

     Eu não deveria estar assim devido às circunstâncias em que me encontro né? Revoltado com o irmão, querendo a morte do líder do clã, foragido da cidade natal, com risco de morrer a qualquer segundo... nossa, olha como minha vida é maravilhosa, dá até pra ter inveja!/sintamaironia (LOL) Mas espera... – idéia surgindo (?) – se eu cortar meus laços de vez com Konoha, posso me livrar de tudo isso.

     Tá, eu sei que não é a saída mais viável, mas qualé? Já é alguma coisa, pelo menos não precisaria mais me preocupar com ameaças e afins. É, é uma boa idéia sim, só preciso... fazer a maior cagada do planeta, que é destruir o portal que liga Konoha ao mundo humano.

     Bom, eu poderia fazer isso agora mesmo, sem ninguém desconfiar de nada, mas tem um problema: Gaara, Naruto e as garotas não pensam igual a mim, talvez queiram voltar pra casa. Ô droga! Fiquei tão concentrado em minhas próprias idéias que nem notei a noite cair, só me toquei quando fitei a lua cheia que brilhava no céu.

- É, acho que já é hora de voltar. – Suspirei e dei meia volta.

- Eu também acho. 
                Travei. Parei de me mexer assim que ouvi aquela voz fria, cínica, grossa e autoritária... nem precisava me virar para ver QUEM era. No começo meus olhos se arregalaram, mas logo voltei à expressão normal. Trinquei os dentes com força, fechei a cara e me virei. Á alguns metros de mim lá estava ele com um manto negro por cima de seus trajes de líder e com a expressão de ironia que nunca deixava sua face: Madara.

- Yo... Sasuke. – Sorriu de canto. Tá sorrindo do quê, imbecil?!/revolt’s.

- O que faz aqui? – Fui curto e grosso.

- Bom, você não falou que só voltaria para Konoha se EU viesse lhe buscar? – Sorriu provocando. – Então aqui estou eu.

- E você ACHA que eu vou voltar de bom grado só porque você veio aqui? – Devolvi o sorriso. - Se quiser que eu volte me obrigue e quando eu digo isso, quero dizer que é pra lutar. – Madara riu alto. – Qual é a graça?! – Estreitei os olhos e perguntei ríspido.

- Você se acha muito Sasuke. Acha que tem poderes o suficiente para derrotar todo mundo, mas não passa de um pirralho revoltado com a morte dos pais. – Debochou.

- DOBRE A LÍNGUA ANTES DE FALAR DE MEUS PAIS!!! – Apontei o dedo para ele. – EU NÃO SOU IGUAL AOS OUTROS, NÃO ACREDITO NAQUELA HISTORINHA IDIOTA QUE VOCÊ CONTOU SOBRE A MORTE DELES, PELO CONTRÁRIO, DISCORDO TOTALMENTE E TENHO CERTEZA QUE É MENTIRA!!! – Estrapolei. Ao terminar de falar minha respiração oscilava.

- Hum... toquei em um ponto fraco, então? – Sorriu cínico. – Pobrezinho... – Ele balançou a cabeça negativamente. – Não vou admitir que você esteja certo e nem nada, mas... acho que até foi bom eles terem morrido. – Ele sorriu, minha expressão se tornou pasma. – Fugaku já havia perdido o jeito, sabe? – Deu de ombros.

- JÁ CHEGA!!! – Senti a raiva me tomar.

     Não pensei em mais nada, avancei. Antes de alcançá-lo já havia me transformado em um lobo das montanhas enorme e negro. Madara, com toda sua “experiência”/sintaaironia se afastou transformando-se em uma águia. Trinquei os dentes e me transformei em um falcão, investindo contra ele novamente. O maldito só desviava e ria, me fazendo de bobo.

- Não disse? Você se ACHA o poderoso Sasuke... – Riu.

     Investi novamente a quando me coloquei em cima dele, me transformei em um urso conseguindo agarrá-lo e levá-lo ao chão. Prendi suas asas e tentei mordê-lo, mas o filho duma puta se transformou em um furão e escapou.

- Se não tem medo de mim e diz que sou fraco, me enfrente de verdade, seu merda!!! – Gritei já cansado daquela brincadeira. Ao me ouvir, Madara desmanchou o sorriso e tornou-se sério.

 - Ótimo.

     A última coisa que vi foi ele se transformando em um leão e vindo para cima de mim, consegui segurar suas garras assim que ele pulou, mas não pude evitar levar uma mordida ardida no ombro. O desgraçado estava mirando meu pescoço... Tsc, ele quer mesmo me matar. Assim que me recuperei da dor o joguei longe e me transformei em um lobo novamente. Começamos a andar em círculos e por eu sentir uma dor incômoda no ombro, acabava mancando uma vez ou outra.

- Uma mordidinha e já está mancando Sasuke? – Debochou. – Que decepção. – Balançou a cabeça negativamente.

- Eu ainda não terminei. – Rosnei e avancei.

     Pulei sobre ele mirando o pescoço também, mas a única coisa que consegui pegar foi a perna dianteira direita, e ao notar isso, mordi com mais força ainda, fazendo-o rugir de dor. Afastei-me antes que ele pudesse contra atacar.

- Seu... desgraçado! – Agora quem mancava era ele.

- Nunca subestime um pirralho. – Sorri cínico.

     Nem deixei ele se recuperar direito, avancei de novo. Mas agora ele conseguiu desviar bem e ao fazê-lo, tentou morder meu tronco. Fui mais rápido, me virei e meti-lhe uma patada na cara, deixando três arranhões bem visíveis. Afastei-me novamente enquanto ele esfregava o focinho.   

- Arde? – Perguntei irônico. Ele me fitou, vi o ódio brilhar em seus olhos. – Admito que sua cara ficou mais suportável agora. – Ri com vontade.

- Ora seu!!! – Ele avançou.

     Consegui desviar com facilidade, mas mesmo assim acabei ficando perto demais.

- ‘Hi no Tatsumi”. – Ouvi ele sussurrar. MERDA!!!

     Um furacão de fogo surgiu assim que ele tocou o chão ao meu lado, senti a ardência subir pelas minhas patas, me afastei o mais rápido que pude. O fitei ofegante pelo susto, não esperava um ataque de elementos, assim que encontrei seus olhos, bom... daí notei que o rumo das coisas mudaria de verdade, pois seu sharingan estava ativado.

- Com medo? – Perguntou desafiador.

- Não mesmo. – Estreitei os olhos. – Acha que é o único com esse poder? – Sorri de canto. Vi sua expressão se tornar levemente confusa. É, parece que Itachi não havia contado para ele sobre nosso pequeno encontro...

     Fechei meus olhos e me concentrei, assim que os abri novamente, vi tudo diferente e assim como ele, também havia ativado meu sharingan. Agora sim seus olhos se arregalaram levemente e um rosnado escapou por sua garganta.

- Surpreso? – Perguntei superior. – Não fiquei treinando por meses e meses sem parar por pura frustração, tive um objetivo para aquilo.

- É, devo admitir que foi esperto. – Voltou a sorrir ironicamente. – Mas não pense que é melhor do que eu só por causa disso. – Debochou.

- E você é melhor do que todo mundo né?! – Joguei na cara. Agora sim to revolt’s, Pô, vá à merda cara! Quem ele acha que é?! (ui) – Quem disse que você é o mais poderoso, hein?! Quero saber QUEM FOI! Porque honestamente, você não passa de um idiota que não teve suas ideias reconhecidas e ficou todo putinho com isso. Daí resolveu fazer tudo do seu jeito, conseguiu a liderança de modo sujo e injusto. Agora fica se achando o rei da cocada preta sendo que não deve nem saber limpar a bunda direito?! – Okey, admirei-me agora. (?) Vixi.. to parecendo a Sakura. (Wth?)

     Os olhos do Madara se arregalaram com o que eu disse. Ok, agora acho que peguei no ponto certo, ÓTIMO! Mas... o resultado não foi o esperado.  Sorri  triunfante no começo, mas logo desmanchei o sorriso ao notar uma aura negra crescer em volta dele, não pude mais ver seus olhos, ele os mantinha fixado ao chão.

- Quem você acha que é para dizer isso...? – Sua voz saiu fria e
horripilante. Admito que senti um frio na espinha agora. – HEIN?!?!?!?!?!?!?!?! – Agora ele levantou o olhar e devo dizer, não é NADA legal nom. (?)

     Os olhos escarlates brilhavam em fúria, as presas estavam arreganhadas, as garras afundadas na terra com violência, o sentimento de matar tomando conta do lugar. Quando fui recuar, só senti uma pata enorme empurrar minha garganta com força e me prensar na árvore com violência.

 - Não vá achando que me conhece seu pirralho desgraçado, porque você NÃO FAZ IDEIA DO QUE EU PASSEI PARA ESTAR ONDE ESTOU!!! – Ele visivelmente havia perdido toda a calma que tinha.

     Não consegui responder, a pata dele segurava minha garganta com muita força, sentia o ar faltando pouco a pouco. Tentava me livrar de suas garras arranhando seu braço, mas sem sucesso, a raiva que ele sentia superava a dor.

- Qual é, não vai responder? – Sorriu cínico. – Ah é... VOCÊ NÃO CONSEGUE! – Apertou minha garganta com mais força, não contive um ganido agudo de dor. – Ah, então está doendo? Que peninha... – Fingiu uma expressão de dó. – Não sou muito paciente com crianças.

     Finalmente ele me soltou, mas assim que consegui recuperar o fôlego, senti uma dor aguda. Era ele que havia cravado as presas no meu tronco, me levantou sem piedade e me jogou contra uma árvore, senti meus músculos falharem.

- Doloroso? – Perguntou irônico. Não consegui responder. – Qual o problema? O gato comeu sua língua?! – Debochou.

- Vai... se... foder. – Me levantei com dificuldade. Ele riu alto.

- Na situação em que se encontra suas palavras não me atingem, Sasuke. – Sorriu cínico.

- Se é tão superior, porque não me mata logo?! – Perguntei exasperado.

- Ah não... não vou matá-lo, é muito sem graça. Tenho uma idéia Bem melhor em mente. – Sorriu. – Você irá voltar para Konoha vivo.

- Ah claro, vai se vangloriar na frente de todos me carregando como um escravo?! – Ele riu.

- Eu não vou levá-lo de volta meu caro Sasuke... – O olhei levemente confuso.

- Você, POR CONTA PRÓPRIA, voltará para Konoha.- Sorriu triunfante. O QUÊ?!

 - VAI SONHANDO!!! – Retruquei.

- Ué, mas por quê? – Perguntou fingindo inocência.

- Eu NUNCA irei voltar para Konoha por vontade própria!

- Ah, mas você vai... – Ele sorriu divertido. – Ou você volta por conta
própria ou...

- Ou o quê?! – Perguntei ríspido.

- Ou a senhorita Sakura Haruno pode ir no seu lugar. – Sorriu desafiador. 

Agora sim meus olhos se arregalaram em surpresa. COMO ELE SABE?!?!?!

- Surpreso? – Perguntou. – Ah, nem precisa ficar tanto, sabe que tenho minhas fontes, não sabe? – Trinquei os dentes.

- Chantagem... é assim que vai me fazer voltar?! – Estreitei os olhos.

- O mundo é dos espertos. – Sorriu perverso.

- Desgraçado...

- Bom... – Se transformou novamente em humano. – Como estou de bom humor – EGUÉ?! - vou dar um dia para você pensar na sua decisão. Se voltar, esteja ciente de que todos que estão com você devem voltar junto, tenho certeza que fará isso se dá valor à vida daquela humana. E se não voltar... já sabe.– Deu de ombros. Trinquei os dentes com força. –  Espero vê-lo amanhã. – Sorriu. - Ja ne! – Acenou e desapareceu floresta adentro.

     Assim que senti sua energia sumir, gritei. Mas gritei com força, até sentir minha garganta doer e o ar faltar aos pulmões. Ele estava me fazendo de palhaço, mas eu não posso negar... não posso correr o risco. Por que logo agora que estava tudo dando certo? Por quê?! Fechei os olhos com força sentindo as lágrimas transbordarem.

- Porque tudo e todos que eu amo são arrancados da minha vida desse jeito?!

     Perguntei em voz alta como se a própria floresta pudesse me responder, mas só recebi o silêncio em troca. Iria jogar tudo o que conquistei até agora fora, mas não posso colocar a Sakura em risco, ela já sofreu demais por minha causa.

     Assim que consegui me levantar, me dirigi até um pequeno riacho que havia ali perto. Lavei meus machucados, limpei a sujeira e o sangue da roupa, fiz o máximo que pude para que não demonstrar que havia acabado de levar uma surra. Suspirei pesadamente ao fitar meu reflexo na água. Voltaria para casa como se nada tivesse acontecido, iria conversar com os garotos assim que Sakura dormisse, falaria com as garotas no dia seguinte bem cedo e depois de tudo certo, sumiria da vida da Haruno para sempre, como se nunca tivesse existido nela.